Luz literária

Apresenta

Em Homenagem ao dia mundial do livro

“Manuscritos aos pés da prisão”

De: Belchior Mário

Venho de longe, e de longe trago o
mundo aos meus pés, desde os tempos de
Ramsés, desde os tempos de Moisés. Em
tempos ímprobos pela mão dos sumérios
naveguei carregando segredos que nunca
revelei.
Ai! Eu andei em papiros e pergaminhos,
em bons e maus caminhos.
Andei sim!
Pela China levando correntes filosóficas,
correntes históricas. Abracei o
Confucionismo e Taoísmo, libertei
aquele povo do egoísmo. Não parei.
Então, parti em combustão naquela
locomotiva a carvão, cai em direção aos
tempos de impressão.
Entregue as mãos do Gutemberg
reinventado fui em formato de papeis
sagrados. Eram 641 páginas de escrituras
sagradas e sangradas com tinta à base de
óleo daquele gênio do segundo milênio.
Libertem-me Sim!
Pois com a minha liberdade, libertas
serão as vossas mentes. Permitam-se
conversar com mentes brilhantes e
tripulantes da nave do saber.
Permitam-se ouvir segredos que em rede
nenhuma irão encontrar, deixem-me
falar das coisas que ninguém irá contar.
Deixem a luz literária brilhar e a
escuridão das mentes clarear.
Permitam-me tornar vos o semblante da
revolução, o rosto da inovação, a face da
educação, o cenho da progressão da
vossa nação.
Permitam-se!
Libertar os escritores da linha do tempo.
Permitam-se sim!
Libertar os manuscritos aos pés da
prisão.
.

Ansiando a democracia abandonei a

monarquia, mal sabia que em tempos
modernos aprisionado seria. Quem diria
que pelas redes sociais, aliais redes
antissociais condenado seria.
Libertem-me africanos!
Libertem-me moçambicanos!
Libertem-me Zambezianos!

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