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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Instituto Politécnico da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Engenharia Civil

Luiza Aparecida de Queiroz Gontijo

Professor: Paulo Cesar Reis Cardoso de Mello

RELATÓRIO TÉCNICO 4:

Pêndulo Simples

Belo Horizonte

25 de abril de 2019
1. OBJETIVOS

O experimento tem como objetivo determinar a aceleração da gravidade. Para


isso realizam-se as medidas dos períodos de oscilação do barbante em devido
comprimento. Ao final, após a construção de um gráfico e a análise dele com
operações realizadas, consegue-se determinar qual a aceleração da gravidade.

2. INTRODUÇÃO

O pêndulo simples é composto por um corpo de massa m preso na


extremidade inferior de um fio inextensível (no nosso caso, um barbante), e sua
outra extremidade está presa em um ponto fixo. É um oscilador, que, em devidas
condições, pode ser considerado um oscilador harmônico simples.

⃗ ) que é exercida
Sobre a partícula existe a atuação de duas forças: tração (𝑇
pelo fio na qual está presa, e a força da gravidade (𝑃⃗), que a puxa de seu centro de
massa para baixo. Quando se afasta a massa da sua posição de equilíbrio (𝜃 = 0),
há uma força restauradora gerada pela gravidade fazendo com que esta retorne à
sua posição original. Essa força restauradora pode ser escrita como:

(1) 𝜏 = -L (P sen𝜃 )

O sinal negativo da equação (1) mostra que a força restauradora age no


sentido de reduzir o ângulo 𝜃 e L é o comprimento do fio da componente (P sen𝜃)

da força 𝑃⃗ em relação ao ponto fixo do pêndulo.

A partir da segunda lei de Newton temos que:

(2) 𝜏 = 𝑙 𝛼

Onde l é o momento de inércia do corpo em relação ao eixo de rotação e 𝛼 é


𝑑²𝜃
a aceleração angular: 𝛼 = . Ao combinar as equações (1) e (2), observando
𝑑𝑡²
que P = ma, temos que:

𝑑²𝜃 𝑚𝑔𝐿
(3) =− sen𝜃
𝑑𝑡² 𝑙
Levando em consideração que sen𝜃 é muito pequeno, podemos substituir,

nesse caso, sen𝜃 por apenas 𝜃, em radianos:

𝑑²𝜃 𝑚𝑔𝐿
(4) =− 𝜃
𝑑𝑡² 𝑙

Para solucionar essa equação temos:

(5) 𝜃 = 𝜃𝑀 cos(𝜔𝑡 + 𝜑)

𝑚𝑔𝐿
(6) 𝜔 = √
𝑙

2𝜋
A constante 𝜔 é a frequência angular do movimento. Já que o período T é
𝜔
temos:

𝑙
(7) T = 2𝜋√
𝑚𝑔𝐿

Porém, o momento de inércia de uma partícula a uma distancia L do eixo é


𝑙 = 𝑚𝐿², temos que:

𝐿
(8) 𝑇 = 2𝜋 √
𝑔

A equação (8) é validada apenas em oscilações cujo ângulo é menor que 10°.

3. MATERIAIS

Foram utilizados: barbante fino, objeto de massa m, cronômetro e régua.

4. MÉTODOS

O pêndulo simples nos permite estudar o período de oscilação do fio utilizado.


Analisando esse período e variando o comprimento, conseguimos descobrir qual a
aceleração da gravidade.

Para realizar essa análise, fizemos uma experiência na qual utilizamos uma
régua, um cronômetro, um barbante fino e um objeto de massa m.
A montagem do experimento já estava pronta, com o barbante preso em sua
extremidade superior em um ponto fixo, e um objeto preso em sua extremidade
inferior. A partir disso, teríamos que variar o comprimento do barbante de 10 em 10
centímetros, e medir o tempo de cinco oscilações, após dividindo por cinco para
descobrirmos o valor exato. Após, anotamos tudo na seguinte tabela:

(L ±
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
0,001) m
T (s) ±
1,23 1,32 1,39 1,51 1,64 1,75 1,84
5%
Tabela 1: Período T de oscilação de um pêndulo simples em função de seu comprimento L.

A partir dessa tabela, nos foi indicado que, a partir da equação (7)
descobríssemos qual gráfico, no SciDAVis deveria ser feito, e após análises
descobrimos que era o gráfico de T² versus L.

Gráfico 1: Período T ao quadrado em função do comprimento L do fio.

Para encontrar o gráfico tivemos que elevar o período ao quadrado,


obtivemos assim:

T=1,23 (s) ± 5% → T² = 1,51 (s) ± 5%

T=1,32 (s) ± 5% → T² = 1,74 (s) ± 5%

T=1,39 (s) ± 5% → T² = 1,93 (s) ± 5%

T=1,51 (s) ± 5% → T² = 2,28 (s) ± 5%


T=1,64 (s) ± 5% → T² = 2,69 (s) ± 5%

T=1,75 (s) ± 5% → T² = 3,06 (s) ± 5%

T=1,84 (s) ± 5% → T² = 3,39 (s) ± 5%

Temos A como A = (3,2 ± 0,2) m/s² e B como B = (0,4 ± 0,1), onde a partir da
4𝜋²
equação (7) descobrimos que A equivale a , podendo a partir dele descobrir a
𝑔

aceleração da gravidade, e B deveria ser igual a zero.

Tendo que A = (3,2 ± 0,2), temos que:

4𝜋² 4𝜋²
= 3,2 → 𝑔 = → 𝑔 = (12,3 ± 0,2) 𝑚/𝑠²
𝑔 3,2

g = (12,3 ± 0,2) m/s²

5. RESULTADOS E ANÁLISES

Os resultados obtidos a partir daquilo que foi proposto são:

 Tabela com os valores do período T e do comprimento do fio:

(L ±
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
0,001) m
T (s) ±
1,23 1,32 1,39 1,51 1,64 1,75 1,84
5%
Tabela 1: Período T de oscilação de um pêndulo simples em função de seu comprimento L.

4𝜋²
 Parâmetro A, no gráfico T² versus L: A = (3,2 ± 0,2) m/s², sendo .
𝑔

 Parâmetro B, no gráfico T² versus L: B = (0,4 ± 0,1), ideal ser igual a zero.


 A partir do parâmetro A e de seu significado, conseguimos obter o valor da
aceleração da gravidade: g = (12,3 ± 0,2) m/s².

Ao analisarmos, podemos perceber que o resultado para a aceleração da


gravidade ficou bem distante do provável, devido a erros humanos, como, o ângulo
(que deveria ser até 10°) pode ter sido maior, a agilidade ao parar o cronômetro
pode ter afetado o resultado, dentre outros.

6. CONCLUSÃO

Com essa prática é possível analisar bem como é o funcionamento do


pêndulo simples e das forças que o envolvem.

Na introdução, foi dito que, quando em equilíbrio, o pêndulo encontra-se


parado na posição inicial, e isso observamos que é verdade, visto que, enquanto
não havia alguma interferência no sistema, ele encontrava-se na posição inicial.

O nosso objetivo era encontrar a aceleração da gravidade local, e através de


analises, cálculos e construção de gráficos, acabamos por que ela era por volta de g
= (12,3 ± 0,2) m/s².

Tendo em vista que a aceleração da gravidade já conhecida por nós é por


volta de 9,81 m/s², o resultado obtido ficou bem distante. Sabemos que, por erros
humanos, os resultados de experiência podem variar bastante do esperado, e com
isso, tentamos analisar quais foram nossos erros, descobrimos assim que, podemos
ter colocado um ângulo maior que 10°, no momento em que não poderia ser, e outro
motivo é que, o cronômetro estava sendo ativado e desativado por nossas mãos, o
que pode ter gerado um tempo relativamente maior, ou menor, devido à agilidade de
pensamento do operador.

No geral, o objetivo inicial foi concluído, tendo em vista que conseguimos


descobrir qual a aceleração da gravidade local, ainda que com um grande erro.
Apesar disso, o aprendizado veio, sendo uma continuação do aprendizado em sala
de aula, na parte teórica da matéria.

7. REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física:


volume 1: mecânica. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos,
c2006.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Pró-Reitoria de


Graduação. Sistema Integrado de Bibliotecas. Orientações para elaboração de
trabalhos científicos: projeto de pesquisa, teses, dissertações, monografias,
relatórios, entre outros trabalhos acadêmicos, conforme a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT). 2. ed. Belo Horizonte: PUC Minas, 2016. Disponível em:
<www.pucminas.br/biblioteca>. Acesso em: 01 mar. 2019.
Gráfico 1: Período T ao
quadrado em função do
comprimento L do fio.

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