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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

MYUNG HEE FIGUR e VANESSA AMORIM

REATOR EM BATELADA SEQUENCIAL - RBS

Porto Alegre
2011/1
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. Reator em Batelada

Um reator batelada não admite entrada nem saída de reagentes ou


produtos durante o processamento da reação. Todos os reagentes são
introduzidos no reator de uma só vez. Em seguida são misturados e reagem
entre si. Após algum tempo, os produtos obtidos também são descarregados
de uma só vez. Nesse tipo de reator, as variáveis como temperatura e
concentração não variam com a posição dentro do reator, mas variam com o
tempo.
O reator batelada é utilizado para operação em pequena escala, para
teste de novos processos que ainda não foram completamente desenvolvidos,
para a fabricação de produtos caros e para processos que são difíceis de
converter em operações contínuas.
Esse tipo de reator tem a vantagem de permite que altas conversões
possam ser obtidas, deixando o reagente no reator por longos períodos de
tempo, mas é também o que tem a desvantagem de estar associado a alto
custo de mão-de-obra por batelada, devido ao tempo perdido durante a
alimentação, o esvaziamento e a limpeza (o chamado “tempo morto”), que
pode até inviabilizar o processo, além disso mostra dificuldade na produção em
grande escala.

1.2. Reator em Batelada Sequencial (RBS)

A tecnologia do reator em batelada sequencial (RBS) é bem conhecida


pela sua simplicidade e baixo custo, e tem sido amplamente utilizada em
aplicações de tratamento de águas residuais industriais.

(o que é)  Colocar coisas do slide do sor. Esquema na Figura 2

Figura 2: Representação Esquemática do RBS


Sistemas RBS contêm dois ou mais tanques de reator que são operados
em paralelo, ou um tanque de equalização e um tanque de reator. O tipo de
tanque utilizado depende das características do fluxo de águas residuais (por
exemplo, volume alto ou baixo).

Essas unidades são normalmente instalados em situações onde não há


rede pública de esgoto e onde um tanque séptico não é aceitável para o
ambiente. A SBR trata os efluentes de um nível muito elevado (normalmente a
15 mg / L de sólidos suspensos e 10 mg / L DBO) que é apropriado para
descarregar directamente para um curso de água. Ela supera muitos dos
problemas comuns associados com o pacote unidades de tratamento de
esgotos domésticos.

O processo RBS é muitas vezes definido como um reator de mistura


completa onde ocorrem todas as etapas do tratamento. Isso é conseguido
através do estabelecimento de ciclos de operação (Figura 2) com durações
definidas. A massa biológica permanece no reator durante todos os ciclos,
eliminando dessa forma a necessidade de decantadores separados e das
elevatórias de recirculação do lodo. A Fig. 3 apresenta os ciclos normais de
tratamento, sendo eles:

a) Enchimento: entrada de esgoto bruto ou decantado no reator;

b) Reação: aeração/mistura da massa líquida contida no reator;

c) Decantação: decantação e separação dos sólidos em suspensão do


esgoto tratado;

c) Descarga ou esvaziamento: retirada do esgoto tratado do reator;

d) Repouso: ajuste de ciclos e remoção do lodo excedente.

Figura 2: Representação esquemática de um ciclo operacional.


Figura 3: Princípio de um ciclo no reator em batelada seqüencial.

A fase do enchimento fornece a adição do efluente podendo ser estático,


misturado ou aerado, dependendo do objetivo do tratamento. O enchimento
estático resulta no mínimo de energia inserida e alta concentração de substrato
até o final do enchimento. O enchimento com mistura resulta na desnitrificação,
se nitratos estão presentes, uma subseqüente redução de demanda de
oxigênio e da energia inserida. O enchimento comaeração resulta no começo
da reação aeróbia. Se o enchimento com mistura é selecionado, a
concentração de substrato, a concentração de oxigênio dissolvido e a
concentração de nitrato variam durante o período de enchimento.

A etapa da reação tem por objetivo completar as reações iniciadas na


fase do enchimento. A fase de reação é realizada com mistura completa,
podendo ser em condições anóxicas/anaeróbias e aeróbias.

A fase de decantação é a separação sólido-líquido. Esta fase é


semelhante ao que acontece em clarificadores de tratamentos biológicos,
sendo mais eficiente do que os decantadores contínuos. A etapa de descarga
é a retirada do efluente tratado do sistema.

1.2.1. Vantagens:

 Alta qualidade do efluente, reduz os poluentes principais,


incluindo amônia por 96%, e ruduz fosfatos em 88%;
 RBS opera em um sistema de armazenamento e processamento
em lotes - armazenando o efluente em horários de pico e
tratando-os em pequenos lotes ao longo do dia - garantindo assim
que cada grupo recebe o tempo de tratamento completo;
 Não há partes móveis ou componentes elétricos dentro do
tanque. Todas as funções dentro do tanque são operados por
energia eólica, gerada por um pequeno compressor / ventilador;
 O processo é simples. Uma vez que todos os processos da
unidade são operados em um único tanque; não sendo
necessarios tanque de sedimentação e o bombeamento do lodo
ativado;
 Instalação compacta;
 Operação é flexível.

1.2.2. Desvantagens:

 Decarga de uma batelada pode exigir compensação antes


da desinfecção;
 São necessárias habilidades complexas para a
manutenção de instrumentos, dispositivos de monitorização e
válvulas automáticas;
 É difícil de ajustar os tempos de ciclo para as pequenas
comunidades;
 As lamas devem ser eliminadas com frequência;
 Consumo específico de energia é elevado.

2. APLICAÇÃO INDUSTRIAL

2.1. Re..

...

3. MEMORIAL DESCRITIVO
4. FOLHA DE ESPECIFICAÇÃO

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