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08/10/2021 14:20 Número – Wikipédia, a enciclopédia livre

Número
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Número é um objeto abstrato da matemática usado para Conjuntos de números


descrever quantidade, ordem ou medida. O conceito de número
provavelmente foi um dos primeiros conceitos matemáticos

assimilados pela humanidade no processo de contagem.

Para isto, os números naturais eram um bom começo. O Naturais


trabalho dos matemáticos nos levou a conceber outros tipos de Inteiros
números. Os números inteiros são uma extensão dos números Racionais
naturais que incluem os números inteiros negativos. Os Reais
números racionais, por sua vez, incluem frações de inteiros. Os Imaginários
números reais são todos os números racionais mais os números
Complexos
irracionais.[1][2]
Números hiper-reais
Números hipercomplexos
Quaterniões
Índice
Octoniões
História dos números Sedeniões
O número sem contagem
Complexos hiperbólicos
A ideia de correspondência
Quaterniões hiperbólicos
Do relativo ao absoluto
Bicomplexos
Definições Biquaterniões
Palavras que representam números em algumas línguas Coquaterniões
indo-europeias
Conjuntos numéricos
Número complexo
Número real
Número racional
Número inteiro
Número natural
Número inteiro negativo
Número fracionário
Número irracional
Origem dos números irracionais
O irracional Pi
O irracional Número de Euler
O irracional Número de ouro
Número imaginário
Outros números
Números contáveis e números computáveis
Referências
Ver também
Bibliografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Número 1/12
08/10/2021 14:20 Número – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ligações externas

História dos números


A noção de número e suas extraordinárias generalizações estão intimamente ligadas à história da
humanidade. E a própria vida está impregnada de matemática: grande parte das comparações que o
homem formula, assim como gestos e atitudes cotidianas, aludem conscientemente ou não a juízos
aritméticos e propriedades geométricas. Sem esquecer que a ciência, a indústria e o comércio nos
colocam em permanente contato com o amplo mundo da matemática.[3][4][5][6]

Em todas as épocas da evolução humana, mesmo nas mais atrasadas, encontra-se no homem o
sentido do número. Esta faculdade lhe permite reconhecer que algo muda em uma pequena coleção
(por exemplo, seus filhos, ou suas ovelhas) quando, sem seu conhecimento direto, um objeto tenha
sido retirado ou acrescentado.

O sentido do número, em sua significação primitiva e no seu papel intuitivo, não se confunde com a
capacidade de contar, que exige um fenômeno mental mais complicado. Se contar é um atributo
exclusivamente humano, algumas espécies de animais parecem possuir um sentido rudimentar do
número. Assim opinam, pelo menos, observadores competentes dos costumes dos animais. Muitos
pássaros têm o sentido do número. Se um ninho contém quatro ovos, pode-se tirar um sem que nada
ocorra, mas o pássaro provavelmente abandonará o ninho se faltarem dois ovos. De alguma forma
inexplicável, ele pode distinguir dois de três.

O número sem contagem

Apesar disso, ainda que pareça estranho, é possível chegar a uma ideia clara e lógica de número sem
recorrer a contagem. Entrando numa sala de cinema, temos diante de nós dois conjuntos: o das
poltronas da sala e o dos espectadores. Sem contar, podemos assegurar se esses dois conjuntos têm
ou não igual número de elementos e, se não têm, qual é o de menor número. Com efeito, se cada
assento está ocupado e ninguém está de pé, sabemos sem contar que os dois conjuntos têm igual
número. Se todas as cadeiras estão ocupadas e há gente de pé na sala, sabemos sem contar que há
mais pessoas que poltronas.

Esse conhecimento é possível graças a um procedimento que domina toda a matemática, e que
recebeu o nome de correspondência biunívoca. Esta consiste em atribuir a cada objeto de um
conjunto um objeto de outro, e continuar assim até que um ou ambos os conjuntos se esgotem. O
princípio de contagem, em muitos povos primitivos, se reduz precisamente a tais associações de
ideias. Eles registram o número de suas ovelhas ou de seus soldados por meio de incisões feitas num
pedaço de madeira ou por meio de pedras empilhadas. Temos uma prova desse procedimento na
origem da palavra "cálculo", da palavra latina calculus, que significa pedra.

A ideia de correspondência

A correspondência biunívoca resume-se numa operação de "fazer corresponder". Pode-se dizer que a
contagem se realiza fazendo corresponder a cada objeto da coleção (conjunto), um número que
pertence à sucessão natural: 1,2,3...

A gente aponta para um objeto e diz: um; aponta para outro e diz: dois; e assim sucessivamente até
esgotar os objetos da coleção; se o último número pronunciado for oito, dizemos que a coleção tem
oito objetos e é um conjunto finito. Mas o homem de hoje, mesmo com conhecimento precário de
matemática, começaria a sucessão numérica não pelo um mas por zero, e escreveria 0,1,2,3,4...

https://pt.wikipedia.org/wiki/Número 2/12
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A criação de um símbolo para representar o "nada" constitui um dos atos mais audaciosos da história
do pensamento. Essa criação é relativamente recente (talvez pelos primeiros séculos da era cristã) e
foi devida às exigências da numeração escrita. O zero não só permite escrever mais simplesmente os
números, como também efetuar as operações. Imagine como fazer uma divisão ou multiplicação em
números romanos! E no entanto, antes ainda dos romanos, tinha florescido a civilização grega, onde
viveram alguns dos maiores matemáticos de todos os tempos; e nossa numeração é muito posterior a
todos eles.

Do relativo ao absoluto

Pareceria à primeira vista que o processo de correspondência biunívoca só pode fornecer um meio de
relacionar, por comparação, dois conjuntos distintos (como o das ovelhas do rebanho e o das pedras
empilhadas), sendo incapaz de criar o número no sentido absoluto da palavra. Contudo, a transição
do relativo ao absoluto não é difícil.

Criando conjuntos modelos, tomados do mundo que nos rodeia, e fazendo cada um deles caracterizar
um agrupamento possível, a avaliação de um dado conjunto fica reduzida à seleção, entre os
conjuntos modelos, daquele que possa ser posto em correspondência biunívoca com o conjunto dado.

Começou assim: as asas de um pássaro podiam simbolizar o número dois, as folhas de um trevo o
número três, as patas do cavalo o número quatro, os dedos da mão o número cinco. Evidências de que
essa poderia ser a origem dos números se encontram em vários idiomas primitivos.

É claro que uma vez criado e adotado, o número se desliga do objeto que o representava
originalmente, a conexão entre os dois é esquecida e o número passa por sua vez a ser um modelo ou
um símbolo. À medida que o homem foi aprendendo a servir-se cada vez mais da linguagem, o som
das palavras que exprimiam os primeiros números foi substituindo as imagens para as quais foi
criado. Assim os modelos concretos iniciais tomaram a forma abstrata dos nomes dos números. É
impossível saber a idade dessa linguagem numérica falada, mas sem dúvida ela precedeu de vários
milhões de anos a aparição da escrita.

Todos os vestígios da significação inicial das palavras que designam os números foram perdidos, com
a possível exceção de cinco (que em várias línguas queria dizer mão, ou mão estendida). A explicação
para isso é que, enquanto os nomes dos números se mantiveram invariáveis desde os dias de sua
criação, revelando notável estabilidade e semelhança em todos os grupos linguísticos , os nomes dos
objetos concretos que lhes deram nascimento sofreram uma metamorfose completa.

Definições
O conceito de números na sua forma mais simples é claramente abstrata e intuitiva; entretanto, foi
objeto de estudo de diversos pensadores. Pitágoras de Samos (cerca de 571 a.C. ou 570 a.C. - 497 a.C.
ou 496 a.C.), por exemplo, considerava o número a essência e o princípio de todas as coisas;[7] para
Arthur Schopenhauer 1788 — 1860) o conceito numérico apresenta-se como a ciência do tempo
puro.[8] Outras definições:

Número é a relação entre a quantidade e a unidade, Isaac Newton (1643 — 1727);[9]


Número é um composto da unidade, Euclides de Alexandria (360 a.C. — 295 a.C.);
Número é uma coleção de objetos de cuja natureza fazemos abstração, Émile Boutroux (1845 —
1921);
Número é o resultado da comparação de qualquer grandeza com a unidade, Benjamin Constant
(1767 — 1830);
Número é o movimento acelerado ou retardado, Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.);
Número é uma coleção de unidades, Tales de Mileto (cerca de 624 ou 625 a.C. - 556 ou 558
a.C.) e Marie Jean Antoine Nicolas Caritat ( 1743 - 1794);

https://pt.wikipedia.org/wiki/Número 3/12
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Número é a razão entre uma quantidade abstrata e uma outra


quantidade da mesma espécie, Isaac Newton (1643— 1727);
Número é a classe de todas as classes equivalente a uma dada
classe, Bertrand Russell ( 1872 — 1970) em Principia
mathematica).[10][11][12]

Palavras que representam números em


algumas línguas indo-europeias

Página de rosto da versão


resumida de Principia
mathematica to *56.

Grego
Número Latim Alemão Inglês Francês Italiano Russo Espanhol Português
arcaico
1 en ūnus eins one un uno odyn uno um
2 duo duo zwei two deux due dva dos dois
3 tri trēs drei three trois tre tri tres três
4 tetra quattuor vier four quatre quattro chetyre cuatro quatro
5 pente quīnque fünf five cinq cinque piat cinco cinco
6 hex sex sechs six six sei chest seis seis
7 hepta septem sieben seven sept sette sem siete sete
8 octo octō acht eight huit otto vosem ocho oito
9 ennea novem neun nine neuf nove deviat nueve nove
10 deca decem zehn ten dix diece desiat diez dez
100 hecaton centum hundert hundred cent cento sto cien cem
1000 xilia mīlle tausend thousand mille mille tysyacha mil mil

Conjuntos numéricos
Os números podem ser classificados de acordo com um conjunto de números, que vem a ser uma
coleção de elementos,[13] mostrados a seguir:

Exemplos e definições dos conjuntos numéricos mais importantes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Número 4/12
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Conjunto de números

Natural 0, 1, 2, 3, 4, ... ou 1, 2, 3, 4, ...

Inteiro ..., −5, −4, −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, ...

a⁄ onde a e b são inteiros e b é diferente de


Racional b
zero

Limite de uma sequência de números


Real
racionais convergentes

a + bi aonde a e b são números reais e i é a


Complexo
raiz quadrada de  −1

Número complexo

Um número complexo é um número que pode ser escrito na forma , em que e são
números reais e denota a unidade imaginária. Esta tem a propriedade sendo que e são
chamados respectivamente parte real e parte imaginária de . [14][15][16][17] O conjunto dos números
complexos, denotado por , contém o conjunto dos números reais.

Os números complexos são utilizados em várias áreas do conhecimento, tais como engenharia,
eletromagnetismo, física quântica, teoria do caos, além da própria matemática, em que são estudadas
análise complexa, álgebra linear complexa, álgebra de Lie complexa, com aplicações em resolução de
equações algébricas e equações diferenciais.

Número real

O conjunto dos números reais é uma expansão do conjunto dos números racionais que engloba
não só os inteiros e os fracionários, positivos e negativos, mas também todos os números irracionais.

Os números reais são números usados para representar uma quantidade contínua (incluindo o zero e
os negativos).

Número racional

É todo o número que pode ser representado por uma fração entre dois números inteiros, onde é
representado pelo conjunto P/Q sendo P e Q números inteiros.

O conjunto dos números racionais (representado por Q, o uso da letra Q é derivada da palavra inglesa
quotient, cujo significado é quociente, já que a forma de escrever um número racional é o quociente
de dois números inteiros, com o denominador diferente de 0).

Número inteiro

São constituídos dos números naturais, incluindo o zero (0, 1, 2, 3, ...) e dos simétricos dos números
naturais não nulos (-1, -2, -3, ...). Dois números são simétricos se, e somente se, sua soma é zero. Por
vezes, estes números são chamados de inteiros relativos.

O conjunto de todos os inteiros é representado por um Z em negrito (ou ainda um em blackboard


bold, ou ℤ, cujo código Unicode é U+2124), que vem do alemão Zahlen, que significa números,
algarismos.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Número 5/12
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Os inteiros (juntamente com a operação de adição) formam o menor grupo que contém o monoide
aditivo dos números naturais. Como os números naturais, os inteiros formam um conjunto infinito
contável.

Número natural

Um número natural é um número inteiro não-negativo (0, 1, 2, 3, 4, 5...). O número natural também é
definido como um número inteiro positivo, aonde o zero não é considerado como um número natural.
Quando o símbolo dos números naturais (N) vier seguido de um asterisco (*) é retirado o 0 (zero).

Número inteiro negativo

Número negativo é todo número real menor que zero, como o −1 e o −3. Dois números são chamados
de números simétricos quando estão à mesma distância do zero, como o −5 e o 5.

Número fracionário

Fração é um modo de expressar uma quantidade a partir de um valor que é dividido por um
determinado número de partes iguais entre si. Número fracionário expressa esta condição. A palavra
vem do latim fractus e significa "partido", "quebrado" (do verbo frangere: "quebrar").

Número irracional

Número irracional é um número real que não pode ser obtido pela divisão de dois números inteiros,
ou seja, são números reais mas não racionais. O conjunto dos números irracionais é representado
pelo símbolo O conceito de número irracional remonta ao conceito de incomensurabilidade.

A primeira descoberta de um número irracional é geralmente atribuída a Hipaso de Metaponto, um


seguidor de Pitágoras.

Origem dos números irracionais

A origem histórica da necessidade de criação dos números irracionais está intimamente ligada com
fatos de natureza geométrica e de natureza aritmética. Os de natureza geométrica podem ser
ilustrados com o problema da medida da diagonal do quadrado quando a comparamos com o seu
lado.[18]

Este problema geométrico arrasta outro de natureza aritmética, que consiste na impossibilidade de
encontrar números conhecidos - racionais - para raízes quadradas de outros números, como por
exemplo, raiz quadrada de 2.

Estes problemas já eram conhecidos da Escola Pitagórica (séc. V a.c.), que considerava os irracionais
heréticos. A Ciência grega conseguiu um aprofundamento de toda a teoria dos números racionais, por
via geométrica - "Elementos de Euclides" - mas não avançou, por razões essencialmente filosóficas,

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no campo do conceito de número.

Para os gregos, toda a figura geométrica era formada por um número finito de pontos, sendo estes
concebidos como minúsculos corpúsculos - "as mónadas" - todos iguais entre si; daí resultava que, ao
medir um comprimento de n mónadas com outro de m, essa medida seria sempre representada por
uma razão entre dois inteiros n/m (número racional); tal comprimento incluía-se, então na categoria
dos comensuráveis.

Ao encontrar os irracionais, aos quais não conseguem dar forma de fração, os matemáticos gregos são
levados a conceber grandezas incomensuráveis. A reta onde se marcavam todos os racionais era, para
eles, perfeitamente contínua; admitir os irracionais era imaginá-la cheia de "buracos". É no séc. XVII,
com a criação da Geometria Analítica (Fermat e Descartes), que se estabelece a simbiose do
geométrico com o algébrico, favorecendo o tratamento aritmético do comensurável e do
incomensurável. Newton (1642-1727) define pela primeira vez "número", tanto racional como
irracional.

A descoberta dos números irracionais, simbolizou um grande passo para o desenvolvimento da


matemática.

Dentre os números irracionais encontramos os transcendentes, que são os números não algébricos,
ou seja não existe nenhum polinômio de coeficientes inteiros de que sejam raiz.

Temos como exemplo de números transcendentes o Pi e a constante de Euler:

(número Pi, constante de Arquimedes)

(constante de Euler)

O irracional Pi

Com o estudo contínuo dos elementos da matemática, os matemáticos se depararam com a


necessidade de calcular o comprimento de uma circunferência; e com cálculos contínuos, notaram
que um número se repetia para qualquer que fosse a circunferência, número este que outrora foi
denominado de número pi (π).

Esse número é encontrado através da razão do comprimento pelo diâmetro da circunferência.

ou ainda

Esse é um dos números que foi citado no início do texto: a constante π é de fundamental importância
para a área de geometria e trigonometria..

O irracional Número de Euler

O número de Euler é assim chamado em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler, ele é à
base dos logaritmos naturais.

As variantes do nome do número incluem: número de Napier, constante de Néper, número


neperiano, constante matemática e número exponencial, etc. A primeira referência à constante foi
publicada em 1618 na tabela de um apêndice de um trabalho sobre logaritmos de John Napier. No
entanto, este não contém a constante propriamente dita, mas apenas uma simples lista de logaritmos
naturais calculados a partir desta. A primeira indicação da constante foi descoberta por Jakob
Bernoulli, quando tentava encontrar um valor para a seguinte expressão (muito comum no cálculo de
juros compostos):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Número 7/12
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E vale aproximadamente

O número é um número irracional e mesmo transcendente (como pi). A irracionalidade de só foi


demonstrada por Lambert em 1761 e mais tarde por Euler. A prova da transcendência de e foi
estabelecida por Hermite em 1873.

O irracional Número de ouro

é um número irracional, porém não é transcendente, pois é

raiz do polinômio É considerado símbolo de harmonia. Os artistas gregos usavam-no em


arquitetura; Leonardo da Vinci, nos seus trabalhos artísticos; e, no mundo moderno, o arquiteto Le
Corbusier, com base nele, apresentou, em 1948, O modulor. O número de ouro descobre-se em
relações métricas:

- na natureza: em animais (como na concha do Nautilus) flores, frutos, na disposição dos ramos de
certas árvores;
- em figuras geométricas, tais como o retângulo de ouro, hexágono e decágono
regulares e poliedros regulares;
- em inúmeros monumentos, desde a Pirâmide de Quéops até
diversas catedrais, na escultura, pintura e até na música.

Número imaginário

Número imaginário é um número complexo com parte real igual a zero, ou seja, um número da forma
b i, em que i é a unidade imaginária. Em alguns contextos, exige-se que b seja diferente de zero. O
termo foi inventado por René Descartes em 1637 no seu La Géométrie para designar os números
complexos em geral, e tem esse nome pelo objetivo inicialmente pejorativo: na época, acreditava-se
que tais números não existissem.[19]

Outros números
Número excessivo ou abundante: número cuja soma de seus divisores (excluído o próprio
número) é maior do que ele mesmo (p. ex.: 12).
Número perfeito: número cuja soma de seus divisores (excluído o próprio número) é igual a ele
mesmo (p. ex.: 6).
Número defectivo ou deficiente: número cuja soma de seus divisores (excluído o próprio
número) é menor do que ele mesmo (p. ex.: 10).
Número levemente imperfeito: número cuja soma de seus divisores é o próprio número menos
a unidade (p. ex.: 4, 8, 16, 32, ).
Números amigáveis: são dois números cuja soma dos divisores de um resulta no outro e vice-
versa. Pares amigáveis: 220 e 284, 1184 e 1210, 17296 e 18416, 9363584 e 9437056.
Números sociáveis: grupo de três ou mais números que formam um círculo fechado, pois a
soma dos divisores do primeiro forma o segundo e assim por diante até que a soma dos
divisores do último forma o primeiro (p. ex.: 12496, 14288, 15472, 14536 e 14264).
Número primo: é um número natural que tem exatamente dois divisores distintos: o número um
e ele mesmo.[20]
Número ordinal: são números usados para assinalar uma posição numa sequência ordenada.
Exemplos: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto, sexto etc.Dauben, J.W. (1979). Georg
Cantor. His Mathematics and Philosophy of the Infinite. New Jersey: Princeton University Press,
pp. 156−159.</ref>.
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O número 26 é o único que existe que se encontra entre um quadrado (25 = ) e um cubo (27 =
) (provado por Pierre de Fermat).
O número 69 é o único que existe cujos algarismos que compõem seu quadrado ( = 4761) e
seu cubo ( = 328509) formam todos os números entre 0 e 9 sem repetição.
O número de Skewes (10^10^10^34 = 10^10^10.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000)
é um dos maiores números que já serviram a algum propósito em Matemática (na fórmula de
Gauss). O número de Graham, ainda maior, aparece em problemas de combinatória.

Números contáveis e números computáveis

Quando um conjunto possui o mesmo tamanho dos naturais, dizemos que ele é um conjunto contável
(Aleph-zero). Porém nem todos os conjuntos são contáveis, como o conjunto dos números Reais,
provado pelo método de diagonalização, ou seja, podemos dizer que o infinito dos Reais é maior que o
infinito dos naturais.[21]

Mas se o conjunto dos Reais é composto pelo conjunto dos Racionais e Irracionais, e foi provado que
os Racionais possuem o mesmo tamanho dos Naturais, então podemos afirmar que quem faz a
diferença na contagem são os números Irracionais. Mas que Irracionais fazem essa diferença?
Existem vários tipos deles também. Alguns irracionais são construídos como raízes de polinômios
com coeficientes inteiros, chamados de irracionais Algébricos.

Porém, pela mesma técnica de Godel, podemos provar que os Irracionais algébricos também são
contáveis, associando cada coeficiente do polinômio a um expoente de um número primo. Por
exemplo: por exemplo, escreveríamos como Já que os Irracionais
algébricos são contáveis, quem faz a diferença são justamente os irracionais não-algébricos,
chamados transcendentes. Mas mesmo dentre os transcendentes, existem diferentes tipos, como PI,
por exemplo, que não podemos ter ele como raiz de um polinômio, mas podemos aproximá-lo tão
precisamente quanto desejemos por meio de um algoritmo. Números dessa forma são chamados
Computáveis.

Mas ainda podemos provar que os Computáveis também são contáveis. Fazemos isso provando que
se existe um algoritmo que aproxima o número (chamado computável), então esse algoritmo pode ser
implementado numa linguagem (mostrado por Turing). Mas como existem contáveis codificações em
uma linguagem finita, então existem contáveis números Computáveis.

Então, quem são os não-contáveis? Existem números que não podemos gerar por meios de
algoritmos, por exemplo: a constante de Chaitin. Resumidamente, podemos construir calculando o
seguinte somatória: para cada algoritmo existente (cujo natural associado é n), se o algoritmo pára,
soma-se 2-n, senão não soma nada. Como a somatória não pode ser calculada porque não podemos
saber se um algoritmo pára (Problema da Parada), então a constante de Chaitin é um número não-
computável.

Surpreendentemente a constante de Chaitin ainda se encontra num conjunto contável! Não


conseguimos dizer um algoritmo para gerar esses números, mas podemos descrever como gerá-los
(por isso são chamados de Números Definíveis). Podemos argumentar da seguinte forma: se
escrevermos uma descrição numa folha de papel a respeito de como obter um número definível, então
essa descrição também pode ser associada a um número natural.

Então quais números fazem os números Reais serem um infinito maior que o dos números naturais?
São os números que não podemos construir, não podemos aproximar e não podemos descrever, ou
seja, nem dá pra pensar sobre eles.

Pode-se por fim organizar os números dividindo-os em sistemas como na tabela abaixo:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Número 9/12
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Grupo Número
Números naturais

Números inteiros

Conjuntos contáveis Números racionais

Números algébricos

Números computáveis
Números reais

Números complexos

Quaterniões

Octoniões

Sedeniões

Números complexos hiperbólicos

Números reais e suas extensões


Números hipercomplexos

Números super-reais

Números irracionais

Números transcendentais

Números hiperreais

Números surreais
Números cardinais

Números ordinais

Outros sistemas
Números p-ádicos

Números supernaturais

Referências
www.revistavoluntas.org/uploads/5/8/3/2/5832
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matica.com.br/numeros.php). Só Matemática. março de 2014
Consultado em 11 de julho de 2018
9. Humberto José Bortolossi (21 de março de
2. «Números Reais» (https://www.todamateria.c 2011). «Pré Cálculo» (https://web.archive.org/
om.br/numeros-reais/). Toda Matéria web/20150610085536/http://www.professore
3. Majungmul; Lee, Ji Won; Trad. Elizabeth Kim s.uff.br/hjbortol/disciplinas/2011.1/gma00116/a
(2010). A origem do número. [S.l.]: Callis ulas/gma00116-aula-03-4-up-grayscale.pdf)
Editora (PDF). Departamento de Matemática Aplicada,
4. Salahoddin Shokranian. Uma breve história Universidade Federal Fluminense.
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Moderna Arquivado do original (http://www.professores.
5. Izabel Galvão. História da Matemática: dos uff.br/hjbortol/disciplinas/2011.1/gma00116/aul
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6. Antonio Caminha Muniz Neto (2013). Tópicos
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(Coleção Professor de Matemática. [S.l.]: Russell (1910). «Principia mathematica (vol
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Número 10/12
08/10/2021 14:20 Número – Wikipédia, a enciclopédia livre

13. Beiträge zur Begründung der transfiniten Unwin, London, UK. Reimpressão, John G.
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17. Russell, Bertrand (1919), Introduction to
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Ver também
Número hipercomplexo
Escalas curta e longa
Número p-ádico
Filosofia da matemática
Número cardinal
Fundamentos da
matemática Número poligonal
Lógica matemática Número triangular
Número perfeito Um
Número algébrico Zero
Número transcendental Infinito
Números naturais. Número surreal Sistema Internacional de
Unidades (SIU)

Bibliografia
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Milies, César Polcino, Coelho, Sônia Pitta (2003). Números. Uma introdução à Matemática 3 ed.
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Número 11/12
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John H. Conway, Richard K. Guy, Le Livre des nombres, Paris, Eyrolles, 1998. ISBN 2-212-
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Ligações externas
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sobre-conjuntos-numericos.html - EstudeVestibular (https://web.archive.org/web/2018042316595
8/https://www.estudevestibular.online/2018/04/resumo-sobre-conjuntos-numericos.html)
«História dos Números, Dicionário Enciclopédico Conhecer - Abril Cultural.» (http://www.somate
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«A origem dos números, Miriam Gongora e Ulysses Sodré.» (http://pessoal.sercomtel.com.br/mat
ematica/fundam/numeros/numeros.htm)
«Números Romanos» (http://www.numerosromanos.com.br)

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