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JOAQUIM ROQUE - -- - ,
REZAS E BENZEDURAS
POPULARES
PROf. JOAQUIM ROQUE
REZAS E BENZEDURAS
POPULARES
(E tnograf i a A l ente j ana )
• 9 • •
"IN E HVA, CO M EWC I""
r"lIl.'lS A C.", L."
.II .. II .... UfS
.. " J ...
)
PREFÁCIO
- F ei em 1940 que ouvi , 1JeI a 7)rimeira vez, falelT ele Joaquim RO(1Ue,
ao ler um livro q!IC me deS1JCr toll vivo i/lteresse.
Mal sabia cu que, tempos de corridos, entraria em cordiais Tela~
çOes epistOlares com mil jove m illvcstiyculor 7W$ domínios largu fsshnos
da Et nografia. TratclVa-se tb Professor Jouc/ ltim R oque, o autor de
~ Alentejo cem por cento"
Não havia dilvicla nenhuma de que estáva mOs e"~ presença de um
n ovo escritor, com illdiscutiveis quahdocles para marcar pOsição séria
na v ida.
RecDnllcCClldo-lhe reais qualidades de ilwcst igador. abri_lhe de
par em par as pági7!as do cA rquivc de Medicina POp/tla r:. , secçcio que
venho dirigindo no cJamal do lI1cclico , e pttTa a qual convidei t odoS
aqueles que, meSmo sem serem médicas, quisessem corttribuir para o
conhecimento de tão importante ramo da Etnografia. O professo r
Joaquim Roque accrreu à minha chamada e tem sido um dos mais
assiduos e competelltes colaboradores. Habituei-me a verificar com que
atenção e escnlpulo recolhia c material fOlclórico e como inteligente-
mente o comparava e interpreta va. E assim, através dOs est udos de
folclore , as nOssas relações de amizade f oram t omando- se cada veo:
mais fortes.
No entanto devo dizer, em nOme da verdade que ndo f Oi apenas
uma raztlo de amizade que me levou a aceder ao' honroso convite de
Joaquim Roque para escrever este prefáciO, mas ta mbém pres tar home_
nagem aos ilwulgares merecimel, tos do autor e estimulá-lo a COllti/lUar
a seguir O seu caminho ende j á marcou, lIitidamell(e, a Slla personali-
dad e. • .
O auter de cRezas e benzeduras populares) é um exemplO
de tenacidade e de f orça de vCll t ade, servido por uma hi.Cicla inteligéll -
ela . Fil ho de Pais humildes e de jrueos recursos financeiros, fez-se, pode
afirmar-se, por si próprio. Nll seeu em Perogfwrda, segllndo liaS ülforma,
a Aldeia mais ca raete risticct do Baixo Alent ejo do COll cell1O de F er-
reira do Alentejo. '
A afirmaçáo de que PeroyllCtrcla é a Alelda mais caracteristica do
Ba'ixo Ale,dejo demollstra 1á, em JcarJuim RO(l lle , um amor profltlldo d
T erra onde 1lasceu e ai estilo as ra zões da sua vaixdo pelos traiJalll O$
de f olclore, o seu estudo às OO/SClS que o Povo crlCl e selite e am.a.
" ,OT Ilc eNsino primário (Oficial) e de cllsino 8ecu ,
P roJ..,ç, d" d t.
, / ) JOII(/lIim Roq ue tcm de !cc! o o pouco empo lavre q
n 6."A•
( parllCII ar " á' S to I , o ue lhe
rrs/(I, (I I• ( . • • '" o "/I
r IIJ(llItM del/ti/icOs e h cr n CIS. e (O S pro/essores ...
.
rios fossem CIIIIIO ~o(/qllim Roq/le, que (l s tIS serlllços Se Jj('Q~
,"1111(1
5
. cntelll cnte colhemos tull o.utro ensallnc., Vana
Ma Ls r~~" benzer ele entorse ou de cUnha clesme1ltida , E~te d.~ste
Igualmente Jlk . Ho: '
_E' Cb50: - carne fo!~,a~a nervo tôrto I
- 1s..'õo IIIcsm' c qll e coso !
:E' cô!'o por Ilovêlo e a Virja por a carne,
. E S. Domin gos por o ~Je ;v~:tllla1/ o c por O ôsso. (2)
.S' é ca rne cobrada , Y;l o se lu ga r,
.5' é nervo tôrto v5 à sê pôslo,
.5' é fi"lIa de,\'!//Cll l ida vá o sê' lOll/i/e .
• ~ glória .. . é Padre . .. é de semp re
, 1~ de mmc' ... essa glória ... Amên. (3)
.Em lavor de Deus c da Virja Maria ., etc ..
Esta. prát.ica costuma ser feita durante cinco <lias : n o primeiro reza.
.se nc.\'e \'êzes o ensalrno, no segundo sete, no t erceiro cinco, no Quarto três.
no quinto apenas uma. Ao Que nos )nfonnam, para se aplica·r, não exige a
presença do doente: êst.e pOde e,;tar ausente, e ,até mesmo nou tra lc.:allda.
!àe. ('d Quilómetros de distAncia - o que não impede a consecução do 11m
em vista ...
Ainda um c.:ttl:o ensalmo para o entorse:
J as/IS, qu' é s..1.nto nome de Ja slls!
curandeira,' E,' te côso
pacic'IlC:· Carne cobrada , netvo tôrto
CIIral/dClra: IS?D mesm ' é qu' ê, côso I
E côso pela pele,
A Virja rel,a ca~l,? e Deu s pelo ôsso !
::-'Idhor cos a Vlr]a qu' ê' côso r
~arne cobrada scrá soldada .
i~~;~,. de.!lro.~illlos e linhas desm entidas
• rao v S~ ugar.
Em la vo , de Deus e da ~.,.. a 11 .
p. I X . • 1'l'1 , ana
,I( rc-. 0$50.,. Avcm-l\laria.
Mais outro :
]lU/lS !lll'é Santo nome d ' J
(~~~le /ti. o Sa nto nome d~ IBm! '
X a pod ha ver ma 1 nem I,!SIIS
1;' te c~. p ngo lIill/'lIl1/.
--(' anw co /lrada !l('rvo lA.
--{ .,,~' a Virj(/ ,,/!lIl<lr {I • l ~to
A, Virja ('OSl' />/l/u ~fi fl II (: coso
r: n ~·l'l Iml" vfio !
I ~ Jl I Ii'P or th· IJ, :'.~ I ' d· II · .
__ ~ _ __
J '" , ln·· :\ I ,.,. 0
____
. ., .1 ",~i. .:-:,'.,'na
."JII !\ia ria
6
Depois da benzedura o curundeil';) molha" os dedc-s em azeite e unta
com ele a parte derida, rezl n cil,:;. o P. N. ea A. M. em honra. de Sanf/;, Ama-
r o -advcgado das pernas e doo braç :s.
, A benzedura C feita durante n : ve dias; enqu.mt-o recit:l. o cnsalmo a
benzedeira shnula c~ser um novelo de linhas c: m uma agulha. No final
orer.::ce tudJ- à Sagrada Paixão e Morte de Nós'Senhor Jasu-Cri ~ t:',.,
... e outro:
Coni uma agulha e uma linha , esfregada com alecrim, Hmão e ar-
rllda ~ , ccsc_se o nerv,) t.oreid;) dizendo, dllnnte a prática
• • •
ERSíPLA (PARA CORTAR OU TALHHR A)
Itl-ProcuramOS du aqui uma I!:nlf ia, ' 1nJO qlLan\o pO$d~"eI , aproxim.3dJ. dilo pr0-
núncia popular caraewrl~lica da Tq,ião : o j do ditongo t i lde:>Jgpa.rect, por c()ll1l)letC, II'
ll.ngllO " em do povo do Baixo Ak-nlt~.
41 )~~t.eA VI't"SOl Ii:io a lJ"ad uçiío. qu lUiC )itc-rnl,
~ referénela:
, ....la, ................
d '.:
.
raiz te (:(rt~· ···,·,·, ···· ,
d·; a I ... 0I1d (UI de ln. mQr te üClllll~•
• Dwlde nl e:allo canta
_NI vaca hmma •
........................ " ' " .. ..... , ... ''''.
8
.l ' llã! ::.ou r" ;7'U, ~' ,Il v ormdlU/;
.Ciuu' a c,lrlle, 111'1) ' o ~ llJ!::lI' e riJu o I':"...." )
.Com êslc c/I/clo I' é' hJ-f.lI! (;(Irtar! (cflrta 11/, p, :d"'r" d,~ f.'
1: 111:; / ;, J
. 11' te corl' c /ur/,' a " o rla r! (0 '1"101 Jlo Va llll!lJ\e /II, 1':111 )
.'\s ondas do mar t ' l'li- de ,1,:/lI r •
• Aonde nã ' oi\'as ga lu 111"/11 ga linha \..: ,1.1 ,,1',
.:\'CIIl mães por filhe,s h rhdar 1..,
_Que a qui te SC<JILI.~~, qu e ;1I111i te I/I;r/'l '!-o
_lJuc da qu i mais nã ' l )()!;Sô t S lavr,J.r I . . ,
Outro:
, ..c outro :
. ,. c ainda outro:
Em I//:)"r d e Ik ',\ t' da Firjll ~I:-tria
A lIIã' d e /J. :' s v:', mlwu l/· .
(lu ' a lll iub:t u ;'i' 11-11\ tm/ill .
S, S I'S ll'I IIIin 1,.,/11 f\ l ulld ' ;1 11,1"11
( :(1 111 :'I V,r/a ~: 1 ' l w~, ", rUtl "
' .S.·I,ltora I.' 1,,.,'n'-;,rOl' - i )
I '. .,
_ 1 ) /1 01111.: \' I 'U " l U, ' r ' lIIlIlf II "
- E' , ~e l l l lO ra, v c llllu d e 1,0 111,1,
10
-Que tJislt:s por I:í. ?
- Ersípla.
-Volt' àlní$ e cOIi'-à .
-Er.~ípl(l br;ln1 a , e rs~pl(l branqull~I"\!;1,
Ersipla vormdha , erslpla vorm dlllllha
Ers ípla ampola'/' e negra!...
Tod ' o Illal d' crsípla,
E' te rorloo te dt;to
p 'rô fun do do mar,
p 'r' àOl/de nã ' oiças
Ga]o nem gali nhíl ca ntar,
Nem mãe palo filho bràdar.
Em lavo r da s Ci nco Chagas
De Nós' Senhor fa stI. Cristo
E da sua Santa 1\l ãe
Todos os males que I1c.,;.jc lugar ' /tio
Sêje srérvido de los tirar
E de pôr Fulan o &10 ...
A par destas rezas pura atalhar a erisi11ela registámos ,UilllJlJ outra
«benzedura. contl1a. o mesmo mal e que, a seguir, r.eproduzimos, por ser
t otalmente diferente:
.Pedro e Palo veio de Roma,
. Ja sft Crist' encontrou .
• E o Senhor le pregtmlou:
.-Donde vens, P edro e Palo?
• .....::..Venho de Roma mi ' Senhor L..
• -Que mal há por lá ?
.-Munta mal qlt' empola!
. -Volt' atrás, Pedro e Palo:
.Com cinco fios de 'sparto,
.Cinco gotas d' 61io d oliva, (II)
.Cinco pin gui nhas do sumo da vis (12)
.E assim a curarias . .
•Em la vor de Dê's e da Virjn Maria
.Padre-Nosso... Avém-Maria.
Variante :
O'ando P edr' e Palo p'to Mund' aI/dou
Com Jasu Cristo s' cllcontrou
E E/i li prcgulI um :
-Pedr' e Palo daol/di ve ns?
-Viemos di Roma , Sil//I/;'.
- P ede' e Palo, di qui morrem por i;i ?
' 13/ - A I"",ule OU ti / "1/11</1' _ I! nI m"lt:UI locnHdoll;l ... do B , " lr ll Lo'jO "",,,,/lId,L.
m"nl'- .. m Ieda" a s do ronc-f"lho d " P I!TI'i' h" •• "-'lfI p;>ln\'", " do ro ,<,,,.. •(..""nmo ' d'z._
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" ... , nI _ _ " I .', IOrn:lIC' ,,, o .. " UI /"",,,/,, r,,, l><ml"" n o Ij(.. ,rl'o n1 n:C"IDlO ~ "0 p ! " .." j "
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.~ ", ,,Jic'\Ç'\O d ' lS bichas ( c,rCI m lJe-:I'I/(Jas »)
iF ainda quem rccomen dc ....... . ., • ..
a h ' est, pratic':\ c~ la hoje quase CJOlplct<\lllcnLC post.l de
atras das orei riS, m .• s . , ,
parte ...
cBE.,..~ZEDURA DE ESPI NHELA C!\ iD.'h
E " II\finda ....el 1 série de c(raçues, rezas e benzeduras. f'U Que o povo.
i s quer
rccol'l'e p:l ra encontrar remédi :: para ~ cus males, Quer ~s ~o. "
loorais. Continuarcm.:::s com Os primeiros. reservando estes ultilnos !).lra
caplt.ulo especial.
E' vulg :lr Ollvir dizer que Fil/fUlO esM ~ dcsmanchad o. (tem UIll
deslIICl1IcllO) e vai 0\1 f.:l camem/wr-se . ao ~l1ert/los(,') (14) E' lima prâti-
ca muito corrente entre a gcnw do nos~ o pov'), simples, ingénua, crente.
Trat(l-se, QuAse sempre, ele doença ( II lesão int.e rna, provocada
por f'Orte traumat.ismo e que denominam por cESPINH ELA CAlDA . 01 1
c VENTRE OAíDO,. '
Colhêmos duas orações diferentes, um :\ para .;:, primeiro, outrll
para o segu'ndo, cmbora out.r'::6 considerem i} , ventre caldo, e a cC.<';Jll -
nhela caida, como uma e a mesllla coisa.
P ara benzer de _espinhela cald~u senta-.se ,=- paciente .sóbl'c o
meio-alqueire, dc pés unidos e cm p:U ·\lm jo antro. O curaI/deiTo scgu-
l'3.·-lhe pelos _p:>legares das mã.~" e e~tas \'ém unir atrAs d as costas,
.p alma com palma. Em segu ida, })uxaondo-os, eleva-lhe lcntamente am-
bos os braç.cs, l'3. terahnell~e, até q u~ rus. mão:;.,,; :se UHem de novo, palma
com palma, SObre a cabeça.
Esta opera<;âo tem por f im verificar a E'xistê nci-;l da <!o:.-ença: se a
espinhela estiver calda. os dedos de \lma das mão3' (15) firam m a is
salientes .do Que C6 da outra. A diferença é bnto maior quanto ma ior
fOr O _desmancho,.
Verificado êste, reza·se a seguinte OTlIÇdo, enquanto::., com o dedo
polególr d'a mão direita, ~ e fazem cruze~, por três vezes nas co~"tas três
,fl() ,peito e três no alto da eabe<;a : '
E.~la «oração:. , é rezada t rês vezes }for dia (elites do solllurcer. 110
melo· dia e ao SOI1)6.:;to - ,p ór do sol) e durante cinco. sele ou nove dias
- «I~pcJlde das melhonls <lo doente 011 d,l, vo:'tade da cl'!atllr;l) (CIIl"!Ul-
deiro).
,",. -se
Enquanto ';e diz a «oraçÜOl
:IS diferentes parles do co~srreg:un.
COll~ O vel'~tllos. vão formando cru!:s) (~IC.
os mgrcdlCntes di' que a mesma fal m
c~nco r l mos de . h Ol'tlga,. que Se ;)ISrll:: -~3
Vlamcnte. num al mofar iz com os ,~r -
p iu f,!oS de cólio d' olilJa~ c ;3 ci nco gOt~mdCO
«slLmo ela vis. , S o
Começa-se pnr c/recçar. (rriccionar) a
PERNA ESQUERDA , desde o Joelho ao (frito
fJrande do pé e, desta. passa-se no BRAÇO
DIREITO. dC-;:dc o decio yra'ICle ao ombro
! de currec/lus, (de arrepio, para Cima) par~
I o braço minguar; depois passa-se ao BRA-
Ir ÇO ESQUERDO, do ombro ao dedo grande,
s empre a _/recçar • .para baixo, para o braço
,:' I
•. es tender (20); é agor,a a vez da PER..~A DI_
, I
I l \ REITA q ue cornt'ça a . /ré cçur.se. desde ':
(ledo grande :1:0 JoeJho, de . arreCUas.
I
'i~ ( . Q'ando os ingr('diente.;. Que se tém na mão
~ ',qtlverem . dados cabos. (gas tos, consam l-
".'1.. dOS ). arrell1am ·3e outr()S.-Qv/sam·no-s I!m
à-parte).
F ig. I : Belludura do t;1H!>I tre
caido:r.: a. b, c. d - cruz for.
Passa-se em seguida às . FONTESl re·
mada pelas pernas e bl-aços: as gUio dos temporais) que se esfregam segu-
!!tIas marcam o sentido em que rando o ungüento, em a mbas as mãos, entre
ê d a d o. a fricção e as partes o l!111cador e o p('\legar. vindo aquelas j\l11-
fr:!cclonadas. ta r -se (c rnzar-.~ e l na testa.
E Sfrega -se , agora, a . CANA. DO NA~IZ. de _arrecua,;;. (para
cima) e até a:: ponto em que hã pOIlCO se Junt a ram ambas a.!I mãos. :la
testa.
Segue- se a c/ricçüo. na BARRIGA, r.omeçll udo. com amb:ls as
mãos ( uma de c gd a I Jdo, por bahe.:> dos _rim.es. . nas _CRUZES. ati
.. CAD~RAS . ) e v indo esl.as crmmr-se sObre .) bai xo vent.re: el~ s.egui-
da a mão d ireita circunda sObre a b l r riga, 'apertando (COnlPrum.n dol
as 'trilJOS . Lud·: ell/- re([u do cmlJfyo ( ce m ri/lu dêlc, n .1 d it_n _ '.'e r fIg, r.
Co mo já o trã ~ di ~I;C UlO!' , a co ração. é lezada dUl';l nte ClIlr?, sele
OU nove d ias e, em cJda d ia, dcvcm Junt.u'-I:e, 110$ restes d.~ ungüento,
n ov a s qu a n tidades, nunc: 1 · C P ~ (h'Zldu deillH f ~ ra aJ~llrn que sobrf' Se
erl flcar que o ungUe nt o sObcJantc do dia an te rior é s urlclcntr,. dc\'-e
,<;e v s um n ovo r'uno dt' . h o r tiJw-. Só 110 fllll se
j unla r -se- Ihe, ~;) O 1IH111O • '
pode d eita r f e r a alg um qu e !io~ brc.
6
Em complemento, d iremos a ind.a Que ~f::te tratamento <r. tem res-
twrdo , ' _ nos primeiros t.rês dias, ao men,: s, d eve estllr-se de cama.
r,Se se p'uder estar durante todos os dias do tratan:ento, tant o melh"cT.
Nào p odendo. dcvcm evitar·se 000.03 Q$ trabalhos. nao se meler a.s !11âoS
(' Ill ág ua.') fria s, etç ,
18
:! :í1:1I,, ~ cio ('(IPO «(;Oll1cça a ferver .. ! ... Em caso c:mtrárlo, tal não acon_
/,{'I ·('1";\! ...
P a ra tnll,;u' dl' ,jl:I)" f10011 Q_Lil praticam ~ chulllad.~ benzedura da
/'fllllla / :!-I) Gil 11.'.t:-; calmarias ,
outro
6ant' EIlTia 1)010 mar ia
O Padr' Enlern' cnconLrcu
Êl' le l'rcljulllulI
A Ollrl' é (lll e tu vás Ellria ?
/:.!4! Em Iinj!I!;II.(ern )mpll)m' di:r.. ~·l~. a i ulla hoje, no Bfli)(o Ail'ntejO. «l er ca/!Il(lJJ
." .v lllr " fi/mil . ,mI' «l"" ca)on, «,'s/lIr c/llflr. _ la) COIIIO se enu:)ll!rfl nafi CartaS, CO
J>," An timlo VII,ira: "As cII/mIlS Ul "S lcs olas fonl tl1 nor cá !-:"io ext.nlOl"din/lrins qllt' se
n f.o Jeml/nun O" hOllu:ns d/, Otlln~~ t;imllhanlftl, lIIa,~ kmbmva.. me eu muito, pelrnl
r "-" pffir"s cio Ill<'U ma ior (:u uü"Jo, Il uai ,~ .:crinlll as fio Alt'llt:jo», tCarLa a D. RodriGO
(lI: M. ' /w!;(," _ Coimhra, II de &lCllLl)/u de 1&t4, ct 11I1S.s; III ) ,
19
Von benzer o Mé' filllo (p aciente)
Da doell ça ela call1lClrin ! (25)
Volta p'ra trás e va) benzê-lo
Entr' as ': nz' e o me'_di a,
c em um górclCWCLp' em cruz
E um copo d' água fria.
Em lavor de Dé's e da Virja Maria.
Padre-Nosso e Avem-M aria,
,:.!~ , " I", II II"'S Y"7" M nllYlInOO\ , l ' 7" I' : .0 , ,'0('11[" I' (':llm:11;".
20 ' :l c" - " , h a~d , ' ,L ' O lll'l'l"\ -" "' '''''''(''''', I VoL. 142. ~I'I):' , I ~M
, Bt'llZt1 ('sl.1 rOll::-tip:1Çào dv (':1101' t:' de ft'brt's
.. Em hom:' di' Noss;! Senhora ~:\s Neves:
.. Bt'l:ZO {'st'J ('(ln~tip:H,,:''') n~pt'ntlD:l, . ,
.. Em hlU,'or d(' D('us t' de g :r n~a C;!tanll:l,
, Bt'lIZJ ('$1:1 c : llstip:I\,'ú ) doi fl"lt'Z:l,
.. Em 10\1\'01' dt' Deus r dr S.1nl:1 Teresa ,
, Tir:1-tr p;II':\ f J l";\ d;l ~ ('oslr}:l.<: " .
' :1$$lm como Jl'SIIS Cristo f(ll ('1'11('1(1(':100,
.. Til'a-to(' par:l fi)!'.1 d:1 bflITig-:1, ,,
.Em 10llvor de DeliS t' de Santa i\l;trg;u'!ua:
"TiI'.l-!e p::rra for.1 do ('o rp~),
f' a~lm como Jt'SIIS Cristo foi 1II0rto;
, Tir.l-te p;ua for:\ d .~ s péi.l
, Em lou\'or da Virgt>m S,S.'U", ]I.·[àe dos pe-cItdores
cEm lou\'or de Deus e da Vil'g-em l\'[:lria
, Padre Nosso e Avé I\o[:lria, )
' N, B. Benzt'-sc o p:lcicllte três dias c elll cada dia três vezes;
.'·01w. -'~e a criatura com as costas para qllcrn -a benze e diz-~e o Credo
.. nove vezes. sempre com .1 mflO a fazer crllzrs '~ õbre as cosb:J s do p.1_
,ciente, No fim de I1m:l st"rie de trê~ cred.os r('za-se lima Salvê Rainha
, à N,' S,a da$ DorE"'S e 11m p, N, {' lima A, M, ,tt cinco cha~; s de CristQ,
.. o P"Jciente rt'za também, )
Outra :
J asltS, qu' é sanl-o n ome de JaslIs
Q':1 de tei o Sln to n ome de JaslLs
Nã' p : d' haver m al nem p 'ri.go nifl hum:.
J aSlIs é verbo
Vero' é Dé's
E JaslIs , benza_te Dê's !
lndo S. P edr:) mais S. Palo
Caminhand'l p'rô monte T abor
O Senhor d isse a Pedro :
-Anda P edro !
- t'. Senh:.r nã.' p:ss' andar,
Porque tenho 'ma dor de morte
O Senhor le dis!"e :
_ Apertl a cabeça três vezes em cruz
E diz :-Jasus qu' ê !;a~ to no:me de Ja sus
E em laver de Dê's e da Viria Maria ,
Padre-No;s :- e Avém-Maria.
Varltante , recolhida em cA Trad ição' ; VoI. l , 174 :
Sa nto n1: me de Jesus, etc .
c J esu·~ .
cOnde eu ponha a minha mã.Q
~ Ponha o Senhor a SU a divina vonWdc.
cQu2:1do S . Pedro pelo MundO 1"3n(\':)u,
_ Encont~ou o seu Divino r.,·l estrc.
· 0 Senl1: r lhe prtguntou : Onde Vl lS, I'r-d ro ?
c-'Eu , Senh or? Vcu para o 110nte Forte.
c-Anda. P edro.- Não pos' o , Senh or.
c_ P ois, que te n s? -D ~ r de cabeça.
eJesu-.:, Jesus, Jes.us-Credo em Cruz.
_N. B . Enqu JIlto a ben zed eira d iz a quchl O".lç~\O co:~t'r\' .\ ao ill~O
c .~ob re a cabeça d o pa ciente, lUas. sem lh e t O\::ar nem {;tZ('f Cl'lIZt'S·.
El.- Io:
c BENZElDURA DO cNORVOSO, J
Por cllda vez quc ~ (l tcpete a ora.ç1iú devem I"f';,;.\r-se cinco, sete
ou nove P. N. e A. M. (conformc as vezes que se rezur a ora~rlOJ e la-
!
U!r o cofc reclmento ~ .a Nos.~a Senhora. d:\ Ou Ia. 2S
V:lri:ullC :
"Strei'l, luzente," t
tenh' nma II1gua .
Il~'
ÊI:1 cU." q\le m :1l1 da m ais d~ que tu.
E til dizes que n~P.il1 da s maIS do qlU ela
Ré"a tu c scgue-~ e ela !
Outra :
A estl.1 janela me venho 1Jranlar
P or est~ 'streIjnha vcnho Ib radar
Estrelinh a, d' tenh' umar ingua !
Ela diz QUc segues tu
E ê' digo Que segue ela ...
E réllcs tu ! ...
E-, tas invocações são feitas à noite ca luz d uma 'strela> e com os
.clhos fitos nela.
Temoc. :notado Que, enbre a gente do p.:ovo, existe uma certa con-
f<usão entre a íngua e aquilo a Que chamam ccolJradura>. E assim,
aplica- se o en ~almo anterior tanto p ; ra curar Q. íngua con1!~ para tra-
tllr a quebrad'U~a.
Apei'a.r desbJ. confusão, registámos também um ensalmo em -
Ip reg=<do exclU:;ivamente para CURAR A c COBR.ADURA~, e Que deve
ser aplicado ll1a noite de S. J/:ão (23 !palr a 24 de J unho), à m e:l.! noite.
A benzedura é feira com uma. vide (·h aste 'de videira ou de par-
reira) qUe se deve abrir ( rachar) ao meio, no ~:e il1tido do comprimen-
to, sem, contudo, chegar à ponta. A h aste não de.ve cortar-se da ,par-
rell'1a- mãe. Um Il'3paz e uma raparlg:a, Que devem, obri,gatóri-amente,
estar virgens e ch amar-se, rrespect.~vamente, Manuel e M:aria serão
os pr,;:ticantes. Colocam ...: :.e um de cada lado dia vide e lPassam o doen-
te. (Quase sempre uma cr~alI1.ça) de um para o outro, p er d~ntro da
<a:bertura (rachadela) feita na. v,ide (ver fig. II), e p :)r três vezes a O
mesmo tempo que vã.o dizendo:
N a noite de S. João
.tste monino cobrado
P~la vime va~ ser pass~o :
-.t Maria e tu Mane l
Em lavor de Sa:nt' Iria e S. João .
Passo-to p'ra lá doente
E déta-mo p"ra cá são! ...
I
26 Passo-to «l'ra lO. doente
E manda-mo IP'ra cá sào !
- É' Mari;t e tu Mallc1
tste 1I1() ,Ii,W co/lrado
P ela vime vai ser pa ssado,
Em lavor de S"nt' Iri a e S, J oú":
MCllldasti- o p'ra cá doente
t' passo-to p'ra lá. são:
La vores e graç,:'", .:I S,llnt: Ir ia e S. João
FIG. II
Dep::.is desta prática, .a vim e é ":l tada com a mão e ~ Qlt erda, p elos
doiS rapazes v irias, a Maria e o Manel, o m .: ~ m o se fazendo à queb ra -
dura. do p aciente. A vid e, que :;c não de';1pr('ndcu ~'l parreira . vai sa-
rando e cical'rizando a fenda ao me ;mo tempo que a Quebradura vai
desaparecendo no doente, Quando aquela estiver completamente sa -
sadia. _ o que não deve demora r ma.is que um m es _ êste estará ig ual-
mente são e salvo .. , Lembram- nos, por último que será de tMa a con-
veniên cia colocar sbbre a quebradura, quan~ es ta se li'gar, um Vjll -
tém e n:volto em algodão.
E agora, pcrque paluvru puxa p alavra, também a vidia, por natu-
ral .associação de ideias, In es tI':'lIxe à lll emÓl'ja Cutrã ,prâ.: ica p or nÓS
há tempo recolh ida da tradição.oru l e que, de ce rto m ::x1o, é anâloga à
antcrl (}r , p ois nela IgualmclltC' fIgura a videira eOll1o:) fàrm :\eo p redomi-
nante, embcra a 'Sua· oacçã':', em rela('â : ;10 cioente , seja , .. de .simples
.p resença.
Trata- se, nad~l m a is, nada n ien os do que de UUla rece ita p.'l ra ...
eura r Q. culvlcle I
Aiegrem...sc, )lois. os cal vos Que d o!<.'onheci,nll est;l milllyrcsa lor·
mula de um grande (l.::outO l" - o Dr. Zé r evi/lho.
Fiquem sabClH-'" que -a. mar.lvilhosa piaI/ t a dlls pllrras, alélll do
delldoso c.ehâ de 'l ~·H"relru. - que, 110 dl)!cr das Escrjtures . all'gf"ll o
COraç!io das Kent.cs.- , Jlodcrtl. dar-lhes, de h oje p !llU °f utui·o, Ulll po· 21
(/c r u:m;S;lIIfI (ónico Cll}lila r , IIIIl csLl muia,nte ai:) l!r esdmcn to d--JIS seus
c;Ibclos.
Com o acontecer á t\ld ~ ISSO ? !
Pl"occdcnd:) da 'seguinte maneira
Em no it e de S, J O{l.Q. - nes.soa n .:J lte de sonho, em que somente aos
nav es era dado ter esperanças .. . - 'a.bri, lSen h ores carecas, uma haste
de vi dl!lm, tal c: mo se indicou atrAs ,p ar,a, curar a quebradura. Intra.
duzi na fenda. cu racha assim obt-idu, um dos vCf:SOS r ar:s cab elos (ai
d:\queles que lã .nã.o- t lve'rem ne nhu m! .. . ). Liga i agora a haste df.'ixando
lt\ ficar dentrJ um desses .. rari n ante::» .. . e pronto !
A haste Ira. sarand o e crescendo e , c :::m e la , o cabelJ que lá foi
Introduzido ... ao m estnJ tempo que os oabelcI=- começarão a n ascer e a
crescer na vossa cabeça ! ...
Se, pJl" ser velha :a parreira ou ·Excessiva a decr e.pitude do ,p rati.
Clnte, não f6r alca n.:.ado o fim em vls.t a, a:plic ai, então o. st'gulnte
tónico capil ar , talvez m ais poderoso do qu e o primeiro:
Fritai, vlv J, um lagarto' e fri cci:mai a cabe((a, durante n cve dias
(ou nove noites) com o pingo que dele obtiverdes.
Se ainda !talhar desta , -não. haver á reméllc, . . usai ao c:capachinlto ),
de que alguns dizem mar·a vilhas .. ,
Variante:
JasuS, qu' é Santo Nome de Jasr/s!
Onde 'ti o Santo Nome de JIISUS
Nã- pode haver mui nem p'rigo lIi1rllllm!
-~' te corto.,.
-Farpão!
- u i!O mesm' é qu' é' corto, _,
_ t ' te cor to a c~ beça, t' te corto cs br3ços, c te corto as pemas,
p'ra que tu nã' P05,; 3S re'lIIr (28)
Aqui te hd-des secar, aqui te Ild-des mirt\.' U,
Daqui nà' lld-des poder passar.
He-de-t,e manda,r détar p'n\s ondas do If.ar
Aonde nã' oiçaS' gaHnhas 'nem gJlos C!U11,a r
Nem f!lhoSJ por pais bradar .. ,
Em l aver de Dé's e eh V irja Maria,
Pl dre Nosso e Avém Mflrla
Eis outro ensaJmo, parecido com o primeiro, empregado para o
mesmo fim :
Jasus, qu' é Santo Nome de Jasu!: !
Onde o Sanfr.> Nome de Jaslls s' alomiO'lI (29)
~te farpão GeCou c mirrou ...
Ond' o Santo Nome de Jaslts 6' h á-d' alomlar
este farpão s' há-de secar e mirrar
BENZ."-~' te corto .. ,
DOENTE-Farpáo, cravo e réch&
BENZ,' -Farpão e cravo eorto, rêch' atalho,
Em lavor de S. Pe<!TO e de S. Palo.
Vormelha, o que fazes ai ?
-Como e bebo e 'tou aqui !
De vormelho visto.. de vormelllo caiço
De vormelh.o, a-cavai:) (30), 'tau no -a lto.
2' te corto itarpão,
2 ' te corto pelo pescoço e pejos bru ços,
2' te cor.to pela cintura e pela batT!ga.
~' te corto pelas pernas e pelos péis.
Aqui L' hé-de cortar, aqui L'I!d-des secar,
II
Ac ui "·Iui-eles mirr•.LI" c d.aqui nã· lili-eles paSSt.'l r
P(:llh' as ·Ilhas mâ's p'rá S3 úde
E Difs jJOIlh' ;li s uas p·ra vertllele
Em InlJor de Dc's e da, Vi rja Maria
Padre N.:sso e Avém- Maria.
Durante est.a práUea a benzedeira conserva na, mão uma laca
(llUlIldlw = canivete) e .um 'Pt.'-dllÇO de ;pau de loe ndro no qual cort;l
quando as llalavras do eU'i;ulmo o indicam, ,\0 mesmo tempo que apro_
xima dos olhos do paciente, a f'.:ca e o pamdilho de loendro.
A benzedu.r.a ~ feita durante cinco, setz ou nove dias no fim do.~
Quais a doença deve ter sido debelada. Faz-se, então, o ofer ecimento, da
forma que ~g\le: - ,Ofereço e!itas santalS< henzeduras à Sen.hora Santa
lJuzla q\le livrou êstc 6)ho do r,npão, c ravo e réch!l. Em nome de Deus
Padre, de Deus Filho, de Deus 'S l'rito SlInto e de Santa Luzia. Padre
N CSiQ e Avém-'M.ariato.
Nem sempre o tratamento aplicado se limita. a estas misteriosas
práUcas de mecli.cilZa. Ao mesmo tempo que recorrem a estes supersticio-
sos processos de terapêutica, fazem o tratamento empirlco.
As mezÍllhas geralmente usada;;. para l rr: tar destas doenças redu·
zenH.C, porém, a sill\ple:. lavagens com ágU:l. de rQS.lS, água de malv3.s
tcozhnelltcs). etc. Ver fig. V- c.Olhas de Santa L\lzi3.~ (runuletos),
Pa ra ex\'racç·l\o de eorpos estl,,",n hos retorrem às chamadas epC·
dras algucTeTCl s, ou d'ulglléTO) (argueiro).
Na Fig. lU, n.'* 9 e 9' se representam IlS duas face.s da que existe
em casa de meus pais. (3 1)
30
t ' te benzo, fógo branco, fóg ' alvad!o,
F6go negral e fôge vormelho,
p'ra que te seques, te mirres,
E aqui m ais nü' lavres! .
EIll luv o" de Dé's e d a Virja Mana,
Padre-NosSO ... Avém-Maria . ..
Varia.llte :
JaSlls, qu' é Santo Nome de Jaslls !
Onde 'stã o S )·l1tO Nome de JUSllS
Nã' pod' haver mal Ilcm p'rigo 1lin fwm .
Santa Ce zl/ia tinha t rcs filhas:
Um a lava.va, outra estc-nd~a. e out.r:l no fogo ardia !
Com que ~e Cllr.ou, com que .'!e c uraria?
---Com o unto do porc : e c : m o pó do dia ... (32)
Em lavor de Dé's e di.! Virja Maria
P adre Nosso e Avém Marl-tl..
' 3l l No primolro c nmlmo 1IuI"II t~l"(l1' {jll c ilHu dn.f rf1.1isl à mOl< «pó da ~lIi a » (ljUe
a .n u-.m i.n1"orm:u.lom n;ln Slml)(' d i7A'!' (I '1 11(> :,..J:\) (> :l,' S('l!lIndo «pó do d ia» ('III(' nOfi 3'
t111;.'>eram IIU!' pó lia tf,t l"fl U:\'.
o traLalllcnto. geralmente, era aplicado (e creio que ainda o é .. . )
na loja de ferretro mais próxima ,. . .
, Num a destas oficinas. ainda h oje eXI :t~nte às Portas de MOl/ra,
foi êle m:uitns vcze-,:! Ij,plicado: o doente dmgla-se para ela levando
CGI1sigo IIllla porção de t~igO e, uma vez aI. o:'l ocavam Os gràos sObre a.
bigorna e ch egavam -lhes um ferro em brasa.
O trigo, obrigatoriamente «trigo-tremê;') , I:l.pOs a combustãO, deixa
11m reslduo escuro, oleagino::o. que em seguida se aplica- sõbre o cObro,
fri ccionand o levemente. Repete-se o tratamento tant3.s vezes Quanta~
,~s julgadas neces.:lÚrlas.
Deve evitar-se a todo o cu'.:'to. que o cObro complete ou feche um
anelou circulo em volta da parte do corpo 2fectada.-membros (supe-
riores ou inferiores) o.U tro.nCQ-ilo.!s, quando Isso. acontecer, o. do.ente
e.9tará irremedlàvelmente perdldo. ...
Pal"J" tratar a inoculação. directa do. ,,'('neno déstes animaIs, por
picada ou mordedura, ainda o povo recor,re à chamada ' pedra da bie/Ia.,
~pedra da cobra. ou ' pedra do veneno., (33) mult:: parecida c:Jm ~ t pe ~
dra de argueiro) , Po.rém, de maiores. dimensões e que, cOlocada ~ó bre a
parte ,afect'lda. a ela se pega fortemente caté chupar todo o. veneno,
desprendendo.·se em seguid a •.
A ferida nlio. deve Hllvar·se nem Iimpar-..«e após a mordedura 0.\1
pldlda, Po.ls, .se tal se fizer, a pedra diflcilmE'nte ade-r irá à pele, não
podendo. assim 'Selvar-se c dcente ...
Em muitos casos é mesmo co.n,venient ~ avivar a- ferida com um
canivete ou vidro, para qae a pedra melhor I:e possa. pegar. Se e-Slta nAO
aderir à. pele é porque não hã veneno na fer!d a. ... A pedra. depois de
sattur3da. desprende-se por s-1. Para a IImp:lr basta introduzi- la em
leite, {lo() qual se tran.."T1lite o veneno., o que se nota pela cOr dêste ...
E ;:tas pedras são de um dos lad')S _ ver fig, III, n ." lO-Ovadas,
lisas e de cOr escura ,e do outro _ mesma fig., n ,- t O'---chatas na perl.
feria e 'cOncavas no centro, COm manchas claras,
Além deste tratament,. cmplrlco, há o. tra tamon' i ' 1
benzedura apro.prlada: o m stlCO, pe a
FIG. lU
A or:t<;:w Jlud,' S"I" j'czada lrl's VI ' ZC.~ r:l~.ul1d{) l:rUZ<"1i ,,"obre a ~ lIa
(paT'.l verificar <I f'x js l~ llI;i a dn ulhat\o UI! (I UcUr;utto, cm SUbstitUição
... c outra
Como Já atrá-o; db;.'cmos, os II/(/TIS ollwelos PfIl\.":> sl10 ((nelos <l,p enas
à., c riánc:as.
Quando al~ué m é silhI L-'m/!Ilte a cometido de ma dlsposiç!l.O. b":> ee-
la multo, s/!Ole náusl:as ou dou:!> 110 ccrpo c P:II·3. elas n:i.o encontra
expll{::.lI~ã~, Irncdi:Jtamelltc C>t :IS .'ino :Jtritm itl;ts ti mau olhado ...
Ainda mal!>: o!> m:lU s olhad os mlo só derinham, uos poucos, o scr
humano. mas também os anIUla l:>. ;t.~ Ill anla:> e os Ilwls vul'\adr s obJec-
t.O!!, lal!> corno o jliw e o b:llo (1lue s:\I) t.1·allsmis~() r ('s da docnça a quem
(.s evtnl:r), aS I>cura ... , ele. eLe, 37
«PARA CURAR O MAL DE LUA»,,,
b O oferecimento
d - é rei to à noite , e~p .... ",· t ,
~ a. a cr ança
• I tlZ d 9. 'I'
l J
nos raças a mue ou de qualquer 'pessoa d f lIla
T al prática tem em vi t . a am .. ,
~~
.
C)(l,ffi n • o MI , as palaVI'3.S d o en salmo o denull-
su, dcomo
evitar os .. utaq,,-
impctrur'
que estl exerÇa "Obre...~a a . \la~ ou .. mal de hHh ' luaS t>.unbém
a a j li d e a cr'Ul'.,. ~ CTlança, a sua acção bemfaZ€'jlt ._ que
, , _~.UUlld.o a C,r lança ~ór al :lcuda de llla _ diz o povo _ deve sempre
tratar se. Além. das l:rnt.ICus JA referidas, também costumam recorrer
aos proce5.'llos (:lIIplrlco1$, a.';1$OCla dos, (11Ia8e semp re ~IO tra(;lnlcnto mls-
tlco das pOllularci:I bcnz(.'CluTOAS. '
A)i.-;hn, com [rcCIIl4'!lIcia dào a c hllir;l r i1.9 c !"iall\';IS Ilt's f:ts condi-
ções, a IUSllfI c a ló ,Y llelr(j (jJJall l as Urolll.\tlc ' IS) OU:I lU):erlr c hã de
sa llSa braVa (hrtlhuj ou 1I\ ' ll)sa '!'. , b A '
, '.
• ,
.1 Il ,,111 c CslU lIIllll
,rdcclom\.!:I S IIUS
jrtlqllc;:I/s fllullflrmlulru/I _ l'Ur'I(,. ,,"~. ' / braçOS' (' na e~l-
, llt:nlfl.s e ( IIS " d
nha , CI..:I'I _IIIIIU Y"H"U (te II/IClltuu , 11/11 decilitro de II/ ('oul t' {'IIH'O t at ('s
de cali/"r:H. qUI! .'>C m ist u ra m IHun fra ' co c u ulu(\;', ('oJII III1(/Uellto ue
U/,lrl , nJ b;.rnlo\:t . •
'8
~ A ·,I,·sl'tr
• . , .'I "i k:\
. ' .'",I ,
(a lu,H/!: lrll reconta - Uo:! 11111 vel h O IId nHIO,
de censura, (llle se ouve quando morre lima crianÇa. de vicio ao mal dá
II/a :
c·Smazclada.
Dêxasles morrer o tê mOllino de lua
Tend' a tcisl1ér' A porta da ma, .
136\ _ Os pintOS que deviam no'..!crr em din dr Il"ovoodn mio ,';nl. So.'gundo !II!
crf, rOTça para sair da cnsea. e . se nlio St' lh es n~ ud ir borrlrand()..Q) ~om vinho branco, .39
par-a tomllrem rorça, mo.rrenlo à nn.scençn ...
t TU IJ O(1l Ifi .
. ta dizer , n o p rim eiro caso. Que choverâ durante
P,\
t TII ~~ ., da lua e. num como '!l ontra. para indicar o estld "
</1I 3 t1'0 QIWI os °ou
IllUdanç3 de temp o. . .
Com efeito. a lUa é, ain da hOJe, UIll m e L: seguro de que o noSSo
PoVO se serve par a fazer 03 sellS cálculos e previsões do tempo.
Recordem- se ainda fr ases como as que seguem, as Quais denota
.:l subsistente crença nos poderes l.JeuHos que se julga exer<:cr a lua ~()b~
.() homem:
. Fulano é um lunático. (isto é. um a.bst.racto, um aéreo, um desa.
tento ;
. PClrece que estas na 11la . ou . Que andas na l/lu,) (com o me3mo
sentido) o ••
':J'JI - Q "andO cai O Il r, n H, U·o d .'1H1l nlõ m'hUlç.~ ("0<1""':11" ln"" lo """" u , ...
111"d o e d I1.cr :
M ou·".l\o. MtI;mu.
~,
".
..
" :0"'" III o /., ' c t ~ " I" /,,,,,,.,'
'/", . "",. ,..... , ,~. '"'' ,,,,
C:'~háo . d ~"lIi"
T <..ma '4 .".. d.·.. U, ,""'r..
40 II....·" mc ui "cr ",u Kil ó ' l
"PARÁ CURÁR AS SÁFARDANÁS» (SezÕesl
,
" PARA $l\ GCR rELAS VO:[ S DO ~ Il INDlh
E' (' II 1'tt" ll \) .'tI:' 11m ', fllh' .\ ~1'~ II \ r rl· .:~ < lI l1l · · ~. , 'II ' j" , ·~ : lil . \, :1 \ :1
se- sab t' r , )l111' Í'1t' .. ,' a\'lt \. l ~ : I~ \" \: , ':0: tll l 1\ 11111111 , . \ :I! l \ 1) 11:1111 111' 1" lI . ...,: \lIII,.
Q\\f' j.! r a nO "Il11' Il' t' JU Ii' !" """:'" II ' pr.I!. I':Il'! I" I'~W l llr,· l· ln ll· : \ h l . , ,,'111., , f u
III !'O, :-:."'br (' {I ,' 11 1'$11 ' \I ('\ ,',.:.,.,. !:,.'" II I' cl,,! . ,,' tu lll :lIlt , ti . •' II\, !1 di ' I', \~~ I ' : \ dI '
fam il i;1. s : \l r t' (I t' :\ ' .Ul 1t'lI hl, i I (11' .. \ 111 ,' cl" • [-h' <'I oS 1'. · \11 11 1 . .. 1' 1,'
E l'Õta pralk:\ 1' ,'\' \11"(1:1- 1111:0( P :I).::' ," ,' ,'," 1.1111 1''':' to:l'q;l l s IIII.II U\o ' , ' UI
si tU :H,'ll t'S 1~\I: \ 11I\\'l\: I' c\ H II','I', l'tll\,m 1t .I\': ull ,' ''; I II . IS.'... IH \,." i'Õ ,'US . ;, ,.,~ i"I . l , '.~ •.
.'\{.I',. ji1 :l\. .l . ....'. (' 111 ;\ . fl \l l' i i (lid Ill ItH I" " Sl:I\' ,1 ,'m n'I : \,':\ ' , IIIf"'! .•
h o' nh'n:, _ t'II' I U::\ Ql h ' I':;: :;::1"'1'.1,,1 1':;: I' .... U·,' l'cl\'II.... I" " ' i 'I ' \I' .I \':! II '
,: . 11 \ ('\.
elll pr : \' t~ i l o d tl :;:,'\1 p . d.'r ,' n l1\ h :.io' -"t' tll'I·" .hl:\ Q::,' n.' II :;:. I' t'l, \ .s.·U
prôprb P , dt' r o u 1"lr Lnlt'l"lII.' tlln o : $ ~ , u:;: ~ .ttt l t'." Il l t1 111 1' m ,':;:1I\ ,\ ti. ' , ' 11 -
tr;IS pl' -"$oa s (lU d.' Hlli\\\:l is . " 11.11 ' 1111 1' :IS (1 ; l r '''~ '' 1l1 , '\ , I' ' 1111111 11'. 1 .' 111 , ....
h om t>/IB ou (' \' 111 :I~ 1/j /j lll l' I' . ,,~ d i' r'j, lmlt", ;1"'1 111 . '1111 .... n ,l:;: h,· I',",I.': I:;: 1111 -
pt'l ra",õ I's. _ o Q lh' 1111" t' n u lr, ,, i~ Il:lI t11' · III ., 1')1.,,1 f :11I1 , '11\ 1'1"1 ' \ 1'11, ' 1'1',\-
p r i C! ...
F il ia r _sf'- à . na \',' I"ci:llk 1',sI:1 t'r,' tI ~' :1 ; 1,1) 111 1:11' 11 .1" l-' II ~llI l lI l n,,,
orâc:u lllS d os Gn'l! o<? ! . . ,
A h !p Ôh',,(' a fi !-= t1ra -"::,' - IlI:s \', ,: 11,1 ptls.... I\·t'l. t ' , n h,·,·i,1. 1 li ~r.I11t I , '
influênci a QIH' I,ti s t I"tlt' II II !$ 1,,.,'1',' ,'1':1111 B :I \' cl ;l It I Gt't'<'h l ,11 111)-: ,1 o' :0..1 _
b ld c QlI(' l:ulI llc ll\ nú ' s,'nlil\\tl" s ,'b \, \ ri: " :\ ;o..I.lt'I·I : :;:. II l!l~h ll'tlt" b :1" .' s_
t umes d o p ~ \' :) ~ r l'!:o (-,H))
A ou l l·....s. m ais CC:ll p ,·1t':! It'", "nufiamll" u I· I\I',II~·. I d i' 1'.'.""I\\s.Ir.
em f ;: nt t'S q ue n!\o I I' n 1lls :I .! n : ... ~: "k:\:: ,',', () qU I' 11:\ d ,' "I'nbd,' 11.1 N'-
laç:lo qu e ("s t:l b (' ll·I'I' Ill O".. l' 1I1 n' 1111\ :1 (' ,' U lr:1 ,'1"'1\"::1 - 1:1,1 !1',I SI :IJ :I",
en t re si no t .(' lllpO r no ('sp u o,:,) .
EI s:) t:'IHaltno :
• ;J!H 1-' ;';1" Ilnol ,(':! ,,~, ",LI ("'1111,,'1.1.1 11.'1' "'tln, . ' \ .'to \o!1I .' ........ \"I. ~;'-i '!'.l h'Io ..... , .,, :, :11"-
VO'I , d j,.ml,u ' I\it jJt" ,,,,, t' . ... tl l l.lr "" H I" ·",,, IIt " UI', I, h"... t',t:.. t.....\" .' k ll\t.,1 .'
140 ' _ Ho'(' onl "Jt\ ","', ti I ))"tl' ~ "'h', a .. '·" I "~'<"~. \ ,\..~ 111' :<0'<" J" .'''"..a.: " ,,1 I~ , ,,,,,,!.,
IRU I U 1' 111 U"O , .Vu n ("< ij l!>ll l1 ,U' ,,,; o n ' ,",I " ..,~ . "'11'10 \" " ,1.. .... >.11 ... 111,' : , I. ,'m,'\l l,~...w ~'I \I
d UVid a., fi. "'I), m' /o:,' IU ctt I.' f' 1\('" 1t Il~,, ..... . I lt N ~, .. :k \l!t~", ~'I ,'\o!''''-
. 4 1'_ 1'( " .. ('oh O(' IOI"
' 42) _ (,/ 111 ' ... _ 11,1'0--1'0..- 0111.110 " II.ml m l , ft ra",.,r I'».CII f!"'...... t'....
Aq uI dlz- ~e O (11Iê ~e prc l C II~C s aber ou de:')coorir e Ci ca-se aguar_
{\:llldo (t e ouv ido à escuta: ese for p'ra bCllh , Isto é, se fõr agl'adáv 1
Cu favorável o qu e se pre tende sa.ber, a res posta ese,rá dada em vcz:s
ldegrcs ~ _ c rl n l'ar do gal ::, duma pessoa, c t C.; esc for p'ra mah, quer
di7.cr. se fOr des<lgra d~lvc l ali dcsfav : rável a respona. «ouvir-SC-ao VOl~S
tristes. _ lad rar do cão, zurrar d:! bnrr: , co nve rsas c u canta res de tris-
lC:--,a . .•
A ~ ol"açflO ~ c<:H uma rezar-se cin e:> vêzes e, no fim, <lgradece.se
a Noss a Senhora!
Resta-nos -ob: crvar Que, com.:> ac:m tecia nos oráculos gregos, a
"' l es p ~ sla ' é sempre am bí gua, c: n fusa, Illal defon ida. segundo as C0I1-
t)el!Í(!J!cifl S dos pr6prl ::~ .. que as interpretam.
Numa localidade da margem esquerda do Guadia na. 8Qnde. hã
poucos dias, nos levou o desem jlenho de fUnções ofic iais, cei hemos uma
oração a Sant-o António _ igualmente c : nhecida pela deSignação de
evozes do Mundo, ou evozes do Povo, - com a qu al se pretende con -
seguir o mesmo obJec tiv::, embora nel a se hnplLrem do n essa mais po-
pular Santo, f av:lres e graça! de ordem vár ia !
Reza assinf :
O' Beat.o Santo Eutóillo
Amigo de Jastl Cris to,
Confessor de S. Francisco
Qu' li Lisboa /óstes nado,
Em R ~ ma /ósles criado,
Bicho mau não ch egará ô gado,
Tud-:l poruido sará achado,
Em la ver de Santo E liM i no I
Q;Je me ~órdc nclt e e dia
E que vá na minh a compa nhia (43)
P·ra qu' ê' 'iça as vezes que por/iro ...
Padre-N : ss:.J, Avém"'Maria.
Ta mbém ii. penc; ra O nos'o pC)Vc reconhece:: m:igicJ poder de
desccbril" c que êle d(>scJa sabe r : Bas ta, pa ra ISS:1. pt'g:lr nela. cravar-
- se-lh e uma t.e;:oura n:1 arco (de m: d : que N ta fiqu e bastant e a bt'rta)
e segurar-se nos anéis cu asas da tes::ura, Que se Hpcl.1111 sób re o dedo
indicador d os dois Ilrat icanle'. Em .seguida reza-sr o credO. em crUl!.
SObre ela, e di~-se :
PCII (:.ra que penêrais
Tod' c !lã ,), d :l 11IIIUllllld:ld<,
Peço-vos t', Scnh cr
P'h.l s lr6; P OSl!IOtlS c/elililllns
da S/lIlfi ne mu Trem/mie
QIW Il1e IlCtn Jullcs Ú l 'ore/m/ o
44
-
P 'ra fi e/do. tru fi u-matãu
Vâs do p9l0 a ehici o, 'a mo/itcio !
Qu ero Que Ille digas
::;. ist' éi vim/(lde Ó se náo
Se tCl/lto el e se r casada! ( 44 )
Se tenho. vira-te p'T" cá
Sc ná·. vira _te p' ra /ri...
Varia nte em Qu e. aJem da pClleilu e da t csoUl'a se uti liza um
rc!:á rlo de c<: nt:1S Que se col J.ca. pende nte. n ; centro d a tesoura
P'I/ era Que p'/Ierastes
T Odo o pão da ve l"yen clmie
P'Ja s alminhas d e scmetéro
Fala - m ' a qui :l vorclad e ;
Des igna -!"e na Alen tejo, por Qualquer destes três vx ábulOS
- am a ssadllra, amassaria o u cozicla - o ac to de amJ.SSflr o pão e se-
guintes cperaçOes. a t é Que este venha do forno, pronto a comer.
Em geral, teda a mulher do Povo Sabe <a.!lJassa r _ e núo apen as
a m ulher, mas ta mbém o pr6pri ~ homem, 'p',Ha a substituir QUarlck>, por
vezes, e la não p : de d e.;empenhar_se de tão importante serviç: d :méstico,
já opor doença prc): ngad a Ou imprevista. já pela Que periOdicamente a
i"n c:mod'a, Ip JIS é sabido Que, nesse eHado (a plJpósit ; do Qli'J1 correm
ainda as m a is extraordin árias e absurdas prât ica s e crendlc~s), lhe é
ved3.do fazer grande numer o de t rabllh :s . tais como ; mexer em carnes.
em azeitonas, na massa, cm bCI :ii, flores. etc. (po rqu e as estr:1garia );
m eter 'as mãos '~ u péS em águas fria ! ou Quentes, ca.I H. m :"'1da r ou apa-
nh a r grãos. etc. (porq ue I ss ~ seria fat a l para a s ua saude).
O pão é objecto d cs m aior es cu ldad : s e d esvel C>$ p : r parte de
bda 'a boa d': :na de casa E ' Que, se há um descuido - se a m assa fica
aleoada, branda ou testa d e m a is; se fiC a demas iado lévad!! (Ilzérta ) ou
amonada no a lguidar e 11(;0 cl!eg(1 /) sl lla l (falta de finta ) : se tpllI Que
espel"la r antes da telldedll rll: se esti de 'slI/arre rtl, à b:c a do torno ou se
este nM estiver em ,bom t empcro (nem d cmaslaclo quente. nelll com
f alta d e cale r ) - lá se V'J I toda uma sema na. IImll l: t1g a seman..l . :! co-
me r m a l, poiS Que, sem bom pão. base do se u alimento. o Ah;>ll~ej :U1 ;)
não consegue fornece r 1ll'.I,té!'j:t jlrl ma Qu e sa tisfaça as exh:encllls do
lab oratório de lUlU vida - o cslõmago.
•. : •• . /U ) NeM a .altu l'jI .é qiu;! '>I'.!~ I"i UO IO o 1I1111 w.dueJa. IôllbtJ'._ • • :_ . • "
45
Esc: lhido c dia para a cczida e obtida vez pa ra a primeira
1 terceira fornada ag uardJm que a tor nei ra mande recad , se~
gun rl .1 o\ • , o de
Qu e pode começar a amMsa r.
L:lIlçada. cn~ãO, a f'.Hinha no alguidar de barr:> vidrado, deP(}ls
de prcvim ell tc penel,r'.:ld a. - o Q~e q,u ase ~e mpre se f az na véspera, à
n:litc _ a funassadelra começa p . r dizer:
+ +
+ Padre. Filho, 'Sp rit o San t ' Amei! ...
E principia, assim, sob a inv.: cação das três Pe::scas da. Santls_
51ma Trindade. este interessante trabalho doméstico.
Dura .o mesmo cerCa de lim a h::Jra a hora e met'.l , durante qual
multo se sua a cpllxar as pastas»_ . até que, por fim, a ) ".lnça r a ~Itlma
pcrch de águ a, diz :
Cu 'l ind.a.
~ Em lmlOr d 'ls l .
' . c ue :, chagas de Nó' Senhor JI/IU! crIStO •.
h : r a d JUIJ:(:ld
rnl:nte, aA Casa ' d' n COllve, I"cu Ie V:1l. a torneir a cu JJI:UI d·'.. nova -
chl:Oud - uo sln. ' e cu .1 11I1\'j d ".,uas
' jS .. C o não C·, ,5
rt'I,:UCS.;H' sa bt!r se , . ·
• \ .,
..
• •
Ac ente
.!
es tiverem fin t a s .
e, Quando t :l t·~ . ,
"II
, n v Qu a n to pos. ~ lvcl , 'I c du!): as
,m.lndu cnt:\l:, temler.
/Ussad
«ra!
46
ce, por VClI,C"" qUe. enquant:l n ~1"!I SS.:t de UIIlU t inta nO
tellllJO' n crmal (uma a duas ,h ::.raq, a de out.ras fin ta antes de tempo
cu demora mais do que devia. "
E então, não sem arrelias, é posto à prova não 56 o trabalho
mas lambém 11 competência da b : a dona de casa - sempre bri 3sa em
apresen tar bom pã : , pã o bem fa bricado, alto e IfOfinho, quer em casa,
n. famllia, quer no campo, acs olh,:: s de e': tranhos, quando n ::s trabalh os
eh r,ga a hora, das refeições .
.Aquela cujo pãO p r imeiro levedc.u tem muitas vez,es, que lhe
dur 1I0ltu (am Jssá-Io n.: vamcntc), destapá-lo ou cJI'= 'Car em cima da
ma SSl um copo de àgua fr ia, para retardar a fi n ta.
Esta, porque o pão lhe nã , levedou tem que lhe pór mais roupa
ou co icear-lhe cm cima. s::ore :;. panal, t areia.: prêviamente aquecidas,
pura qUe a finta nàc demore.
P orém. num come noutr: caso, não raro costum'3m recorrer a
prática ~ superslicipsas para conseguir o fim em vIsta.
Uma delas. multo usada em Alfundão, con ': lste em ... capar o
pão, da seg uinte maneira :
Ouv em-se , p:>r toda a parte estr:mdos: s est alidos: silo a.~ cata-
oilas> Que estralum c:::mo r:guetes. ,n as mâ.: s da ga rotada, que grita e
canta de .: atisração. Sã: aS ataOlUlS uma haste de planta aquát!ca, ~e_
melhante no bunh , Cu buinho da ribeira . Termin am por um:!. parte
mais volumo'~'.l_a qlle é intr : duz!da na fegueira e. quando quente, U()
bat er-se com ela nas pedras d ] calçada, produz um ruid ~ semelhante
a') de tiro de pistola .. ,
Nestas ncites qu elm':3 m -'~ e nas ruas das p ')voacões do Bai xo
Alentejo muitas carradas de alecrim , Ip Cis não há lar algum Que deixe
de acend er a sua fogueira votiva, a :. Mártir S, Sebas tião! .. ,
Este ':? ntigo ~is tema de desinfecção publica é, na verd ade, alegre
e pitoresco, 901s as ruas das nossa , vilas e aldeias, despro vidas na
m :3 i,n ia dos cas::s, de outra ilumin:3çã::. Que nã ::: seja a do luar (quando
o há ), r ferecem, nessas n: ltes, um cspeetácul ) de-veras ene3nhdol'",
Por pexigas entende_ee, evidentemente, a varlola, distinguindo
o pJVo varlcéla (a qUe chama cpexigas d ó idas . j da varl : la propria-
'3,
mente dita,
Es tel:lls~.hIl O , õ!lhn de s:.! !' r ceibtlo Il ~S dias c m que '" (' :lcclHlcm
:.10'; f - :.:ur:lJ'llS V()t!va .~ , C ~); ' lIrna Sêr Jlfllfl'rldo IH)
ICV:lIItUf c1';1 ('ama e p oae
l llJl1bí:rn I; X4; r C4'r a!'l,'ãn "atalll :c,1 M' rOr (,sl'rll ) IHIII! pCc1;I~'O de p J pcl ("
prcg .. d o, n '} Int e n nr d :.. hall l b l,'à ~ , por cllll udo arco d:1 ,,(/r t a - lIu~rlla
jlllrquc d i- ln O pov : - é IlIIlfI W-rta que :1 )leste ~ lIq) l'" culra , ..
48
AMULETOS
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F IO. IV
" - Erig ie de N.· S.- da ConCC'ição, com a melft. lua aos pés'. Tem atrt\s argola
para smpens::io. I:.: de Ouro massiço, com o I>CSO de 10,5 gramas. pertence ,
EX.ma ESj)()5ft do Prof. e Arq ueólogo Abel Vhm n.
CtlfrlOlI lIIlI/ (luIHldo. de mill1ll:i. (,HI-e Il!l~1l1l um IIUtl '1',.(t). ('uSl\llllalll ('11.'''· ullIa fltI"
CQf1l Il m i,u eJ.II 'll'lda (' diwr : . u'
~'" forcIIUd" . 'I,H' I'lllorw :> 11'lfi f ,cuU·. \·al. ,':11 d 'ht;" III" .' Ut'.reI ·m . 1'111 p; .
..... 0 ITl lO. . . . " _ . lI11:>'
_ , "jnJIU /1/;' m i"~ 1111 ' plII$'!!f!: :" I' a l u n UI llt.:a. II.' II 11"<> prll ..
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II? a ,·..,_·0 11 , • H" -.
A dllco ra simboliza. aquI. a esperança em Deus OU a firm eza de
ânimo para seguir o c,amlnh o da salvação que o povo jn l ga p odcr atin-
gir pela simples presença de tais objectos ...
F IG. V
«Olhos Saula Lu1 ~'ia»" nnl'. ogn.;I.
pescoço decomo d d as« d oeuçc!S da v/sicl»
• (Prata) . S{IO usad06 ao
, :unu.etos. yal~ ('vllnr a doença c, por VC7..cS. olercddos à San ta em
ClI\l pnmento d(' promr.<;.!Oa .. . pela cura,
1 _ C PIG VI
IIpidu, COIll a Sl:ta ~' m u •.
ma (b~ nl :lfl~, arc·
2 _ ~kd~]hao de S. .
d e r{)!;(U\. I Pra,ta) . .
o !.til OU!il\ c en feitado com gl'Íl\llld;J.
ti( , .mlo 1('1"1,';1 II
• ~'"UI , D,' S, L' )IO I)()'
1111111 ,'" ("'Jlll
,'0IIIIIC!
(' t1lplul" .•II til':
'· SI1[lII'11I0
' ?) ta ml>i.' lIl r.! !!riU:ll:!"
6. CRUZ DE ~ H I . U·ral~I). '
' . A ll.T OI..QMFU E
T etnos -aiJuh . DE S. C IPRIANO
t ào vl\ll:a r
ULulo,
('IIItlO II~' j.l
~(Jtlhceittll;ll
\"I'f l' \'idl' s
tl) ela ' ' . ' .
( Xl s t.mlcla de o u tro alllulclo, u aO
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52 " c (1111' é c.\l ll I lf:CHlf,)
. pela (\l'SIg-nll~ão
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F ig. VII - AMULETOS. RELICÃFUOS E DENTINHOS
Da para a direita e de cima p:wa baixo:
~squen:la
I.--Crucitixo nntigo. (ffi pUlm. IFOlmas lIIluito impCl'feilao;).
2.--5enhor J esus dos Pa..!'Il<lS. (Ouro. Peso 3 dg!;.).
3.--Cl"uz dupla. em omo. Dest>l\I\OS gravadm: - Instnllnen tos d:... Pa ixão: coroa de
espinhos en t~'e dois cravos lao alto): escada (acompanhando o corpo ou haste
maior): cravo e cSlrela de d.to raios (em baixol;_verso: I H. S, I J etl.1s Hom L
num Sa]val.Orl, nas IrÍ's exlremid.1des da Cmz, no alto: 1rmça com corte e lan_
ça com esponja, rnmrilhal':IS c li gadas. fiO c('ntro: N . R. l . (Nazarenus Rc:ot
lu d('orum). nas w·(-.; l'x lr(')llidrtdcs da Cruz, c,"I1 baixo. (l"cSO 1.5 dgs.l.
4.-«Sull losep" com o 1\1cn l,110 Jl'>SIIS nos bracos. VerJo: AfiSlInção de N." S.' ao CCu,
Impelida pe]OII ~llj05 QUC a l'oo .. ialll, ,OUI'O, Peso 6 gmm;u;l.
~.-Pcquena. l llul!.H'm d" S:lnto Antélllo {~t!c. XV I II ?l em marfim, com furo que ~.
al]'(\v(.'O;S.'\ de um ao outro lado, p iu'a SW;JlX'ndcl' (\0 }X'sooço.
6 - Palma da mão :,I.>l'rta (' com ""\l'!OS d('~cl1hos CI\) 1()(la a slIlJ("l'fkie imitando
. P<'nt<.>l:'. Deve t nlt:\I"·sc oe ><I11ut('1O proveniente da cren~a na « :~rte de ~di"i nhal'
o fllturo !leIa pama ( I~s lll:i'1/!» d(' <1I1C. ~;ol)!'elmlo .,.~ cig,\ll:ls. ainda par estes
sítios fat.crn largo empre.L':o. (OurM. •
7.- P ei xe nrticulado (ouro). O lK'ix" é [n'(jucn\!'lUcnle u&'\do {'(}1ll0 ObJfCto de IIdor-
no na (\(1C pOjlul",l' Dl'~.'onlH'rwmo . lo. contudo. ~:OI\)O IlIllUlf'lO.
8,-:/1.1 ;,0. toda ;,1.>el"la. ('om alJin c l~, para sU~ll<'n~,io (0111"01.
9._Sacr{ll'jo.arnhnlat('mu. l~~ra rond,, ~'''' o (lo Viii tiro nos ('llfnmo;;. 'Tt'JIl, dos l~doo,
I;CIS )ll;rlWS com UI'iII('«I, )"". "III r,' n<I qua i:.: p:e.ti,1 o rm'(Ho pal~1 1I\l~n(kr ao
P<'S<:~o. de (.ml>:1 fi II' ~~!tWI'(' tlil '<'I! (o. (;1':wa~·,·I(l: M' Iniciais 1. M , S .. com n CI'UZ
o;obrej)O.- l:l au II e. ]lOI' h:Il~". l ... ·s {,"H""". 1I" 'a t :\ <loUI'lHllü.
lO._RcU"il'io {'!ri ouro. tom v',lru tll' cn~I:lI" n"""j:lrlo de Ih:lOnmnt{'s. Pr!;o ~.9 grs.
li. 12" 1:I._ l tl{' nI . i<lI'II1. " ..,~'" tli"IIl:lIIl,~;>. l',""os, 1','';;IX'Ctlva<. 2A e 1.3 grs.
NOTA . Os oIJJI'('I.<": IILU' IIl-:lI!~·'Ul IW"I" cl':lVlIl':\ lJ ",,'t ... u{'rlll :\ rfi!.'('~:io d e J 06Í' l\U~ _
dnn~'a j'u!'tadu J:,rllllt,·;U - t!"Ja 1"n(' ~,!"'l J ; ,\ (l~ Al'llI :1ndo n:l]lru;O: a,,.:UljO 53
do) JQaqulm HOf"JIIC.
._- - - ----,
Os
crentes em seus m.iraculoSos efeitos prepa- ~J
ralll- no da 'seguinte maneira :
. Unem-se t.rês pedaços de pau cedro, um mais
o~mprido' (u 'h aste) e outros dois mais peq?cnos (OS
braços): cob rem-se com alecrim, arruda e aIPo; colo-
ca-se lima pequen a maçã de cipres.te debaixo de cada
uma das extremidades dar cruz e deixa-se ficar tudo
em âgua benta, durante três dias, retirando- se ao tim
dc...~e tempo, à meia-noite , enquanto se reza a oração:
__ Cruz de S. B artolomeu, a virtude da água. em que
estivestes e das plantas e madeira. de que és felta me
livre das tentações do espirita do mal e traga sobre
mim G graça de que gozam os bem- aventurados. + em
nome do Pat.+ e do FjJho.+e do 'sprito Santo Amen. :.
(repete-se 3 vezes). A cruz ·assim preparada 'costuma
~er usada num saquin.ho preto, Dizem que tem grande r
virt.ude. mas, para isso deve randar sempre bem oculta
t 'l•
para nào lhe darem algum olhado - o que lhe tiraria
. ~
toda a ef)cácla .. ,
, .",~, .
,
• ••
t ..
\
Os prõprics escclpltlarlo
zados ai nda hoje peb IgreJ: ~~ belltlll1tCs, pl'eCOni-
' ... ~\~
Fig, IX 8present'!lmcs alguns e .itOllca, - de que na
n ~-!so frac: entendimento t xemplares-devem em
~ }
.,~
.
ff\.~
p ers "lC10Sa prática d ." \11\.0, der origem n a ,pagã e. Sll-
'l1!l.S 'clllllillaçõcs OI'jcntai~ d os um ll leto.<;, conhecidos ~
, e$de as mais remo,•• ..... eras,
Os amuletos 1>:1 "1),0.,> c :). F ig, VIII
n u!!! c materialista,,,,'" t~Il'1 ~~o as clIln,'>colcs . mode l" 1, Ten;o do ROsá_
uma J.(r:...nde e Importullt' ',ra U ll1alorla do vul"o rio de N,- S.- \00_
e 1It~s(1(l
ma QUe a I :.;reJ a :...trlbui :11) AIIJ
a dUllpl'ir;
'" .. ,
a IllCS _ rel), 2, N .- 8,~ das
n d .~ GUlil'tla ! DoI't.'iI com 00 Senhor
1\101'(.0 !lOIS bl'A.ÇOI:;,
D eve I; ~: r c ~'>" ti. r.ll\~ ~ ) V (,;H SO, ~ílTlwaç:'io
J.(ru es pecial dCllo\'!1 o:l .. - J o r quc o pOvo lh e' m ui 10 Im)X'l'ff'Ha e
c omo olljr"'[ , ,' c o~ USa COm r ' II, ~ ctlll :>a~ quase j miJt.'I'~i .
o I ~ I ullll nu ,'ol~." c ~10S0 re."'ltllto \lt'J' llIoIlOK~':lllla de
•l :>"I.:r:'<la ! .. , '
S4 N ," S,a com I\S 1111.
ch. l$ A , M , t'lJu ....Ja.
("lIda. (Jlmla,
~,
• ..
-- -,.
,
5S
J3ENT l NHO~
fll! . IX i
4.-$. Fral/cisco de Assis, Chagado 1Ias nulOs, que seg uram a cruz,
ao cel/tro do quadrado q ue se encontra (t direita. Bordado a
fio de Ollro, call1ltilho, lentejoulas e vidrilllos _ Ims ovats e
outros circulares, facetad os.
• •
PARA A MISSA
lA. á M Issa.
&e \.Oe' D i', me dii parte na Missa.
o. an}o& a adora E $Il.lva~1i: pró miM' alma.
Vá m inh' aJm' ou\'LJa
Qu' t· n ê: pOSS' agm-a. t' lIê.de morrer
Fazer tO$tantellto
S' ouvir'$ I.OCIU' ii. MillSa D i xar Ao m!nh' alma
Lll rflO ·tud· e vai ti ela, O Soutissrmo Sucl"'.Imenlo,
\
QUANDO SE SAl D A IGRE.JA
NOTA : . Quem esla oraçAo ra ~flr Q\lrlt.l"O vezelS 110 d ia. quatro a lmas ti ram das penna
do PCt"lIa1óirO: a porméra ,arã II. "Jiua. a .l i" ,",,,,,' n de sê' pa i. a !f>r"cér' ã de
su' mde e a qu arta a de qu i!i ma', (lltC$er. P 'I':\ &cmp,' A mli •.
• SENHOR DO HORTO ~
c RESPONSO DA P AIXAO :t
Que JflSU3 Cristo e:unlnhnva Qll r m es1..I' or:W:\o rII .. or. u m ... no
P'llo rua d' AnwIl!"Ill'a l'onti lllUulo. tl1":ln\ 11111\.11"0 nlmlL6 das pi'n~
Ccm 11m Cm'zér' Í\j; cOstllS. do p"rgc ll cilro: n /X,nJl;"u $rf'"Ó a ~.1Il p. SI.
D~ 1IWt/{; ra 1:1' 1)(~I,da . l , . · a .do'~III'1.
!l11II11,. IL d a 'Sua II" t'. n JJ'<~r 63
( , 11 um cordel ll~ L gr<',/lUI/U ;\ Ijunrl:\ ,1(' QU(,lll Di"& qufra.
DE QU INTA ~ FElRA CE PA I XAO >
c ORA ÇAO
c ENCOME:\'DAÇOES ~
, NOTA: Segundo a crcnça popular, esta oração foi \Isru:la pela Prince.sa CIo,
~llde que com ela venceu todas as lcntaçõe::! do feiticeiro Cipriano (depois S, Cipr!anoJ
paro a al'.ra.st:u ao pecado, A Princesa ensinou a .ora.ç.'\ol II ( r ,priMO' <:On\lenenco.o
cl rpo~, à fé Olist.ã '.. '
65
E a cnlZ da Devtndllde
E as trt-s PessOfls Deu/nas
01\ Sa/lti$.~cma TTCllrladc,
«ENCOMENDAÇAO A S, SILVESTRE..
68
A fo:-tl\ltln da. Jéi E ft.S ~ da. Santfuemo. trtndade,
J U$to Juiz; d Ol.'(:twl, E Jasus e Maria. e J elé/.
., A NOSSA SENHORA ~
&.flhora, vós à Miwa 'stti raumdo
~Ilcm esL' oração ra:ar
E o VQ3So Dcvillo Filho
í::2,C vez..;~ na Curcsma
LA o 'SIão curcejecando
Ou~ras sete no Carr.ai
Com sete mil açout~ 'ra, ti as portas do Cé' aberta.':
Q t:::> o.> !arcsc's le tão pregando. P'm q'olldo morrer entr.lr,
Indo Nossa Senhora
Am ~i, JuSU-l!
Pela rua d' Amargura
Dando gem ;dos c suspiros . .
() mulhercs que teem filhos Va lh a.n e;> NOO&..'1. Sill llOra
Ajudai_m' a chorar: E a jOlor q ue deJa narcl.'u
E' a mD:'te d e Jasu Cris:o E a H6;t ia ccnsag=la
E' mi' Filho natural .. , E a Cruz ~·n d' o Sillll or 1Wrrcu ~ 61J)
... e outra
ou t ra :
Senhora d' Ellcarnaçào
O Viria doS Céus s3g-rados
Sois Miie do Verbo devirlo
i\1 :'\(' do nooso Ricl elltor
DaLma vosso ãbcllção
Qu' ('nlr" :'\5 nmlhr r's t CII S ti 1)(11111(/ (61)
Qu ' c" vou por este caminho.
1 ~-:t z :'\~('IJI',' à n\Ính 'a lmn Vou bUSC,,'"tr a salvação
Qu{' g('mc cl!i(a de dor, E o Sacramento devi110
li: 11Ci depOr nos mc's lãbios O me' De's todo pod'roso
r\ú\Vras de P \U'O amor. Filho dum Pai Lá' amorooo,
'Ma nlma Que vós me dtstes
Em nome do Di"s d os Mundos
Nil' m ' a dáe's morrer triste
E !(lm?1 do Filll' a.mado
Jó, que na Cnlz a romistes
Und" eXISL' o nlll' or bei DaLm' uma hora de repo!so,
seje- p'ra semprt' lava do Com' àquela que vós t eve3t cs
Nt'sr hora bend ~L' Amei. Q·a.ndo prõ Cé' a.sSllbisles.
'2 , GIl - ] '", " pOlllla - Mtr • prim elr .. ; toor Il prL<~,
t' Illl' confl'SSO com gra nde dor A OC'$ J)C(,'o desculpa
A vóS. P:1dre. e mc' Senhor Ccnfl'$.~o . mc com gmnde CU11):(
B à srllll"_EIII/lI'rOlriz r621 Padre 'utais na c/oméllcia,
p'r:. q ~lc m' alcance parddo No 11Igar de Dé's C5tais.
I)()S prxadO$ qu' é' jà fiz , Peço.vos com r cve1é1lcfll,
QU' i' Já fiz e comc:ti M 'c's pocados absolvais.
«CQNFISSAO DA V I RGEM ~
poi,s' a Vida conf~ar Encarnou verbo devi/I(};
Num'- mall/IiH. Ó demillgo; O lorcêro qu' ê' flordi
rd' era per leI" pecados O:!l" sanlC6 de Di's sã'
I:; nêi pol" os ter cometidos. A vinte e cin co de Março
l-'Ol só por gordar precé/os ~; a S:mL' EncaITlIlÇã';
O sé Iw gbleto Filho, O qUI/iro QU' ê' IlOn ri
O Smhor Padre da M iMa, Nosro.; pais mais que nós.
J)t colI/cssdo m ' hrwédes d' llll\'i l' Nã' sê' se juri
Qu' t' venh o emb·r::l.çada, Ofensa lavar a Jasus p r o vós;
venho em dias de pruir. O einco qu' é' deseil
O padre 6' assentava, Ser criada em menor (1)
A donzela Que s' eijoelhav4 Ser Müe do Verbo Devino
E o ventre qu' ela lovava E 'tposa do devillo Sol.
~u e terr' alumiava. O sé', (,tu' ~' eniuri
O Padre Que iSto via, Foi o demôill' en/cnlal
Em p~ment.os d'viciava Curcelecarom Jasus,
-<:BJal.voo. Padre da Missa, Foi um pocado ór'flc/wl ...
ca.:.a.LVOi>, nã' deúde nada! Ó Senhor PadJ~ da Missa,
'l\J.do isto sã' ~,téirc» Já td Itt' d coll/cssã'
Da Santissema Trendade P eço./e, por caridade,
V<lmas a romir pocados, .. Que me det' dbsó/llissã'
Pog\l.em.o, nos ma.ndamentos, - Lcvant.'lLvoo. pomba branca.
Ponntro '!;p060 QU' é' omi M e' ~pe l ho CTcstalillo
FOi mt' devillO senhor P'r cmpuro dE' todo o bli
Qu' t' tnlgo no 71r.t' ventre, So~ Mãe do \'erbo dCl.'illO
c PARA IA S TRINDADES ~
t:: m' C/bt:nçÓt JU~1l Cri'lO hl.· lIu'e na 'l.... IT· A",,'i.
~-=-----,-
\ 1:2/ _ Santa lmperMrlr. _ f>allla Mlldre 11l11lJa. 73
c OH..'\CAO A S, JOSJi: »
c VAR I AS .
E J es us , M::uia Jesc, o moulllo pocliu all'ua,
Em luoor eas três 's)>"G'as Logo s' abri' lima fo nle ;
O alma quc:o que me d l&,.lJ; A fo:u: era. de pm. \o.
5f" nm as a Dc'$ com lei.. A. âg'" era de ch ê'To
Lá no U'()IlO de Jane! O monin' era santo
N ...,;u 'r;l!ga t'oTdadeTa , F j,ho de De's IX1TdadéTO (53)
Alma ura _le de ssa ceQuera
ikx' ii mund' t"ngan ador Esta noute c/lovi' agua
Am' à Dê'" li U' senhor, l.)e pedri n ho :lmoI'OS..'\.
&- Qu ~ r's ler no cê' ood.:ra . Onde m ' hé.d· i' roco ltler ?
Dctll'ro daq~la I'OSa (53 )
ORACAO
!::enhor, nós vos p<-d lmC6 Da B ei_mllvell lurada Viria Mana
Que COI/cedi' a , 'os.<;os servo.; Sêjamo$ livres da presente Ll'!.steta
Uma w,rfé/u e leli~ Ml ude de corpo e de E gó~emo$ de p.ll terll· ale-gria,
alma P'I-a stmpr'. Amei,
E q ue p~1a ClltOfCC.tsdo gloriosa
c A SANTA BARBARA ..
(Advogada contra as trov oadas)
c A S, JERóNIMO :t
c A S. GREGóRIO :.
------=-"
~I 1I!.«le1l11J. ... _ l'-
''', -
Por ondr ,uj' haja p.\:;.-i.:l-ri to
1tI(,1I\t - A 1.- peso do IlrCL I ~ rr. dos vC\'boo d r ICllm cm {I terminíl, iIlI'Jrh\ve.
'ElJlj'B'd
. . 1
{ &6/' ra f, br'mqlll, 11111, (bt'add, bl·hlllue!. fa!d). 77
- ln A/elltejo cem p or ceI/lo.
Nêi era /lêi bera
c" hnlu L? ' I,d baf o d e 111011'"0
NN jo/Lir d' ô/'I!crf'
'''''"t';
dr m:i c:>r
Ni':i co'sa !I. Cllle Df! uei quha
nm llwr de lJ:lrto co m rir]'
l ,-CuslõIfIO, s, m , m e ' am CO!. .. As Lili> Mi' nns t.I'CS P essoas d tl lhl lU,
-Cus/óido, SlIn, m as :hnigo, n flo!." Ua ~flllll$sem a Trindade-;
-ó Custóido, tu quer's ser s alvo !! AS d uas &1.' n ns duas tllbmnhas I.le MOÍ$elJ
- PL-.a i\r3~ a de Dê', SIm, Gucro ! Ar/onde Nó ' Scnhor Ju.!; 1J. Cr sto
- Das deu J)..'\lavms, d Il as C rc/Orllfufns 167) Pus os sê's dev, rlOS »é1S;
D,z'_me lá a ponll<'ra. : A porlllêr' êi a San ta Cll.'.a de J O' ruolêi
- A p:muér' êl a Santa Cnsa de Jnrusn: i!i A r/ol/de Ja~ u Cr,sto morre' pro nós, Amêi,
Adv llde Jasu Cristo !110m!' pro nós, A mili!
... ,-CIJ.~ tóido (j uu's ser 5:1.1\-0 ?
ll ,-Custóido, quer's ser sal\'o ? - Po:a graça de Dê's, ,sim, quero
- PO,a gl'aça de Dê's, sim, qUC!1'O - DM do:.r.e palavra s dilaS e re!Ofllad1,
- Das doze palavlul; dilas e reto n :.,d:lS Diz'. rne Já as cllleo :
Qiz' ,me lã IIS duas : - As cinco $(i n as e :nco cha~as
- .... s duas $Ci' nal. duas ~bu l nh ua de Moi. iJue Nó' Se n hor mo r,e' P'O n ós, .'\m ~i,
.éil As QUa.:ro sd' nos quatr' En ~ansllslal;
Adou lie Nó' Senhor Ja,u Crisl<) JodO, Lugres, Marcos e Matêu;
p~ 06 ~ê 's devinos péÍf; As wils sã' n a.s u-cs Pe<soas d ell,fllas
A p c: m i( r' ti a Sa n to. C 9.SlI de .L,:rusalci l l i Suntissema Trindade ;
Adollde Jasu Crl.5to morrc' pro n~, Amei! As duas sã' nas ditas T o.buinhas de ,uo;,u!i,
lIl,-Custóido qUCT'1; SOT Slllvo ? Adcnde Nó' Senhor Jasu Cr!!;to
- Pol n graça de De'$ sim Quero \ Pó.> OS st's devino$ p eu;
-Das do:re pala,'ras dila!; e rclo rll !!<!fl,S A pGMllê,' ei a Snn .a Casa de J llru$I,lii
Diz'_nle Já as três: .l d" lIde Jasu. Crn\o morte.' pro nÓ5. Am M
- As uUi s:\' n as ui"S Pe.>SO.ts d,'still/CLs
da '::'ufl t is;fem u Trindade; aI; duas VI ,-CUSI">iuu, LU quer·s seI' s"',,h'o ?
lã' rol S (luas tabuinhas dE' M oi$~il - Pola i'raça de Dê" , sim, QU(,l"O !
Adoude Nó' se n hOl' JUSIl Cristo - Das d oze pa).\\Tóll; d.it.'I.S e r etomadas,
PÓ!; as st', d evi 'lOS ~iJ; Di~'.me lá &I> scl$ :
"
.".~ no,~\",.,,,l.', mas
_Uil '" e "' I om~ <i:\.~. _ d itns e r... tll "" isto é,
, Il'. -
{h -(II'I'!S(lI, do l im pa ne () 1H'lnc hHO ,,, V<''IJ,'~ d ln-r
,(oS, - l . u l/rel por J ,uc:u~; Em \,1':1; lIe . J o.lo. OU~"IIOS ala'"'>'IJI
'78 d.t:ra"dr!<. ,
du~ sã' nas du[O.\jO Tabulllhaa de MOl.!él.f, l X ,-Cll.\tQ/do, que r's $Cr !J:Ilvo ?
" ll dr Nó' ,scnhOl' J usu. Cristo '-Pala graça de D~'J SI m. quem '
(do .".
• Cd st's elcrmlQ" PCIS;
'-Das d07-e paJavro~ ditas e relornelc/clS
PóS r)fl llt ,' ti II S,mla Ca sa de Ju r1l8a/<'i lJi:',me lá as nove:
~d:lld( )(1$11 CrOsta morrê' pro n66. Amei! - As nove $cl' nCf:l non! m c'i(:<;
Q/l(; N ou,'\. ~:knhol'l\ I rouv' O sé' fien cl ito
VU.-cu$lÓir/o, Quer's ser salvo ? F ilho
_polo gnlt;\l de Dé's, si m . q ll~'O r Em ! ê' punS5cHno ventre:
_D.U doze p:üavras dil~\S e fc/onwdo! As o!!o t ã' nos olto oordials
D/t. m:! IA us lctc : Qu' cl com pell/lU/rom no Senhor ó Céu:
_J\S sele s:\ nos 8('le S3Cl1l1llcn1.O$; As tele sá' n(.ll\ ,~te Mcnom~ ntOR:
AS ais sá' n OS f'fis ch10s ben to" As Se3S sã' nOlS sels clMol b!:TIl~
Qut' Nó' Senhor JIIIU Cristo Qll e Nó' Senhor JI/SU Cristo
Teve o st" devi7lo narcimCllfo; Te\'c o 5é' dC Ii/ II O lIarcimClll o:
A$ dnto s4' nn.~ cinco chagas As cinco 5(1' n M cin co c hagas
Q~e Nd' St'nhor 1IIorrt' pro nós, A ma /, Que Nó' Senh or morr~' pro nM , 1 mef;
As qllA.t:'O sã' nos qual:" E llVallslist us, A s quatro $li ' n os qlu fr' EIII;on!listas
JO;\o. Lugres , Manx.G e Ma /êu; Jo;io. L ugres, MarCOS e M alêu:
o\s trls sei' nas três Pf $03S drstin las As três sã' nas trés Pessoos dCfti'1t7f
DJ. SantisSClna. Trindade; Da. Santissema Trindwe ;
M duas sã' nas d uas TabuinhM de Moiséb As d uas scj' nus dUlls Tabuinhas de' Moisêi3
A~ de Nó' Senhor Jasu Cri .. to ,<tdo'lde Nó' Senhor J cuu Cristo
Pós os sê's devi/los Péis; pô:; OS 5e'S detúlOS p8$;
A p:mnér' ei a Santa Casa de JarUSlllci lo. pormer' ei (\ S:IIl'a Casa de J aru:,alii
4dOllde JfI8U Crir.to m.orrê' pro nós. Ami!i! Ae/o/lde Ja~u Cristo mor rê ' pro n ós. Amei !
A.s ~et~ sá' n os rett' saclumenlo.s; C::'l Lri de De', ; as nove $c1' nos
.0.5 t~1S Sfi' nos .seis cir!os ~nto.s nove ml"';;e5 Que NOI-:;o!.I\ 5<'nhO!~ 1
~e N6' Senhor JflSU CI'~!o IrollV' o sé' Ix'mlilo }o' ilh o
-------
/IUI C rlM n Im,rr(" I " 'U n (zs , Ali/ iii!
79
"1!.:IIIlL"S \",>" ,'1; \011\'11 " " .., «!, H "11" "",
, "~" ~o~ ",' ,' U.'H" ,""j'("'·'u",u»
\
_D"" doze palllvras dltM e retornadas
D.l Sanlijsl.' ma Trindade:
AS dllns sli' n:lS d uas T.luuinhas de ,\ loisCis Vir .me lá as dou: :
-A.s d oze sã' n os doz' Apóst 'los;
Adollde Nó' Sl'nhor J nsu Crilllo
A3 onze sã' nas onze mil VirJ(lj:
P ÓS os se's dcvinos vêis ;
.... por mer' ci a S:lnta CASa d(' J atllsMe ; As dez sâ' nos dez mandamentos ria Lei de
Adollde J aSl1 Cristo morré' p ro nô.1 AmeI. , Dé'I ,-
As nove sa' nos nove meses
XI,-Cus lóido, qucn ser salnl? Que N O&a. Senhora trouv' O sé' bendito
-Pala gr:lça dE' Dê's , sim, q:1('; O ! Fllho,
- Das cioze p:'\.lavt:lS di 1M e retor/l(ldas Em sé' purisse mo ven tre:
DI:·.me lã as 011<:6 : As o~to sd' nOli oi LO CfYrdiais
- As onze sã' n:lS onze mil Virj(IS : Qu' acompallharom no Senhor ó Ctu:
'''~ dez só' n Oli dez m:lnt!:lmCIlI«s da Lei de A S ~e~ e sã' nos sete sacramentos;
Dt's; As ro!s Stj' nos seis CÍlios b entos
As no\'c $d' nO$ nove muas Que 1'lossa Que Nó' Senhor Jasu Cristo
Sfn ho:u trouv' o , é' bendito F il ho °
Tev' sé' devillo narcim e7lto;
Em sé' puríssemo ventre: As cinco sd' nas o:nco cha!f.lS
AS 0:10 sã' nos oito Cordiais Que Nó' senhor morri' pro nós- Amei;
Qu' acompan/lO rom no senhol' Ó rtlu, AS quatro sã' nos quatr' Ent'a:1sli , ttl3
/!.!; !ete s6 ' n05 sete saCl amenlos : J có.o. Lugres, Marcos e Matêu;
As !(f.S sã' n 05 reis cílios bentos A ~ três .sã' nas tres
Pessoos de.~til!~as
Que- Nó' Senhor Jasu CI1sto Da. Sl:mtiuema Trindade;
Te,,' o sé' det:ino nare/mento; As duas sd' n as duas Tabuinh:ls de lIolstis
As C:tlCO ~á' nas cinco chagas Adcncte Nó' Senhor Jasu Crts tn
Qu e Nó' senhor morrt· pro n ós, ," mti; P ÓS os sé's d etl lll OS pé";
As qC3t~0 só' nC5 qunu" ElI vtlflSUltal A pormer' éi a Snnta Casa cie Jarusal ei
J o.:io, L ugres, Marcos e Ma teu; Adon d e Nó' Senhor Ja.su Cristo ~oT'Tê' pro
AS trt-~ ui' nas t~bs P~oos desUn i a! nôs. A m ei.
D,' Smllissema Trindade: XtlT.---Cu.$ló:'do, qUl'r'S ser sah'O ?
Ali d uas lá' n all duas tabu:nh:ts d" "'u i~éis - Poll! graça d<> Dê's , s:m q'lero !
Adoude Nó' Senhor Jasu Cr:.sto - D as dou. p:l1avrns, ditas e re!or>'(I(!(lS
p ús O'> si:'s d evi ll os pé/s:
Viil'. n!c lá al t reze (?I:
A V'J!"III1~r' éi a Santa Ca~a de J ar:UI!li-i
A rlr)1!r/c J fl~ U Cristo morrê' pro nós, Am N,
-,'5treze sã' n03 t l'l." U" 11\106 qut"
levo o Sol: treze I'lli06 que l("v' R Lua
ArTt' bt'"ta deJllóillo
X I I ,--Cu~ fó,do quer's S<'f s:.lvo ? AI 110 mél' d li'ssu \'IH!.,
_ I'o'/J "mo:;a de n ê'$ ~,j m qllt'ro 1 Qu' esL' olm' él dt" Drs t" n<\' ti tua I
E,-.; ta o r J,ão é mull u con heci d..L do P ovo c nunc a dl'ví' fi c~lr a-
m eio: 4qu c m c Gmc~' a r :..t rtl zá- I;1 t e m de ir ,Itê liO fiu v ...
C _:-:t.um :1I11 rcci t,l - Ia durant e as tr(lvua(\a s, qU , II11!O ull1 d o(,!nte
c !> lú cm ~ /WI/ S{l Il!Cllt(U, (11)1'-';'-;<tmclllo Gil c o ma ) ou aill(la n o~ c a ~,)." de
p .. rlo d if'kil, f;.ZI'IHlo n est c CllSO c ClllltIltn to se t eza. c ru zt"S 1I :1,~ c os t<lS
da p llrturiculc " ,
80
BRUXAS. FEIT ICEIRAS E LOBIS-HOMENS .. .
APAR IÇOES: ALMAS DO OUTRO MUNDO , FANTASMAS E
LUZINHAS NOCTURNAS . .
MEDOS GRAVULTOS. SOMBRAS E AVEJOES
!le '72, -Com cslas palavr:lS CXpriUl{,"'>l', en tre o PO\·o. o /ru('II:;$O d·\• iutl'n't' n ,:hl
11m o ' ) ,. , l' ., (1(' f(!1X'n~' l~ 'l!"OV"O.
til<la U v:u'los clinicos Em l'tis C' t";OO é <1rCI\!;fI. I-:('n~ ta u ,~ . , .u -\
lU Por b ., • ,..,. . I ,. """'I 'rOS(L intl'n"\:' n ç',1O p .•
ii fa. . l1Jxa ou po r u lgm:'m (IUC u:n!,a I~CCO tT\(:) 1< rnm ,.,.... 1 tI/v.:; dos
C/i,tr lkr muI. .. E' eSSa a nw~l o po r que. m :'s lllo th'pob d ,' t'stal" U\ IUlt'tI{'lIytW I
""es» / " licol 'lllo:UIIS d OC ll,
~ r , e.llluitwi VCZ4'S. ao mesm n t l' mpo 1111(' se Lralnm ('o m o 1I11 ( · ' d ' \"
, l'C<lrrem' . ' . ....J'IL u(10 IUl ll';IIIl{'ll t{'!i(> t' ,
IIII/Q 1:1.8 Cllt·an elf'ir:!:.; ou curandeIros. :-tOl:; qu:!lt>. '" ' 83
flredu ' dl'
cura, quando c:;ta ~ ! ....
r:rsnde necessidade, Imperiosa. necessidade de Se eS1'ojar! Sai de casa e,
q-uer chOva e vente, qu er If aça bom tempo, 'p rocura um eSPojadofro
onde se espoja até te transfcrma'I' num jumentoc Se, em vez de proCurar
o esp:)·j adolro. se meter num charco onde tenha permanecido um porO\)
Ctl se roça r por slt~() onde se tenha deitado um cão, é a f'Crma destes
anlmlis que .ele adquire. Corre, em 'Seguida. lPor secas e meDas, cam!_
1/11OS e alvercas até que, ao romper da m anha., 'Volta (l.J espojad'Jlro e
r eadquire a sua '·Orma n atura l, de ser Ihumano ...
Se durante essas loucas correrias (l )obls..Ihomcm for ferido por
Qualquer cria/tura ... perde.se o encanto e retoma 1media.twnente a
fomla hum-ana para não mal's voltar a ser lobls-homem ...
O Infelíz, I)orém, pouco po:derâ. sobrevIver a esb quebra de en-
cantamente; um a prOfund'ar tristeza o inva de, um mau estar geral b
cC1lsc:.me e a morte ,nâo dem orará. a pOr termo á SUa. Itriste sina".
Vejamos algumas !práticas que nos foi p osslvel reC'C,}her e às
Quais o povo cem, frcquênc\QI recôrre. para. evlfar a a:cçâo malfazeJa das
bruxas, feiticeiras e lobls-:hbmens :
Em laVCT do Santlssim:o
Sacramento do altar
Com este;- sete por /w,:-es (73)
Esta caSa. venhO' porfumar
P 'm que as bruxas,
Fétecéra $ e art' endjab6l'o~
Nesta casa nA' possam entrar:
Em lavor d,o Santlsslm-:>
Sacramento do alba'r,
O azar me sala p'rà l'lI'a.
E <8 sorte mc venha cá drento parar.
Outra :
Qua tro cantos 'tem a 'nha casa
Quatr' an J ~ p'rli. górdar :
S . Pedro e S . Fra ncisco
S. J-::Ao Baptista e 8. J~Ao EnvansUsta
Em I/Lvar do 58.- Sacramento d e altar
t:. FlIla~lQ, a ' 1I11a casa 'tou a porfumdr
P TU tod o Illal da 'nha casa sair
E t":ldo o bem nCl' entrar I
JaSlIs! Santo nome de J(IS;I S I
PRECEITO
~ E u cemo cria t u ra ce Deu s, fcit!l a
sua imagem e semel hanc:n. e
.-rr::m ida com o seu san tlS.,>im o sa n gue, vCs ponho p r ecei t o, demónio ou
.. de!n(m ios, p l:.l ra que cessem os v: s,<;os dcll r i cs, p rlra que e-~ ta cr iatura
cniio torne a s (; r por vós a t :-rm enta da, o: m as vo;s as fúri as internais.
ao
c: p ~js ? n ome Se nh or é forte e pcderoso, por Quem eu vos cito e
· n0t! f! co que vos ause n teis deste l ugar p-a ra f or a. Eu vos ligo etrrna-
· rn(:nte n o Ju gá r que D eus NossO' Senhor vos destinar ; porque com o
cnome de Jest:~, p ls." rcb1l. to e v':;,s aborreço m esm o do m eu co r a~ão par.l
t! : r". O Senhor se ja com igo e com t.':'dos n6s, ausent es e pl' ese nt~s, p :.H:l
'que tu, df:mónlo, não possa s jamat.s atol'lncntar as cri'lturas do Sellhor.
~ P UgI, f ugi, p arte s ccntrár i<.ls, Cjue ven cem :o lcflo de Judá e a raç:\ de
-D:tVid. Ama r r e-vos com as cad eias de S. P aulo e com" a t.C'I.l Jha que IIm-
-POu o Santr. r osto de Jesus Cr isto, para qu e Jama ils p oss.Lls a1 orJllI'uta r
t <lS .... l vcntcs.
" Em seg uida faç a·se o acto de contriçãO. D ep ois disto d('ve dizer-se
ta oração de S . C t1,r iU1lo pura d c!>/a zer toda a cl lw Udad e. de / eltiçcl r tCl$ e
~e/f(:on1 U7(l(,: õe$ dus de1ll ólItos , eSlJtrll os maligne s ou li ~:I~ócs Que te-
'nh..,rn feito h omens c. u mulheres ou para feZur em IIl1la C:lsa QUc ~c 87
· .
«julgue est:lr posseSSa dC ,esplrito.s malignos e mesmo 'para tudo que di a
uespcit o a molés tias sobrenaturais. g
Reza-se, cm seguida, mas sem Ip ronunclar o nome do Santo
cração de S. Cipnia no. 'P or ser demasiado extensa, ~CUP'lndo algU~a:
páginas do livro, -ap enas reproduzimos aqui algumas pM$agcns :
«Eu, Cipriano (o executante deve falar em seu pr6prio nome e não
t ne do Santo). servo de Deus a quem amo de ,todo o meu C',)ração. corpo
.e alma e pesa-me de vos não amar desde o dia cm 4il.e me deste ú ser ...
• •• o' • • • • • • 0 ••• ", ,'o •• 0 •• : •••••••• 0 •••••• , •••••••••• 0 •••• ••• o,, •• , ••• o ,, ",
. VÓs Que vistes as mallcHls deste vass:) serV'OI Cipriano e t ais mal!-
oleias, pelas 'qllai~ eu fui metido de.baixc d o .pMer do diab:;. ; -mas eu nA;.
«conhecia o vosso lSantl:> nome .
• Ligava as mulheres, ligava '3S nuvens dlo ceu, liga,va as águas c.::
. mar para que os pescadores não pudessem nav egar, para nã,c peSCàrem
.0 'peixe para susten.t c dos homens .
• Pois eu, pel:19 minhas mallcias e grandes maldades ligava as
. mulheres ,prenhas iP~H'i3. que não pudessem parir. E todas estas !!'Jlsas
. eu fazia pelo poder do demónio .................................................. .
• Agora meu SenhOr e meu !Deus conheÇo,) o vossa santo nome e o
. invC-CO e torno a Invocar .p ara Que sejam desfeitas e desligadas as bru-
.xarias e reitiçar:.3.s da máquina ou do corpo -desta cri'a tura (fulano)
. P ':.is eu vos chamo, 6 Deu s p: dero.30, par·a. que rompais to::lo; os
. ligamentos dos .hcmen.s ou mulheres .
• t 'C ala a Chuva scbre a face da terra para que Ide seus frutos as
. mulheres tenham seus filhos livres de qualquer ligamento que lhes
.tenham Jeito; desligue o mar para que os pescadores ·pCssam pescar.
• Livre de qualquer perigo, desligue tudOl quanto está. ligado nest·a cria-
. tura do Senhor; seja desatada, desligada de qualquer ·f enna que o
. esteja. Eu a desligo, desaIrlneto, rasgo, calç'~, descalç;) tudo, bonecO
.ou Ib oneca que esteja em algum poço ou levada para secar esta criatura
. (fulano), poiS todo o maldlt:l diaty:) e tudo seja livre do mal e de todes
. os males ou mau'~ felto~, feitiços, encantamentos ou sl~perstições, artes
. diabólicas .............................................................. ....................... .
..Pelas virtudes e nomes que nesta oraçã'.:. eslã'J", :pelo Icuvor de DeUS
. que fez todas as cOisas, -pele Padre t. pel.c F tlhQl t, pelo EsPirita santo t ,
.(fulano). se te esta feita alguma fe itiçaria nos cabelos da cabeça,
.roupa do cor.po ou da cama., no calçado ou em algodã:o., seda, linho ou
.lã; em cabelcs Oe orlsta.o. mouro ou hereje ; em OSScs de criatura hu-
-nnana, de aves ou qualquer anima i; em madelr:a, l1vros ou' em sepuJtUr:l
éde cristãos ou mouras, em .fonte ou ponte. altar ou ri'G, em casa (lU em
.-paredes de cal; em campo >OU em lugares solltártos; dentrQ das jgr~Jas
cou rep'ar.thnentr.s de rios; em casa feita de cera ou mármore; em flgu-
eras feltalS de. fazenda; em I>llpo 011 em. sa'namantigu; em bicha ou bichO'
cde mar cu no; em lameiro ou em oomldas ou bebidas; em terra dQ ~
ces~uerdo ou direito OU em qualquer OIltl"1a o:)ls:.\. que se possa faze
deIUçO ... Todas estas colsrdS sejam deSfeitas e desligadas deste serva
.( 1111an o-) do Senhor, tanto -as que eu, Cipria no tenro feito, cOlno as
.que ~m feito essas bruxas servllS do demónio' Isto tudO seja .tornadO
.ao seu próprio ser que dantes Unh ' ó . figuro ou elll
88 _que Deus a criou. a Ou em SU'a 'p r prla.
, ,
.,::;;tlllO ~gU.! t,l l ll~O c t.o jos o;; Sant~ e Santas, por san t: fi llttJ IlC.$·
f f:L('"Ll ll que tcd,l S. as Criaturas se jam livres do mal do demónio Am I
, o ! espl nLo 'mau não sai r logo, deve ' epet,', - se o .precel
Se ' t o.en,e
e!ll srgllHI:! azcr as esconjurações.
t PRIMEIRA ESCONJURAÇAQ
t SEGUNDA ESCONJURAÇAO
. Esconjur .:: - vo·~ , de mónios excomungados cu maus cspirit .:s b:\ t}·
-tisa dos, se com (lS la ços maus, f ei t iç~, encantamentos do dla bt). d:t
ci nv eJa, "ou seja em ouro, prata ou chumbo, Ou em árvor es solit:.\ri:\s,
"se ja tud:> des t.ruido e desapegadO e não prenda coisa ao corpo de (ju -
_luno) ou cusa , p Ois de aqui em diante se o feitiço o u encant·:l!11cnto
_estâ em algum idolo celeste ou t..e'rrestre . seja tudo destruict:> da. parte>
ede Deus. ,poiS todo O· 11lferncri um ou t Jda a Iing u3gem eu confi e; ('III
-Jesus Cri::>tlO, nome deleitável; ...... ....... ........ .. ....... ... ... ..... ......... ... ... .
<fujam tod Os os dem ón ios, 1ant:lSJn'JS e todct.. os espíritos I\la!i~n os. em
c.com]>a nhla de Satana:t e de seus cOlllpa nhoirJs, par:! as SU:H lll ura.d;lS
eque são n os infernos e on àe e::>tarão perpetuamente e m comp:tnhia d,'
-todos os fe it iceir os e feiticeiras que fi ze ra m a reitl~'a r iu a esta nia t ur.l
-(fuluno) o u Il ~:l t.a casa, e a tudo quanto a lUe311l a cas.\ cncl' rr.l, fiqu l'
ededelt :> e a nuladO, escon jurado, que llra:lo e abjurado. deb:ux .) do pr._
.dt'r da Santlssima Ohédiéllcia, .p elo p~l(\ er do Creio em Dt'IIS p, dl'~' t'
,das Trbs POOWaS da Santls.'ilma Trindade e do San t!ss imo SaCr,\I\l l'lIhl
'00 Alta r . Amei,," Com toda a Santidade, cu vos ('seon jul'O e dl'': I"I'dO, dt'-
'm6ni'os malditos, c.·.plrito.'i lllaliJ.\lI os, I"cbt:ldt's a o tJ\t'u (> h'lI Crl:u\.lr!
ePols eu vOs lig o e t.urnO a liga r , .l u·cudo e amarro às o nd as do lII;!r
'coalhado, onde nlio canta galinha n e m 10;01 10 ... ................................... .
' u ' vanto, qucl1O, u.llJuro tl e >conjllro tOdos 00 rC(jlll' rillu' lItus. ('m p:\tI'S.
'!lrl-ecl1..os e o brl~ as que l lzcs td.i a este COrpo de (1II/mw ) . Do ·(h' J;\ ti -
' c.:·1.\1J clt.ado~ , n ot lfi cud os e olJrlgulhts, tu e os teus. comp'IIl IH'I I'OS, p;Lra 89
" s c~ ujrd cs o caminh.o qn e J c&:.:i'i vos dc- Jt.lIl u r , I:ito sem apel ação .
«ag raVe I1C lJ poder d e NC::'?Q Senhor JCSI,:~'S Crl!it o c de Ma ri a S."", n CIII
· . < s.~ Ull""
~ e do Esplrto S.lIlto e das T r ê s P e:,scas d a SanUssl rn a T ri nu ·,d" c
«11m ~Ó Dcu'S verdadeiro.
.
cm
.
. q.uem eu firmemente creio c
''''
"o, (llle é
q",' m o
clcva ntJ pragas e raIVUlS, ~mganças e medos, Ódl'Js c má. ~ vi s ta~; qlll!br~
ce abjuro ~dos o . requerimentos, embargos, empates, prcccit.06 c Obr •.
c ~:lS, .pelo I]lodc r d o Santo V erbo Encarnado, pela virtude de M J. rla San _
ct·ISSima e de t :::dos os Sant.JI)l e S~lnt a5 , Anj OS. Q ~~ rubln s c Serafin s,
ccr ia d cs por c bra e graça d o Esplnto Santo. Amen>.
,,-Quando o r eJigiC.3o acabar () que a cima fi ca cSCr iLJ, o r.Ip.móll io
", grita e diz : - .. Eu mio SOl! " Sa tmtaz :. , lIIe!-3 sim uma O./, IIU pcrdicla; ]10-
aém . ainclcL te n/1O salvaçâo. '
c- O religi:\Sc pel'g u nta ~}hc: cQlleres que ore por ti? ~ . A alll/a res _
(pcnje: - . Queru sim!- Após esta respcst a, ponh :.un-se todcs de Jce-
d hc i e digam a Oraçâo pebs bons espíritos que v,ii, n este Liv ro, p:.us
. muitas vezes .Jccntece estar-se a esconjurar ,uma alma que precisa de
.c·rações e não de esc~:mjuraçõ ():." ...
t TERCEIRA ESCONJURAÇAO
\lEis a Cruz t :i'o Sen hor; F ugi, fug i, 'a uscntai-vo3 inimigos da Natu -
treza ; Eu VC.3 esconjuro em n'Jme de JO.9:,H, Maria, J I' Sé, J esus de Naza-
. reth, rei do Judeus. Eis aqui a Cruz de Nos )o Senho r Jeo:':s Crl~to. Fugi
. pa rtes inimigas, venceu -c leão da trit·J de Judá. e a raça de Da.vid. '
...... .. ' ..... ' ......... ....... ....... ........ ........... ..•
...
... ... ... ... ... .. . ... ... ... '.' ........... ....................... .
~
• Oou fim a esta oração e darã :). fim 3Ii' m oléstias nesta Casa pela
4:biChaçáo dos esplritos maligO':)s.,
.segu e~e uma . Oraçáo ao Senhor ou lOuvores pflr ter livraao o
en/erltUJ do p Oder de Sa ta nuz ou d cs seus Aliados , ... qUe nã..:> oferece
interesse de ma ior ac etnógraf':, razão par que nos abstemos de a reprJ-
duzir aqui.
Avisa-se em seguida, o praticante de que, passados três dias, se o
enfermo nM' fica r de tod J livre com e , t:as orações, deve, tratu.r-se de
uma eMorada aberta, ... que é preciso !echar ...
eMODO COMO SE HA ~DE FECHAR A MOR.IDA,
. Teme-se uma chave o e aço, cm ponto IpCCJueno e deite·se a bên~:\lI
cd a forma <scg,ulnte:
. 0 Sen'hCr lance st.bre ti a sua Santissima, b en~. ão e o seu SantiS-
csimo p : dcr ,p .... ra que te dê a vir tude eficuz, Iparu. Que toda il lllorada cu
cp :lrta p or onde entra Sutunuz, Q':.:e IIlor ti sc j:t fec hada, júlUa ls o dCUlO~
. nlo ou seus all ad(, ~ ,p or ela rt:'S,'iam entrar, ................................... .
c(Deita -se áglla be'~ ta em cruz Sôure a clwve)~ .
",O Deus Omnipotente que d',) selo do Eterno Pai vlesto ao MundO
90 ",para, salvação dos IhOlllcnli, tlll;nal-vo.'1, llO~!J, Senhor, de Ip ôr ,preceitO nO
~ drnl(JJ) 1O cu dellI IJllit)S, para qUe cles ·11;10 tcnh:llll 1I1,1It> o )0(\1:1' C atrc •
.. V!UICIIIO de cutra r n (' ~ta nl'crada. Seja fccluda a s u a porta, a.s3im co-
. 1110 p edro fecha [IS pa rlas do Céu às almas quc h'L qllcr('1Il entrar sem
. Que primcit'J expiem ,IS ,~ uas faltas.
c(O reli !;~~so finge que ostá a Cechar uma portH no peito do en ·
.. Cermo).
("Pois eu (fIlIallC ) em vosso Santlssi lllo neme Jlonh'J preceito- a esscs
ccspl ritos do mal pa ra que desde ,hOj e para o futuro ntro VOS ~lIn mais
cfJzcr m'Jrada no cOrpo de (julcl/JoJ , que lhe 'Será !echada esta porta
("perpétuamente, a ":'s im como lhe ê fechada a do reino d os csp[ritos pu-
.. rOS. Amen.'
("- No fim desta ol'lIçáo. escrevam cm um Ipapel o nOllle de S.ltanaz
ce qucimem-no dizendo: . Va i-le SlJta/Jllz, d eSl11'llr eCe C/Jmo o jWllo c/(I
_cllamillé.'
cN'O fim de tudo qu e fi ca dit:>, se o ell fel'lllO aLun a ntlO estiver cura-
cdo, tornem a dizer-lhe a cração de S. Ciprian '::b.
Mais a diante vem Olltl';1 extensa c01'(lçeiC). 1mm Clt1'llr t OllltS as mO-
léstias aillda qrte sejam naturais" no fim da qual se faz o seguinte cavi ·
E {) espirita cIos mortos laIa .. , conta suas mâgoas ... diz c 0 '1"
devem faze r os parentes. par a que possa descansar o se·no eterno d\Js
Justos ,..
l'C'dos os presentes, comovidos e contrltos, r eza m, entG.o, por esta
alma errante:
«'8 11. 6 alma cristã, que andas a expiar tuas faltas , sal. des te Mun-
cdo! v ai. 6 alma' cristã! Acabe-se o teu marUrio ! Vai , em n ome d e Deus
"Tedo P cderoso, que te criou ; em n ome de JaslL-Çr ls l'.J', F ilho de Deus
eVivO. que por ti padeceu; em n ome dO 'Spr ito Santo!, Que te comunicou!
"Ap'a rta-te des te luga r ('O u deste cor,po) aonde estás p,'J"rque o Senhor
et' arrecebe no sê' Rêllo e te dá lu gar de descanso- e gozo- da paz eterna ,
en a Cidade Santa d':l' celestrial Sião, aonde o l ouves por tt dos 03 séculos
"sem fim. Amcb ...
Escusado serA dizer qUe 0'$ edesejos) di> mortQ. Que acaba de ma-
nifestar-se (as pK:messas que em vida deixou de cu mprir ou as missas
(;OU eSmola.s nece&;:árlas para sua salvação), costumam ser cbservad05
com o m aior rigor e sem perda de templo, ainda Que par a tan to. seus in-
termedi Arias tenham 'CIe vender tu;j!J quanto possuam ou até mesm'O' de
empenhar-se e sofrer as maiores misérias e .prlvações.
São multas os casos 'c onhecidcs na maforla das n ossas povoa -
ções. NAu vale a: pena n a rrA-las isoladamente, porquanto, COIIn mais ou
menos .pormen ores, todos eles vêm a dar n o mesm Jl, todbs têm a mesma
origem ... a meSma cau sa e finalidade.
N ;::s caS!>i t mt.ados, 'S ã o lOS mortos que prdCllra m os vivos ... para
deles obterem favores. Mas, aI) 'q ue parece. também aOs vivos é dado
p rocura r os m'O r tr.s, requ erer a sua p resença, fa la.r.}hei'. A ,,,es a -de-1Je-
-de-galo ... é a grande intermediária! P or ela e cOm ela se es tabelecem
vcrdudei ra s conversações entre vivos e mOl'Ws ! ...
Quem nas n ossas a ldeias, n[í. o as~istht alnchl. ao patétiCO espec -
táculo de ve r sentados, e m volta de meSa de um sO pc e t ~lIn po redondo.
ce rto n umero de Indlvlduos, cre11tes e m tal mk-;tificl\l,'t\o, to j'~ 6 de m:lC6
estendidas c Com as palm :ls a tocar, lil/eiralllel1le. o tampo da nH'sa. pa-
ra qu e esta se ÍlH:lhle para Ull1 lado '011 para 'Outro. dê uma . ou vã.r l;l~
pan cadas, conroTme as r esposta!! às p c r~ ltn tas quc U1l1 d o ~ cll'Cu nsta n-
\.Os faz uo "lIIurlr:'l. co m qucm !CI cs{!j a f~lial'?! ...
P ois tudo Isto <': e p odc obl,ervar ainda n all!II111as das Ilossns p.:l -
voaçõCs, ganha a conrianc;a dI.: um cer Lo sc(:t or ti" l<lcall!<t:1s que co-
98 munl\:UIIl do credo es pirita ...
As lU,Z inllas nocturnus. que aparecem aQUl e a lém e vagueiam
toda Utn~ nOIte. por esses 'Campos, na..'O são mais que espiritas errantes
a cumpnr ..seus tristes fados! ...
.Recordamo- nc~ de, cri~n ça ai nda , ouvirm'o8 falar em um a des.
tas ltlzanha~ que~ d~llant:e nOItes seguidas, longas nOites: de inverno,
e desde 'O por-do ar do-dta 'a té a Ol romper-da-manhll, percorria o Mon-
te-do -Serra, a.parecendo, <Ira aqui 'ora acolá, ipaTa se ocultar em seguida
e aparece.r logo, noutro JY.:'ll to, COm admiração c surpresa de quan too
diziam tê-la visto, Que, PO,r certo. seriam m ais de uma dezena L .. E Os
pastores andavam ~larmad'Os. t alvez nã o tanto p~!Tque receassem vl r-
-lheS da «~uz> pre j l1l:,o ou maleticlo para si 'OU para seu gado _ crê-." -
Que as lwmzhas são b~ns espiritos - mas antes porque pOdiam t.er fartes
razões :para suspeitar d e Que, ao me nC'r descuido ou ao ma lar excesso
de curiosidade parr seguir a mesma, lhes levaria Sumiço uma 'O u mais
cabeças do rebanho!. ..
<MEDOS. -VULTOS (GRAVULTOS), SOMBRAS E AVEJOES
São a.,ssim In titul adas certas «aparições, noctívagas, igualmente
fr equentes (sobretud o nas aJ1deia:s., ond e faltam a iluminação e o poli -
ciamen t o n octurnos), e a Que não Queremos !I:l'eixa'r de nos referirmos.
:Nas lcngas e sombrias noites d'e In.verno, (JS medos são o terror de
muitas das n06Sas pov.oações 1. ..
E' enorme :a variedade de medos 'que apa recem sob a forma de
vultos ( << gravultos ) . de sombras ou d'e avej6es ...
Em todas as pov-oaçOes ha. Um considerável numero de l1 abltan·
tes que diz .t ê·los visto, ouvido ( 5 seus gemidOS ou gritos sot·u rnos, se-
guido na sua peugada ...
Trata-se, quase semp re, de um ou outro maduro que, por estar
«cego de amor es ' , ou por querer estupidamente, divertir-se à custa dos
seus conter ra.n eo ~ , se veste de negro ou 'Cobre com um lençol e, Quantas
vezes em croupas menores" .perC'vr.re, d esca lço e de -gatinhas, as ruas do
povoado, gemendo ou dan do impO's, arra:~tando O':ílTentes de ferr:l pelas
calçadas ou arreme:ssan-d~ pedras ! ...
Todas as n oites, à mesma. Ih ora, ei-los Que !Surgem, ora às em-
bucadas das ruas , ora nos largos e p raças, no alpendre d31 ig:eja .ou à
porta do cemitério, d_c-nde, em seguida, desa,parecem quase nllstenDSa-
mente para, I'c~:1 em I~egui d a, reaparecerem mais além .. . .
Conhecido o aparecim ento de um med o, a, notiCIa espalha-se
ràpldamente entre a população! . .•.
Fazem-se mil e uma con junturas ,p ara se oescobrlr o 'f'nl~ma ~
Uns eSp reitam-no' de dent ro 'da própri a casa, esperando a pa.,s.'lgetll pel
rua; eutros, mais afoitas, seguem-lhe as pisa di\s, ,tentam descol,ri-lo.
caçd.-lo etlmo por mais de um a vez tem acontecid o ....
,E na verd".lJje contam-Se aos )mres 'Os que, '1)crs t''l{uid('s _ '
se tt'-UI
Visto em' calçuS -1JCLrd/;S ~Jara e.<:c.l parclll üs nulos oe a l ~uns pOPl~l a ~e~
ln UI.') auduciosos e resol vidos a dcsr..(l br lr o Jljistt!rio ele t fi ?- ~~t rav~l~;~~laeS
dlKre.ssôes n oct.ur nas, levadas a cabo cm t.:\o ma Cabra::i C ll C Uo.s: '
cmllo as qu e deixamos 'descritas. . . . . . -o
A l1çãO, w.J que parece, '......" 111 tl.! )!-ve.t
'V •',d o a muitos, pou jil va 99
tareando ma1.') us uparições' dest.a natureza!
Para en~crra.r oom ccha ve. ~e ouro» a série de maca.bros cortejos
de que ocupa ndo, permlh~o-nos ~ransc rever de cA Tradlçã6»
n OS vimOS
(Va I. I. pág 161 e seg .s ), com a devida vénia e em respeitosa homena_
gem àquela Que foi in slg~e Mestra de Et~ogra!.~a , consagrada romanista
e l usófiJa das mai s dl stmtas, D · Carolma ,Michaelis de VaSconcelioo
gr;\ude parte dOI seu ar~lgo, lntitula.do cEstatillga? Estatinga? t (75 )
curioso a todos 03 W1ulos, quer para etnógralcts que r ,p ara filólogos, e em
Que se descreve o ql[e, em terras d fr Norte, comO! nas do Sul do Tejo, é
conhecido por <procissc1.o das almas' ou ccorte1o dos lIIortost.
I"
ma mais prolougado e rle sel e (lnos.
esquife.
I', "çe. .
Os que l1I(1rc um1 fi rel/le, levam (l. figura do cOl/denado num
" _ .
POflqlllS~I1110S $0.0 os que chegam a distinguir-lhe "5 f eit;ijcs.
SI'''lIfulo UIlS, 50 as lubnga quem os 11I0rtos querem que as veja. Segun.
doO o/llros, esse privilégio perlcnce a pessoas predestinar/os, ((que têm
lima pala vra de menos 110 baptismo ») '(sic) .
Ai de quem encontrar o fúnebre préstito no seu caminho, ou o
rir passar dearlle da sua janela.! Há quem afirme que o aspecto por si
só é pronlÍ.ncio de fim , ou, mesmo acarreta morte in stantânea. (1 5,]0 os
morros que o chamam )). No entender de olllros, para que o prognóstico
se reali;e é preciso que se extinga uma das luzes, ou que os ria procissão
balam à parla da pessoa que querem avisar.
Cada um sabe como cumpre proceder ao encontrarmos /lma po·
bre alma, perdida e penada, que ollda só e senhei ra. (-I) Embora e/a se
introduza na nossa casa pelos sótãos e se apresente nas formas mais
assustadoras, arrastando grilhões e arremessondo pela chaminé pernas.
braços e caveiras de corpos /wmanos. basta encararmos a/oitamente
esse Medo, e pergu ntar.lhe. vencem/o o nosso tremor :
"Do parle de Deus te requeiro. digas o que lj/leres. porque lar-
·se·á. se puder ser.»
Ou elltiin: I. Do parle de DeliS e tia Virl!(''/1/.Ma ria, se és a/ma do
Oll/ro mlindo, dize o que ljueres. ))
• Alas em /r('l//p dos lIluitus, esle meio TIIin é rãlido. Os mor~fI.~
:.tI a sUf.:rudo s • f' IH"('('iso m "a l ri.los ("0111 mflito n;"~pl"i/o. St>f/lIO el,'s ' >In·
gll/lI·SI'. Niio é In"III/"lIlr' dil"igir./lws (//~1If11(1 I'0lo l"ra (5) . l/!'tI/ f1w:'tl/O
'f',I /HJfl dl'l/do U Ij/I(l!tJllf'r d,u "\"II/lS pt'I"glllllas . .411/t's. ,.irar ("o:,las r d"I ,lor
flu-ssur, sem olhar /}{Ira Irris, ('t.dl!lIIlo li II{/,~ "WI ///I//Irlll l'/Irro.Hl/lldl'. Ot'
'''""I t".~·
. , .. ""/I/() r" ro , (f I tlf{WI 01/ nflllflf{' fI/ ••1.."10 " . , ,1"/I:fII
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11111/'
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11 { /' I'S 1111111 "II :;, ':''''111111" ("0/110 () 1Ij.; /t I a 1111/ (.
I:ln .l i'> e (JS Ic!Ulun'''' lia NU/I/(l gl'fltí/it·u. E S/lÍr itos '<jh'J"llfl'1 i;t's " fie j.H'(·U·
11o " ,!! (u u,..o.;I ige C e i:,;lar) IJtIl' Illio IJtJdt:/Il 1'/lIrur IIU céu 1/1'/11 súu wlmiti·
' 8.---&· u HlÕ crença !o~ 6.1111)1<"111 vanant;! dto outra Wenn{..l ic.a.. :L Q.~ nu. ..s
a.bIl lxo m., ro:l II Q • •.cr:a n llll5 lUulIml () co nJUI·o V<II-/o' pw·" VII U., ('Um,·, /.., k ,rus.
tom a \w,;;.o a roubO.,; de lO".rD.. IlrIlIlC:UJo,s 11<'10 ddlllll v.
,ltI~r", . l.Q(I ;"v La . qut' ulII.a ~llna ''''L1 I1(1.:1 .. ~,rl'(" .. na f 'lI . d<' .",, 0 pr.·:O
I lIfIIV'J 'H'Uro),
, I(H Ot; OII.1 U<."ro r d ,..; A~ \ " r l".s IIIU V." ......, nu Cl "h1.il.'. ",ao n;·l'lu....':i I' à':<'Il '
\<c Q :;.& UU\....... U..,. oe eO'T< ·~I ... nd<·1Il ~UO; " ·"IP<'sl",u d.'" 0"1,,,,,- J,;m .....,.·11111 .. \ '01·,...-.:11·
".... •• "' , ... . :oJlIl" (lQ . ·X(UIll .. III(. ..... O nau .."I ,,,.. "";t O (;.." ...· m \IU .... O ' " I,'UIO;>. I ",'n.!o
'." II. I."" ",. n um:o ""\'1'111. 011(10' "Ia I......-;;.r O ar '·u m d u '·'" ·W'"Ulill.''''' ',\"Là..I <.Iunv (I<'
....... •." '<': U·. 1"'1<'. I 100 ti 'J W"
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_ to: loda l" 1l n'"
; ~ .. ,._ ar_ • pen'.\A.'llC UI. Oe ÇOll\U""'~ IlII Utt ... em. . . M!'UI,·.L 101
"
dos (10 purgatúno. (13) Uns porque 1/1/0 IrJrall~ !t'radc~ ri igreja com
acomptlnl/flllleu/o de /11/1 padre; O/llr05 porque fII/() M' II/cs re:;arf/m mis .
.WIS. OS mais devem resli/uiçâo aM vivos. Algul/s deixl/rl/m Ilc CIIII/prir
promessas; O/l(.ros nno cOl/lessaram os sell.~ delitos ou deixaralll de
lI!cullçar perdâo dos que olel/deram. aparen'lIr!o por este motillo nos
próprios IlIgares onde callsaram faltas, e perto das peSSoas eis quais súo
/I eve/loras, 011 que 'hes derem indullo. O S('II IlId/;,-io é vaguear elllre a
terru e o céu, (lllIIl/ cir/llllo a morte (Ias 11;VO S. para castigo dos maus e
lII!moes/açiio (l os bOlls ~ mas prillripalmell/c parti q/le es.w's, por obras
rel{e/ll()fII.~ , lhes propor(';ollem rCIJlli c m ac!rfUalll.
As almas quc aparecelll 1I0.~ balb(lrillhn.~ stÍo de calTl/)eÚIIOs 'lI/e
cOIIJe/eram. (Ielito,~ agrtÍrios. (14)
Os !ogm:hos e os vllllos pCII'lI'rllnos repr(,sclI!all/ criancinhas qlle
morrem ,çem bap/.ismo. O"de III'/Ire('e", dlio·se ql/a.çe sempre fenas deve-
ras f'n/I'rfl eredoras. (15) II serdes p(fi.~, e se 11m tll'/es vif'r /1m dia ao
vosso encol//ro. lenlamel//.e, com P(/$SOS incertos, a moslrar-IIOS /J ,ma
mortallm:inha IlIímitla e a, sI/a II/:i,,/m apagada pc/as muitúúmas /rígri.
filas que cllOra,~tes, -enxlIgar/(lo os vossos olhos, a('onchegai-o conlra o
f IOS$O coraçrío, sem fiada (Iizer, para qlle o calor do vosso seio o aquente
e n,io mais lhe amargllreis a sua melancólica sina. (16)
O leilor pergullta, (Ie certo, porque e para quê lhe /0/0 de cren-
ças tão conhecidas enlre nós, e (Ie que correm. contos e tradições sem
número, embora extremamente monótonas e ({desmrtsicas)) (para empre·
gar o lermo predilecto (lo Miguel Ângelo porlugués,) - crenças das
quais os melhores lo/doris/as nacionais já se ocuparam (17) em livros
(3)-Dos qu e morrcmm em pecado martal. de morte violenta (por mão
a.lheia .ou como suic.ida$). não sendo ente tl'''Idoe; em sagrado.
bem dlVer$09---Cf. nota 10. .
povo narra oontOS °
. (l~ )-Em 'rn\s--os-..'\fonles ouvi dizer pu/v'rinho. São almas penadas, bru.
XM. jed'. cel ro $. \lue c.eles Jn.lllm. às \~zes °
diabo, ou °
Medo. Veja..S(>. P. ex. oRO·
"'lince do SOldadmllO, em Rev. Lus. II. 2.22-230 _ Leite ~ 104: P eurOGo X .
Cl5) - Tanto fom P ortugal como na A lemanha há le ndas e contas multo
poétloos sobre ° mesmo as&In~ e sobre 0$ anjinhoo. _ Ver ÇonsigUeri Pedroso
XIV. 18. - Com a$ n ossas Iágr:mas molhamo.. as a.sns doo anjinhos que. pOr ISSO.
n ão poo:k'm voar para o Céu. - As flOSSa$ IAgrimns salgadas são rerolhidas pelas
anjlnhos. n um a. eantarmha. com cuJo peso n ão podem. e Que transbOrdando lhes
t;;}t~::X~fI':: ~~~7;~;~~urns - v. Ormun. K illder uua JlallS_ Ma ehrch en e Deutll'Che:
06' - lb. Ach wie warm' ist M
(17 ) 1881 II
"A
""r_arml - . Mutter
Ach wie W!llm smd .. ,mn.. d e.
I :115. 237. 25;- _ F. A. CoelllO. na R evl'ita a' EtllolOQ ia e de Glolo/09Ia.. f"-'IC. IV.
188Z-J. Leite V:l.SOOI1.Ol"IIOS T l '''''n 120
143. 366. 373. 374. ' nu ', ~s 'POpulares de Porluflal. No {l~ . •
1883--Oorul@:lierl Pedroso Trad'~" U
v'.uno. \'O\. IV: _ ('SJ>eci DJmcnte ~a ', ..e$ populares vor/UI/llesaS na H.ev. Pl:)SI -
UI_ Iii. oom du as oontçl blliÇÓCl; fIn,,; M onO/,rral lQ &>b~ Almas do ou/ro j\J,.mdO, a p .
1883-Toolilo U ni"", Cotl S d e ~Lt.e de Vrut..'OnCellos.
I~ld O POL'o 1';"'1 10' Trad,,';O""i, do POl'O Portufluil _ vol. I. 1'8.
104 Flmerórla, c m P~rllj"al, de p . Ijl~~~~: 1, p . 221-226. <>LI lodo O cap. IV ; DO, RiWl
11/_ /11'/0 fi / '.~ /IIfI/lllfc dI' flf/ograjin rleue 1I/(lfIt . , . /' ,
II •. ' ' . . " " . • I.W~ (/f 1 (l.
de !I car jnici.
11/1.
,,1I/fI dos 111/1// I UlI .~ / (I lU US, das ctpl/('(wüe I I' I
• Y S e"U((l~ e (OS protl
l/III' i/llll/1fll1 reso , Vi! ,.. . , cmas
•
:.} grafia EstJling:l, com E maiúsclllo, jacto de o próprio [ÚII. °
II>a/1 a deixar ir sem explicoçtlo (llgll11l(J~ e 11lf1is aillda. T/ão i"clui.la °
!UI S/I(J obra. mmtra úem que estaI inga lhe SOOl!(J como "ome práprio
peregrino. sell/ sigfliji('oção dara.
Na lalta de mais documenlos, é impos,~ível determi"ar se esta.
tinga é mero erro de imprensa, 0/1 delurpaçiio IIsual portuguesa. de eslull'
liga. illllentada ifl coII sf'Êenteme1/le por qllem pellsava lias cSl,íluas 0/1
imagens. sob cuja forma, as almas podcm I,orllar a este 111111/(10; (19) 0/1.
na e~t;Í llla qlle 110 cor/ejo vimos ligurando o i!/(/'ividuo, prerh~slilla"o a
morrer em breve; 011 ainda 11(1 e~ taJe,:I dos galegos, de qlle mais abaixo
dir!'i (I/las palavros.
Em lodo o caso esta lin ga , de cs la nliga é variaI/te do castelhano
est;\Ht iglla.ljll e prolJém de hll cstc anlígllil e significo cxercilus a/1lifJllus.
Para estabelecer esla eq uaç(io (alllo monla. o alltor do romafl('e ler sido
algum hispan;::anle do tempo dos Filipes, que adoptou o estrangeirismo,
lIaciona/i::ando·o: 011 então que o termo fosse colhido por um versejador
semi·popular, directamente da tradição oral.
ESlanligua, e"'plicado no Diciol/ário da A cademia Espanhola por
<wisõo O/I fantasma qlle se oferece à vista pela noite, causando pauor e
espanto )' , e no sentido figurado «pessoa milito alta, seca e mal rleSlida ))
não conservolI em Castela o seu sentido prim.itivo, sendo, como é, opli-
catla lwicamente a um só indivíduo, exactamente como no romance
porlllguês. ))
....
•(Um PSt lU!O crítico e comparativo Ile lodos os liSOS e coslllllles,
tOllus crf'lll;us e sllrwrsliÇficl, tOll/ls as prú/irus e rilos re/acioflados
(JS
' lIh_ l'o:<IrUSoO. N ' :.811 . Q II:""'" "rn R 1>0' ''40<1 n."',.... (I 'u
.. N!,•• ",l o ao 1'011&
m"". rnw. po:X!t- .. P...,.... ...... u' u ..."'.. /"" Ou "", .. ,'. "",,,•. _ t.·~<I"I"" <"O<",~. ..........."" 4'",...,u.·
106 m."'...., _ "............ lCQ II C'·P<"'" tt·.. II~".".," .""""•• '•.•Ii.· ......... , r<'úlr"-II . •
Conclusão
A crença geral no recurso a R ezas e benzeduras pura .se obte-
mais extraordi nárias graças ou 1a vores dos deuses (nas religiões
rrl~~~stas) ou de um só Deus, por IS ua directa. intercessà'O ou por invQ-
p)ila. 1dos Seus Patriarcas, ProJetas ou Santo3 ( n as r elig iões monotci.i-
C3Ç) °perslste na terapêutdca popular de~e há milh a res de anos, sendo
W
'\:n·o muito anterior ao advento do Cl'istianismo.
mt' Muitas das práticas a que atrás n03 reterim os-----podemo-lo afoi-
wmente afirmar - encontr~vam~ já na crença de vários povos da
antiguidade, inclusive entre :CIs das mai/Sl brilhantes e remJ tas civiliza-
çOes que a H istória r egista.
Com efeiVO, pela deci-f ração de papiros e de outrelS documentos,
efe<:tuada COm maior .rigor e IPrecisáo, a. partir d:a segund:.l metade do
século XIX, sabe-se hoje Que, mais de d'O is mil ano31 antes da n'CGSa Era,
já no antigo Egipto, na Babilónia, na India ,e, mais tarde, na Grécia, as
práticas de medicina estavam eivadas de ccncepções mlsticas Que se
traduziam em orações, ;preces pela osaude, exorcismos, ritos e outras ceri-
mOnias de carácter religioso ou de magia.
A medicina, então COr1S~derada. ciência sagrada e u ulta, foi
atribuida origem divina e, c<mseQuentem ente, a sua Ip rática esteve
confiada, dura-nte ~'éculos. a uma só casta - a dOs sacerdotes.
A medicina tinha seus deu-s es: 'Ilhot fei, de todos eles, o Que
mator prestigio alcançou entre Os médi"cos egipcios. Os gregos, que a
este meSmo deus a tribuiram a origem de todas as ciências, invocaram-
-no, mais tarde, sob a designação de co g rande deus Hennes., (77).
Tal COmO' o nosso povo, ainda ,h oje, atrib ui ás 'b nlxas a origem
de certas doenças, já naqueles recuados 'tlempos, quando nâo viam a
~usa OU não encontravam a explicação desejada para determinada
oença os médic06-6aCerdotes a atribuiam à maléfica influência dos
demónlos, ..
lnte E, (coisa CUriosa!) assim COmO, em nOSSOs d ias, o povo invoca a
lla~~o deste ou daquele san~ (a qu em implora a cura), srg undo a
gln do cor:J)O molestada (78). assim também para aqu eles nOsses len-
CI~oS antepassados, os demónios eram espccialbldos, em suaS p{'rni~
CCrn inflUências, segund o as partes do corpo: um demónio tinha,
t ~1~aIJlPo de acção , a cabeça, ontro as costHs, UIll tercí'!ro as J){'ftlas,
~ SuceSSivamente.
~ eg{Dl':: )-DaqU! a d{'S!knnt;:iio de cC l.('llcia he nné tic:' • . dada l\.'1 ('i.' nci:\s Oi.-u!t:\S
~1..Ic1ilnetJ.-..: e j ~rtU1ncnte, o moderno CIHjwego elo v()(':,\ bu lo, v , III- 111\ t~x p!"C';'~·H) d\t'r-
Iil;.crt1,O qu e lado., Ilufa d!YoCr <Iue estl\ COluphltallWn kl I'l'chüdo ou ocultO, I}U~
, e n ão !nm spira
~78 J -çlr -,.
., por eXCnl!lJo, os CI1SUlJuOl lc\C lX\ I;& 35. 36 e 37. 107
Em rct:t'a . :t1ltc,s de ser elllpreend ida Ijtl<JilltlCr t erapêutica medI_
o o Jllúi\icos-Saccnlotcs en tregava m-se a certas práticas mls
C:Ullcn tos". s ' J ' Õ d ' •
OcaS: in voc.u.;ft o aOs ~c llses da sau de, escon lIlaç es c~ dern6olOS, para
',b" n dUlI 'ISSCIll o corpo enferm o, etc· S6 dePois dISSo re corri am a
que . · de .cará cter t cra pêutic ~ elTlpmco,
medidas . . rc "Ig ,os am~n~ gua rdadas
" . Llll rc's S(l"rados
n~ ~
cLivros HerméticOS) : ervas. curatIvas, emprast.o.s!
C:l t ~l p la Slllas c outros ungucntcs C ~ 1ll base no azeite, eram então, aplica.
dos sobre o corpo do paciente.
O cSOllO nos templos ) (que ccnsistla em passar uma \:;lu mais
noites nos t ClllJllos pa ra que a divindade, cm scn hes, revelasse como
deveriam tratar-se e cura r-s e ce rtas d<:~ n c a s) fo i largamente praticado
durante a chamada civiUzação babilónica. e é, talvez, de admitir Que
dali tenha passado á Grécia e, ai, e xercld100 sua Influência na f ormação
dcs corac\llos. (79). Esta cren Ça esteve, d lll'.an t.e séculos, tão arrei-
gada na alma popular e a s ua influência foi tal Que-segundb se afirma
~ 80) -0 «s c>no nos templCS. foi ainda praticado n os primeiros séculcs
d o Cristianismo ...
Como tem~ visto c recorda ndo o Que dissemos logO n o primeiro
a r tigo que sobre Rezas e be1lzeduras publ icámos no cArQuiVO de Medici-
na p opular, -VCI. I , pág. 55-todas estas !práticas vêm d e longa data e
perdem -se muWD 'para além da imensa n oite que, p a ra alguns, 101 a
Idade-Média ...
Admite-se, contudo, que, devido a'o carácter da épC'C a, elas te·
nham exercid o, ent.ã. ~, maior e mais n efast a influ ên cia sobre a indole,
crenças e costum es dos povos da EurOpa, especialmente nas clas:es
incultas, que eram, como ainda hoje, a grande maioria ... E o nUmero
doo. crentes e praticantes cresceu de tal m a neira que, no fi m do século
XII, 1'Oi instituid::> o Tribunal do Santo Oficio, expressamente criado
para ~ nquirir da existência de t odas estas e de muitas outras prática3
herétlCas, embora, a breve trecho, se .tornasse um per igoso ins trumento
politico nas mãos dos soberanos ...
O Tribunal do Santo Oficio perseguiu impied03amente todos
quantos se entregavam a semelhantes práticas 'O u nelas C'Ontiavam. cE.
justamente, pelos processos do Santo O!lclo--como diz o Dr CastilhO
de Lucas no trabalho já P'O'r nOs citado n a pág. 7--.co nh ecemo~ as rezas
e as orações que O~ charlatães e curandeiras empregavam cemo remédlp
da sua a rte de bruxaria pois Ilesses roe
compiladas as resl)ectiv~ fOrmulas.. p e3$)s res tam textualmente
ConclUI o mesmo articullst .
incult.a.s aldeias se
... a
p." , •
a que choJe nem m eslllp nas m ais
rn r eCOrrer às re .
trata r esta doença (o mui de I zas e exorCISmOS para se
aqueles que se encontram Il'Os a TOSta ou c r lsipcla.), tAo esquecidos estão
arqu vo.g da Inq uiSiçãO ....
. . C-,,'·
IIO' -<; Ir . ""111/"$ 1':, fII l'r c lr: "
I.CI M ,·d lcIIIU eu e/ aur,uUQ 1'''1" ", ,, - l'. d .( flo eSIl:.lIl hO]1\ _ tIl.I} _ Dr R
108 ~ \ .. lUlUoIi nou
_
'U ""'pOl,,,,
,,,
(\Ij que IIQoI Iil.'rvll'llm de b
· ,.......
1(1 'U'/'I/II" (' lmf ill, <1c on d.eo l'('~ pie,\lllOS
a.se Q ('51110 """"CllUâo.
ln rC' l i;f.lllc n tc. a tri st.e rea li dade dos tac t os _ , .j
tudO Quant:,) n cS! C m Od:sto trabalho deixam os registaü:óm prova.~ a per
duto da nQs,<;a cbsc rvu çao directa_ leva· n os a d i <co rd <)f" de que é (} pro_
Qoe chegara. o Dr. c astilh'c, não 110rque dllvid cm~s da 'boa~féCOIlCl\lSã'O a
Seu autor a ela chega, m as p·:>rquc , na verdade n"s '>'P"'c maC',.m que ,0
't ' - " c s veros _
mil que, na é peca prese.n. t, os rumores d e t ais práticas supersticiOSas
11:10 cheguem, con: f~C ll1àade, ã c apita l espanh ola (onde vive o Dr.
CastilhU.). como, di ficilmente
d
, e m n os.''ilOS d ias (e "PCO Oo d
- ' '._. c serem cor-
rentes entre a g~nte o :P{)VO) terao chegado à no;sa cu a qu al quer
outra grande capita l, sabido que , quem as e xecuta, 'Se oculta religiosa-
mente de .,o lhare ~ p~or a nos ,. q~le lhes não dão crédito-quando não é
por temor de denw1cJa á autOridade p oli cial.. .
Quant-as e Quantas vezes temos sentido necessidade i mp cri c s~
de reagir contra essa atmosfera de timidez e desconfiança pa ra ~nse
guirmOS algum txit=--embora nem sempre o dcsejado-nas colheitas a
Que temos procedido já. em várias localida des do Alentej o! Sempre,
porém, temos observado que -a tradição or,a l-que não a escrita.-man·
tém Quase inalteráveis, e rprofundamente arreigada ~, muitas destas prá-
ticas, ainda hoje em uso, devido à supersticiosa e ingénua crendice
pcpular Que teima em atribuir ;a: tais mistificações o miraculoso efeitj
de curar muitos: dos seus males, ainda mesmo, e sobretudo, aqueles para
Que a medicina cientifica se julga ou ccnsldera imp:Jtente ou ineficaz,
poLs é justamente nestes 'Casos:-cq'ando tá desenganado dos dótores ~
-Que o paciente mais convicta e persistentemente recorre a .tais T.eme-
diCS, como único meio de salvaçã.o ...
FI N I S
L. D. V. M. A. C.
109
BIBLIOGRAFIA
Obros transc ritos ou a que neste traba lha se fo z
referência:
«A./entejo cem por cento. - Joaquim Roque-BeJa..-1940.
«ArqllÍvo de M edicina Populnrt dirigido pelo Dr. Ferna ndo de C. P ires de
Lima - Vols. I e 11-1944 e 1945 (P orto),
«A. T radiçtjo_Rl>vista mensal de Etnografia POl'tuguesa-Scrpa-1899-1904 .
• 0 Grande LiVro de S. Cipriano 011 T esouro ~ feiticeiro )) - em tri$ volumos
-a edição mais completa Que se tem publlcado até hoje.-1885.
«Jornal do Med/cOlI--N,o 79, de 1-3. 44--ePorto).
Anales E. M erck - (Ed:ção espanhola)-1941.
«Arquivo d. Beja. (Vol II e UI) onde. em parte, &e pUblicou e6te trabalho.
, 10
!NDICE
REZAS E BENZEDURAS POPULARES
P âg.
DE'smanc11os, clltol'S(>S ou linhas d esmen tldns, ..
cErsipla:. (para cortar ou wlhar a) 5
1
Bt'nzeduTa da es-vill llcla calda
13
B~n zed\lra ~o ventre caldo
15
Doenc:as de aI' (congestões) 11
Golpes de sol (I~SOlaçõl'S) 18
Benzedura da consti pação 20
Benzedura para dores d ó! cabeça
Ben?.eduTa da do r <l.e banlga,
Benzedura do IInorvoso»
"
,.,.
2'
Pa!'tI. traw.mento de f~bres e ~.ol'es reumátlcas
Benudura pa ra cortar a. Ingua e a quebradura
Dcenças d e o!ho,; ... .
1'lcnzedura df\s «que:madehls»
Para curar o «cób~.
"""
31
Benzeduras de olha dos. fitos e fitados 34
Para curar O mal 'de lua , .. 38
Para curar a dor de dentes "~o 40
Para curar as csafardanas. (sezões). .. . ... 41
41
Para curar os «àguamz n to~. 43
Para sabtr. pc:as «vozes do mundo»
Para Je'..edar a D. ma~ura
CentrA a peat.e. as bex igas e a cólera 'H .," '.
.,"
Amuletos «(X)rnicllos: meia.-Iua: figas: ISlno de Sn1l1~ao., cruz n-:"~:O~ ;6
e coração; C ruz d e 5 Bartolomeu e S. Ciprmno. bent . . '
.,"""
Para à noit.e. ao deitai' ...
Quando [e entra na Igreja ...
Para a missa ". ... " . ".
Quando sal o sal!;l'ado vintlco
'I'"
Quando se sai da igreja ."
Paol'c. Nosoo Pequen ino Ivnl'ios) .
61
Padre-Ncsso da Palma
""
&.nhor do Horto ...
Oratào alO ci ne:) c!HlK:u; 6~
fl.e, pcn~:) <I:l Pa i ,,;:;,. ...
"""
O ":'ç:io til.' Qlli n ta.J~:m l tl e »,, ;,,;:io
F.!ICC!n •• n d:U':.o II J" SIIS 'V(J.I'i;\!;)
~:nccnH:nd :"' ao a S . Sllve:i~ I'C
"""
~:nCA.. num!l'U' ''<l <I u nl:l t.·l ln l' ... III
I)ra,':'" '1 .. ) ' '':':0 III,:L1
'I,,, •.• \} d,. J ",I".J ' I':': .v:"ri"i'<1
~: n ~., rn" t\(I: ":a ,, " nU lllo A'l lull;O •
P ág.
Romllllço de Banto AntÓlllo... 70
Ao Anjo da Q uarda. ,•. 70
71
A Nossa Se·nhora ...
Pranto de Noosa Senhora 71
5Ah'e-Ralnha Pequenina, 72
Confissão ... 73
Conflss.'\o da Virgem ... 73
ParA AS Trindades .. : 73
Ornç.'\o a S. J(f.lé ... 74
Omç;\o II Santa Luzia 74
Vàrias ... 74
Nos dias de tl"o"ooda 75
Ma gllificat de N.· Senhora ... 76
A Santa Barbara ... 76
A S . Jerónimo .
A S. Gregôrio ... . ..
Oração Ido Anjo CUlOtód!O (Tabuinh:l$ de Moisés)
""
78
112