encontro cada versão do meu ser. Triste O alfaiate das palavras, mais uma alma ou alegre perfuro tecidos sem que se fartou da lavoura e das lavras. compaixão e neste acto não procuro Que sob medida empenha-se em unir a compreensão, apenas perco-me na mão com pontos de agulha, e com imaginação em cada batida do meu suaves pedaladas costura sentimentos coração. em rasgados panos sem cor. Sou poeta, sou ladrão, de sentimentos e Eu sou! emoções, sou agulha que esvazia os Resiliente como a folha murcha que corações, sou polícia que prende as flutua sobre as águas do Licungo, sou decepções, sou um arguido preso as um paradigma como silêncio das noites ilusões. do inverno, sou mistério como o Eu! inferno. Sou o alfaiate das palavras. Apenas queria! Ter linhas suficientes para tecer o vazio que emerge sobre as penosas almas deste infindo rio. Ah. Eu queria! Suturar a dor do presente, curar a algia que azota os presentes e preencher o vazio dos ausentes. Esta pobre máquina de costura serve-me de carruagem e num minuto de silêncio embarco numa profunda viagem rumo ao lago das miragens. Por favor! Arrastem-me ao chão, levem-me de tudo, menos este oficio. Costurar palavras é um acto de sacrifício, é pior que um vício, é um precipício onde atirei-me desde o princípio.
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