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Alimentação Escolar

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante,


por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos de
toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e
educação de jovens e adultos) matriculados em escolas públicas e filantrópicas.

Seu objetivo é atender as necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência
em sala de aula, contribuindo para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem e
o rendimento escolar dos estudantes, bem como promover a formação de hábitos
alimentares saudáveis.

O PNAE tem caráter suplementar, como prevê o artigo 208, incisos IV e VII, da
Constituição Federal, quando coloca que o dever do Estado (ou seja, das três esferas
governamentais: União, estados e municípios) com a educação é efetivado mediante a
garantia de "atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de
idade" (inciso IV) e "atendimento ao educando no ensino fundamental, através de
programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde" (inciso VII).

Biblioteca da Escola

A democratização do acesso às fontes de informação; o fomento à leitura e à formação de


alunos e professores leitores; e o apoio à atualização e ao desenvolvimento profissional do
professor são os principais objetivos do Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE. Por
meio da distribuição de acervos de obras de literatura, de pesquisa e de referência e outros
materiais relativos ao currículo nas áreas de conhecimento da educação básica, o governo
federal apoia o cidadão no exercício da reflexão, da criatividade e da crítica.    

Desde que foi criado, em 1997, o programa vem se modificando e se adequando à realidade e
às necessidades educacionais. Sob a gestão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação – FNDE, tem recursos financeiros originários do Orçamento Geral da União.

Dinheiro Direto na Escola


Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar
assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das
redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial
mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência
Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento
direto e gratuito ao público.

O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica


das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático,
contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. O orçamento previsto
para 2011 é de R$ 1,5 bilhão.
Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento
congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao
do repasse.

Até 2008, o programa contemplava apenas as escolas públicas de ensino fundamental. Em


2009, com a edição da Medida Provisória nº 455, de 28 de janeiro (transformada
posteriormente na Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009), foi ampliado para toda a educação
básica, passando a abranger as escolas de ensino médio e da educação infantil.

Em 2010, o orçamento do PDDE foi de R$ 1,4 bilhão, para todas as suas ações. Foram
beneficiados pela ação PDDE Manutenção 41.124.404 alunos de 137.640 escolas públicas e
particulares; pela ação PDDE Escolas de fim de semana, 1.893.594 estudantes de 2.223
escolas; pelo PDDE Educação integral, 5.993.270 alunos de 9.660 instituições de ensino; e, pelo
PDDE – PDE Escola, 10.007.894 alunos de 16.643 escolas.

Formação pela Escola

O Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE –


Formação pela Escola – visa fortalecer a atuação dos agentes e parceiros envolvidos na
execução, no monitoramento, na avaliação, na prestação de contas e no controle social
dos programas e ações educacionais financiados pelo FNDE. É voltado, portanto, para a
capacitação de profissionais de ensino, técnicos e gestores públicos municipais e
estaduais, representantes da comunidade escolar e da sociedade organizada.

O programa consiste na oferta de cursos de capacitação, em que os participantes


conhecem os detalhes da execução das ações e programas da autarquia, como a
concepção, as diretrizes, os principais objetivos, os agentes envolvidos, a
operacionalização, a prestação de contas e os mecanismos de controle social. Com isso,
busca-se estimular a participação da sociedade nessas ações.

Em virtude da abrangência territorial do país e do grande número de pessoas envolvidas


nessas ações, os cursos são oferecidos na modalidade a distância, como forma de
potencializar os esforços de formação continuada dos diversos atores envolvidos na
execução de programas do FNDE. Até 2006, as capacitações eram feitas
exclusivamente de maneira presencial, o que representava o atendimento de um público
menor e maiores gastos com a mobilização e transporte dos cursistas e de técnicos do
FNDE até as cidades-polo.

O orçamento do programa para 2010 é de R$ 6, milhões.

Livro Didático

Para prover as escolas públicas de ensino fundamental e médio com livros didáticos,
dicionários e obras complementares de qualidade, o governo federal executa o Programa
Nacional do Livro Didático. O Programa atende também aos alunos da Educação de Jovens e
Adultos das redes públicas de ensino e das entidades parceiras do Programa Brasil
Alfabetizado.
O Programa é executado em ciclos trienais alternados. Assim, a cada ano o FNDE adquire e
distribui livros para todos os alunos de um segmento, que pode ser: anos iniciais do ensino
fundamental, anos finais do ensino fundamental ou ensino médio. À exceção dos livros
consumíveis, os livros distribuídos deverão ser conservados e devolvidos para utilização por
outros alunos nos anos subseqüentes.

Cada escola escolhe democraticamente, dentre os livros constantes no Guia do PNLD, aquele
que deseja utilizar, levando em consideração seu planejamento pedagógico.

Livros em Braille

Preocupado com a qualidade e a abrangência dos programas do livro didático, o FNDE


implementa diversas ações para atender alunos cegos com livros em Braille, alunos com
cegueira. Essas iniciativas são realizadas em parceria com a Secretaria de Educação
Especial (Seesp) do Ministério da Educação.

A primeira ação neste sentido foi a transcrição, em 1999, de vinte títulos de livros
didáticos, que foram distribuídos, em meio magnético, a todos os Centros de Apoio
Pedagógico Para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual - CAPs do País.

O Programa Nacional do Livro Didático em Braille atende alunos cegos que cursam o
ensino fundamental em escolas públicas de ensino regular e escolas especializadas sem
fins lucrativos.

Para a transcrição e adaptação dos títulos, o FNDE tem parcerias com o Instituto
Benjamin Constant (IBC), do Ministério da Educação, e com a Fundação Dorina Nowill
para Cegos (FDNC). Os títulos adaptados para o sistema Braille são distribuídos, em
meio magnético, a todos os CAPs e Núcleos de Apoio Pedagógico e Produção Braille
do País.

Plano de Ações Articuladas (PAR)

O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) condicionou o apoio técnico e


financeiro do Ministério da Educação à assinatura, pelos estados, Distrito Federal e
municípios, do plano de metas Compromisso Todos pela Educação. Depois da adesão
ao Compromisso, os entes federativos devem elaborar o Plano de Ações Articuladas
(PAR). Todos os 5.563 municípios, os 26 estados e o Distrito Federal aderiram ao
Compromisso.

O PAR é o planejamento multidimensional da política de educação que os municípios,


os estados e o DF devem fazer para um período de quatro anos — 2008 a 2011. O PAR
é coordenado pela secretaria municipal/estadual de educação, mas deve ser elaborado
com a participação de gestores, de professores e da comunidade local.

Para ajudar os municípios e os estados na elaboração dos planos, o MEC oferece um


roteiro de ações com pontuação de um a quatro, 13 tipos de tabelas com dados
demográficos e do censo escolar de cada ente federativo e informações sobre como
preencher os dados. Os itens pontuados pelo município/estado com os números um e
dois representam suas maiores prioridades. A formação de professores, por exemplo,
aparece na maioria dos planos apresentados ao MEC com os números um e dois. A
maior parte dos municípios com PAR pronto tem interesse na construção de creches e
na melhoria da infraestrutura das escolas urbanas e rurais, ações que dependem de
assistência técnica, mas, principalmente, da transferência de recursos federais aos
municípios.

Com o objetivo de implantar o PAR, o MEC tomou duas providências: fez parceria com
17 universidades públicas e com o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação e
Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) para que essas instituições auxiliem as prefeituras
nas tarefas de diagnóstico e elaboração dos planos; e contratou uma equipe de
consultores, que foi aos municípios prioritários – aqueles com os mais baixos índices de
desenvolvimento da educação básica (Ideb) – para dar assistência técnica local. Além
disso, alguns estados assumiram o compromisso de ajudar seus municípios no
diagnóstico e na elaboração dos planos. Desse modo, todos os municípios dos estados
do Acre, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Sergipe, Pernambuco, Ceará,
Amazonas e Tocantins já concluíram o PAR e o enviaram para análise do Ministério.

Transporte Escolar

O Ministério da Educação executa atualmente dois programas voltados ao transporte de


estudantes: o Caminho da Escola e o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar
(Pnate), que visam atender alunos moradores da zona rural.

O Caminho da Escola foi criado pela Resolução nº 3, de 28 de março de 2007, e consiste na


concessão, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de linha de
crédito especial para a aquisição, pelos estados e municípios, de ônibus, miniônibus e micro-
ônibus zero quilômetro e de embarcações novas.

Já o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) foi instituído pela Lei nº
10.880, de 9 de junho de 2004, com o objetivo de garantir o acesso e a permanência nos
estabelecimentos escolares dos alunos do ensino fundamental público residentes em área
rural que utilizem transporte escolar, por meio de assistência financeira, em caráter
suplementar, aos estados, Distrito Federal e municípios.

Com a publicação da Medida Provisória 455/2009 – transformada na Lei no 11.947, de 16 de


junho do mesmo ano –, o programa foi ampliado para toda a educação básica, beneficiando
também os estudantes da educação infantil e do ensino médio residentes em áreas rurais.

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