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Direito eleitoral

A democracia é compreendida em 3 planos: o político (participação na formação da vontade


estatal), social (acesso a benefícios sociais e políticas públicas) e econômico (participação nos
frutos da riqueza nacional, com acesso a bens e produtos). Sendo a participação popular no
governo é condição sine qua non da democracia, alguns modelos de democracia, os quais
podem ser reunidos em três grupos: democracia direta, indireta e semidireta.

A democracia direta é aquela em que os cidadãos participam das decisões governamentais.


Pretende-se fazer coincidirem as vontades de governantes e governados, sendo as decisões
são tomadas em assembleia pública, da qual devem participar todos os cidadãos – ex.: Grécia

A democracia indireta ou representativa – os cidadãos escolhem aqueles que os


representarão no governo. Os eleitos recebem um mandato. A participação das pessoas no
processo político se dá, pois, na escolha dos representantes ou mandatários. A estes toca o
mister de conduzir o governo, tomando as decisões político-administrativas que julgarem
convenientes, de acordo com as necessidades. Logo, a representação política se faz por
intermédio de partidos políticos.

Democracia semidireta ou participativa ( CRFB/88) - O governo e o Parlamento são


constituídos com base na representação: os governantes são eleitos para representar o povo e
agir em seu nome. Todavia, são previstos mecanismos de intervenção direta dos cidadãos -ex.:
plebiscito, referendo e iniciativa popular (participação direta do povo – seria a forma de
democracia participativa)

Democracia representativa Democracia participativa

O povo elege representantes para atuarem, O povo possui mecanismos de participação


por mandato, em nome da sociedade direta, além da escolha dos representantes

A participação das pessoas no processo político Se desenvolveu durante todo o século XIX e se
se dá na escolha dos representantes ou firmou no século XX e está ligada ao ideal de
mandatários, por intermédio dos partidos participação popular, que remonta aos gregos,
políticos. Os "representantes do povo" se mas que se enriqueceu com as contribuições da
agrupam em instituições chamadas Parlamento, Revolução Francesa, do Governo Representativo
Câmaras, Congresso ou Assembleia da República Liberal inglês e, finalmente, da Revolução
Americana, que foram experiências de libertação
do Homem e afirmaram a sua autonomia.
Obs.: O esquema partidário é assegurado Obs.: utópica
pelo artigo 14, § 3º, V, da CF que erigiu a na prática procura conciliar o modelo da
filiação partidária como condição de democracia indireta e direta, isto é, a
elegibilidade. Assim, os partidos políticos representativa com a participativa, ex.: art
detêm o monopólio das candidaturas, de 14 – CF - previsão de mecanismos de
sorte que, para ser votado, o cidadão deve participação: plebiscito, referendo e inciativa
filiar-se. Inexistem no sistema brasileiro popular
candidaturas avulsas.

Soberania popular: A soberania é, portanto, uma qualidade do poder. O poder é soberano


quando não está sujeito a nenhum outro. É o que dita e comanda sem que possa ser refreado.
Note-se, porém, que o fato de o Estado deter poder soberano não significa que não esteja
submetido ao regime jurídico. Soberania não significa arbítrio. O poder soberano deve ser
democrático. O poder soberano emana do povo: todo o poder emana do povo, que o exerce
por meio de representantes eleitos ou diretamente (CF, art. 1 º, parágrafo único).

A soberania popular é concretizada pelo sufrágio universal, pelo voto direto e secreto,
plebiscito, referendo e iniciativa popular (CF, art. 14, caput). Assim, a soberania popular se
revela no poder incontrastável de decidir. É ela que confere legitimidade ao exercício do poder
estatal.

- > Cláusulas pétreas: a forma federativa do estado brasileiro, o voto direto, secreto universal
e periódico, a tripartição dos poderes e os direitos e garantias individuais (Não podem ser
objeto de deliberação a proposta tendente a aboli-las)

- Direito eleitoral Segundo José Jairo Gomes, direito eleitoral é o ramo do direito público cujo
objeto são os institutos, as normas e os procedimentos regularizadores dos direitos políticos.
Normatiza o exercício do sufrágio com vistas à concretização da soberania popular.

PONTO 2- A Justiça Eleitoral é um órgão de jurisdição especializada que integra o Poder


Judiciário2  e cuida da organização do processo eleitoral (alistamento eleitoral, votação,
apuração dos votos, diplomação dos eleitos, etc.). Logo, trabalha para garantir o respeito à
soberania popular e à cidadania, exercendo funções administrativas, normativas, jurisdicionais
e consultivas

Primeiramente, ainda a respeito da função administrativa, o juiz eleitoral administra todo o


processo eleitoral, independentemente de que um conflito de interesses lhe seja submetido
para solução, mesmo porque está investido do poder de polícia, que é a “atividade da
administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente [...]”, por
exemplo, à segurança, à ordem, aos costumes, à tranquilidade pública (art. 78 do Código
Tributário). Alguns exemplos do exercício da função administrativa são: alistamento eleitoral,
transferência de domicílio eleitoral e medidas para impedir a prática de propaganda eleitoral
irregular.

Além disso, outras peculiaridades dessa justiça especializada podem ser observadas quando se
descrevem algumas de suas funções. Aliás, a Justiça Eleitoral desempenha outros papéis nos
limites de sua atuação – afora as funções administrativa e jurisdicional – a saber, funções
normativa e consultiva.

De outra parte, ao exercer a função jurisdicional, atuará na solução de conflitos sempre que
provocada judicialmente para aplicar o Direito. Isso acontecerá em situações tais como
ajuizamento de ação de investigação judicial eleitoral (AIJE), de impugnação de mandato
eletivo(AIME), ação de impugnação de registro de candidatura (AIRC) e nas representações por
propaganda eleitoral irregular.

Outra função atribuída à Justiça Eleitoral – e que lhe confere um caráter peculiar – é a
normativa, descrita no art. 1º, parágrafo único e art. 23, IX, ambos do Código Eleitoral e que
lhe permite – por meio de resoluções7  – expedir instruções para a execução das leis eleitorais,
entre elas o Código Eleitoral. O conteúdo inserido nessas normas tem o propósito de
regulamentar as matérias de competência do órgão colegiado que as instituiu, criando
situações gerais e abstratas.

Finalmente, a função consultiva8 permite o pronunciamento dessa Justiça especializada –


sem caráter de decisão judicial – a respeito de questões que lhe são apresentadas em tese, ou
seja, de situações abstratas e impessoais. Pode-se dizer que também é uma função de caráter
particular da Justiça Eleitoral, haja vista que o Poder Judiciário não é, por natureza, órgão de
consulta.
- Composição: TSE, TRE, juízes eleitorais e juntas eleitorais

O Tribunal Superior Eleitoral é composto de, no mínimo, sete membros, sendo eles: três
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF); dois ministros do Superior Tribunal de Justiça
(STJ); e dois ministros dentre advogados indicados pelo STF e nomeados pelo presidente da
República (art. 119 da CF/1988).

Algumas de suas principais competências são 3: (i) processar e julgar originariamente o registro
e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à
Presidência e Vice-Presidência da República; (ii) julgar recurso especial e recurso ordinário
interpostos contra decisões dos tribunais regionais; (iii) aprovar a divisão dos estados em
zonas eleitorais ou a criação de novas zonas; (iv) requisitar a força federal necessária ao
cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos tribunais regionais que a
solicitarem, e para garantir a votação e a apuração; e (v) tomar quaisquer outras providências
que julgar convenientes à execução da legislação eleitoral.

Já os tribunais regionais eleitorais estão distribuídos nas capitais de cada estado e no Distrito
Federal (ex.: TRE-GO, TRE-AL, TRE-DF, etc.) e são compostos, cada um, de sete juízes: dois
juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ) do respectivo estado; dois juízes,
dentre juízes de direito, escolhidos pelo TJ; um juiz do Tribunal Regional Federal (TRF) com
sede na capital, ou, não havendo, de um juiz federal; e dois juízes nomeados pelo presidente
da República dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados
pelo Tribunal de Justiça (art. 120 da CF/1988).

Suas competências4 compreendem ações como: (i) processar e julgar originariamente o


registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais e municipais de partidos
políticos, bem como de candidatos a governador, vice-governadores e membro do Congresso
Nacional e das assembleias legislativas; (ii) julgar recursos interpostos contra atos e decisões
proferidas pelos juízes e juntas eleitorais; (iii) constituir as juntas eleitorais e designar a
respectiva sede e jurisdição; e (iv) requisitar a força necessária ao cumprimento de suas
decisões e solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal.

Os juízes eleitorais, por sua vez, são os juízes de Direito de primeiro grau de jurisdição
integrantes da Justiça Estadual e do Distrito Federal (art. 32 do Código Eleitoral), sendo
algumas de suas atribuições5: (i) processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns, exceto o
que for da competência originária do Tribunal Superior Eleitoral e dos tribunais regionais
eleitorais; (ii) expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor; e (iii) tomar todas
as providências ao seu alcance para evitar os atos ilícitos das eleições.

Finalmente, as juntas eleitorais são compostas de um juiz de Direito – que será o presidente
da junta eleitoral – e de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade (art. 36 do Código
Eleitoral; e art. 11, § 2º, da LC nº 35/1979), aos quais compete 6, por exemplo, resolver as
impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da
apuração, bem como expedir diploma aos candidatos eleitos para cargos municipais.

- Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60 (sessenta) dia antes da eleição, depois
de aprovação do Tribunal Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre também designar-
lhes a sede. § 2º Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das pessoas indicadas para
compor as juntas serão publicados no órgão oficial do Estado, podendo qualquer partido, no
prazo de 3 (três) dias, em petição fundamentada, impugnar as indicações.

Descritas as composições e as competências dos órgãos da Justiça Eleitoral, nota-se que esta
funciona em uma dinâmica diferenciada de modo a permitir, por exemplo, que, em sua esfera,
atuem magistrados de outros tribunais, tais como do STF, do STJ e da Justiça Comum Estadual,
evidenciando, assim, a ausência de uma magistratura própria, organizada em carreira.

Ainda, cabe observar que o Ministério Público deverá atuar em todos os procedimentos
relativos ao Direito Eleitoral.
Tal como a Justiça Eleitoral, o MPE também se organiza em três níveis:
- Procurador-Geral Eleitoral: atua perante o TSE;
- Procurador Regional Eleitoral: atua perante o TRE– é o procurador da república designado
pelo Procurador geral da república;
- Promotor Eleitoral: atua perante o juiz eleitoral e a Junta Eleitoral.
Segundo o art. 18 do CE, juntamente ao TSE, o Procurador Geral Eleitoral, que será o
Procurador da República, exercerá suas funções, podendo designar outros membros do
Ministério Público da União para auxiliá-lo.

-Fontes do direito eleitoral

a) F. formais (norma jurídica) e materiais (doutrina)


b) F. Primárias (emanam do poder legislativo - crfb) e secundárias (regulamentam as
primarias – ex. resoluções)
c) F. diretas (disciplinam diretamente o d. eleitoral) e indiretas (não tratam de d.
eleitoral, mas se aplicam subsidiariamente)

Matéria eleitoral é competência legislativa privativa da União

#CUIDADO: Considerando que legislar sobre Direito Eleitoral está entre os incisos do art. 22,
seria possível delegar aos Estados, mediante lei complementar, a competência legislativa para
tratar sobre questões específicas em matéria eleitoral? Em tese não! Há divergência quanto a
tal possibilidade, uma vez que o processo eleitoral e as regras aplicáveis às eleições são as
mesmas para todo o território nacional. Desse modo, não temos lei complementar federal que
autorize os Estados a legislar sobre direito eleitoral.

Resolução do TSE – natureza jurídica:


1ª Corrente X 2ª Corrente
Fonte Formal Fonte Formal
Fonte Direta Fonte Direta
Fonte Primária Fonte Secundária

Princípios do Direito Eleitoral

Princípio da Lisura das Eleições: impõe a atuação ética, correta e proba dos atos que envolvam
o processo eleitoral. Respalda-se na busca da verdade real, possibilitando até mesmo que o
juiz produza provas de ofício no processo eleitoral.
Princípio do Aproveitamento do Voto: A atuação da Justiça Eleitoral deve pautar-se no sentido
de preservar a soberania popular, a apuração do voto e a diplomação dos eleitos. Esse
princípio é também conhecido como princípio do in dubio pro voto, em comparação com o
princípio penal do in dubio pro reo, e vem disciplinado no art. 219 do Código Eleitoral.

Princípio da Celeridade Eleitoral: Objetiva evitar o prolongamento de decisões eleitorais após a


posse dos eleitos e após o início do exercício do mandato eletivo. Ex.: O trâmite de processo
que resulte a perda de mando eletivo será de 1 ano – contando da sua apresentação e
abrangendo todas as instâncias

Princípio da Preclusão Instantânea: impõe às partes interessadas o dever de impugnar


imediatamente a identidade do eleitor, antes de se registrar o voto, sob pena de preclusão.

Princípio da Anualidade Eleitoral: Significa que a lei que alterar o processo eleitoral não será
aplicada, se publicada um ano antes do processo eleitoral.

Princípio da Moralidade Eleitoral: análise da vida pregressa dos candidatos para fins de
impugnação do registro de candidaturas daqueles que tenham praticado atos violadores da
conduta ética e ameaçadores da normalidade e da legitimidade das eleições.

LEI DA FICHA LIMPA E PRINCÍPIO DA ANUALIDADE (ver)

Segundo o STF, implica alterações no processo eleitoral a lei que promover:


-Rompimento da igualdade de participação dos partidos políticos e dos respectivos candidatos
-Criação de deformação que afete a normalidade das eleições:
- Introdução de fator de perturbação
- Promoção de alteração motivada por propósito casuístico.

Aplicação subsidiaria do CPC: “Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos
eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas
supletiva e subsidiariamente.”

Direitos políticos:
Ativos x passivos
Votar x ser votado

- Há a possibilidade de perda ou suspensão desses direitos. O que se veda é a cassação de


direitos políticos. Tanto a perda quanto a suspensão apresentam a característica de serem
temporárias, pois na eventualidade de cessação da causa que determinou a perda ou a
suspensão, o indivíduo passará, naturalmente, a ser titular dos direitos políticos.

Perda: Suspensão:
Na hipótese de cancelamento da Nas hipóteses de Condenação criminal
naturalização por sentença transitada em transitada em julgado, enquanto durarem
julgado ou quando perde a nacionalidade ao seus efeitos: a condenação criminal
adquirir outra transitada em julgado, improbidade
administrativa, escusa absolutória,
Na condenação criminal: Não importa a
modalidade do crime que promove a
Só poderá ser revisto por ação rescisória, suspensão. Ademais, a súmula 9 do TSE
vedando-se a possibilidade de fazer novo dispõe que cessa com o cumprimento ou a
pedido de naturalização extinção da pena, independendo de
reabilitação ou de prova da reparação dos.

Na própria lei de Improbidade


Administrativa prevê a suspensão de direitos
políticos (independentemente das sanções
penais, civis e administrativas) previstas na
legislação específica) por períodos variados a
depender de que tipo de ato ímprobo se
trate.
Informativo do TSE número 4/2017. A
suspensão dos direitos políticos afeta a
filiação partidária do eleitor,
impossibilitando sua escolha como
candidato em convenção partidária, ainda
que o termo final da sanção política ocorra
antes do pleito ao qual ele pretenda
concorrer
OBS.: A incapacidade civil absoluta não pode mais ser causa de suspensão dos direitos
políticos (CF, art. 15, inciso II9), pois absolutamente incapazes, na atualidade, são apenas os
menores de 16 anos. Desta maneira, hoje é possível que uma pessoa interditada, ainda que
possua deficiência mental grave, exerça seus direitos políticos, mesmo que, para tanto,
precise contar com o auxílio de uma pessoa da sua confiança na hora do voto.

- As principais consequências jurídicas da perda/suspensão dos direitos políticos são: o


cancelamento do alistamento e a exclusão do corpo de eleitores, o cancelamento da filiação
partidária, a perda do mandato eletivo, a perda do cargo ou função pública, a impossibilidade
de ajuizamento de ação popular, o impedimento de votar/ser votado, o impedimento de
exercício da iniciativa popular.

# Nas hipóteses abaixo arroladas haverá suspensão dos direitos políticos?


- Condenação por contravenção penal transitada em julgado: SIM
- Condenação por pena distinta da pena privativa de liberdade (restritiva de dir. ou multa): SIM
- Transação penal ou suspensão condicional do processo: NÃO
- Livramento condicional e suspensão da pena: SIM, houve condenação.
- Prisão civil do devedor de alimentos: NÃO. A suspensão pressupõe condenação criminal
transitada em julgado e não simplesmente a prisão.

SUFRÁGIO UNIVERSAL (voto)- Há divergência sobre o conceito de sufrágio.

1ª Corrente (Gilmar Mendes - VUNESP): Se confunde com direitos políticos. Todas as vezes que
o cidadão interferir na vida política, seja por meio de referendos ou plebiscitos ou iniciativa
popular, seja na escolha de seus representantes, estar-se-á diante do exercício do sufrágio
universal;

2ª Corrente (MAJORITÁRIA – CESPE e FCC): É um direito público subjetivo da escolha de


representantes do povo.

O sufrágio é o direito de o cidadão eleger, de ser eleito e de participar das atividades de


governança, enquanto que o voto é a forma de a população manifestar a sua vontade,
escolhendo os representantes que conduzirão a política no país, nos estados e municípios.
Para a conclusão da eleição existe o escrutínio, ou seja, a contagem dos votos na fase de
apuração dos eleitos. O voto, portanto, é o principal instrumento para a democracia, sendo a
forma como o cidadão pode exercer seus direitos políticos. 
Característica do voto: direto, secreto, universal e periódico (constitucionais), sendo também
personalíssimo, de obrigatório comparecimento e com igualdade de valor para cada voto.

Obs.: Coligação partidária - consiste na aliança (acordo) feita entre dois ou mais partidos para
que eles trabalhem juntos em uma eleição apresentando o mesmo candidato – Temporário,
sem personalidade jurídica, mesmas funções e prerrogativas de um partido perante a justiça
eleitoral. Rol de pessoas legitimadas a subscrever o pedido de registro (alternativo - se um
deles assinar é suficiente): Presidentes dos partidos Coligados, Delegados de Partido, Maioria
dos membros dos respectivos órgãos executivos de direção, Representante da coligação.

- Os representantes terão atribuições equivalentes às de Presidente de partido


político. De todo modo, a lei das eleições prevê que a representação dos interesses da
coligação perante a Justiça Eleitoral poderá ocorrer PELO REPRESENTANTE ELEITO OU PELOS
DELEGADOS escolhidos. NÚMEROS: 3 – perante o juiz eleitoral; 4- perante o TRE; 5- perante
TSE. Lembrando que os delegados não possuem capacidade postulatória para ingressar com
ações em nome da coligação.

- A extinção das coligações ocorre, naturalmente, com o término das eleições.


Contudo, segundo a doutrina, a extinção poderá decorrer: do distrato, ou seja, quando os
partidos concluem não ser mais conveniente manter a coligação; pela extinção de um dos
partidos, quando houver 2 partidos coligados ou pela desistência de candidatos no pleito,
quando não houver indicação de substitutos

Emenda 97/2017: Atualmente só se permite coligação partidária para eleições majoritárias,


SENDO PROIBIDAS NAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS.

Do sistema eleitoral:

Sistema majoritário sistema proporcional


Utilizado na eleição do poder executivo. Utilizado na eleição do poder legislativo.
Prefeitos, governadores e presidente vereadores e deputados estaduais e federais
Sistema proporcional Sistema de lista aberta – voto no candidato
tanto como no partido - voto de legenda
(sendo eleitos os candidatos dentro do
partido que receberam o maior número de
votos e atingido o número de
vagas a que o partido tem direito, após,
inicia-se a formação do rol de suplentes.
Obs.: qnd nenhum partido obteve o
quociente eleitoral, serão considerados
eleitos os candidatos mais votados
independente dos votos obtidos por
partidos.
É eleito o candidato com o maior número de Nem sempre será considerado eleito o
votos válidos- excluídos os brancos e nulos, candidato mais votado. Considera a mais
independentemente dos votos de seu ampla representatividade possível em cada
partido casa legislativa. Logo, observa quantas vagas
cada partido ou coligação terá direito na
respectiva Casa Legislativa.
Cálculo obtido pelo Quociente Eleitoral:
divisão do n. de votos validos pelos cargos
princípio da isonomia da concorrência, não em disputa a serem ocupados, revelando o
diferenciando o peso dos votos dos eleitores n. do a ser alcançado pelo partido/coligação.
brasileiros. Quociente Partidário: divisão do n. de votos
obtidos pelo Q. eleitoral, demonstrando o
número de eleitos de cada partido. Sendo os
mais bem votados do partido, em atenção as
vagas que terá direito, os eleitos.
Clausula de desempenho: N. de votos no
mínimo de 10% do QE
Espécies de sistema majoritário: Distribuição de Sobras: As frações
Simples (municípios até 200 mil eleitores) ou desprezadas no cálculo do quociente
absoluto (municípios acima de 200 mil partidário sendo somadas acabam por
eleitores) formar números
inteiros que representam vagas que não
foram preenchidas nas contas anteriores.
O procedimento de distribuição de sobras é
feito pela divisão do número de votos. Esse
procedimento é
repetido até que todas as vagas sejam
efetivamente distribuídas.
Atenção: É inconstitucional a lei que determina que, na votação eletrônica, o registro de cada
voto deverá ser impresso e depositado, de forma automática e sem contato manual do eleitor,
em local previamente lacrado (art. 59-A da Lei 9.504/97, incluído pela Lei 13.165/2015). Essa
previsão acaba permitindo a identificação de quem votou, ou seja, permite a quebra do sigilo,
e, consequentemente, a diminuição da liberdade do voto, violando o art. 14 e o § 4º do art. 60
da Constituição Federal.

Ponto 5 - Do registro de candidatos. Elegibilidade e inelegibilidade. Impugnação de registro de


candidatos.

Do registro de candidatos

Da elegibilidade: aptidão para ser eleito

As condições de elegibilidade estão previstas na Constituição Federal e na legislação eleitoral


como um todo, tal como a Lei das Eleições e o Código Eleitoral. A Lei das Eleições é lei
ordinária, já o Código Eleitoral, na parte que trata das condições de elegibilidade, também é
norma ordinária. Já as hipóteses de inelegibilidade estão previstas na Constituição e em Lei
Complementar, apenas. Não se admite a fixação de hipóteses de inelegibilidade em leis
ordinárias. Por quê? Porque a Constituição Federal exige que as hipóteses de inelegibilidade
sejam editadas por lei complementar. Desse modo, a Lei de Inelegibilidade é uma lei
complementar.

Elegibilidade X inabilitação

Elegibilidade: limita a capacidade para concorrer a cargo eletivo. Ataca a capacidade eleitoral
passiva. Já a Inabilitação: não poderá o inabilitado exercer qualquer função pública.

1.1 Condições de Elegibilidade


1.1.1 Condições Próprias: previstas na CF  nacionalidade, pleno exercício do direitos
políticos, alistamento eleitoral, domicílio eleitoral (6 meses antes do pleito), filiação partidária
(6 meses antes do pleito), idade mínima (18,21,30,35 – AFERIDA NA POSSE – MAS REQUER A
IDADE MINIMA 18 ANOS NO PEDIDO DE REGISTRO),

Obs.: Havendo fusão ou incorporação de partidos após o prazo estipulado no caput (6 meses
antes do pleito): Será considerada, para efeito de filiação partidária, a data de filiação do
candidato ao partido de origem. Somente podem concorrer às eleições candidatos registrados
por partidos.

1.1.2 Condições improprias: previstas na legislação eleitoral

Momento para aferição das condições de elegibilidade: “as condições de elegibilidade e as


causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de
registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao
registro que afastem a inelegibilidade”.

2 - INELEGIBILIDADE

2.1 Classificação das Inelegibilidades

2.1.1 Inelegibilidades Constitucionais: analfabetos (inegibilidade absoluta) e motivos funcionais


(inelegibilidade funcional – é relativa- auto desincompatibilização,
heterodesincompatibilicação), inelegibilidade reflexa (inelegibilidade por parentesco – é
relativa), serviço militar (< 10 anos se afasta, > 10 anos será agregado pela autoridade
superior) . +inegibilidade domiciliar -

Não se confundem as inelegibilidades e incompatibilidades. As inelegibilidades absolutas (art.


14, §4º - inalistáveis e analfabetos) ou relativas (art. 14, §9º), ocorrem antes das eleições. As
incompatibilidades, por sua vez, se diferenciam porque se aplicam após as eleições (art.54
CRFB).

Jurisprudência:
- Sumula vinculante nº 18 – dissolução da sociedade no curso do mandato NÃO afasta
inelegibilidade
DISTINGUINSH - A Súmula Vinculante nº 18 do STF não se aplica aos casos de extinção do
vínculo conjugal pela morte de um dos cônjuges (Informativo 747 STF, maio de 2014) – morte
– evento fortuito, objetivo impedir a hegemonia de um mesmo grupo familiar.
- Segundo o TSE, também a união estável (hetero ou homoafetiva) atrai a inelegibilidade
reflexa (REspe 23487 e REspe 24564);
- As hipóteses de inelegibilidades previstas no art. 14, §7º da Constituição Federal, inclusive
quanto ao prazo de seis meses, são aplicáveis às eleições suplementares (Informativo 802
STF, outubro de 2015).
A inelegibilidade do art. 14, §7º, da Constituição NÃO ALCANÇA o cônjuge supérstite
(sobrevivente, viúvo), quando o falecimento tiver ocorrido no primeiro mandato, com regular
sucessão do vice-prefeito e tendo em conta a construção de novo núcleo familiar.

2.1.2 Desincompatibilização: A desincompatibilização aplica-se ao membro do Poder


Executivo. Detentores de mandatos político- eletivo pelo Poder Legislativo (senadores,
deputados federais e estaduais e vereadores) não são afetados pela regra constitucional
acima. Lembrando que desincompatibilização aplica-se tão somente para ocupar outro cargo.
Desse modo, em caso de reeleição, não é necessário desincompatibilizar-se.

Regra: observado é de 6 meses antes das eleições. No entanto, existem três exceções que
alteram este entendimento:

CARGO QUE OCUPA PRAZO PARA CARGO


DESINCOMPATIBILIZAR PRETENDIDO
Aqueles que tenham ocupado cargo ou função 4 MESES PRESIDENTE
de direção, administração ou representação em
entidades representativas de classe, mantidas,
total ou parcialmente, por contribuições
impostas pelo poder público ou com recursos
arrecadados e repassados pela Previdência
Social.
Servidores públicos, estatutários ou não, dos 3 MESES PRESIDENTE
órgãos ou entidades da administração direta ou
indireta da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municípios e dos Territórios,
inclusive das fundações mantidas pelo Poder
Público. 
Membros do Ministério Público e Defensoria 4 MESES PREFEITO
Pública em exercício na Comarca. 
Autoridades policiais, civis ou militares, com 4 MESES PREFEITO
exercício no Município.
ATENÇÃO: No caso dos servidores públicos estatutários ou não, o afastamento  é
temporário, e ocorre sem prejuízo da remuneração ou licença. No entanto, o TSE entende
que o afastamento não será temporário se o servidor ocupar apenas cargo em comissão,
caso em que será exonerado. Para este caso, existe a exceção da exceção. Ou seja, se o
servidor tiver competência direta, indireta ou eventual, relacionada à tributação (auditor fiscal
da Receita Federal, analista de Tributos, etc.), aplica-se o prazo de 6 meses para a
desincompatibilização

2.2 Inelegibilidades Infraconstitucionais – previsão na LC nº 64:, art. 14, §9º


Hipóteses:
1º infração aos incisos I e II do art 55 da CRFB (incompatibilidades do cargo e decoro
parlamentar – período remanescente ao mandato + 8 anos

2º Inabilitação devido a impeachment de membros do executivo – governadores e prefeitos e


os seus respectivos vices. É mais grave que a inelegibilidade, já que diz respeito a toda e
qualquer função pública. – Período remanescente ao mandato + 8 anos

Prazo: o prazo de inelegibilidade desta alínea inicia-se na data da eleição do ano da


condenação e expira no dia de igual número de início do oitavo ano subsequente. Assim, ainda
que a inelegibilidade seja julgada em momento posterior à ocorrência da eleição, a
inelegibilidade é contada a partir da data da eleição, e não do julgamento da ação
respectiva. Duração – 8 anos a partir da eleição que se verificou

3º crimes contra econ. popular, fé publica, adm pública e patrimônio pub.; contra o sistema
financeiro, mercado de capitais e previstos na lei de falência; contra o meio ambiente e saúde
pública; eleitorais com cominação de pena privativa de liberdade; abuso de autoridade c/ a
condenação da perda do cargo; lavagem de bens/ tráfico de entorpecentes, afins, racismo,
tortura, terrorismo e hediondos; crimes de redução à condição análoga à de escravo; contra a
vida e a dignidade sexual; e praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;

Prazo: Aqui são situações que decorrem do art. 15, da CF/88. O prazo da inelegibilidade inicia-
se com a condenação, e vai até 8 anos após o cumprimento da pena. Por essa alínea, é possível
que o cidadão se torne inelegível antes mesmo da suspensão de seus direitos políticos. Isto
porque essa suspensão só ocorre a partir do trânsito em julgado da decisão condenatória. Já a
inelegibilidade inicia-se com a condenação prolatada por órgão colegiado.

4º hipótese: os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão


transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de
improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito,
desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o
cumprimento da pena;      

A improbidade administrativa pode causar a suspensão dos direitos políticos. Quando o


sujeito terminar de cumprir a pena de suspensão de direitos políticos, se iniciará a contagem
do prazo de inelegibilidade.

#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: a análise do enriquecimento ilícito pode ser realizada pela


Justiça Eleitoral, apartir do exame da fundamentação do decisum, ainda que não tenha
constado expressamente do dispositivo. Compete à Justiça Eleitoral verificar se está
comprovado ato doloso de improbidade que signifique ao mesmo tempo enriquecimento
ilícito e dano ao patrimônio público.

5º hipótese - os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do


órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional, pelo prazo de 8
(oito) anos, salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário;  Aqui a
condenação é administrativa. Se essa condição houver sido anulada ou suspensa pelo Poder
Judiciário, a inelegibilidade não se aplica.

6º hipótese Declarados indignos do oficialato- 8 anos contados da decisão.

7ª hipótese - Não tiveram as contas aprovadas por irregularidade insanável que configure ato
doloso de improbidade administrativa, por decisão irrecorrível do órgão competente – 8 anos
contados da decisão.

- lei da ficha limpa:

As principais inovações trazidas pela LC nº 135/2010 (Ficha Limpa) foram a substituição das
penas de inelegibilidade de três para oito anos e a possibilidade de imputação das
inelegibilidades sem necessitar aguardar o trânsito em julgado, bastando que a condenação
seja proferida por órgão colegiado. Quanto ao primeiro ponto, o STF decidiu que é possível a
aplicação retroativa da LC nº 135/2010, possibilitando o indeferimento do registro de
candidaturas pleiteadas por cidadãos condenados por órgãos colegiados do Judiciário antes da
sua publicação. E, quanto ao segundo ponto, nem se alegue que representa violação ao
princípio da presunção de inocência, que, além de não ser absoluto, cede em face da
necessidade de conferir uma proteção mais eficaz aos preceitos basilares da ética, da
moralidade e da preservação do interesse público primário.

- Registro de candidatos: nesse momento que os partidos e as coligações solicitam à Justiça


Eleitoral o registro das pessoas que concorrerão aos cargos eletivos.
QUANTIDADE DO PODER EXECUTIVO
Cada PARTIDO OU COLIGAÇÃO poderá indicar 1 candidato (com os respectivos vices).
- Presidente/vice – 1 candidato
- Governador/vice – 1 candidato
- Prefeito/vice – 1 candidato
QUANTIDADE DE SENADOR
- Anos em que houver a eleição de 2 Senadores – partido/coligação indicará 2
- Anos em que houver a eleição de apenas 1 Senador – partido/coligação indicará 1

Obs: magnitude da circunscrição: representa a quantidade de cadeiras que estão em disputa


em dada eleição. Na eleição para presidente só há uma cadeira disponível, logo, a magnitude
para essa eleição, mesma lógica é aplicável para governadores e prefeitos. Já para o senado,
existem 3 vagas, variando cada pleito a vacância de 2 cadeiras ou de 1 cadeira, devendo esta
ser observador para aferir a magnitude da circunscrição. Já para deputado federal e estadual
haverá variação de acordo com o estado, mesma lógica aplicável aos vereadores, pois
dependem da variação de acordo com o município

QUANTIDADE DE DEPUTADOS FEDERAL, DISTRITAL E ESTADUAl:


. A regra geral é que os partidos políticos possam registrar até 150% do número de vagas
abertas. Então, caso haja uma eleição em que tenham sido abertas 30 vagas, cada partido
poderá registrar até 45 candidatos (30 x 150% = 45) para aquele cargo. Mas pode ocorrer,
também, de o partido decidir disputar a eleição coligado a outro partido. Nesse caso,
independentemente do número de partidos coligados, o percentual será de até 200% sobre o
número de vagas abertas, o dobro.

QUANTIDADE DE VEREADORES:
Art. 10. Cada partido ou coligação poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a
Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no TOTAL DE ATÉ
150% (cento e cinquenta por cento) do número de lugares a preencher, SALVO:
II - nos Municípios de até cem mil eleitores, nos quais cada coligação poderá registrar
candidatos no total de até 200% (duzentos por cento) do número de lugares a preencher.

Em todos os cálculos
-Será desprezada a fração (arredonda para baixo) - se inferior a meio (0,5)
- E igualada a um (arredonda para cima) - se igual a meio (0,5) ou superior

Como em todas as fases do processo eleitoral, o registro de candidaturas também está sujeito
a prazos, portanto, tem período certo para iniciar e para terminar. O prazo começa a partir do
dia em que o partido realiza a convenção partidária, lembrando que elas devem ocorrer
entre os dias 20 de julho e 5 de agosto do ano eleitoral. Nesse contexto, é possível que algum
partido faça a convenção logo no início do prazo e que, imediatamente, solicite o registro dos
candidatos escolhidos. Ao contrário do prazo de início, a data de término é fixa e ocorre
sempre às 19horas no dia 15 de agosto do ano da eleição. Nesse dia, a Justiça Eleitoral
encerra o recebimento dos pedidos de registro de candidatura apresentados por partidos
políticos. Após esse prazo é possível o registro das vagas remanescentes, assim como a
substituição de candidatos (art. 13).

O candidato – escolhido em convenção partidária – tem o direito de ter seu nome indicado no
momento do pedido de registro de candidatura, que deve ser feito pelos partidos políticos e
pelas coligações partidárias dentro do prazo estipulado em lei. Entretanto, caso o partido,
injustificadamente, deixe de fazer esse pedido dentro do prazo, o candidato poderá fazê-lo.
Essa é uma medida que visa resguardar o futuro candidato de eventuais falhas ou
arbitrariedades cometidas por partidos que não queiram indicar as pessoas legitimamente
escolhidas em convenção partidária. Não obstante o direito do futuro candidato, a partir da
publicação da lista dos partidos/coligações, ele terá um prazo de, no máximo, 48 horas.

LOGO  Regra – até dia 15 e agosto do ano eleitoral


Exceções:
 Partido/coligação não registrou – 48h após publicação da lista (pelo
candidato)
 Vagas remanescentes – até 30d antes do pleito
 For declarado inelegível/renunciar/falecer após o prazo – 10d após o fato

-Apresentada a lista de candidatos a Justiça Eleitoral


- Esta analisará a adequação ao percentual
- Determinando que o partido ou coligação acrescentem candidatos ou retirem alguns se
necessário (Decisão do TSE)
- O juiz assinalará PRAZO DE 72 HORAS PARA REGULARIZAÇÃO
- Sob pena de indeferimento do demonstrativo de regularidade partidária, que prejudicará
todas as candidaturas do partido.

  documentos são de apresentação obrigatória no momento do pedido de registro de


candidatura: cópia da ata da convenção partidária, autorização do filiado ao partido para
incluir seu nome como candidato, prova de filiação partidária, declaração de bens, cópia do
título eleitoral, certidão de quitação eleitoral, certidões criminais da Justiça (Eleitoral, Federal e
Estadual), fotografia do candidato e, para candidatos aos cargos do Poder Executivo, propostas
defendidas.

Vale lembrar que o ato de registrar candidatos é um direito dos partidos, não uma obrigação.
Em função disso, eles podem deixar de registrar o número máximo para concorrer com menos
candidatos.

O juiz poderá abrir prazo de 72 horas para diligências, a fim de certificar-se da higidez ou para
complementação dos documentos que vimos acima:

#SELIGANASÚMULA - Súmula TSE nº 3/1992 - Possibilidade de juntada de documento com o


recurso ordinário em processo de registro de candidatos quando o juiz não abre prazo para
suprimento de defeito de instrução do pedido.

Obs.: Da cláusula de reserva de gênero: obriga a reservar vagas para cada sexo. De acordo
com essa cláusula, não é possível registrar apenas homens ou apenas mulheres. Será
necessário garantir vagas para cada sexo dentro dos percentuais de, no mínimo, 30% e de, no
máximo, de 70%. Supondo que um partido pudesse registrar 100 candidatos, ele deveria
apresentar, no mínimo, 30 pessoas de um dos sexos e, no máximo, 70 pessoas do outro. Isso é
feito para assegurar tanto a participação feminina quanto a participação
masculina na política. Vale esclarecer que esse percentual leva em consideração o número de
candidatos efetivamente registrados, e não o número máximo de candidatos que o partido
poderia ter registrado. No exemplo acima, é possível que o partido decida registrar apenas 50
candidatos (mesmo podendo registrar 100). Nesse caso, ele não poderá alegar que, de acordo
com o número máximo de candidatos, há 70 vagas para homens e 30 vagas para mulheres e
que, em função disso, decidiu preencher apenas as vagas para homens. O correto é retirar os
percentuais do número de candidatos efetivamente registrados. Logo, serão 30% e 70%
aplicados sobre 50 e não sobre 100.

COMPETÊNCIA PARA REGISTRO DE CANDIDATURAS


Juiz eleitoral TER TSE
Prefeito e vice Governador e vice Presidente e vice

Vereador Senador

Juiz de Paz D deputado Federal

Deputado Estadual

COMPETÊNCIA PARA EXPEDIR DIPLOMA

TSE TER JUNTAS (NÃO juiz)


Presidente e Governador e vice, Prefeito
vice dep. federais/estaduais e
Vereadores
senadores

1. NOME PARA REGISTRO DO CANDIDATO


Procedimento para candidatos com nomes iguais (HOMONÍMIA):
 Chama para comprovar que são conhecidos pelo nome indicado
 Verificar se já utilizou o nome quando do exercício de mandato eletivo ou se
concorreu com tal nome
 Comprovar que são conhecidos política, social ou profissionalmente com o
nome
#SELIGANASÚMULA - Súmula TSE nº 4/1992 - Não havendo preferência entre candidatos que
pretendam o registro da mesma variação nominal, defere-se o do que primeiro o tenha
requerido.

A Justiça Eleitoral não permitirá o uso pelo candidato de nome de candidato já registrado à
eleição majoritária, exceto se
 Detentor de mandato eletivo e 
 Utilize ou tenha utilizado esse nome.

2. SUBSTITUIÇÃO DO CANDIDATO: só será possível até 20 dias ANTES DAS


ELEIÇÕES.
Permite-se a SUBSTITUIÇÃO pelo partido/coligação, se o candidato indicado
 For considerado inelegível
 Renunciar
 Falecer
 Tiver indeferido ou cancelado o registro

- Ocorrendo algumas hipóteses acima, o partido 


 Por decisão da MAIORIA ABSOLUTA DO ÓRGÃO EXECUTIVO 
 Terá PRAZO DE 10 DIAS para indicar o substituto
 A contar do fato ou da ciência da decisão que deu origem.

Lembrar: 
 Em caso de agrupamento de partidos
 Não é necessário que o substituto seja do mesmo partido
 Podendo ser de qualquer dos partidos coligados
 Desde que o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de
preferência

3.CANCELAMENTO DO REGISTRO
Mesmo se escolhido em Convenção e registrado para concorrer às eleições, se o candidato for
expulso do partido ao qual está filiado, terá o registro cancelado.

Cancelamento do registro
 até a data da eleição
 for expulso do partido
 assegurada ampla defesa
 decretado pela justiça eleitoral
 com solicitação do partido

 PRAZO PARA JULGAMENTO DOS PEDIDOS DE REGISTRO: 20 DIAS ANTES DAS ELEIÇÕES
 O candidato cujo registro esteja sub judice 
 PODERÁ EFETUAR TODOS OS ATOS RELATIVOS À CAMPANHA ELEITORAL
 Inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e 
 Ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa
condição
 FICANDO A VALIDADE DOS VOTOS A ELE ATRIBUÍDOS CONDICIONADA AO
DEFERIMENTO DE SEU REGISTRO POR INSTÂNCIA SUPERIOR.

- Impugnação de registro de candidatos – AIRC:

A AIRC é uma ação eleitoral voltada para impedir que as pessoas escolhidas em Convenção
partidária sejam registradas perante a Justiça Eleitoral, por três razões:
 falta de atendimento das condições de elegibilidade;
 existir alguma das hipóteses de inelegibilidade; ou
 não apresentação dos documentos necessários ao registro de candidatura.

Natureza Jurídica: A AIRC constitui uma ação cível de conteúdo declaratório, não implicando
qualquer repercussão penal. Do julgamento da AIRC haverá uma declaração negativa que
impede o registro regular do candidato.

Legitimidade ativa para a AIRC: Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou
ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de
registro de candidato, impugná-lo em petição fundamentada.
OBS.: O prazo de cinco dias para o Ministério Público impugnar o registro inicia-se com a
publicação do edital, caso em que é excepcionada a regra que determina a sua intimação
pessoal.
- COMPETENCIA:
juiz eleitoral – prefeito, vice prefeito e vereador
TRE: senador, deputado federal e estadual, governador e vice-governador
TSE: presidente e vice-presidente
OBS.: Essa decisão deve ser apresentada pelo Juiz até 3 dias da conclusão, prazo em que se
iniciará a contagem para o recurso.
Procedimento:
o Petição Inicial: Deve observar os requisitos do art. 319, do NCPC. Há uma
ressalva quanto ao art. 319, do NCPC, vez que as ações eleitorais não
possuem valor da causa, não há custas, condenação em honorários de
advogado.
o Testemunhas: Podem ser arroladas até 6 testemunhas. O TSE entende que
é inadmissível a apresentação de rol de testemunhas em momento
posterior à petição inicial. 
o Citação
o Defesa Escrita: O prazo para a defesa escrita é de 7 dias, sendo possível
também indicar até 6 testemunhas
o Dilação Probatória: Deve ser realizada nos 4 dias seguintes, não havendo
oitiva das partes; Os atos eleitorais são matérias de ordem pública, e,
nesse contexto, não são passíveis de confissão, razão pela qual não há
oitiva das partes.
o Diligências: Podem ser determinadas de ofício ou a requerimento e devem
observar o prazo de 5 dias
o Alegações Finais: Neste caso, há o prazo comum, inclusive para o
Ministério Público, de 5 dias.
o Decisão: A decisão poderá ser pela procedência ou improcedência da
ação. Se a decisão for pela procedência, haverá uma relação de
prejudicialidade em relação ao registro de candidatura. Ou seja, o registro
de candidatura obrigatoriamente deverá ser indeferido.
Recurso: Deve observar o prazo de 3 dias.
TRE/TSE
 Remetidos os autos ao TSE/TRE a Secretaria respectiva autuará o processo e
apresentará ao Presidente, que distribuirá e determinará vista Procurador
Regional ou ao Procurador Geral, para parecer. O parecer deve ser
apresentado em 2 dias 
 Findo o prazo, com ou sem parecer, os autos serão enviados ao relator, que os
apresentará em mesa para julgamento, em 3 dias, independentemente de
publicação em pauta.
 Faculta-se às partes a apresentação de alegações finais no 2 (dois) dias
(Resolução nº 23.398/2013 c/c LC nº 64/90, art. 22, X).
 Inclusão em pauta para julgamento, independentemente de publicação. 
 Poderão ser realizadas até duas reuniões para a discussão do processo. 
 Relatório, sustentação oral e voto do relator. 
 Julgamento e proclamação do resultado. Leitura e publicação do acórdão,
passando, a partir daí, a correr o prazo de 3 dias para recurso do acórdão para
o TSE, se for o caso

OBS: Com a decisão de inelegibilidade do candidato, para que o partido político não fique sem
candidato, permite-se a indicação de novo candidato, ainda que já tenha expirado o prazo para
registro das candidaturas.
TOPICO - Da ação de impugnação de mandato eletivo. Da investigação judicial eleitoral. Do
Mandado de Segurança.

1. AIME- Ação de Impugnação de Mandato Eletivo


A AIME é uma ação eleitoral que tem sede constitucional, vejamos o que dispõe o art.
14, § 10 e 11 da CF:
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias
contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,
corrupção ou fraude. 
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o
autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
Portanto, são três as hipóteses de cabimento da AIME expressamente previstas, mais
uma quarta que analisaremos a seguir:
• Corrupção;
• Fraude;
• Abuso de Poder Econômico
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA:
 O TSE entende que para configurar uma das hipóteses de AIME é necessária a constatação da
potencialidade lesiva capaz de afetar as eleições.

A quarta hipótese mencionada acima se refere ao ajuizamento da AIME quando


envolver violações à Constituição Federal não arguidas em tempo oportuno. Existem algumas
regras constitucionais que trazem regras eleitorais para cujo descumprimento não há previsão
de uma ação eleitoral específica. Nesses casos, poderá ser apresentada a AIME, desde que o
fato impugnado já não tenha sido objeto de análise em ação judicial anterior.
1. Cabimento da AIME segundo o TSE
São hipóteses em que o TSE admite o cabimento da ação:
 Ac.-TSE, de 22.11.2011, nos ED-REspe nº 73493 (abuso do poder econômico
entrelaçado com abuso do poder político);
 Ac.-TSE, de 6.9.2005, no RO n° 893 (boca de urna e captação ilícita de sufrágio);
 Ac.-TSE, de 17.6.2003, no AMC n° 1276 (captação ilícita de sufrágio).

2. Não Cabimento da AIME segundo o TSE
São Hipóteses em que o TSE entende pelo Descabimento da AIME:
 Ac.-TSE, de 13.12.2011, no AgR-REspe nº 160421 (para arguir questões relativas à
inelegibilidade);
 Ac.-TSE, de 12.5.2011, no REspe nº 36643 (inelegibilidade de prefeito itinerante);
 Ac.-TSE, de 12.2.2009, no REspe n° 28420; Ac.-TSE, de 9.8.2007, no Ag n° 6522
(condutas vedadas a agentes públicos);
 Ac.-TSE, de 23.4.2009, no REspe n° 35378 (duplicidade de filiação partidária);
 Ac.-TSE, de 7.4.2009, no REspe n° 28226; Ac.-TSE, de 31.10.2006, no AgR- ° 6869
(utilização indevida dos meios de comunicação social);
 Ac.-TSE, de 24.5.2005, no AgR-REspe nº 24806 (condição de elegibilidade);
 Ac.-TSE, de 19.8.2003, no REspe nº 21291 (pesquisa eleitoral);
 Ac.-TSE, de 5.10.1999, no REspe nº 16085 (corrupção administrativa).

3. Legitimidade Ativa: Poderá ingressar com a AIME o candidato (ou pré-


candidato), o partido político, a coligação bem como o Ministério Público Eleitoral.      
4. Legitimidade Passiva : Diplomados infratores de abuso de poder
econômico ou político ou que cometeram fraude ou corrupção eleitoral.
*#ATENÇÃO: Quanto ao abuso de poder político, entende o TSE que a AIME, em regra, não
engloba o abuso de poder político ou de autoridade, exceto quando tais práticas tenham
conexão com o abuso do poder econômico (neste sentido, conferir o Ac. TSE no. 28.581, Rei.
Min. Felix Fischer, j.21.08.2008, Dj 23.09.2009, p. 15).
5. Prazo 
O prazo para ajuizamento da AIME é de 15 dias, contados da diplomação. Esse prazo
é decadencial, de modo que ultrapassado o prazo de 15 dias, o interessado perde o direito
subjetivo de acionar judicialmente candidato eleitoral e diplomado.
6. Procedimento
Trata-se de uma ação que tramita em segredo de justiça e é gratuita, salvo se
temerária ou comprovada a má-fé.
Atualmente, o procedimento da AIME é disciplinado pela Resolução 21.634/2004, que
determinou a aplicação do mesmo procedimento utilizado pela AIRC. 
Caso julgada procedente a AIME haverá a desconstituição do diploma concedido ao
candidato e se já estiver exercendo o cargo político, o julgamento impõe a perda do mandato
eletivo.

1. AIJE- Ação de Investigação Judicial Eleitoral


A AIJE está prevista no art. 22 da Lei 64/90. Trata-se de ação que tem por finalidade
apurar o abuso de poder político ou econômico nas eleições, que possa afetar a normalidade e
a legitimidade do processo eleitoral. 
#ISSOCENUMCONTA: Também é cabível AIJE quando houver uso indevido dos meios de
comunicação. 
1.Natureza Jurídica: A AIJE é uma ação cível, de conhecimento, constitutiva que visa
decretar a inelegibilidade do candidato por abuso de poder nas eleições, arrecadação, gastos
e doações irregulares.
2. Legitimidade Ativa
Poderão ingressar com a AIJE o candidato (ou pré- candidato), o partido político, a
coligação bem como o Ministério Público Eleitoral. 
                              
É importante relembrarmos que, do mesmo modo da AIRC, não poderão ajuizar a AIJE,
conforme entendimento do TSE, o partido político coligado em ação individualmente proposta,
o eleitor e o diretório de partido político. 
3. Legitimidade passiva 
São legitimados passivos os pré-candidatos, ou seja, aqueles que pretendem registrar a
candidatura perante a Justiça Eleitoral. O TSE entende que não há litisconsórcio passivo
necessário quanto à legitimidade passiva no caso de eleições majoritária entre os candidatos
aos cargos titulares e seus vices, isto porque os requisitos são analisados individualmente.
4. Prazo : No que diz respeito ao prazo inicial, o AIJE poderá ser proposto a
partir do registro da candidatura, tal como vimos em relação ao AIRC. O que
define qual das ações deve ser proposta é o que se pretende impugnar. 
#OLHAOGANCHO: O TSE já permitiu o ingresso com o AIJE mesmo antes de iniciado o processo
eleitoral.  No RO nº 1.530, o TSE analisou uma decisão em AIJE, processada e julgada fora do
período eleitoral, dada a potencialidade de abuso do poder pelo uso indevido dos meios de
comunicação e abuso do poder econômico, em razão da ampla tiragem de um veículo de
comunicação distribuído gratuitamente.
A AIJE poderá ser proposta até o final do processo eleitoral. No entanto, o TSE já
considerou que a AIJE poderá ser proposta a qualquer tempo, desde que capaz de
caracterizar abuso do poder econômico que possa influenciar negativamente nas eleições
vindouras.
5.Competência 
Na eleição para os cargos de Presidente e Vice-Presidente a ação será ajuizada perante
o Corregedor-Geral da República. Na ação em relação aos cargos de Governador e Vice-
Governador, Senador da República, Deputados Federais e Estaduais, a competência será do
Corregedor Regional Eleitoral. Não há, contudo, previsão no art. 22 quanto à competência para
julgar o AIJE proposta contra o Prefeito e Vice-Prefeito. Isso ocorre porque não há
corregedoria no âmbito municipal. Desse modo, nas eleições para Prefeito, vice-Prefeito e
vereador a competência para processar e julgar a AIJE é do Juiz Eleitoral.                               
6. Procedimento 
Essa ação adota o rito sumaríssimo, que está previsto no art. 22, da LC nº 64/90.
 Petição Inicial: Deve observar os requisitos do art. 319, do NCPC, salvo o valor
da causa.
 Testemunhas: Até no máximo de 6 testemunhas.
 Citação.
 Defesa Escrita: O prazo para defesa é de 5 dias, podendo ser arroladas
também 6 testemunhas.
 Dilação Probatória: Também não há oitiva das partes, devendo ser realizada a
dilação probatória em até 5 dias.
 Diligências: Podem ser determinadas de ofício ou a requerimento das partes,
tendo o prazo de 3 dias.
 Alegações Finais: prazo comum de 2 dias, inclusive para o Ministério Público.
 Decisão: Pode ser de procedência ou improcedência, observa o seguinte:
 Procedência: Surgem as seguintes consequências: Inelegibilidade pelo
período de 08 (oito) anos; Cassação do Registro ou Diploma; Anulação
dos Votos;
 Improcedência;
 Recurso: o prazo é de 3 dias, e, como essa decisão deve ser publicada no Diário
Oficial do Poder Judiciário, o prazo observará tal publicação.

Quando a competência for do TRE ou TSE, não haverá distribuição de processos no Tribunal,
sendo que a competência será do respectivo Corregedor que atuará como relator. Se o
Corregedor entender que não há elementos mínimos para a Investigação, poderá indeferi-la
de logo, podendo a parte legitimada recorrer ao pleito do Tribunal, que, caso julgue
procedente o recurso, a ação retornará ao Corregedor que retomará desde o início o
procedimento da ação.
7. Procedência da AIJE: Se julgada procedente a AIJE, será declarada a
inelegibilidade do representado que permanecerá inelegível para as eleições que se realizarem
nos próximos oito anos. Além disso, será cassado o registro, informando-se, também o
Ministério Público para apurar eventual crime eleitoral.
#ATENÇÃO: para a configuração do ato abusivo, não será considerada a potencialidade de o
fato alterar o resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o
caracterizam.

-DIFERENÇAS DA AIME E AIJE E AIRC:

AIME AIJE AIRC


O objetivo é impedir que o político que O objetivo é relatar e indicar indícios e O objetivo é impedir que as pessoas
obteve o cargo por meio de abuso de circunstâncias de indevidas, de desvio escolhidas em Convenção Partidária
poder econômico, corrupção ou fraude ou abuso de poder econômico ou sejam registradas perante a Justiça
assuma o cargo. poder de autoridade ou utilização Eleitoral, por 3 razões: falta de
indevida de veículos de comunicação atendimento das condições de
em benefício de determinado elegibilidade; existir alguma das
candidato hipóteses de inelegibilidade; ou não
apresentação dos documentos
necessários ao registro de candidatura
Prevista pelo art. 14, § 10 da CRFB/88 Prevista pelo art. 22 da LC 64/90 Prevista pelo art. 3º e seguintes da LC
Disciplinada pela resolução n.º 64/90, tendo aplicação subsidiária do
21.634/2001 ou aplicação do CPS
procedimento da AIRC
Pode ser apresentada por qualquer por o Pode ser apresentada por qualquer o Pode ser apresentada por a qualquer
candidato (ou pré- candidato), partido candidato (ou pré- candidato), partido candidato, partido político, coligação
político, pela coligação, bem como o político pela coligação, bem como o ou ao Ministério Público, no prazo de
Ministério Público Eleitoral qualquer em Ministério Público Eleitoral até a data 5 (cinco) dias, contados da publicação
até 15 dias após a diplomação, sendo da diplomação.                                 do pedido de registro de candidato,
este prazo DECADENCIAL impugná-lo em petição
OBS.: É importante relembrarmos que, fundamentada
do mesmo modo da AIRC, não poderão
ajuizar a AIJE, conforme entendimento
do TSE, o partido político coligado em
ação individualmente proposta, o eleitor
e o diretório de partido político. 
Natureza jurídica: ação constitucional, Natureza jurídica: ação civel de Natureza jurídica: ação cível de
com conteúdo declaratória e conhecimento, constitutiva que visa conteúdo declaratório, buscando uma
mandamental, pois busca a impugnação decretar a inelegibilidade do candidato declaração negativa para impedir o
de mandato de eletivo e, por abuso de poder nas eleições, registro regular do candidato
consequentemente, a desconstituição do arrecadação, gastos e doações
diploma concedido a candidato. Caso já irregulares.
esteja exercendo o cargo politico, o
julgamento impõe a perda do mantado
eletivo

 Condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas Eleitorais:

Observar que buscar proibir aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes
condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos
eleitorais:

1) Entre as proibições está a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios, por 


parte da administração pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de
emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução
orçamentária no exercício anterior.
2) Também fica vedada a execução de programas sociais por entidade nominalmente
vinculada a candidato. Além disso, é proibido gastar com publicidade dos órgãos
públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da
administração indireta, desde que os valores excedam a média dos gastos no primeiro
semestre dos três  últimos anos que antecedem o pleito. Veja:

 Restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal no último ano de mandato


- Proibição de aumento de despesa com pessoal nos 180 dias anteriores ao final do mandato
do titular de Poder ou órgão — LRF — artigo 21, § único
- Aplicação imediata das vedações previstas no § 3º do artigo 23 da LRF, caso a despesa com
pessoal exceda aos limites no primeiro quadrimestre do último ano de mandato do titular de
Poder ou órgão. -  LRF — artigo 23, § 4º
Ao poder executivo:
- Proibição ao titular de Poder ou órgão de contrair obrigação de despesa, nos dois últimos
quadrimestres do seu mandato, que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou
que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa — LRF — artigo 42.

Aplicação imediata das vedações previstas no § 1º do artigo 31 da LRF, caso a dívida


consolidada exceda o limite no primeiro quadrimestre do último ano de mandato do Chefe do
Executivo. LRF — art. 31, § 3º. Prazo: Quadrimestre imediatamente seguinte àquele em que
ocorrer extrapolação do

- lei das eleições: condutas vedadas por parte dos agentes públicos:

Ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou


imóveis pertencentes à administração direta ou indireta, ressalvada a realização de
convenção partidária (exceção: uso, em campanha, pelo candidato a reeleição de
Governador e Vice-Governador do Distrito Federal, de suas residências oficiais para
realização de contatos, encontros e reuniões pertinentes à própria campanha, desde que
não tenham caráter de ato público) — Lei nº 9.504/97 — artigo 73, I e § 2º Resolução TSE
nº 20.988/02 — artigo 36, I e § 2º.
- Usar materiais ou serviços, custeados pelos Governos ou Casas Legislativas, que excedam
as prerrogativas consignadas nos regimentos e normas dos órgãos que integram — Lei nº
9.504/97 — artigo 73, II Resolução TSE nº 20.988/02 — artigo 36, II.
- Ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta do Poder
Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato,
partido político ou coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se o servidor
ou empregado estiver licenciado — Lei nº 9.504/97 — artigo 73, III Resolução TSE nº
20.988/02 — artigo 36, III.
- Fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação,
de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados
pelo Poder Público — Lei nº 9.504/97 — artigo 73, IV Resolução TSE nº 20.988/02
— artigo 36, IV.
- Nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou
readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda,
ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, sob pena de nulidade de pleno
direito, ressalvadas:
a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de
confiança;
b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou
Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República;
c) a nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início daquele prazo;
d) a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de
serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo;
e) a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes
penitenciários. Lei nº 9.504/97 — artigo 73, V Resolução TSE nº 20.988/02 — artigo 36. Prazo:
3 meses que antecedem o pleito e até a posse dos eleitos.
 - no prazo de 3 meses antes das eleições: Realizar transferência voluntária de recursos da
União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios, sob pena de nulidade de pleno
direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação formal preexistente para
execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, e os destinados a
atender situações de emergência e de calamidade pública. Lei nº 9.504/97 — artigo 73, VI, a
Resolução TSE nº 20.988/02 — artigo 36, VI,
eleições.
- Com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado,
autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da
administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim
reconhecida pela Justiça Eleitoral (aplica-se apenas aos agentes públicos das esferas
administrativas cujos cargos estejam em disputa na eleição, cabendo à Justiça Eleitoral o
reconhecimento dessa exceção). Lei nº 9.504/97 — artigo 73, VI, b e § 3º Resolução TSE nº
20.988/02 — artigo 36, VI, b e §§ 5º e 6º. Prazo: três meses que antecederem as eleições.

- Fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral gratuito,


salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e
característica das funções de governo (aplica-se apenas aos agentes públicos das esferas
administrativas cujos cargos estejam em disputa na eleição, cabendo à Justiça Eleitoral o
reconhecimento dessa exceção). Lei nº 9.504/97 — artigo 73, VI, c e § 3º Resolução TSE nº
20.988/02 — artigo 36, VI, c e §§ 5º e 6º. Prazo: três meses que antecederem as eleições.
- Realizar despesas com publicidade dos órgãos públicos ou das respectivas entidades da
administração indireta, que excedam a média dos gastos nos três últimos anos que antecedem
o pleito ou do último ano imediatamente anterior à eleição, prevalecendo o que for menor . Lei
nº 9.504/97 — artigo 73, VII Resolução TSE nº 20.988/02 — artigo 36, VII. Prazo: 1º de janeiro
a 30 de junho.
- Fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos que
exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição. Lei nº
9.504/97 — artigo 73, VIII Resolução TSE nº 20.988/02 — artigo 36, VIII. Prazo: a partir de
nove de abril e até a posse dos eleitos.
- Contratar shows artísticos pagos com recursos públicos na realização de inaugurações. Lei nº
9.504/97 — artigo 75 Resolução TSE nº 20.988/02 — artigo 39. Prazo: a partir de 6 de julho.
- Aos candidatos a cargos do Poder Executivo, participar de inaugurações de obras públicas.
Lei nº 9.504/97 — artigo 77 Resolução TSE nº 20.988/02 — artigo 40. Prazo: nos três meses
que precedem o pleito.

Ponto 3 - Do Alistamento Eleitoral: ato e efeitos da inscrição, transferência e


encerramento. Cancelamento e exclusão do eleitor. Do domicílio eleitoral.

O alistamento eleitoral é o procedimento administrativo de inscrição e qualificação dos


eleitores. O exercício do direito de voto depende da verificação pela Justiça Eleitoral do
preenchimento dos requisitos constitucionais e legais indispensáveis. O cidadão apresenta em
zona eleitoral o Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE).

As quatro grandes operações de alistamento eleitoral são: o alistamento propriamente dito, a


revisão, transferência e a segunda via.

Requisitos: comprovação de domicilio eleitoral (lugar de residência ou moradia)*,

*O TSE já pacificou o entendimento que o domicílio eleitoral não se confunde,


necessariamente, com o domicílio civil. A circunstância de o eleitor residir em determinado
município não constitui obstáculo a que se candidate em outra localidade onde é inscrito e
com a qual mantém vínculos profissionais, políticos, familiares, patrimoniais, comunitários e
comerciais).
Procedimento – comparece ao cartório eleitoral ou posto de alistamento, munido da
documentação pertinente (identidade, quitação militar, cert. De nascimento, comprovação de
idade mínima – 16 anos)

1- Alistamento
RAE – req. De alistamento eleitoral
Nat. Jurídica: administrativo, mas se houver recurso passa a ter natureza judicial
(conflito de interesses).
- Do deferimento – cabe recurso pelo Part. Político – prazo 10 dias a contar da
disponibilização de informações
- Do indeferimento – cabe recurso pelo interessado – prazo 5 dias

Obs.: a lei de eleições prevê que o alistamento e a transferência não poderão ser feitos
nos 150 dias que antecedem o pleito eleitoral.

2 via: Em caso de perda ou extravio do título, dede que não haja nenhuma alteração
dos dados constantes do cadastro, assim como de sua inutilização ou dilaceração, o
eleitor deverá solicitar pessoalmente ao juiz de seu domicílio eleitoral que lhe expeça a
segunda via. Também é permitido solicitar segunda via em zona eleitoral diversa, mas,
nesse caso, deve o eleitor indicar se pretende receber o documento na zona eleitoral
de origem ou naquela onde requereu. É possível solicitar até 10 dias antes da eleição.
Porém, o eleitor, mesmo sem o título, poderá votar regularmente ao apresentar outra
documentação que o identifique perante a mesa receptora de votos.
2- Transferência: A transferência somente será utilizada caso haja prévia inscrição no
cadastro eleitoral. É importante perceber que se o interessado comparecer à Justiça e
mencionar que deseja alterar o domicílio eleitoral, mas não for identificada inscrição
eleitoral, será caso de alistamento, e não de transferência.
somente será realizada caso haja mudança de domicílio, significa necessariamente
mudança de município. Desse modo, a alteração de zona eleitoral dentro do mesmo
município não acarreta transferência, já que não há alteração do domicílio eleitoral.
Requisitos: requerimento até o 151º dia antes das eleições, decurso do prazo de 1
ano desde a última transferência, mínimo de 3 meses de residência do domicilio
(exceto servidores removidos/transferidos), quitação com a justiça eleitoral,
comprovação/declaração de domicilio.
- Do deferimento – cabe recurso pelo Part. Político – prazo 10 dias a contar da
disponibilização de informações
- Do indeferimento – cabe recurso pelo interessado – prazo 5 dias

3- Revisão: A revisão será utilizada pelo eleitor que necessitar:


1º alterar o local de votação dentro do mesmo município, com ou sem alteração da
zona eleitoral;
2º para retificar dados pessoais;
3º para regularizar a situação de inscrição cancelada.

Do cancelamento e da exclusão:

Cancelamento: a inscrição permanecerá inativa no cadastro poderá o interessado requer novo


alistamento, caso em que restabelecerá o mesmo número de inscrição.
Exclusão: a inscrição é eliminada do sistema eleitoral, podendo o interessado requerer novo
alistamento, caso em que receberá novo nº de inscrição

CE é técnico, utilizando o cancelamento e exclusão como sinônimos

Art. 71 (código eleitoral): São causas de cancelamento:


– infração aos art 5º ( os analfabetos, os que não saibam exprimir-se na língua nacional, os
que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos + militares são
alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou
suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de
oficiais) e 42 (domicilio eleitoral)
– a suspensão ou perda dos direitos políticos;
– a pluralidade de inscrição;
– o falecimento do eleitor; (exclusão)
– deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas.

embora façamos a “correção” do CE quando ele mencionar exclusão, para aprova devemos
adotar os termos “cancelamento” e “exclusão” como sinônimos, a não ser que a questão
indique tal diferenciação.

ponto 3 - Da votação: atos preparatórios, início e encerramento. Dos lugares de votação, das
seções eleitorais e das mesas receptoras. Da polícia e da fiscalização perante as mesas
receptoras. Da apuração

atos preparatórios: os juízes eleitorais designarão e publicarão, com antecedência de 60 dias


da eleição, os lugares de votação, devendo ser dada preferência aos prédios públicos, somente
se recorrendo aos particulares quando aqueles não forem suficientes – nessa publicação
deverá conter a seção com a numeração ordinal e local em que deverá funcionar com
indicação da localização. Além disso, é expressamente vedado o uso de propriedade de
candidato, membro do diretório do partido, delegado de partido, autoridade policial e
respectivos cônjuges e parentes, consanguíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive.
Não poderão ser localizadas seções eleitorais em fazenda, sítio ou qualquer propriedade rural
privada, mesmo existindo no local prédio público.
Há especial preocupação com a escolha dos locais de votação de mais fácil acesso para o
eleitor
com deficiência e com mobilidade reduzida.

Da publicação dos locais de votação, o partido poderá dirigir reclamação ao juiz em três dias,
cabendo recurso, no mesmo prazo, para o TRE. Esgotados tais prazos, verifica-se a preclusão
para alegar a proibição de seções eleitorais em fazenda, sítio ou qualquer propriedade rural
privada.

Atenção: A cada seção corresponde uma mesa receptora (arts. 119 a 130, CE), que é
composta por presidente, 1º e 2º mesários, dois secretários e um suplente, todos nomeados
pelo juiz eleitoral 60 dias antes das eleições, em audiência pública.
- Caso não compareçam, sem justa causa, no local, dia e hora determinados, aos membros da
mesa se aplicará sanção de multa. Não podem compô-la, candidatos e seus parentes até o 2º
grau, membros de diretórios de partidos, que exerçam função executiva, autoridades policiais,
os que pertencerem ao serviço eleitoral.
Da nomeação: os partidos podem reclamar ao juiz em 2 dias da audiência, sob pena de
preclusão.
Atribuições:
Ao presidente da mesa compete, entre outros, receber os votos, decidir as dúvidas que
ocorrerem exercer a polícia dos trabalhos (junto com o juiz). – Ele quem declara iniciada a
votação e que procede o encerramento da urna - devendo remeter à junta eleitoral a mídia do
resultado em embalagem lacrada, com os req. De justificativa, caderno de votação e ata da
mesa receptora. Ele retém as vias do boletim de urna para conferir os resultados da respectiva
seção na página do TSE, comunicando ao juiz qualquer inconsistência.
Aos secretários compete distribuir aos eleitores senhas de entrada, lavrar a ata da eleição e
cumprir as demais obrigações que lhes forem atribuídas – substituem o presidente

+ os partidos e coligações poderão fiscalizar todas as fases do processo de votação e apuração


das eleições e o processamento eletrônico da totalização dos resultados, bem como escolher
fiscais e delegados para tal função, no máximo de dois por seção e desde que maiores de 18
anos.

++ todos os programas de computador de propriedade do Tribunal Superior Eleitoral utilizados


nas urnas eletrônicas para os processos de votação, apuração e totalização, poderão ter suas
fases de especificação e de desenvolvimento acompanhadas por técnicos indicados pelos
partidos, OAB e Ministério Público, até seis meses antes das eleições.
- Concluídos os programas de computador, serão eles apresentados, para análise, aos
representantes credenciados dos partidos políticos e coligações, até 20 dias antes das
eleições, nas dependências do Tribunal Superior Eleitoral, podendo os partidos e coligações
apresentar, em 5 dias, impugnação. Após a apresentação e conferência, serão lacradas cópias
dos programas-fonte e dos programas compilados.
- A carga ou preparação das urnas eletrônicas será feita em sessão pública, com prévia
convocação dos fiscais dos partidos e coligações para a assistirem e procederem aos atos de
fiscalização, inclusive para verificarem se os programas carregados nas urnas são idênticos aos
que foram lacrados.
No dia da eleição, será realizada, por amostragem, auditoria de verificação do
funcionamento
das urnas eletrônicas, através de votação paralela, na presença dos fiscais dos partidos e
coligações.
Os partidos poderão, inclusive, constituir sistema próprio de fiscalização, apuração e
totalização dos resultados, contratando, inclusive, empresas de auditoria de sistemas, que,
credenciadas junto à Justiça Eleitoral, receberão, previamente, os programas de computador e
os mesmos dados alimentadores do sistema oficial de apuração e totalização.
Por fim, o Boletim de Urna (BU) conterá os nomes e os números dos candidatos nela votados,
sendo entregue uma cópia, pena de configurar crime, aos partidos e coligações cujos
representantes o requeiram até 1 hora após a expedição.

SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO E TOTALIZAÇÃO DOS VOTOS

Apesar de a legislação conceder à Justiça prazo de 10 dias para apurar o resultado das eleições,
em regra a finalização dos trabalhos ocorre em 24 horas no máximo. Graças ao sistema
eletrônico. Eventualmente, o sistema poderá apresentar falhas. A votação manual será
utilizada apenas em situações excepcionais.
- Regra - Sistema eletrônico
- Exceção - Podendo o TSE autorizar, excepcionalmente, votação manual

Voto no exterior: poderá votar o eleitor nas eleições presidenciais. As seções serão
organizadas
nas embaixadas e consulados – devem ser habilitar
Voto em trânsito: poderá ocorrer nas presidenciais e estaduais – governo, senado e deputados
(estes últimos apenas se a votação ocorrer no mesmo Estado da federação do domicílio
eleitoral de origem).
Obs.: para votar em trânsito, o eleitor deverá habilitar-se perante a Justiça Eleitoral no período
de até quarenta e cinco dias da data marcada para a eleição, indicando o local em que
pretende votar;

Preso provisório: tendo em vista que a suspensão dos direitos políticos só ocorre com o
trânsito em julgado da sentença penal condenatória, o TSE regulamentou o voto do preso
provisório e a instalação de seções eleitorais especiais em estabelecimentos prisionais e
unidades de internação de adolescentes. A previsão, contudo, deve ser compatibilizada com a
eventual transferência do preso para outro presídio que o impeça de requerer a transferência
da inscrição eleitoral dentro de 151 dias antes da eleição, por meio de uma interpretação
conforme ao art. 91, CE, que, de acordo com Daniel Sarmento, não deve se aplicar à
transferência de domicílio eleitoral do preso provisório;
“Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido dentro
dos cento e cinquenta dias anteriores à data da eleição. (não se aplica ao voto do preso
provisório transferido para presídio distinto do seu domicílio eleitoral)”

Dos procedimentos de voto:


- do princípio da verdade eleitoral e do combate às fraudes nas diversas fases do alistamento.
Atualmente regulamentada entre os arts. 59 a 62 da Lei nº 9.504/97, a votação e a totalização
dos votos serão feitas por sistema eletrônico, podendo o Tribunal Superior Eleitoral
autorizar, em caráter excepcional, o voto nas cédulas oficiais.
- escolha do número do candidato ou legenda partidária - nas eleições proporcionais será
computado a legenda partidária para os votos
- Ao final da eleição, a urna eletrônica procederá à assinatura digital do arquivo de votos, com
aplicação do registro de horário e do arquivo do boletim de urna, de maneira a impedir a
substituição de votos e a alteração dos registros dos termos de início e término da votação. O
sigilo e a inviolabilidade, dessa forma, restam assegurados, garantida aos partidos políticos,
coligações e candidatos ampla fiscalização.

Da polícia e da fiscalização perante as mesas receptoras

Fiscalização :

- Cada partido político ou coligação poderá nomear 2 (dois) delegados para cada município e 2
(dois) fiscais para cada mesa receptora 
§ 1º Nas mesas receptoras, poderá atuar 1 (um) fiscal de cada partido político ou coligação por
vez, mantendo-se a ordem no local de votação.
§ 2º O fiscal poderá acompanhar mais de uma seção eleitoral.
§ 3º Quando o município abranger mais de uma zona eleitoral, cada partido político ou
coligação poderá nomear dois delegados para cada uma delas 
§ 4º A escolha de fiscal e delegado de partido político ou de coligação não poderá recair em
menor de 18 (dezoito) anos ou em quem, por nomeação de juiz eleitoral, já faça parte de mesa
receptora, do apoio logístico ou da junta eleitoral.
§ 5º As credenciais dos fiscais e delegados serão expedidas, exclusivamente, pelos partidos
políticos e pelas coligações, sendo desnecessário o visto do juiz eleitoral.
§ 6º Para efeito do disposto no § 5º deste artigo, o presidente do partido político, o
representante da coligação ou outra pessoa por eles indicada deverá informar, até 2 de
outubro, no primeiro turno, e 23 de outubro, no segundo turno, aos juízes eleitorais os nomes
das pessoas autorizadas a expedir as credenciais dos fiscais e delegados .
§ 7º O credenciamento de fiscais se restringirá aos partidos políticos e às coligações que
participarem das eleições no município.§ 8º O fiscal de partido político ou de coligação poderá
ser substituído no curso dos trabalhos eleitorais .

§ 9º Para o credenciamento e atuação dos fiscais nas seções eleitorais instaladas nos
estabelecimentos penais e de internação de adolescentes, deverá ser observada a ressalva
contida no § 1º do art. 49 desta Resolução.

Art. 133. Os candidatos registrados, os delegados e os fiscais de partidos políticos e de


coligações serão admitidos pelas mesas receptoras a fiscalizar a votação, formular protestos e
fazer impugnações, inclusive sobre a identidade do eleitor.
Art. 134. No dia da votação, durante os trabalhos, é obrigatório o uso de crachá de
identificação pelos fiscais dos partidos políticos e das coligações, vedada a padronização do
vestuário 
§ 1º O crachá deverá ter medidas que não ultrapassem 12cm (doze centímetros) de
comprimento por 10cm (dez centímetros) de largura e conter apenas o nome do fiscal e o
nome e a sigla do partido político ou da coligação que representa, sem referência que possa
ser interpretada como propaganda eleitoral.

§ 2º Caso o crachá ou o vestuário estejam em desacordo com as normas previstas neste artigo,
o presidente da mesa receptora orientará os ajustes necessários para que o fiscal possa
exercer sua função na seção.

 Da polícia:

Art. 135. Ao presidente da mesa receptora e ao juiz eleitoral, caberá a polícia dos trabalhos
eleitorais.
Art. 136. Somente poderão permanecer no recinto da mesa receptora os membros que a
compõem, os candidatos, 1 (um) fiscal e 1 (um) delegado de cada partido político ou coligação
e, durante o tempo necessário à votação, o eleitor, mantendo-se a ordem no local de votação 

§ 1º O presidente da mesa receptora, que é, durante os trabalhos, a autoridade superior, fará


retirar do recinto ou do edifício quem não guardar a ordem e a compostura devidas e estiver
praticando qualquer ato atentatório à liberdade eleitoral 
§ 2º Salvo o juiz eleitoral e os técnicos por ele designados, nenhuma autoridade estranha à
mesa receptora poderá intervir em seu funcionamento 
Art. 137. A força armada se conservará a 100m (cem metros) da seção eleitoral e não poderá
aproximar-se do lugar da votação ou nele adentrar sem ordem judicial ou do presidente da
mesa receptora, exceto nos estabelecimentos penais e nas unidades de internação de
adolescentes, respeitado o sigilo do voto 

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