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FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA

PEDRO LEONARDO FONSECA DOS SANTOS

A Tomada do Poder

SÃO GONÇALO – RJ
2021
FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA

PEDRO LEONARDO FONSECA DOS SANTOS

A TOMADA DO PODER

Artigo Científico apresentada à Faculdade Única de


Ipatinga, como parte das exigências para a obtenção do
título de Pós-graduado em História do Brasil.

SÃO GONÇALO – RJ

2021
A TOMADA DO PODER

PEDRO LEONARDO FONSECA DOS SANTOS

RESUMO

Nesse artigo falarei brevemente sobre a trajetória de Getúlio Vargas desde a quebra da oligarquia do café com
leite, que influenciou na revolução de 1930 que gerou novos moldes não somente para o cenário político como
também para a história do país como a criação de ministérios e leis que dariam direitos ao voto feminino e aos
trabalhadores que posteriormente massificaria sua figura como o pai dos pobres entre outros assuntos que
geraram a suspensão da constituição que causou a revolução constitucionalista exigindo assim a criação de uma
assembleia constituinte.

Palavras chaves: Getúlio Vargas. João Pessoa. Eleições. Revolução

Introdução

A partir das campanhas eleitorais de 1929, o cenário político nacional mudou


totalmente, a partir da “traição” do presidente Washington Luís (eleito por São Paulo) ao
acordo da política do café com leite, não respeitando a ordem de sucessão de candidatos, pois
seria a vez de Minas Gerais de eleger seu candidato, então essa oligarquia foi desfeita e os
mineiros se juntaram aos gaúchos para criar uma nova chapa, a aliança liberal, para concorrer
contra os paulistas na candidatura para presidente. Após perderem as eleições começa um
movimento golpista para não deixar o candidato paulista (eleito) e assim assumir o poder, já
que alegavam que a eleição foi fraldada. E assim surge os principais personagens do
movimento revolucionário de 1930, onde começaria a era Vargas com o governo provisório,
que foi entregue pelos militares logo após a sua chegada ao Rio de Janeiro. Pouco anos depois
São Paulo se levantava em uma tentativa de golpe exigindo uma constituição mesmo saindo
derrotados conseguiram que se fosse convocada a assembleia constituinte pouco tempo
depois.

Desenvolvimento

Nas primeiras décadas de república no Brasil, ficou conhecido como república velha
ou do café com leite, devido ao acordo oligárquico entre São Paulo e Minas Gerais. Esse
acordo foi desfeito quando os Paulistas não respeitaram a vez dos Mineiros elegerem seu
candidato a presidência da república, assim lançando a candidatura de Júlio Preste, que logo
receberia a “benção” do então presidente Washington Luís, nessa época o candidato que
recebia o apoio do presidente era praticamente o vencedor antes mesmo das eleições.

Em plena campanha eleitoral, estourou em outubro de 1929 a crise mundial. Ela


apanhou a cafeicultura em uma situação complicada. A defesa permanente do
café gerara a expectativa de lucros certos, garantidos pelo Estado. (FAUSTO,
1995, p. 320)

Com o acordo desfeito, os mineiros se aliaram a oligarquia gaúcha e lançaram a


campanha da Aliança Liberal que viria como presidente (governador) do Rio Grande do Sul,
Getúlio Vargas e João Pessoa para seu vice, e como já se esperava a Aliança Liberal perdeu
as eleições, e Júlio Prestes não assumiu o cargo de presidente da república devido ao golpe
dado em 1930.

A Getúlio Vargas e João Pessoa, chamada de Aliança Liberal, fez uma


campanha forte, mas foi vencida por mais de 300 mil votos pela chapa
governista encabeçada por Júlio Prestes. A derrota urdiu o golpe. (BUENO,
2010, p.332)

Segundo Fausto (1995), a Aliança liberal defendia o interesse em geral das elites
dominantes e incentivar a produção em geral com a proposta de leis que trariam benefícios ao
trabalhador como a lei de férias, aposentadoria e a regulamentação do trabalho do menor.
Diferente da política da república velha que como de costume visava beneficiar os
cafeicultores.
Em 1929, João Pessoa defendeu uma renovação dos deputados federais na bancada
que representava seu estado, a Paraíba, com o objetivo de afastar a influência de João
Suassuna, ex-presidente da Paraíba, pelo fato de João Suassuna apoiar a candidatura de Júlio
Prestes e Vital Soares para presidente, e isso fez com que a tensão aumentasse cada vez na
Paraíba. Disposto a punir seu ex aliado, o “coronel” José Pereira chefe político da cidade de
Princesa (atual Princesa Isabel, no sul da Paraíba), João Pessoa fechou as divisas da Paraíba
com Pernambuco proibindo os moradores da região de comercializarem seus produtos com
capital pernambucana, então João Pessoa determinou que toda a comercialização fosse feita
pelo porto paraibano de Cabedelos onde todos os produtos deveriam pagar tributos.
Em fevereiro de 1930, o coronel José Pereira com mais de dois mil homens armados,
a maioria jagunços, partiram para confronto “a bala” com a polícia que havia sido enviada
para desarmar os coronéis da região.
Para conter a revolta João Pessoa dá ordens a polícia para invadir as casas e os
escritórios de pessoas suspeitas de serem aliadas de João Suassuna afim de desarticula-los.
Em uma dessa invasões foram descobertas e apreendidas cartas trocadas entre João Dantas e
a poetisa e professora primária Anaíde Beiriz, e para se vingar de João Dantas entregaram a
aliados de João Pessoa ao coronel José Pereira, mandou publicar no jornal algumas dessas
cartas, já que João Dantas supostamente teria um caso com Anaíde Beiriz que não era bem
visto pela sociedade da época.
No dia 26 de junho de 1930, indo contra o conselho de seus aliados, João Pessoa foi a
Recife, e João Dantas que estava em Olinda (cidade vizinha a Recife), ao saber que João
Pessoa estaria na confeitaria Glória, no Centro de Recife, vai ao local e diz: “Sou João Dantas
a quem tanto humilhastes e maltratastes”, e atirou três vezes, a queima roupa, acertando o
peito de João Pessoa que morreu no local. João Dantas é baleado de raspão e preso junto com
seu cunhado Moreira Caldas.
João Dantas e seu cunhado teriam sido mortos por 8 homens da tropa revolucionária
numa chacina dentro da casa de detenção no Recife, no dia 6 de outubro de 1930, porém na
versão oficial João Dantas teria se suicidado, e Anaíde Beiriz teria tomado veneno dias depois
para se suicidar.
Apesar de João Pessoa ter sido contra o golpe, seu assassinato foi de fato o motivo
para que jovens políticos gaúchos, aliados de Getúlio Vargas e os tenentes dessem partida
para a revolução.

Apesar das adesões, em meados de 1930 a conspiração revolucionarias andava


mal. Um acontecimento inesperado veio lhe dar alento. A 26 de julho, João
Pessoa era assassinado em uma confeitaria do Recife por João Dantas, um de
seus adversários políticos. O crime combinava razões privadas e públicas, mas,
na época, só se Deus destaque às ultimas, pois, as primeiras arranhariam a figura
de João Pessoa como mártir da revolução. (FAUSTO. 1995, p. 332)

Segundo Bueno (2010) Após um discurso na câmara gaúcha de Lindolfo Collor, e sem
qualquer declaração extraordinária de Vargas, é dada a autorização para Oswaldo Aranha dar
início aos preparativos para o golpe. Convencido que a revolução seria o único jeito de deter
os paulistas, Oswaldo Aranha usa de seu cargo de secretário de interior do Rio grande do Sul
para encobrir os preparativos da revolução, e Oswaldo Aranha encomenda armas da
Checoslováquia e mantém contanto com os tenentes exilados da revolta de 1922 e 1924, que
estavam exilados no Uruguai e na Argentina.
Essa negociação com os tenentes sofreu baque quando Luís Carlos Preste convertido
ao Marxismo revolucionário, diz que não participaria do golpe, alegando ser uma revolução
burguesa, no qual o objetivo era substituir uma oligarquia reacionária por outra. Oswaldo
Aranha já havia dado 80 mil dólares à Luís Carlos Preste foi usado para pagar sua entrada em
Moscou, para o partido comunista soviético, e mais tarde parte do dinheiro foi usando na
intentona comunista para tentar derrubar o governo de Vargas.
Segundo Bueno (2010) Juarez Távora se destacou como um herói para a Revolução
de 1930, sendo de uma linha mais teórica de mesmo, mesmo sendo contrário a Luís Carlos
Preste, Távora se tornou uma importante peça nas operações militares no norte e nordeste do
país na revolução assim se tornando depois governador provisório da região.
Vargas segue até o Rio de Janeiro de trem e ao desembarcar fez uma chegada triunfal
vestindo uma farda militar, um chapéu de guacho de aba larga e um lenço vermelho em seu
pescoço. Sua tropa seguiu os mais de 1.500 km montados a cavalo. E ao chegarem ao Rio de
janeiro as montarias profanaram do símbolo da cultura europeia, o obelisco da Avenida
Central (atual Av. Rio Branco), amarrando seus cavalos aos pés do obelisco, esse se tronou
um marco da revolução.
A revolução teve início 3 de outubro por volta das 17:30 horas, horário do final do
expediente dos quarteis, isso de certa forma facilitou e muito na prisão de oficiais em suas
casas, em Porto alegre todos os quarteis já haviam sido tomados até o início da noite por
Oswaldo Aranha e pelo tenente-coronel Góes Monteiro, chefe militar da revolução, em meio
a essa tomada dos quarteis 20 pessoas morreram.
Em Minas Gerais houve resistência e os confrontos duraram 5 dias, até os sodados que
estavam ao lado do governo ficarem sem suprimentos, na Paraíba por um erro de comunicação
só deram início a revolta pela madrugada do dia 4 de outubro, assim Juarez Távora tomou o
governo. Todos os estados nordestinos exceto a Bahia aderiram ao movimento, Apenas São
Paulo, Pará e Bahia se mantiveram fiéis ao governo central.
Em Itararé no estado de São Paulo fronteira com o Paraná, estava preste a acontecer
um terrível e sangrento combate, cidade ficou completamente vazia devido as notícias de que
as tropas revolucionarias iriam bombardeá-la, a sendo assim no dia 18 de outubro, os
moradores com medo saíram de suas casas em busca de segurança em cidades vizinha e na
zona rural.
Aproximadamente 6 mil homens das tropas do 2° batalhão de Itapetininga, 4° batalhão
da capital, além de tropas de Itu e Quitaúna, tinham alguns aviões e 4 canhões a sua disposição,
comandados pelo Coronel Pais de Andrade, estavam preparados para lutar com 8 mil
revolucionários armados com 18 canhões. O coronel Pais de Andrade havia recebido ordens
de “defender a cidade a todo transe”. Era previsto para o dia 24 um combate de grandes
proporções, até que chegou a informação que o Presidente Washington Luís havia sido
deposto no Rio de Janeiro. As tropas do coronel Pais de Andrade se renderam e Itararé entrou
para história como “a batalha que não aconteceu”.
O presidente Washington Luís foi deposto no dia 24 de outubro, mesmo tendo dito que
só sairia morto do poder, os militares que o depuseram haviam tomado uma parte do Palácio
do Catete, onde o presidente ficava, e aguardaram até o início da noite porque Washington
Luís se recusava a recebe-los, e por volta das 18 horas a pedido do cardeal D. Leme ele
concordou em receber o general Tasso Fragoso, que também era seu amigo pessoal, que pediu
para que ele renunciasse para evitar mais derramamento de sangue, e o presidente foi direto
ao dizer que renunciaria e que só sairia do palácio morto, mais ou menos uma hora depois ele
saiu preso, algemado e deposto. Washington Luís foi deposto pelos generais Tasso Fragoso,
Mena Barreto e pelo almirante Isaias de Noronha que formavam a “junta governativa”, essa
“junta” de militares no dia seguinte assumiram o poder e com a deposição do presidente, a
batalha do Itararé não aconteceu, assim evitando um possível massacre.
No dia de sua deposição, o repórter Roberto Marinho acompanhado de um fotografo,
acompanhou todo o fato desde de a entrada dos militares, a negociação feita pelo Cardeal Dom
Leme afim de convencer o presidente e o momento em que Washington Luís já deposto e
rendido deixava o palácio do catete em um luxuoso Lincoln rumo ao forte Copacabana onde
ficaria preso antes do ser exilados do país.
Vargas ao saber das insinuações do General Bertoldo Klinger do Rio de Janeiro, em
que os militares permaneceriam no poder, Vargas telegrafou imediatamente para Mello
Franco, o ministro do exterior da junta, e disse que os ministros da junta seriam aceitos como
colaboradores e não dirigentes. Então a proposta de Vargas foi passada a junta e o líder militar
do golpe, o general Gois Monteiro, anunciou que a junta assumiria o poder até a chegada de
Getúlio ao Rio de Janeiro (capital federal).
Na manhã de 31 de outubro de 1930, Getúlio Vargas vindo de trem da cidade de São
Paulo chegava ao Rio de Janeiro, trajando seu uniforme militar, um lenço vermelho em seu
pescoço e um chapelão de aba larga. O povo estava em massa nas ruas para saudá-lo em seu
trajeto pelas ruas da cidade.
Na tarde de 3 de novembro no palácio do Catete, Vargas pela última vez trajava sua
farda, e nesse mesmo dia o general Tasso Fragoso entregou-lhe o poder provisório do país.
Em seu discurso Tasso Fragoso menciona os heróis de 1889 que obraram com o Marechal
Deodoro da Fonseca e Benjamin Constant a derrubada da monarquia, o general Tasso Fragoso
foi cadete de Benjamin Constant 41 anos antes, por isso seu discurso criticou e culpando as
ações do presidente deposto Washington Luís pelo seu autoritarismo, orgulho, prepotência
que causaram a revolução.
Logo após Getúlio tomar posse do governo do Brasil, anistiou os tenentes revoltosos
da revolta de 1922 a 1924, já os militares inclusive os tenentes (jacobinos) apoiaram a
revolução mesmo não sendo uma revolução militar. Em 11 de novembro Vargas suspendeu a
constituição e nomeou interventores para todos os estados para assumirem os lugares dos
governadores exceto em Minas Gerais e isso aumentou o conflito com São Paulo. Criou os
ministérios da educação, da saúde, do trabalho, da indústria e do comercio.

“[...] A aprovação e a implementação de direitos sociais estariam, desta forma,


no cerne de uma ampla política de revalorização do trabalho caracterizada como
dimensão essencial de revalorização do homem. O trabalho passaria a ser um
direito e um dever; uma tarefa moral e ao mesmo tempo um ato de realização;
uma obrigação para com a sociedade e o Estado, mas também uma necessidade
para o próprio indivíduo encarado como cidadão [...].” (Pandolfi, 1999, p.55)

A partir de momento surgiu um estado forte, paternalista, centralizador e nacionalista.


Em meio a tantos protestos da parte dos trabalhadores Vargas cria leis trabalhista, limitando
a jornada de trabalho à 8 horas, estabelecendo o salário mínimo, a regulamentação do trabalho
feminino e de menores de 14 anos e a criação a carteira profissional de trabalho para maiores
de 16 anos. Os sindicatos foram regulamentados e as greves foram proibidas e os sindicatos
que fossem contra ao governo eram fechados.

“O enquadramento dos sindicatos foi estabelecido pelo Decreto nº 19.770 de


19de março de 1931, que dispunha de sobre a sindicalização das classes
operarias e patronais, mas eram as primeiras o foco de interesse. O sindicato foi
definido como órgão consultivo e de colaboração com o poder público. [...] "
Decreto nº19.770 vigorou até 1934, quando foi substituído pelo de nº24 694, de
12 de julho de 1934. A principal alteração consistiu na adoção do princípio da
pluralidade sindical, isto é, da possibilidade de reconhecimento de mais de um
sindicato representativo de uma categoria profissional. [...]" (FAUSTO. 1995,
p.335)
Vargas acabou com a política liberal das “políticas dos fazendeiros” e visava o bem
para o Brasil, o governo dele passou a obrigar que as empresas estrangeiras a pagar 8% dos
lucros enviados para as matrizes no exterior como tributos a governo e ter pelo menos 2 terços
dos funcionários brasileiros.
Em 1930, Vargas passara vinte e quatro horas e São Paulo antes de seguir para o Rio
de Janeiro. Nesse pouco espaço de tempo que passou em São Paulo foi o suficiente em cometer
um erro político nomeando o coronel João Alberto de Barros interventor do estado,
substituindo Plinio Barreto que sucedeu a José Maria Whitaker nomeado pela junta Militar
que depôs Washington Luiz. Com a posse de João Alberto aumentou a disputa pelo partido
Republicano Paulista disputado pelo Partido Democrático e a Legião Revolucionária. Com o
objetivo de juntar os tenentistas, a população em apoio a João Alberto, mas a elite se opôs
fortemente contra ele.
A insatisfação paulista com o governo já era evidente, já que Varga mudara algumas
coisas com a troca de governo de João Alberto para Pedro Toledo, além de Oswaldo Aranha
assumir o lugar do paulista Jose Maria Whitaker no ministério da fazenda e o esvaziamento
de poderes do Instituto do Café para dar fim a “república dos fazendeiros”.
Após a morte de quatro jovens paulista durante uma manifestação de rua, vários setores
da sociedade paulista se voltaram pedindo a constitucionalização do Brasil, entre os setores
tinham cafeicultores, industrialistas e a alta classe média.
No dia 9 de julho de 1932, a revolução teve início em São Paulo quando o
interventor Pedro Toledo aclamado governador civil da revolução, em 23 de maio Pedro
Toledo telegrafou para Vargas dizendo que haviam se esgotados os meios de evitar a
revolução já que a guarnição local aderira ao movimento. O planejado era invadir a capital
federal, Rio de Janeiro, mas o plano se saiu como o planejado devido a mudança de posição.
A luta durou quase três meses foram enormes o número de mortos que os revolucionários
eram aproximadamente 8,5 mil homens e as tropas do governo 18 mil homens, quando as
tropas do governo tomaram São Paulo os revolucionários decidiram se render as tropas
chefiadas pelo General Gois Monteiro.
Vargas concluiu que para permanecer no poder, teria que convocar uma assembleia
constituinte, afinal a constituição foi suspendida, o senado e câmara foram dissolvidos, já que
ele assumiria provisoriamente o governo.
Terminada a luta em São Paulo, iniciaram-se os preparativos para a
reconstitucionalização: a comissão encarregada de elaborar o anteprojeto
constitucional foi convocada e organizaram-se partidos políticos. Na data
prevista, realizaram-se as eleições e, em 15 de novembro de 1933, instalou-se
enfim a Assembleia Nacional Constituinte[...]. (D’Araujo, 2017, p.25)

Em 3 de maio de 1933, forma eleito os 214 constituintes a eles se juntaram 40


sindicalistas de patrões e operário, já que nos moldes fascistas italianos e espanhol eles tinham
direito a esse lugar para assegurado no congresso. Em 15 de novembro de 1933, os 254
deputados deram início ao trabalho de elaborar a nova constituição em menos de um ano a
nova carta é promulgada no dia 16 de julho de 1934. Ao estabelecer uma república federalista,
a constituição se inspirava na da República de Weimar (regime que governou a Alemanha
após a primeira guerra mundial). Em 15 de julho a constituição havia sido votada e aprovado
e os mesmos deputados que a fizeram elegeram Vargas indiretamente através de uma votação
na assembleia com 175 votos, em segundo lugar ficou Borges de Medeiros com 59 votos.

Conclusão

Graças a “benção” dada pelo presidente Washington Luís ao candidato paulista que
deveria perder as eleições, causou um desconforto político que levou ao fim da oligarquia café
com leite, já que todo candidato apoiado pelo então presidente ganharia facilmente as eleições.
Com a oligarquia desfeitas os mineiros buscaram apoio na oligarquia gaúcha onde se aliaram
e criam a aliança liberal que veio para tentar competir, mas perderam as eleições.
Em 1930 os revolucionários, que tinham a origem na aliança liberal, comandada por
Getúlio Vargas, tomaria o poder após alguns conflitos sangrentos entre tropas revolucionarias
e tropas do governo. Vargas junto aos seus homens de confiança buscaram apoio de militares,
ex-militares exilados e políticos influentes para garantir o sucesso dessa revolução e seu
sucesso foi garantido, e após assumir o governo Vargas logo revogou o exilio dos tenentes,
criou ministérios que são importantes até os dias de hoje, criou leis para regulamentar o
trabalho, impôs regras para as empresas nacionais e estrangeiras e conquistou o povo devido
seu trabalho em promover o direito das grandes massa populares como o voto por exemplo,
por isso até hoje é chamado e conhecido pelas pessoas mais velhas como o melhor presidente
e/ou pai dos pobres. Vargas entrou para história com um dos presidentes mais populares,
influentes e importantes de toda a história nacional.
Em 1932 com uma nova revolução “batendo na porta” Vargas toma providencias para
impedir que ela tenha sucesso e após quase três meses de combate a batalha se encerra com a
rendição dos revolucionários, não só os revolucionários, mas também o povo paulista queria
uma constituição para o país, já que Vargas suspendera quando assumiu provisoriamente o
governo, então Vargas se vê obrigado a atender a essa reivindicação para permanecer no poder
e em 1934 fica pronta a nova carta magna do Brasil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUENO, Eduardo. Brasil uma história: cinco séculos de um país em construção. ed. Leya,
São Paulo, 2010.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2ed. São Paulo. Universidade de São Paulo; Fundação de
desenvolvimento da educação, 1995.
D’ARAUJO, Maria Celina. Getúlio Vargas. 2 ed. Câmara dos deputados. Brasília, 2017.
(Série perfis parlamentares. N. 72)
PANDOLFI, Dulce. Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getúlio
Vargas, 1999
Severo, Manuel. As Cartas de João Dantas e a Morte de João Pessoa. Seminário Cariri
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Memória O Globo. Chegada ao poder Começa o ciclo de Getúlio, Jornal O Globo. 31 DE
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http://memoria.oglobo.globo.com/jornalismo/primeiraspaginas/chegada-ao-poder-
8894409.Acessado em: 20.06.21
Fausto, Boris. História do Brasil por Boris Fausto, Era Vargas (parte 1). Youtube. Disponível
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Fausto, Boris. História do Brasil por Boris Fausto, Era Vargas (parte2). Youtube Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=C3Kk76GKk3E. Acessado em: 20.08.2021
O Governo Provisório. Colégio web. 01/06/2012 Disponível em:
https://www.colegioweb.com.br/revolucao-de-1930-e-a-era-de-vargas1930-1945/o-governo-
provisorio.html. Acessado em: 18.06.2021

Fernandes, Leticia. Era Vargas: Um jovem repórter consegue a foto histórica. Jornal Extra
online. 28/062015.Disponível em: https://extra.globo.com/noticias/brasil/era-vargas-um-
jovem-reporterconsegue-foto-historica-16581682.html. Acessado em: 21.06.2021

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