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As Tecnologias de Informação e a Empresa

As Tecnologias de
Informação e a
Empresa

Introdução

Formador : Reis Figueira 1/70


As Tecnologias de Informação e a Empresa

Nos últimos anos, as Tecnologias de Informação tornaram-se uma


realidade inerente à vida de todos nós.

Das grandes multinacionais às pequenas empresas, das instituições


públicas ao ensino e na nossa própria casa, termos como Informática,
Computador, Internet e Multimedia, entre tantos outros, invadiram o
nosso vocabulário e, acima de tudo, as nossas tarefas do dia-a-dia,
transformando-se em instrumentos fundamentais de trabalho.

No entanto, é esta mesma multiplicidade de conceitos, técnicas,


equipamentos e programas que pode tornar as Tecnologias de
Informação em algo de "assustador" para quem nelas se inicia.

Tornou-se actualmente uma ideia generalizada que a Informação é um


dos principais recursos que uma organização possuí para fazer face às
contínuas exigências do mercado e, em última análise, ao seu próprio
sucesso.

O rápido evoluir dos mercados, a forte pressão da concorrência e as


crescentes exigências dos consumidores, traz consigo à necessidade de
se desenvolverem constantemente novos processos de maximizar este
"poder da informação", ao serviço de uma maior qualidade,
produtividade, rapidez e rentabilidade na empresa, sendo neste
contexto que surgem as chamadas Tecnologias de Informação.

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1 – Tecnologias de Informação

1.1 - O que são e como surgiram

O conceito de Tecnologias de Informação surge enquanto conjunto de


conhecimentos, reflectidos quer em equipamentos e programas, quer na
sua criação e utilização a nível pessoal e empresarial.

Das várias ferramentas, métodos e técnicas que coexistem na empresa


no domínio das Tecno1ogias de Informação, o computador destaca-se
na medida em que é o elemento em relação ao qual existe uma maior
interacção com a componente humana das organizações (é também
comum a referência a estas tecnologias pelas siglas "TI" ou "TIC -
Tecnologias de Informação e Comunicação").

Uma das características fundamentais das Tecnologias de Informação,


que reflecte bem a sua importância actual, consiste no facto de, um
único meio electrónico de comunicação suportar todo o tipo de
informação possível de digitalizar, o que incluí desde os “tradicionais"
documentos de texto a análises matemáticas e financeiras, passando
por imagens, audio e video.

Deste modo, as Tecnologias de Informação surgem como elemento de .


concepção e suporte da comunicação empresarial, em actividades que
vão desde o simples arquivo de dados e à utilização de programas de
Office Automation, até ao correio electrónico e às possibilidades de
trabalho à distância.

Embora seja um conceito mais vasto, é ainda hoje comum criar uma
identificação entre os termos Tecnologias de Informação e Informática.

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1.2 - O que é a Informática

Uma das principais questões que se levantam acerca da informática é


exactamente como enquadrá-la no contexto de outras áreas e ciências.

Alguns autores e técnicos preferem considerar que a informática é uma


técnica, um conjunto de procedimentos e acções que, com o auxílio de
vários instrumentos (do qual o computador será o mais utilizado), têm
como objectivo auxiliar o Homem no desempenho de inúmeras tarefas.

Por outro lado, é também bastante comum surgirem muitas opiniões


favoráveis à informática ser encarada como uma verdadeira ciência,
tendo em conta que possui um objecto e métodos específicos para o
atingir.

Desta forma, a informática será encarada como a ciência do tratamento


lógico de conjuntos de dados, que utiliza um conjunto de técnicas e
equipamentos que possibilitam a sua transformação em informações
(processamento) e consequente armazenamento e transmissão.

Ao analisarmos esta definição encontramos alguns conceitos


fundamentais sobre informática que deverão ser esclarecidos logo de
início e que são constantemente mencionados.

dados - em informática são considerados dados os conjuntos de


"informação em bruto" que, através de determinados processos, se
transformam em informação.
Por exemplo, o conjunto dos "vencimentos ilíquidos" dos empregados
de uma empresa ao serem introduzidos por um utilizador.

processamento - é o conjunto de operações lógicas e aritméticas que


são aplicadas, de forma automática, sobre os conjuntos de dados, com
o auxílio de equipamentos informáticos.
O processamento dos dados é também normalmente designado por
tratamento de dados.

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informações - é o conjunto de resultados que são obtidos após. um


processamento.
Por exemplo, a média dos vencimentos numa empresa ou os juros dos
depósitos pessoais de um utilizador.

Para o tratamento dos dados e consequente utilização das informações,


existem a nível das tecnologias de informação inúmeros componentes e
equipamentos, dos quais o mais comum e conhecido é o Computador.

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2 – As Tecnologias de Informação e a
Empresa

Os sistemas informáticos representam actualmente um elemento


preponderante para a gestão de uma empresa.

Da direcção à contabilidade, do departamento financeiro aos recursos


humanos, em todas as áreas encontramos a presença, maior ou menor,
de equipamentos e soluções informáticas.

Existem dois momentos na vida de uma empresa em que as decisões


relacionadas com a aquisição de um sistema informático se revelam de
extrema importância:

· numa primeira informatização

· sempre que exista necessidade de uma grande reestruturação, de


equipamentos e/ou programas

2.1 – Como informatizar a empresa

Sem pretender tornar um processo de informatização num conjunto de


regras rígidas, o que não é possível de conseguir, pois cada organização
tem as suas características próprias, é, no entanto, possível descrever
alguns aspectos fundamentais.

Estes poderão servir para se ter uma base de apoio para iniciar ou aferir
decisões num processo de informatização.

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Nesta análise de um processo de informatização, iremos partir de dois


pressupostos iniciais:

- que na empresa não existe qualquer departamento ou serviço


informatizado, pelo que não haverá referência à necessidade de
ponderar a relação entre o hardware e software existente e aquele que
seria adquirido.

- que estão reunidas as condições humanas e financeiras necessárias ao


projecto de informatização.

2.2 – A Escolha da Equipa

Em primeiro lugar, seleccionar os responsáveis, internos e externos,


pelo processo de informatização.

Na empresa de pequena dimensão, é muito comum surgir apenas um


responsável pelo processo de informatização, a reportar directamente à
gerência.

No entanto, quando a dimensão material e humana da empresa


aumenta, surge a necessidade de reunir toda uma equipa de
responsáveis. A situação ideal terá por base uma relação entre o
conhecimento interno da realidade empresarial e uma especialização
externa, com a participação activa e coordenada dos seguintes
elementos:

· um consultor externo (ou mais), especialista em processos de


informatização, que participará em todas as fases técnicas do processo,
com as vantagens que advêm da sua visão isenta da realidade
empresarial e da sua vasta experiência em processos idênticos.

· o responsável/director de informática, no caso de existir, devido ao


conhecimento que possuí da realidade empresarial (se estivermos
perante um processo inicial de informatização, não existindo

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departamento de informática este elemento é muitas vezes substituído


por um director técnico ou de produção).

· um representante da gerência/administração, ao qual serão


apresentados relatórios periódicos sobre o processo.

· um responsável ou director financeiro, o qual irá colaborar na análise


do orçamento disponível.

· um técnico de organização e métodos ou o gestor de recursos


humanos, que será o elemento interno em mais estreita ligação com o
consultor externo, devido ao seu profundo conhecimento sobre a
estrutura da empresa, fluxos de informação e seus departamentos e
postos de trabalho.

2.3 – Análise da Situação Actual

Tendo em conta a importância da informática na empresa e os custos


envolvidos no processo de informatização, toma-se necessário fazer um
levantamento da situação actual, de forma a obter informação relevante
para a compreensão do sistema actual.

Nesta fase, serão objecto de análise:

· os métodos utilizados para a recolha, registo e organização da


informação em cada posto de trabalho.

· os fluxos de informação no interior de cada secção, divisão ou


departamento.

· as inter-relações com outros departamentos e correspondente


partilha de informação

· as normas administrativas existentes (impressos de uso interno,


documentos para o exterior, periodicidade de relatórios, etc. )

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· quais os volumes de informação manipulados, sua periodicidade e


previsão de evolução (existem empresas onde a quantidade de
informação é, em um ou dois períodos, superior a todo o resto do ano).

2.4 – Estudo do Projecto de Informatização

Depois da análise exaustiva da situação actual, é chegado o momento


de estudar os vários aspectos do projecto de informatização.

São, normalmente, objecto de estudo decisões relativas a Software


(Programas), Hardware (Equipamentos) e Fornecedores (de Programas e
Equipamentos).

2.4.1 – Software (Programas)

Decisão entre "aplicações à medida", programas elaborados para o caso


específico da empresa, ou packages standard. Quanto mais complexa é
a estrutura da organização, maior a tendência e necessidade de
software à medida (o que implica também maiores custos).

Estas aplicações são normalmente direccionadas para uma gestão


comercial, incluindo stocks, facturação, contabilidade e salários.

Dependendo da actividade da empresa, poderão surgir outros


programas específicos, nomeadamente controlo de produção, gestão de
frota automóvel, entre outros.

Selecção das aplicações de office automation, nomeadamente de


tratamento de texto, folhas de cálculo, gestão de projectos, ... ·

Paralelamente às aplicações, seleccionar o(s) sistema(s) operativo(s) e


ambiente(s) de trabalho (Windows 95/NT, OS/2, Novell, Unix, Linux, etc.
...).

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É comum numa empresa coexistirem vários tipos de sistemas opera


tivos/ambientes de trabalho, embora seja de todo evitar, na tentativa de
minimizar problemas de compatibilidade entre equipamentos e
programas.

2.4.2 – Hardware (Equipamentos)

Escolha do hardware, tendo em conta as necessidades de cada posto de


trabalho, de cada departamento e de toda a empresa.

É importante seleccionar o equipamento adequado ao software que se


pretende utilizar, tendo sempre em consideração a constante evolução
do hardware e do software.

Outro aspecto relevante na selecção do hardware é a partilha de


informação, nomeadamente a necessidade de instalação de uma rede de
computadores e de comunicações com o exterior, por exemplo, com
outras filiais da empresa.

Ainda a nível dos equipamentos, é imprescindível considerar as


exigências ergonómicas na sua utilização, por forma a maximizar a
eficiência dos colaboradores no seu desempenho e prevenir problemas
físicos que se traduzem numa menor produtividade (abordagem à
Ergonomia e Tecnologias de Informação no final deste capítulo).

2.4.4 – Fornecedores

Uma vez definido o hardware e o software, são cuidadosamente


analisados os fornecedores, através de propostas de fornecimento de
produtos e serviços.

Esta análise incide principalmente sobre preços, condições de


pagamento, assistência técnica e prazos de entrega.

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Devem ser analisadas também outras vantagens, pois para grandes


clientes de hardware, alguns fornecedores poderão mesmo oferecer
packages de software, um contrato de assistência gratuita para o(s)
primeiro(s) ano(s) ou até formação aos utilizadores.

Em todo o caso, devem ser seleccionados também fornecedores de


formação, assistência técnica e manutenção, pois irá necessitar desses
serviços no futuro.

Devem ser ponderados também os custos iniciais da formação dos


utilizadores e previstas as necessidades de actualização e
desenvolvimento a curto e médio prazo.

É também importante considerar outro tipo de custos, relativamente às


instalações físicas (mobiliário adequado, sistemas de circulação de ar, ar
condicionado...) e até a eventual necessidade de criação de um
Departamento de Informática.

2.4.5 – Proposta de Solução

Completada a análise de necessidades de software, hardware e


fornecedores de produtos e serviços, é chegado o momento de elaborar
um relatório globalizante sobre o projecto de informatização.

Deste relatório, a apresentar à direcção da empresa, constam


normalmente:

· a descrição da situação actual

· o que se pretende com a informatização

· as alterações na estrutura da organização (por exemplo, com a criação


de um departamento de informática e novos postos de trabalho)

· descrição das necessidades de hardware, software e formação, para


além dos seus fornecedores

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· custos envolvidos, em termos globais e durante as várias etapas do


processo

· etapas do processo de informatização e datas previstas para o início e


fim de cada etapa

2.4.6 – Implementação do Sistema

A implementação do sistema é iniciada com a montagem dos


equipamentos e, se no sistema existir partilha de informação, pela
instalação da respectiva cablagem de comunicação.

Segue-se a instalação do software e um conjunto de testes a


equipamentos e programas, verificando a integração final de todo o
hardware e software.

Não é muitas vezes possível que determinados postos de trabalho e


departamentos parem as suas actividades durante o processo de
informatização. Deste modo, torna-se indispensável, paralelamente à
instalação, manter o processamento dos dados da forma "tradicionaI"
que era utilizada na empresa.

Outro dos aspectos fundamentais é a formação dos utilizadores.


Independentemente de estar associada ao fornecimento de hardware ou
de ser contratada a uma empresa distinta, devem ser ponderados os
seguintes aspectos (relativamente aos formadores) :

· a sua qualidade, nomeadamente através de formadores profissionais e


da utilização de material de apoio, documental e audiovisual.

· qual o local de formação que traz maiores vantagens, na própria


empresa ou na entidade formadora.

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· não aguardar que todo o equipamento e programas estejam


instalados para iniciar a formação, nem formar com grande
antecedência.
O ideal será ter um grupo preparado para utilizar os equipamentos e
programas imediatamente a seguir à sua instalação, paralelamente à
rotação de grupos entre o local de trabalho e os cursos de formação.
Isto facilitará a aplicação prática e imediata dos conhecimentos no posto
de trabalho e evitará paragens nas actividades do departamento.

A grande maioria das empresas opta por iniciar a informatização pelos


departamentos mais íulcrais para a sua actividade, normalmente pelas
áreas de facturação, contabilidade, gestão de stocks, produção e
recursos humanos.

2.4.7 – Controlo do Sistema

O controlo do sistema deve acompanhar indefinidamente o "parque


informático" da empresa, de forma a permitir a sua constante
optimização e contributo para a produtividade da organização.

Este controlo incide particularmente sobre:

· a manutenção preventiva de hardware e software

· a necessidade de proceder a actualizações (upgrades) de programas e


até equipamentos

· a actualização dos conhecimentos dos utilizadores

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Vantagens e Condicionantes da Informatização da Empresa

Um processo de informatização representa para a empresa não só um


considerável investimento, como um processo técnico-social que vai
influenciar toda a sua estrutura.

De um modo sumário, quais serão então as principais vantagens e


condicionantes que podem surgir com a informatização da empresa ?

Vantagens

· uma gestão global mais organizada, fácil de analisar e integrada, com


base em ferramentas de análise da produtividade, desde o sector
comercial ao financeiro.

· uma maior qualidade dos produtos e serviços disponibilizados pela


empresa, que resulta não só de incrementos de qualidade no processo
produtivo, como das maiores facilidades de integração com clientes e
fornecedores.

· uma melhor imagem da empresa perante clientes externos e internos,


difundida não só pela melhoria dos seus produtos e serviços, como pela
própria satisfação dos seus empregados.

· maior desenvolvimento dos processos de comunicação e da difusão


da informação, associados as novas funcionalidades de comunicação
internas e com o exterior (Internet e lntranets).

· a diminuição das tarefas repetitivas, libertando o utilizador para


actividades mais criativas (mais formas de atingir um mesmo objectivo).

· o desenvolvimento da autonomia dos trabalhadores e da flexibilidade


com que estes desenvolvem as suas funções.

· maior satisfação pessoal dos trabalhadores, ao produzirem com maior


qualidade e desenvolvendo mais conhecimentos.

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Condicionantes

· reacções de resistência passiva e activa à mudança por parte de


alguns trabalhadores com dificuldade de adaptação às Tecnologias de
Informação (idade, formação, ...) ou até por insegurança psicológica
(medo de perder poder, auto-estima, posição na estrutura
empresarial, ...).

· alterações estruturais na empresa, que passam pela alteração de


métodos de trabalho profundamente enraizados, criação de novos
postos de trabalho e alteração de conteúdos funcionais.

· desemprego estrutural: a redução do n° de colaboradores em funções


passíveis de automatização e eliminação de funções muito específicas.

· maior controlo da componente humana, traduzido, por exempIo, na


perda de privacidade e em fugas de informação confidencial, se o
acesso à informação não for muito bem controlado, assim como por
sistemas automatizados de aferição de produtividade e do desempenho
individual.

Principais Problemáticas das T.I. no Limiar do Séc. XXI

Para as empresas portuguesas, este princípio de século traz algumas


importantes problemáticas a nível das Tecnologias de Informação,
principalmente no que diz respeito à importância da componente
humana das organizações, a nível do desenvolvimento das Tecnologias
de Informação, da necessidade de acompanhar ponderadamente os
avanços tecnológicos e de alterações globais dos sistemas de
informação.

Recursos Humanos e Tecnologias de Informação

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Em primeiro lugar, é fundamental que os orgãos de gestão das


empresas compreendam que o processo de informatização, longe de ser
um processo técnico, influencia directamente e indirectamente a
estrutura empresarial, do ponto de vista da sua componente humana,
assumindo-se como um processo de mudança sócio-técnico.

Assim, é indispensável que sejam analisadas e muito bem ponderadas


as consequências deste processo a nível dos recursos humanos da
organização, já que, um processo de informatização implicará sempre
novos postos de trabalho (e reestruturação de muitos já existentes),
modificações nos planos de carreiras, nos métodos de avaliação do
desempenho dos trabalhadores e uma nova abordagem dos planos de
formação, entre outros elementos.

A ideia principal a reter é que o "segredo" não estará nunca em possuir


a tecnologia sobre a forma de equipamentos e programas, mas sim na
utilização que dela fazem os trabalhadores, no seu contributo para o
sucesso da organização.

Acompanhamento Ponderado do Desenvolvimento


Tecnológico

Na área das Tecnologias de Informação, os desenvolvimentos/avanços


tecnológicos seguem ciclos irregulares mas sempre marcados por um
rápido desenvolvimento. Se o software de aplicação (nomeadamente de
Office Automation) evolui para novas versões a um ritmo bi-anual, a
nível do hardware, não só dos processadores como dos periféricos em
geral, essas evoluções são ainda muito mais rápidas.

Assim, muitos utilizadores, a nível pessoal e empresarial, questionam-


se sobre a rapidez com que equipamentos e soluções de software se
tornam "obsoletos", comprometendo investimentos e projectos.

Nesta problemática, surge-nos uma ideia fundamental: o objectivo


primordial da empresa, a nível das Tecnologias de Informação, não
deverá ser possuir a tecnologia mais recente do mercado em todos os

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seus postos de trabalho, mas sim dotar os seus colaboradores das


ferramentas que são necessárias à execução das suas tarefas, com
qualidade, rapidez, eficácia e flexibilidade. Isto porque, para a maioria
dos utilizadores empresariais (mais de 90% de total de utilizadores),
cuja actividade a nível das Tecnologias de Informação gira normalmente
na esfera de utilização de programas de Office Automation e de
software de gestão, qualquer solução standard do mercado se revela
perfeitamente aceitável.

As acções ideais centram-se então na procura de soluções de hardware


facilmente actualizáveis (de fácil upgrade), principalmente no que diz
respeito a processadores, memória RAM e discos magnéticos, dirigidas
para a rentabilização do investimento.

Por outro lado, são os momentos de grandes inovações tecnológicas


que deverão ser aproveitados para renovação de parques informáticos,
quer a nível de hardware como de software (por exemplo, quando se
deu a mudança dos processadores "486" para os Pentium).

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A Segurança na Informação

Um dos aspectos fundamentais relacionados com a proliferação dos


sistemas informáticos é a segurança da informação.

Esta questão da segurança da informação deve ser abordada em dois


vectores distintos, mas complementares:

- em relação ao acesso por terceiros a essa informação.

- em relação a danos eventuais que possam danificar essa informação


ou mesmo destruí-la.

A segurança da informação passa, no fundo, por um conjunto de


conselhos de utilização. Este conjunto de "procedimentos" dirige-se não
só ao utilizador, mas também à pequena empresa com um "parque
informático" de razoável dimensão.

Protecção contra Acesso por Terceiros

Palavras-Passe (Passwords)

Um dos elementos de segurança da informação mais utilizados por


empresas e particulares é a adopção de passwords.

Uma password (ou palavra-passe) é um conjunto de caracteres,


normalmente alfanumérico (letras e números), usado para controlar o
acesso de utilizadores não autorizados à informação.

Existem quatro principais categorias de passwords:

· password de rede
possibilita a um utilizador obter acesso a determinadas áreas de um
computador central (servidor) e à informação aí armazenada.

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· password individual de sistema


palavra-passe que, eventualmente, limita o acesso a um único
computador. Estas passwords impossibilitam o funcionamento do
próprio computador e ficam armazenadas no seu programa de
configuração (normalmente designado por "setup").

· password de programa
condicionam o acesso a um determinado programa, normalmente em
relação a software de aplicação para gestão (por exemplo, a existência
de uma password para limitar o acesso ao programa de facturação da
empresa).

· password de ficheiro
protegem um ficheiro/documento, a nível individual, impedindo a sua
abertura, visualização ou impressão. São as passwords mais seguras,
mas ao mesmo tempo aquelas que são mais difíceis de contornar em
caso de "esquecimento" ...
As mais recentes aplicações de Office Automation (por exempIo, Word,
Excel, ...) têm já opções de gravação de ficheiros com password
individual, pelo que, na prática, cada ficheiro poderá ter uma password
diferente.

Encriptacão

A encriptação consiste na alteração dos dados através de um algoritmo


matemático, de forma a que estes se tornem ilegíveis sem a respectiva
chave de decriptação. Deste modo, protege-se a comunicação entre
utilizadores, quer a nível dos documentos quer das próprias mensagens
enviadas por correio electrónico (por exemplo, através da Internet).

Existem centenas de programas disponíveis para realizar este objectivo,


a maioria dos quais estão disponíveis via Internet, sendo alguns deles
completamente grátis (freeware).

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Um dos melhores será provavelmente o PGP (Pretty Good Privacy), criado


por Philip Zimmermann, que rapidamente se revelou uma aplicação de
software de cifragem de alta segurança, estando disponível para os
sistemas operativos Unix, VMS, MS-DOS, Windows, OS/2 e Macintosh,
entre outros. Fácil de obter através da Internet o PGP oferece inúmeras
funcionalidades, entre as quais se destaca a gestão sofisticada de cifras,
a criação de assinaturas digitais e a compressão de dados. A sua eficácia
é tão grande, que rapidamente surgiu a problemática da legitimidade
das entidades oficiais em vigiarem a transmissão.

Protecção contra Danos Eventuais

Cópias de Segurança (Backups)

Uma das mais importantes regras de segurança num sistema


informático é a realização periódica de cópias de segurança, não só da
informação produzida pelo utilizador como de programas originais.

As cópias de segurança das principais informações armazenadas em


disco magnético são normalmente realizadas através de programas
concebidos especialmente para esse objectivo, como o Microsoft Backup
do Windows 95.

Este tipo de software, para além de realizar a cópia da informação,


aplica sobre ela uma acção de compressão. Isto significa que, em
simultâneo, diminui a "dimensão" da informação e, consequentemente,
do espaço necessário para o seu armazenamento.

Anti-Vírus

Os vírus informáticos são, sem dúvida, um dos maiores "pesadelos" dos


utilizadores de computadores, principalmente daqueles que não
entendem muito bem o seu funcionamento e as medidas de segurança
adequadas.

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O que é um Vírus 1nformático

Antes de mais, um vírus informático é um programa, um conjunto de


ordens concebido por um programador que, como todos os outros
programas que o utilizador usa no seu dia-a-dia, segue as instruções
para as quais foi criado. Claro que o grande problema é que os vírus
informáticos são programas cujas acções nem sempre são muito
simpáticas... · Os vírus são programas caracterizados pela capacidade
que possuem de se copiarem a si próprios, "infectando" ficheiros e a
memória do computador, realizando acções destrutivas sobre a
informação e seus suportes.

Como se transmitem os vírus entre computadores

Ao infectarem ficheiros e ao serem carregados para memória, uma das


principais formas de transmissão dos vírus é através das disquetes ou
CD´s. No entanto, a transmissão pode também ser feita através da
comunicação de informação à distância, nomeadamente nos
computadores ligados "em rede" ou naqueles onde estão instalados
modems. Isto significa que, perante o grande desenvolvimento da
Internet, esta tornou-se num veículo privilegiado para a transmissão de
vírus.

Ouais os efeitos de um vírus

Como qualquer programa, o vírus apenas faz aquilo para que foi criado.
Os seus efeitos são extremamente diversificados. Alguns são
responsáveis apenas pelo simples surgimento de mensagens e símbolos
no ecrã do computador. Outros, causam a destruição de ficheiros ou
mesmo a inutilização de um disco magnético ou disquete.

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Como proteger o computador e a informação

Existem algumas regras fundamentais no que diz respeito à protecção


da informação quanto a vírus:

· adquirindo um programa anti-vírus (McAfee VirusScan, Norton Anti-


Vírus) que possibilite detecção, eliminação e protecção em relação a
todos os tipos de vírus, com a possibilidade de ficar residente em
memória durante o funcionamento do computador.

Manutenção Preventiva

É um bom conselho para qualquer utilizador e uma regra fundamental


para as empresas que possuem um parque informático com uma
dimensão razoável.

Consiste fundamentalmente em verificar, periodicamente, o adequado


funcionamento dos vários tipos de hardware e software, assim como a
própria organização da informação.

Muitas empresas e utilizadores individuais menosprezam estes


procedimentos preventivos, mas a sua importância é facilmente vericada
com a seguinte questão: quais as consequências de uma avaria,
resultante da falta de manutenção, que provoque a destruição da
informação ou a torne inacessível ?

Gravação Periódica da Informação

Para além da gravação posterior à concepção dos ficheiros mais


importantes e da criação de cópias de segurança, é fundamental gravar
a informação à medida que a vamos desenvolvendo.

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Existem já diversos programas que gravam automaticamente os


ficheiros, normalmente com um intervalo de 1 a 120 minutos, o que
facilita um pouco o trabalho ao utilizador "mais distraído".

Utilização de Software Original

Para além de respeitar os direitos de autor dos criadores do software, a


utilização de programas originais permite obter suporte técnico por
parte da empresa que concebeu o produto e acesso privilegiado a
informações sobre novas versões.

Existem assim vários aspectos importantes relacionados com a


segurança da informação e o software original:

- garantia do funcionamento do software


- apoio técnico gratuito (durante um tempo limitado)
- acesso a informação privilegiada, através de formação, seminários e
documentação
- não existem riscos de "vírus informáticos"

Formação dos Utilizadores

Muitos dos danos sobre a informação ocorrem devido a falta de


conhecimentos sobre o software utilizado e sobre o que fazer como
medidas preventivas de segurança da informação.

É então fundamental:

- definir, à partida, um conjunto de procedimentos de trabalho para os


vários utilizadores (fazer regularnente a manutenção dos seus sistemas,
cópias de segurança, ...).

-. desenvolver planos de formação adequados ao software utilizado, não


só para conhecer os programas e como usá-los, mas também para
evitar erros de utilização devido ao uso de "funções desconhecidas" dos

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programas e à auto-formação, factores muitas vezes determinantes


para a destruição involuntária de informação.

Unidades de Alimentacão lninterrupta

Também designadas por UPS (uninterruptable power supply), têm como


função manter a corrente eléctrica durante uma falha de energia,
protegendo assim a informação que está a ser utilizada no momento.

Este tipo de equipamentos de apoio estão disponíveis em várias


potências, desde apenas o suficiente para um computador pessoal
funcionar por cerca de 10 minutos após a falha de energia, até
equipamentos que possibilitam o funcionamento temporário de vários
computadores e impressoras.

O ambiente de trabalho

Os "grandes inimigos" de um sistema informático estão também


presentes no ambiente físico onde os equipamentos se situam.

Líquidos, poeiras, fortes campos magnéticos e temperaturas extremas


são alguns dos principais perigos para o seu computador. A grande
maioria dos equipamentos pessoais está preparada para funcionar a
uma temperatura ambiente situada entre os 5 e os 40°.
Preferencialmente, devem ser instalados longe de aparelhos que
produzam fortes campos magnéticos, como televisões e colunas hi-fi.

Será também conveniente proteger os equipamentos das poeiras, por


exemplo, através de capas para o teclado, ecrã, unidade de sistema e
impressora (são normalmente vendidas em separado, o que as torna
mais adaptáveis às necessidades individuais).

O que NÃO fazer ...

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Depois deste conjunto (le regras/conselhos acerca de aspectos


importantes para uma maior segurança da informação, será interessante
referir algumas acções que nunca deveremos fazer a nível de utilização
de um sistema informático:

· não desligar o computador enquanto estiver a utilizar um programa.


Todos os programas têm opções especificas para indicar o fim da sua
utilização.

· não conectar ou desconectar periféricos com o computador ligado, o


que pode mesmo conduzir a um bloqueio do sistema (mesmo que o seu
sistema seja "plug&play", tenha alguns cuidados nas primeiras vezes
que realizar estas operações e apenas para os casos de periféricos
externos (não conectados no interior da unidade de sistema,
directamente à motherboard).

· não abrir a caixa da unidade de sistema sem desligar o cabo de


energia eléctrica da mesma.

· não instalar o computador e periféricos externos sob luz solar directa.

· não remover disquetes ou CD's enquanto a luz indicadora da unidade


estiver acesa (ou desligar o computador com a luz indicadora do disco
acesa).

· não tocar nas zonas magnéticas expostas das disquetes.

· não mover o seu computador, a não ser que seja absolutamente


necessário.

· não transportar nenhum equipamento informático sem utilizar as suas


caixas próprias de transporte.

· não ligue e desligue continuamente os seus equipamentos.; Aguarde


pelo menos 30 segundos se desligou o seu computador (ou impressara)
e pretende ligá-lo de novo.

Formador : Reis Figueira 25/70


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· não altere a configuração do seu computador ou instale componentes


e periféricos se não tiver total conhecimento de como fazê-lo.

· não "almoce" na companhia do seu computador ...: líquidos, poeiras e


outras substâncias são dos piores inimigos do seu computador,
principalmente do teclado, rato e impressora, pois são os periféricos
mais expostos.

Formador : Reis Figueira 26/70


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Equipamentos e Outros Componentes

Quando se fala em equipamentos no âmbito da utilização das


Tecnologias de Informação, o Computador assume um papel de
destaque, quer a nível de utilização pessoal quer empresarial.

Como um computador não existe "isoladamente", sendo constituído por


inúmeros componentes e estando normalmente ligado a vários tipos de
equipamentos de apoio, usualmente designados por periféricos, vamos
abordar os vários tipos de dispositivos existentes actualmente,
nomeadamente os que estão relacionados com o microcomputador ou
computador pessoal.

Os principais temas a abordar serão:

· unidades de sistema
· principais componentes (processadores, memórias, ...)
· os equipamentos periféricos
· os dispositivos para armazenamento de informação
· tipos de computadores

A Unidade de Sistema

A unidade de sistema é a parte central de um computador.


Normalmente com a forma de uma caixa rectangular, colocada em
posição horizontal ou vertical, contém um conjunto de componentes e
dispositivos responsáveis pelo processamento e funcionamento do
computador e equipamentos auxiliares.

unidade de sistema tipo "desktop"


unidade de sistema tipo "tower"

Formador : Reis Figueira 27/70


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Como é organizada a informação

Todos os dados que introduzimos no computador, tenham eles a forma


de um texto, um gráfico, um desenho ou uma expressão aritmética, são
elaborados com base num determinado programa.

No entanto, o computador é incapaz de entender os símbolos por nós


utilizados na nossa linguagem comum, pelo que sente necessidade de
os traduzir e codificar numa linguagem própria.

Essa linguagem, composta apenas por dois símbolos, O e 1, é


extremamente simples para o computador, devido ao facto de toda a
informação ser composta por conjuntos destes dois algarismos.

A esta liguagem damos o nome de Código Binário e com base nela o


computador transforma e codifica toda a informação:

Cada caracter que introduzimos, e que é "transformado" num conjunto


de dígitos binários consecutivos chamamos Caracter Codificado em
Binário (binary coded character).

Poderemos assim construir o conceito de Unidades de Informação, como


um conjunto de unidades de medida de informação, que nos irão
auxiliar a determinar a capacidade de um equipamento ou componente:

Unidades de Informação mais utilizadas

Bit É a mais pequena unidade de informação;


corresponde ao dígito O ou 1 do código binário.
Assim: O (ou 1) = 1 bit
1001 = 4 bits

Byte Conjunto de 8 bits, ou seja, de qualquer combinação


de oito "zeros" e "uns".
Cada byte é o equivalente a um carácter.
Assim: A = 1 byte

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João = 4 bytes

Kilobyte Também representado por KB


1 KB = 1024 bvtes

Megabyte Também representado por Mb


1 Mb = 1024 Kilobytes

Gigabyte Também representado por Gb


1 Gb = 1024 Megabytes

As unidades descritas são as mais utilizadas quando nos referimos á


capacidade dos computadores actuais. No entanto, existem muitas I
outras unidades, normalmente usadas para caracterizar sistemas de
muito grande capacidade como, por exemplo :

Terabyte Também representado por Tb


1 Tb = 1024 Gigabytes

Petabyte Também representado por Pb


1 Pb = 1024 Terabytes

Exabyte Também representado por Eb


1 Eb = 1024 Petabytes

Em seguida iremos caracterizar e descrever os vários componentes e


dispositivos na unidade de sistema.

No interior da unidade de sistema existe um componente que é o


responsável pela gestão do próprio computador:

o MicroProcessador, também normalmente designado por Unidade


Central de Processamento (UCP) ou peIa sua denominação inglesa (CPU
- Central Processing Unit).

Considerado como o "cérebro do computador", é uma pequena placa de


silício, que pode processar vários milhões de instruções por segundo:

Formador : Reis Figueira 29/70


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Exemplo :

Microprocessador lntel Pentium III

O tipo de micro-processador no interior do computador determina a


velocidade de execução das ordens, ou seja, a rapidez com que o
computador recebe e trata os dados, e transmite as informações.

A velocidade de processamento é determinada por um relógio interno


que todos os computadores possuem e medida em megaciclos (milhões
de ciclos por segundo). Embora esta terminologia possa parecer nalguns
casos demasiadamente técnica, é comum ouvir actualmente frases do
tipo "tenho um computador Pentium" ou "o meu computador é um
Pentium III a 500 Mhz'" o que significa:

Pentium - representa o tipo de microprocessador;

500 Mhz· significa que o microprocessador funciona a 500 milhões de


ciclos por segundo.

O primeiro microprocessador com fins comerciais foi concebido pela


InteI em 1969, com a denominação InteI 4004.

Durante vários anos, a lntei foi a única empresa a produzir este tipo de
componentes.

Actualmente, existem vários fabricantes de microprocessadores, tais


como, a Intel, a AMD, a Cyrix, a Motorola e a própria IBM.

Surge assim uma necessidade de categorização dos computadores


pessoais, tendo por base o microprocessador nele incluído.

Exemplos :

80286 - apresentado em Fevereiro de 1982 pela Intel.

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80386 DX - surgiu em Outubro de 1985, fabricado pela Intel


(Inte1386DX)
80486 DX - apresentado pela Intel em Abril de 1989 (Intel 486DX).
80486 DX2 - apresentado em Março de 1992 pela lntel (Intel
486DX2).
80486 DX4 - apresentado durante os primeiros meses de 1994 pela
lntel (Intel 486DX4)

Pentium - apresentado em 1993 pela lntel (lntel Pentium).


Pentium Pro - apresentado em Novembro de 1995.
Pentium MMX - surgiu em Janeiro de 1997.
Pentium II - apresentado pela Intel em Maio de 1997.
Celeron - apresentado pela Intel em 1998.
Pentium III - apresentado pela Intel no início de 1999.
Penfium III Xeon - apresentado pela Intel no início de 1999.

As memórias do computador

De forma bastante simplificada, a função das memórias do computa dor


é armazenar um conjunto restrito de informação que o micro
processador necessita de utilizar e aceder a velocidades bastante
elevadas.

Existem dois tipos principais de memórias num computador:

- A memória RAM e a memória ROM.

Memória RAM (Random-Access-Memory)

Também designada por memória principal, memória de acesso directo


ou aleatório, é a verdadeira memória do computador, no sentido em que
permite a gravação, leitura e apagamento das informações nela
contidas.

Formador : Reis Figueira 31/70


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· Acesso aleatório significa que o microprocessador pode aceder à


informação armazenada na memória RAM de uma forma directa. Um
bom exemplo de comparação é imaginar que na memória RAM a
informação é acedida como num CD, em que nos posicionamos
imediatamente na faixa 7, sem ter de perder tempo a percorrer todas as
faixas anteriores.

Memória ROM (Read-Only Memory)

Também a memória ROM reside no interior da unidade de sistema e é


constituída por um conjunto de circuitos integrados.

A denominação read-only memory significa que a memória ROM, ao


contrário da RAM, é uma memória apenas "de leitura", ou seja, onde o
utilizador não pode armazenar informações, alterar ou apagar o seu
conteúdo.

Outra das diferenças importantes reside no facto da memória ROM


conter no seu interior um conjunto de programas, inalteráveis pelo
utilizador, normalmente responsáveis pelo arranque do sistema
(computador).

"Motherboard" . a placa-mãe

Existe no interior da unidade de sistema uma placa de forma rectan


gular, que contém um conjunto de circuitos electrónicos, responsá veis
pelo processamento dos dados e pelas trocas de informação, no interior
do computador e com o exterior.

Essa placa, designada por Motherboard, placa-mãe ou placa central,


contém como componentes principais o microprocessador e as
memórias Ram e Rom, para além de variados circuitos integrados,
transistores e dos "slots" de expansão.

Formador : Reis Figueira 32/70


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Existem no mercado poucos fabricantes de motherboards, pelo que é


comum encontrar, em computadores de marcas diferentes, placas dos
mesmos fabricantes (por exemplo Intel, ATI Technologies.

Todas as motherboards contêm um BUS, ou seja, um conjunto de


circuitos (em linhas paralelas), cuja função é transmitir "blocos" de
dados entre a motherboard e os seus componentes (micro-
processador, memórias, slots de expansão, ...).

Existem diferentes tipos de buses (de endereços, de controlo, de dados),


sendo que para a maioria dos utilizadores o mais importante para a
compreensão das capacidades de um computador seja conhecer o bus
de entrada e saída (input/output bus), responsável pela transmissão de
dados entre o microprocessador e todos os outros dispositivos.

De uma forma muito simplificada, o bus pode ser visto ) como uma
auto-estrada com muitas faixas, sendo que quanto mais "faixas"
existirem, mais rápida é a transmissão dos dados. Por este simples
exemplo se compreende a diferença geral entre o bus de 8 bits ("oito
faixas") nos sistemas mais "antigos", em relação aos 64 bits dos
sistemas com microprocessador Intel Pentium.

Alguns tipos de Bus que podemos encontrar nos computadores pessoais


:

VESA - Video Electronics Standard Association - Local Bus

USB - Universal Serial Bus - bus dedicado à conexão de periféricos


externos, através de uma ligação física padronizada. É suportado pelo
conceito de Plug & Play, o que torna fácil e rápida (anula ou minimiza as
necessidades de configuração pelo utilizador) a ligação de periféricos
como impressoras, digitalizadores, unidades CD-ROM, ratos, etc.

Equipamentos Periféricos

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Para o computador receber os dados que necessita para processamento


e para enviar para o exterior as informações dele resultantes, são
necessários diversos tipos de equipamentos designados por periféricos.

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Os periféricos são os equipamentos responsáveis pela entrada de dados


para a unidade central de processamento e pela saída das informações
para o exterior, pelo que serão agrupados segundo a sua função:

· Periféricos de Entrada - entrada de dados para a UCP


Exemplos : Teclado e Rato.

· Periféricos de Saída - saída de informações da UCP


Exemplos : Monitor e Impressora.

· Periféricos de Entrada/Saída - acumulam ambas as funções, em


momentos distintos.

Periféricos de Entrada (Input)

Teclado (Kevboard)

O teclado é o periférico de entrada mais utilizado para introdução de


dados para o computador. Actualmente existem poucas diferenças entre
os teclados dos computadores pessoais, sendo de destacar:

Teclados de toque rijo ou de toque suave - esta caracterização depende


da "sensação" de utilização e do ruído emitido quando é pressionada
uma tecla. Embora os teclados suaves tenham vantagem de serem mais
adequados em termos de ruído/ambiente de trabalho, existem
utilizadores que preferem o teclado rijo devido a uma maior resistência
e uma "certeza" de ter pressionado a tecla.

Rato (Mouse)

O rato foi um dos periféricos de entrada mais divulgados com o


aparecimento dos programas em ambiente gráfico, tipo Windows.

A utilização de um rato está então dependente da utilização de um


programa que permita o seu uso e de um conjunto de programas que

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indicam ao computador como receber dados do rato (esses programas


designam-se por mouse driver).

A maior parte dos ratos tem dois ou três botões, embora quase todas as
funções sejam executadas através de cliques com o botão esquerdo. O
rato possui na sua parte inferior uma esfera que, ao deslocar o rato,
transmite ao computador um conjunto de sinais que irão corresponder à
posição de um pequeno símbolo visível no ecrã o apontador do rato.

Embora inicialmente o rato não seja muito "agradável" de usar, exigindo


um pouco de treino por parte do utilizador, rapidamente passa a ser
utilizado em substituição das tradicionais ordens inseridas através do
teclado, devido a permitir uma maior liberdade de acção e compreensão
das acções. Será mais fácil para o utilizador reconhecer um objecto no
ecrã e dirigir para lá o apontador do rato, do que digitar um conjunto de
ordens através do teclado.

Para um funcionamento adequado do rato será importante proceder


regularmente à limpeza dos rolamentos onde gira a esfera (parte
inferior), assim como possuir um "tapete" próprio para deslocar o rato
("mouse pad").

Leitores Ópticos

Os leitores ópticos são normalmente utilizados em funções que exigem


uma grande rapidez de introdução de dados por parte do utilizador ou
uma grande precisão na sua inserção.

Existem vários tipos de leitores ópticos:

Leitores de códigos de barras - normalmente utilizados em


descodificação de produtos em actividades comerciais tipo
supermercados farmácias, video-clubes, .... A passagem do leitor sobre
o código de barras retém toda a informação relativa ao produto. Os
leitores de código de barras mais utilizados têm a forma de uma caneta
ou uma forma rectangular, normalmente fixos a um suporte.

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Digitalizador (Scanner) - normalmente designados por scanners, os


digitalizadores representam um tipo de periférico de entrada
extremamente útil quando o utilizador pretende trabalhar uma imagem
quc, normalmente, está impressa numa folha (imagens de um livro,
catálogo, ...).

Existem três tipos de scanners :

_ scanner multi-páginas (sheet-fed scanner)- é o tipo de scanner mais


avançado e rápido. Possui um alimentador de folhas, transportando e
digitalizando as folhas automaticamente. Possui, no entanto, a
desvantagem de só poder uti1izar folhas soltas.

_ scanner de secretária ou horizontal (f1atbed scanner) - é o mais


utilizado em tarefas de captação de imagem. O facto de :I rolha a
digitalizar ficar imóvel sobre o scanner, permite a utilização de livros e
de imagens dos mais variados tamanhos.

- scanner manual (hand-held scanner) - representa a solução mais


económica para digitalização de pequenas imagens. Ao contrário dos
anteriores, é o próprio scanner, normalmente com o dobro da dimensão
de um rato, que é "arrastado" sobre a imagem a digitalizar (alguns
possuem mesmo um sistema motorizado que permite a sua deslocação
sobre a folha).

Para a utilização de um scanner torna-se necessário um conjunto de


programas adequado ao seu funcionamento. O scanner é ligado a uma
placa electrónica que irá ser conectada a um dos slots de expansão da
motherboard, que servirá de canal de comunicação entre a UCP e o
scanner.

Em alguns casos toma-se importante, para além de digitalizar uma


imagem, a possibilidade de poder alterá-la (por exemplo, editar um
texto digitalizado). Os programas que permitem este tipo de acções
designam-se por programas de reconhecimento óptico de caracteres
(Optical Character Recognition), que hoje em dia todos os

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digitalizadores já incluem, sob a forma de programas de apoio à


utilização do equipamento (é importante verificar se esse programa de
OCR reconhece as características específicas do teclado português...).

Touchscreen (Ecrã táctil)

São ecrãs especiais, envolvidos por uma película plástica que consegue
identificar a posição em que recebe o toque, normalmente através dos
dedos do próprio utilizador. Ao toque em zonas específicas do ecrã, irá
responder o computador com uma ou várias acções, de acordo com um
programa.

Este. tipo de periféricos de entrada são dispendiosos, mas de grande


importância para situações em que não é possível a utilização de
quaisquer outro tipo de periféricos. Neste momento, em Portugal, está a
ser desenvolvido um projecto de implantação de terminais de
informação turística, a serem colocados no exterior, funcionando
segundo estes processos, com imagens e som estereofónico (quiosques
multimedia).

Unidade de CD-ROM (CD-ROM drive)

Na Informática são também utilizados Compact Discs (CD´s) para


armazenamento de grandes quantidades de informação.

Habitualmente designada pela expressão inglesa (CD-ROM drive), uma


"unidade de CD-ROM " é o equipamento responsável pela leitura dos
CDs, muito semelhante aos hoje em dia vulgares leitores de CDs áudio
(excepto pela quase total ausência de botões de controlo do
equipamento).

A utilização da designação ROM significa que este tipo de equipamentos


é apenas utilizado para "leitura" da informação gravada no CD, não
sendo possível a sua alteração ou apagamento (read-only). Daí a sua
inclusão no grupo dos periféricos de entrada.

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A instalação de uma CD-ROM drive num computador exige um conjunto


de programas (fornecidos com o equipamento) que irão permitir a
comunicação entre este periférico e a UCP. Normalmente, a sua ligação
à motherboard exige também uma placa especial, embora em alguns
casos a ligação possa ser feita directamente à placa principal.

As drives CD-ROM podem ser internas ou externas, consoante estejam


ou não no interior da unidade de sistema.

É comum encontrar no mercado unidades CD-ROM identificadas como


"20x", "24x", "32x" ou mesmo "40x". Estas designações estão
relacionadas com a velocidade com que a drive consegue "ler" o CD,
sendo aconselhável optar, quando possível, pela maior velocidade, já
que esta corresponderá a um menor tempo que o computador demorará
a ler os dados gravados no CD.

Com o desenvolvimento tecnológico, surgem equipamentos que


permitem não só "ler", mas também "gravar" CD's com informação,
sendo nestes casos considerados como periféricos de entrada/saída.

Câmara Digital (Digital Camera)

Se tem acesso à Internet e interesse em comunicar à distância com


outras pessoas através de vídeo em tempo real (por exemplo, realizando
pequenas vídeo-conferências), existem no mercado várias mini-câmaras
digitais que representam uma óptima relação preço/qualidade.

Normalmente desenhadas para a colocação em cima do ecrã, estes


periféricos de pequena dimensão permitem já as 16.7 milhões de cores,
pelo que, em conjunto com os programas que as acompanham, têm o
potencial para rapidamente se tornarem numa importante ferramenta de
comunicação na Internet.

Periféricos de Saída (Output)

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Ecrã/Monitor

O ecrã (também designado como monitor) é o periférico de saída mais


utilizado para a visualização dos resultados do processamento, ou seja,
das informações.

o monitor é um dos periféricos em que devem ser tidas em conta não só


as suas características técnicas em termos de peiformance, mas também
quanto à qualidade da imagem e ao respeito pela visão do utilizador. É
fundamental uma escolha cuidada, pois muitos utilizadores estão longas
horas a fixar o ecrã.

Uma abordagem acerca dos vários tipos de monitores e suas


características torna necessária a explicação dos seguintes temas:

- dimensão do ecrã
- cores
- resolução gráfica
- memória vídeo
- placas gráficas
- frequência

Dimensão do ecrã

A dimensão dos ecrãs é medida em polegadas (inches), na diagonal,


entre os cantos inferior esquerdo e superior direito do ccrã. Existem
actualmente as mais variadas dimensões de ecrãs, normalmente
compreendidas entre as 9 e as 21 polegadas ( 9" e 21 ").

A dimensão do ecrã depende muito do tipo de trabalho que


normalmente é realizado. As dimensões mais usuais hoje em dia num
ecrã são 15" e 17". No entanto, em actividades que envolvem a
manipulação de informações predominantemente gráficas (desenho
técnico, vídeo, elaboração de revistas e livros, ...), é normal encontrar
ecrãs com uma diagonal de 19" ou até 20 e 21 ".

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As Tecnologias de Informação e a Empresa

Como os ambientes gráficos se tornaram correntes na quase totalidade


dos computadores pessoais, o ecrã é um dos periféricos menos
passíveis de necessidade de actualização (upgrade) durante vários anos,
pelo que será sempre um bom investimento a aquisição de um ecrã de
17".

Para utilizadores mais exigentes, há sempre a possibilidade de optar


pelos mais recentes desenvolvimentos em ecrãs TFT, LCD ou mesmo de
plasma.

Resolução gráfica

De forma simplificada, a resolução gráfica significa definição de


imagem. Assim, quanto maior for a resolução, maior será a qualidade da
imagem visualizada no ecrã.

A resolução gráfica é "medida" tendo em conta o número de pixels


(picture elements) possíveis de representar no ecrã, a nível horizontal e
vertical (cada imagem representada num ecrã é constituída por um
conjunto de pontos). Por exemplo, uma resolução de "800 x 600"
significa 800 pixels na horizontal por 600 na vertical.

No entanto, a qualidade não é sempre proporcional à resolução. É


necessário atingir um certo "compromisso" entre a dimensão do ecrã e a
resolução gráfica.

Tenha sempre em conta que a resolução do ecrã depende de três


factores: do ecrã, dos programas utilizados e da placa gráfica.

Impressora

Paralelamente ao ecrã, a impressora é um dos periféricos de saída de


informação mais utilizados.

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Na realidade, a grande maioria das tarefas realizadas com o auxílio de


equipamentos informáticos e respectivos programas têm como objectivo
final um output em papel.

Uma das expectativas mais correntes com o advento da Informática,


baseava-se na ideia de que a utilização dos equipamentos informáticos
iria implicar uma diminuição dos documentos escritos. No entanto, veio
a revelar-se o contrário: a grande facilidade de concepção de novos
documentos e as excelentes características de apresentação tiveram
como consequência um aumento dos outputs em papel.

As primeiras impressoras baseavam-se num sistema, ainda hoje


utilizado, de impressão dos caracteres através de impacto (impressoras
matriciais ou impressoras de agulhas). Claro que a qualidade dos
documentos era bastante reduzida, assim como as possibilidades de
impressão se resumiam a caracteres a preto sobre folhas brancas.

Hoje em dia, existem impressoras capazes de imprimir documentos com


excepcional qualidade, com imagens de cor real e a velocidades muito
elevadas, que nas impressoras de maior capacidade pode atingir as 30
páginas por minuto.

Por existirem vários tipos de impressoras, aos quais correspondem


várias centenas de modelos distintos, torna-se fundamental considerar
um conjunto de aspectos e características que as permitam classificar e
distinguir, nomeadamente os que dizem respeito a:

- conexão entre a impressora e o computador


- processador
- velocidade de impressão
- memória da impressora
- linguagem de impressão
- resolução
- tipos de letra
- alimentadores

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Conexão entre o computador e a impressora

Os conjuntos de informação que necessitamos de imprimir são enviados


do computador para a impressora através de uma porta e do respectivo
cabo de ligação computador-impressora.

Existem duas opções de utilização em termos de portas de impressão: a


porta série (serial port) e a porta paralela (paralel port). Ambas as portas
estão localizadas na parte posterior do computador e o seu número
varia consoante o tipo e fabricante do equipamento (normalmente,
existe uma porta paralela e uma ou duas portas série).

A grande diferença entre elas consiste na velocidade de transmissão das


informações. Enquanto que a porta série transmite apenas 1 bit de cada
vez, pois essa transmissão é feita por um único fio, a porta paralela
utiliza 1 byte (já que utiliza 8 fios para a transmissão).

A grande desvantagem das portas paralelas reside nas interferências


que lncidem sobre o sinal ao ser transportado pelo cabo: isto limita a
sua dimensão a 5 - 6 metros.

Por outro lado, as crescentes exigências do utilizador no que diz


respeito à impressão de documentos complexos e de grande dimensão,
faz com que a escolha jncida, quase sempre, sobre a impressão através
da porta paralela.

Velocidade de impressão

A velocidade de impressão "mede-se" normalmente em dois tipos de


unidades de medida: os CPS (caracteres por segundo) e as PPM (páginas
por minuto). A velocidade de impressão está intimamente relacionada
com as características do documento a imprimir.

É muito comum considerar a velocidade em CPS quando nos estamos a


referir a uma "impressora de linha", ou seja, a impressão é executada
linha-a-linha sobre a folha de papel (por exemplo, uma impressora

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matricial ou de agulhas). A velocidade de impressão nestas impressoras


varia, normalmente, entre os 50 e os 300 cps, embora em algumas
impressoras mais avançadas possa atingir os 800 caracteres por
segundo.

Normalmente, é utilizada a designação PPM quando nos estamos a


referir a uma "impressora de página", em que é processada uma página
de cada vez (por exemplo, uma impressora laser).

Memória da impressora

Tal como os computadores, também as impressoras têm um conjunto


de circuitos integrados que representam a sua memória RAM. Na grande
maioria das impressoras actuais, a memória RAM pode também ser
aumentada.

A capacidade da impressora em termos de memória RAM é um dos


factores-chave que condicionam a sua velocidade de impressão. Em
algumas impressoras mais "rudimentares", a RAM tem apenas algumas
dezenas de Kilobytes, enquanto que em impressoras de elevada
performance a memória RAM pode atingir os 64 Megabytes ou mais.

Resolução

A resolução de impressão simboliza o número máximo de pontos por


polegada na impressão de um documento. É normalmente utilizada a
denominação em inglês, ou seja, dots per inch (DPl). Quanto maior for o
número de dpi, melhor será a qualidade do documento.

Por outro lado, uma maior qualidade implica também um tempo de


impressão mais demorado.

Tipos de Impressoras:

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Impressoras Laser

As impressoras laser representam actualmente um excelente


compromisso entre uma qualidade de impressão profissional e um
preço relativamente moderado.

A tecnologia de impressão que utilizam, muito semelhante à das


fotocopiadoras, contribui para uma elevada qualidade, associada a um
baixo ruído e rapidez de impressão. A sua resolução média situa-se
entre os 300 e os 1500 pontos por polegada, com uma velocidade de
impressão entre as 3 e as 30 páginas por minuto.

A memória RAM, possível de expandir em quase todos os modelos,


situa-se normalmente entre 2 e 34 MB.

Impressoras de Jacto de Tinta

As impressoras de jacto de tinta surgem em duas características


distintas: impressão a cores ou apenas a preto. De um certo ponto de
vista, as impressoras de jacto de tinta ocupam uma posição intermédia
(em termos de qualidade de impressão) entre as impressoras laser e as
impressoras matriciais (ou de agulhas).

A impressão é feita através de uma "cabeça de impressão", que envia


para a folha minúsculos jactos de tinta, movendo-se horizontalmente
sobre o papel ("linha-a-linha"). Cada cabeça de impressão tem algumas
dezenas de minúsculos orifícios por onde são expelidos os jactos de
tinta. Associado a este mecanismo está sempre um tinteiro/cartucho de
tinta (ou vários), responsável por armazenar as várias cores-base.

Outras vantagens relevantes, para além do compromisso qualidade-


preço, são o facto de, devido à inexistência de um contacto físico entre
a cabeça de impressão e o papel, o nível de ruído que produzem é
extremamente baixo. Por outro lado, permitem também a impressão
directa sobre transparências.

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Impressoras Matriciais ou de Agulhas

As impressoras matriciais eram, até há alguns anos, as mais utilizadas


nas empresas e por particulares, devido ao seu baixo custo e fiabilidade.

Embora grande parte destas impressoras esteja a ser substituída por


Impressoras laser e jacto de tinta, actualmente com preços mais
competitivos, ainda desempenham um papel importante, principalmente
em tarefas relacionadas com a impressão de folhas de grande dimensao
(12" * 15,5" - A3), papel contínuo e documentos que necessitam ser
impressos em várias cópias (utilizando papel químico).

São também designadas como impressoras de agulhas, característica


que permite agrupá-las em três categorias: 9, 18 e 24 agulhas.

Os caracteres são imprimidos no papel através do impacto das agulhas


sobre uma fita de nylon preto. Quanto maior o número de agulhas,
maior a qualidade de impressão (e também o ruído ,..).

A sua velocidade de impressão situa-se entre os 200 e os 800


caracteres por segundo (cps).

Plotters

Também conhecidos como traçadores gráficos, utilizam canetas


especiais (ou outros processos) para o desenho de figuras
extremamente pormenorizadas, normalmente relacionadas com
CAD/CAM, engenharia e arquitectura.

Existem vários tipos de plotters :

- plotters de gravação ; plotters de jacto de tinta ; plotters de corte.

Actualmente, existem modelos que conseguem acumular múltiplas


funções, por exemplo impressão e corte.

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Alguns destes equipamentos, aplicáveis a tecnologias CAD/CAM,


permitem ainda associar potencialidades de gravação (engraving) ao
corte de vinil e desenho.

Periféricos de Entrada/Saída (Input/Output)

Os periféricos de entrada e saída são um conjunto de equipamentos que


permitem o envio de dados para a unidade central de processamento
(UCP) e também a saída das informações.

Unidade de Disquetes

As unidades de disquetes eram, até há alguns anos atrás (antes da


banalização das unidades de CR-ROM com gravação), o periférico de
entrada/saída mais utilizado em todos os tipos de computadores
pessoais, e representavam o meio mais barato de transmitir informação.

O modelo de unidade de disquetes mais utilizado é o de 3,5 polegadas


(3,5”).

(a dimensão em polegadas é o standard utilizado para distinguir os


vários modelos de drives e disquetes).

A unidade de disquetes tem como função ler e gravar a disquete, ou


seja, o seu suporte de informação correspondente.

A unidade de disquetes está normalmente embutida na caixa da unidade


de sistema. No entanto, alguns modelos permitem mesmo a sua ligação
externa, o que) será útil se pretender adicionar mais uma drive ao seu
sistema e já não possuir espaço disponível.

Unidade de Discos Magnéticos

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A unidade de discos magnéticos, também designados por discos rígidos


ou discos duros, é o único periférico de entrada/saída para
armazenamento de informação que contém no seu interior o próprio
suporte de informação (o disco magnético).

É no disco magnético dos computadores pessoais que são armazenadas


as grandes quantidades de informação que necessitamos utilizar,
nomeadamente programas de gestão, gráficos, textos, ... .

A nível de capacidades de armazenamento, existem hoje unidades de


discos magnéticos para computadores pessoais com capacidades entre
20 e 80 Gigabytes.

Unidades CD-RW

A medida que a tecnologia de concepção dos CD-ROM evolui, não há


dúvida que, enquanto as unidades de DVD não ocuparem o seu lugar no
mercado, a melhor opção actual traduz-se nos leitores de CD-ROM
"híbridos". Estes dispositivos, designados por CD-RW, assumem-se em
simultâneo como três diferentes tipos:

CD-ROM ; CD-R (recordable) ; CD-RW (rewritable)

o que significa que podem ler CD-ROM "tradicionais", ao mesmo tempo


que permitem a criação de CD's regraváveis, sendo possível apagar os
discos e voltar a utilizá-los cerca de 1000 vezes (o que torna também
estes equipamentos uma nova e óptima opção para realizar cópias de
segurança).

Unidade de Cartuchos Magnéticos

Têm como função a gravação de um suporte de informação em fita


magnética (cartridge), com uma capacidade de armazenagem de cerca
de 500 Mb.

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São muito utilizados para fazer o backup (cópia de segurança) de discos


magnéticos, devido à relativamente baixa relação custo/capacidade de
armazenagem.

Por outro lado, a utilização de cartuchos magnéticos baseados na


tecnologia digital (DAT - Digital Audio Tape) permitem um
armazenamento na ordem dos 24 Gigabytes, o que os torna
actualmente numa das mais importantes soluções no campo dos
periféricos para processos de cópias de segurança.

DVD-ROM

- surge como o natural substituto do CD-ROM “tradicional”, com a


grande vantagem de uma muito maior capacidade de armazenamento.

- no entanto, as actuais unidades DVD-ROM são mais lentas do que as


unidades CD-ROM mais recentes, assim como os programas produzidos
em formato DVD não são compatíveis com os leitores de CD-ROM.

DVD-R (recordable)

- com o desenvo1vimento dos DVD-RAM, este "equivalente" ao CD-R


apresenta-se com poucas possibilidades de evoluir, embora com a
vantagem de superar várias vezes o CD-R no que diz respeito à
capacidade de armazenamento.

DVD-RAM (rewritable)

- apresenta-se como o futuro substituto do CD-RW, estando o seu


desenvolvimento no mercado apenas dependente dos fabricantes (e dos
seus interesses...), visto que no estado actual desta tecnologia, uma
unidade DVD-RAM é capaz de ler todos os outros formatos no mercado
(CD áudio, CD-ROM, CD-R, CD-RW e todos os formatos DVD) e de

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gravar (milhares de vezes) DVD's com 17 Gbytes de capacidade. Resta-


nos aguardar...

Para além dos equipamentos de leitura e gravação, existem outros


periféricos de entrada/saída, responsáveis pela transmissão de dados e
informações de/para a UCP.

Modem

Uma das grandes vantagens da Informática é a comunicação de


informações à distância, entre vários computadores.

Nesse processo de transmissão torna-se necessário transformar os


sinais digitais utilizados internamente pelo computador, em sinais
analógicos, possíveis de enviar através das normais linhas de
comunlcação telefónica (e, inc1usivamente, via satélite).

É então o modem, o periférico de entrada/saída responsável pela


transformação dos sinais digital<=>analógico, que permite a
comunicação entre computadores situados a grande distância. Um
modem pode ter uma de duas formas:

· modem externo, com a forma de uma caixa rectangular, conectado a


uma fonte de energia, à linha telefónica normal e ao próprio
computador (através de uma porta série).
As suas grandes vantagens são a facilidade de ligação a outro
computador e o facto de possuírem um conjunto de luzes indicadoras
no painel frontal que facilitam a verificação da transmissão.

· modem interno, normalmente designado por placa modem, que Irá


ser conectada à motherboard através de um slot de expansão. Tem a
vantagem de ser mais barato do que o externo e de ocupar menos
espaço, pois fica no interior da unidade de sistema.

Os modems transmitem a informação de acordo com uma determinada


da velocidade, medida em bits por segundo (bps).

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USB - Universal Serial Bus

O aparecimento das portas de entrada USB (Universal Serial Bus) veio


permitir a criação simplificada de conexões entre a placa principal do
computador e um "sem-número" de periféricos de entrada e saída,
como o rnodem, teclado, rato, impressora, ... (permite a ligação de
praticamente todos os periféricos).

Quais as vantagens imediatas e directas deste novo tipo de bus ?:

- disponibiliza a ligação simultânea de até 128 periféricos num só


computador.

- possibilidade de conectar um novo periférico com o computador em


funcionamento (hot plugging).

- as máquinas "USB enabled" são um importante contributo para


terminar com os inúmeros pormenores técnicos da instalação de
periféricos.

Tipos de Computadores

Subdivisão dos computadores em grandes grupos :

- Supercomputadores
- Mainframes
- Minicomputadores
- Microcomputadores

Supercomputadores

São a classe de computadores mais potentes, normalmente fabricados


para uma utilização específica, nomeadamente para a investigação
científica e utilização militar. Conseguem realizar biliões de operações
por segundo, possuindo uma memória interna de várias dezenas de

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Gigabytes, podendo ser até cerca de 50.000 vezes mais rápidos do que
os computadores pessoais.

Mainframes

Também designados por computadores de médio porte, são


normalmente utilizados pelas organizações que necessitam de elevadas
capacidades de processamento e de um ambiente multi-utilizador.

As suas características têm por base uma memória principal que pode
atingir vários Gigabytes e suportarem uma capacidade de armazenagem
de várias centenas de Gigabytes, controlando vários suportes de
informação de elevada capacidade. Permitem também a ligação a
centenas ou mesmo milhares de utilizadores.

Perante os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos, este tipo de


equipamentos adequam-se a uma vasta gama de necessidades (não só
das grandes mas também das pequenas e médias empresas), em
domínios que vão desde a integração global do software de gestão
empresarial a soluções Internet ou ao suporte de grandes volumes de
transacções de comércio electrónico.

Minicomputadores

São normalmente utilizados como computadores centrais, para redes de


computadores com várias dezenas ou poucas centenas de utilizadores,
muitas vezes em locais dispersos.

As suas capacidades, direccionadas normalmente para um controlo e


gestão a nível global da empresa, são caracterizadas por uma memória
interna que pode atingir várias centenas de MB, possibilitando a
utilização de discos magnéticos de elevada capacidade, cartuchos e
bandas magnéticas. No entanto, é cada vez mais difícil distinguir, a nível
das suas capacidades, os minicomputadores dos mais potentes
microcomputadores actuais.

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Microcomputadores

São também designados como computadores pessoais (Personal


Computer). Hoje em dia, os computadores pessoais são equipamentos
que podem possuir elevadas capacidades de processamento.

Os computadores pessoais podem dividir-se em :

· microcomputadores de "secretária" (desktop), normalmente


compostos por uma unidade de sistema, tipo desktop ou tower, um ecrã
de 15” (ou superior) e um teclado standard. Alguns mlcrocomputadores
de grande capacidade são usualmente designados por workstations.

· microcomputadores portáteis (notebook ou "bloco-de-notas") e sub-


notebook, que actualmente já tornam possível reunir, num computador
com apenas 2 ou 3 kg, um ecrã de 14" ou 15" SVGA, disco magnético
amovível ou fixo de vários Gb, unidade CD-ROM ou DVD-ROM e sistema
de som, tendo por base um microprocessador Pentium lI, com uma
memória RAM muitas vezes expansível a mais de 1()() M b ...

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Hardware e Software

o Hardware, ou suporte físico, representa todo o conjunto de


equipamentos e componentes que identificámos num computador:

· os vários tipos de periféricos


· os suportes de informação
· a motherboard e outras placas
· os processadores, circuitos integrados, memórias e outros
componentes
· os cabos de conexão

o Software, ou suporte lógico, representa todos os programas


responsáveis pelo funcionamento do computador e pela execução de
quaisquer tarefas como programas de gestão e de tratamento de texto.

O Software

Para a realização de qualquer tarefa e, inclusivamente, para o seu


próprio funcionamento, todos os computadores necessitam de software,
assumindo-se este como um vector fundamental de desenvolvimento a
nível das Tecnologias de Informação.

Tipos de Software

O Software é o conjunto de todos os programas que possi1itam desde o


funcionamento do pr6prio sistema e sua gestão ao mais baixo nível, até
à realização das mais variadas tarefas como a elaboração de gráficos, o
tratamento de textos, a contabilidade da empresa, a organização da
agenda pessoal, etc, etc.

Os vários tipos de software são criados por indivíduos denominados


programadores, em empresas especializadas e que normalmente se
designam por software houses. Muitas vezes, esse Software é também
produzido pelo Departamento de Informática de determinada empresa,
para utilização interna.

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É prática corrente subdividir o software em dois tipos distintos :

· software do sistema
· software de aplicação

Software do Sistema

São designados por software do sistema todos os programas


responsáveis pelo funcionamento do computador e pela gestão de todo
o seu hardware.

Por sua vez, o software do sistema subdivide-se em dois grandes


grupos: os sistemas operativos e as linguagens de programação.

Sistemas Operativos

O sistema operativo (s.o.) é o conjunto de programas responsáveis pelo


controlo e gestão do hardware. Para além disso, funciona também como
o elemento de ligação entre o utilizador e o próprio computador,
facilitando a comunicação entre ambos.

Funções principais de um sistema operativo:

· gerir as trocas de dados e informações entre o microprocessador, os


vários componentes e os periféricos.

· permite optimizar a instalação e configuração de periféricos

· realizar a gestão da memória do computador

· definir as regras de funcionamento do software de aplicação

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· disponibilizar ao utilizador um conjunto de programas que facilitam a


gestão do sistema e da informação (copiar disquetes, listar o conteúdo
de um disco, fazer cópias de segurança, ...)

Embora muitas vezes o utilizador não se aperceba da sua importância, o


sistema operativo está sempre presente durante a execução de um
programa, solicitando-lhe as várias informações necessárias à
organização da informação e à gestão do hardware.

Actualmente, os sistemas operativos monoposto mais utilizados nos


microcomputadores são:

- Microsoft Windows 95/98


- Microsoft Windows NT Workstation
- Microsoft DOS (Disk Operating System)
- IBM OS/2 Warp (Operating System/2)
- Linux

Linguagens de Programação

· São as linguagens de programação que permitem a elaboração de


programas através da associação de conjuntos de instruções (ordens a
executar pela UCP).

Das dezenas de linguagens de programação existentes, a lista seguinte


exemplifica algumas das mais utilizadas actualmente e seus fabricantes:

- Visual Basic 6. O (Microsoft)


- Delphi 4. O (Borland)
- Visual C++ (Microsoft)
- Visual Objects (Computer Associates)
- Java (Sun MicroSystems)

Software de Aplicação

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É representado pelo conjunto de programas que permitem ao


computador executar tarefas práticas e úteis para o dia-a-dia do
utilizador. Estes programas são normalmente designados por aplicações
ou packages.

Existem dezenas de tipos de aplicações:

Tratamento de Texto

Também designadas por processadores de texto, estas aplicações são


utilizadas para a criação de cartas, relatónos, livros, …

Embora existam diferenças entre os vários programas para tratamento


de texto, todos eles permitem um conjunto de funções-base, entre as
quais:

· criação, leitura, gravação e impressão de documentos


· formatação de caracteres, parágrafos, páginas e documentos
· texto em colunas
· inserção de imagens
· elaboração de tabelas
· utilização de dicionários e correctores gramaticais
· importação de informação criada noutras aplicações

Das mais recentes aplicações para tratamento de texto em ambiente


Windows podemos seleccionar:

- Microsoft Word 2000


- Lotus Word Pro Millennium Edition
- WordPerfect 2000

Folha de Cálculo

São normalmente utilizadas para a realização de cálculos numéricos e


correspondente criação de gráficos.

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As suas áreas de aplicação sào muito vastas, abrangendo desde um


eventual mapa para cálculo das despesas domésticas, até complexas
análises financeiras.

Tal como os processadores de texto, também as folhas de cálculo têm


características comuns, tais como:

· utilização de funções predefinidas


(matemáticas, estatísticas, financeiras, ...)
· criação de fórmulas pelo utilizador
· vários tipos de formatação numérica, de texto e de datas
· elaboração de simulações numéricas
· criação de gráficos

Das mais recentes aplicações "folhas de cálculo" em ambiente Windows


podemos seleccionar:

- Microsoft Excel 2000


- Lotus 1-2-3 Millennium Edition
- Quattro Pro 2000

Sistemas de Gestão de Base de Dados

Também designados pela sigla SGBD, são as aplicações que permitem


gerir tabelas de dados (bases de dados).

Os SGBD actuais permitem adicionar à gestão tradicional de dados


(texto e números), imagens e sons. Desta forma, é possível ter, por
exemplo, uma ficha de empregado com a sua própria fotografia ou uma
ficha de CD's (por exemplo, numa discoteca) onde, ao activar
determinada função, se pode ouvir um excerto do disco.

Principais características dos SGBD :

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· criação e ligação entre tabelas


· filtragens e ordenações sobre os dados
· elaboração de fichas de inserção e consulta de dados
· criação de múltiplos relatórios

Das mais recentes aplicações para gestão de bases de dados em


ambiente Windows podemos seleccionar:

- Microsoft Access 2000


- Lotus Approach Millennium Edition
- Paradox 2000

Apresentações Gráficas (Presentations)

As aplicações de apresentações gráficas estão direccionadas para dois


principais objectivos:

· a criação e impressão de slides


· a criação de slide shows, apresentações automatizadas de slides, com
efeitos de transição entre os slides e inserção de som.

Das mais recentes aplicações para a realização de apresentações


gráficas em ambiente Windows podemos seleccionar:

- Microsoft PowerPoint 2000


- Lotus Freelance Graphics Millennium Edition
- Corel Presentations 2000

Gestão de_Projectos

Os programas de gestão de projectos são aplicações de planeamento,


organização e gestão, de um conjunto inter-relacionado de recursos e
tarefas que, com limites de custos e tempo, visam atingir um
determinado objectivo.

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A representação gráfica é normalmente obtida com o auxílio dos


gráficos de Gantt e Pert, sendo muito útil no planeamento de gestão. A
sua utilização é possível nas mais variadas situações, por exemplo :

- um processo de recrutamento e selecção de um trabalhador


- no planeamento de uma acção de formação
- no projecto de concepção e/ou lançamento de um produto

Exemplo de aplicação informática de Gestão de Projectos :

- Microsoft Project 98

Gestão da Informação Pessoal

Os programas de gestão da informação pessoal, actuais substitutos das


chamadas "agendas electrónicas", são um auxiliar de trabalho
extremamente útil para qualquer utilizador.

Possuem diversas funções, de onde ressaltam a gestão de contactos,


tarefas e mensagens, por correio electrónico e/ou Internet, assim como
a partilha de informação, a visualização e abertura de diferentes tipos
de documentos, e o tracking das actividades realizadas (quantos aos
fluxos de informação no sistema).

Software Collections

Um dos principais condicionalismos que afectam a performance de um


computador é a dificuldade de comunicação eficaz entre as suas
aplicações.

Para solucionar esta situação, as principais software-houses prepararam


um conjunto de aplicações distintas, vendidas num único package
integrado, o qual designamos por "pacote de software" ou,
normalmente, por software suite ou software collection. Para além da
inegável vantagem do utilizador possuir um conjunto de aplicações

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tota1mente compatíveis entre si, esta solução representa também uma


economia substancial, quando comparada com a compra individualizada
de cada software.

É de referir que cada software collection, independentemente do


número de programas que inclui, fornece manuais, assistência técnica
(limitada) e a possibilidade do utilizador instalar apenas algumas das
aplicações.

Actualmente, as principais software collections no mercado são:

Designação Principais aplicações que contém


Microsoft Office 2000 Premium Microsoft Access; Microsoft Excel;
Microsoft Frontpage; Microsoft
Outlook; Microsoft Photodraw;
Microsoft PowerPoint; Microsoft
Publisher; Microsoft Word
Lotus SmartSuite Millennium Lotus 1-2-3; Lotus Approach;
Edition Lotus FastSite; Lotus Freelance
Graphics; Lotus Organizer; Lotus
ScreenCam; Lotus SmartCenter;
Lotus W ord Pro
WordPerfect Office 2000 CoreI Central; Corel Presentations;
Corel Print Office; Dragon
NaturaISpeaking ; Microsoft Visual
Basic for Applications; NetPerfect;
Paradox; Quattro Pro; Trellix;
WordPerfect

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Software de Gestão

No nosso dia-a-dia nas empresas utilizamos inúmeros programas de


gestão que poderemos incluir nesta classiticação de software de
aplicação. Esses programas abarcam actualmente todas as áreas
empresariais como, por exemplo:

- Gestão comercial/Facturação/Stocks
- Contabilidade
- Gestão de recursos humanos
- Gestão da produção

Poderão ainda surgir programas específicos em relação à área de


actividade da empresa (por exemplo, gestão de um aldeamento
turístico, da frota de uma rent-a-car, de uma rede de clubes de
vídeo, ...).

Este tipo de software poderá ser obtido de duas formas específicas:

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A Ergonomia :
sua importância nos postos de trabalho informatizados

Durante muitos anos, a utilização de equipamentos informáticos


baseou-se numa adaptação do Homem à Máquina, principalmente no
que diz respeito à empresa e ao posto de trabalho, abordagem
conhecida como uma visão tecnocêntrica na concepção dos postos de
trabalho.

O surgimento da ergonomia, enquanto ciência que estuda os aspectos


físicos e psicológicos relacionados com os métodos de utilização e
adaptação da máquina ao seu utilizador, veio alterar radicalmente a
concepção dos próprios equipamentos.

Existem dois tipos de ergonomia:

· ergonomia de concepção
criação de postos de trabalho e objectos adaptados ao utilizador.

· ergonomia de correcção
adaptação e melhoria dos sistemas já implantados.

Neste contexto, pretende-se assim difundir alguns conselhos e


sugestões baseadas nas últimas descobertas ergonómicas, com o
objectivo de ajudar a trabalhar num ambiente confortável e de baixo
risco sob o ponto de vista ergonómico, a nível da utilização das
Tecnologias de Informação.

Como referência, um dos problemas mais estudados actualmente,


conhecido como Lesão por Esforços Repetitivos (RSI- Repetitive Strain
Injury), que poderá ser originada pela indevida (e repetida) utilização de
periféricos como o teclado e o rato. Surge como um mal-estar devido a
traumatismos cumulativos ou lesão provocada por movimentos
repetitivos, sendo um tipo de lesão onde os tecidos moles do corpo, tais
como os músculos, nervos, ou tendões ficam irritados e inflamados,

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tendo principal relevância a nível das mãos, pulsos e cotovelos dos


utilizadores.

Analisemos então alguns conselhos de natureza ergonómica nas


Tecnologias de Informação, a nível de equipamentos, mobiliários a si
associados e outras características do ambiente de trabalho.

Equipamentos

1 – Ecrã

Regulação da Posição

A maior parte dos ecrãs permitem a regulação da posição, permitindo a


sua inclinação e rotação. Se o ecrã não possuir esta característica,
poderá comprar-se um acessório para esse efeito.

o topo do ecrã deve encontrar-se ao nível dos olhos ou ligeiramente


abaixo. Assim. não terá de olhar para baixo mais do que 15 a 20 graus
para ver o centro do ecrã. Para a execução de tarefas normais de
trabalho, tais como digitar ou ler texto, não deverá ser necessário olhar
para baixo mais do que 60 graus. O ideal seria o ecrã estar colocado
perpendicularmente à linha de visão. Em caso de reflexos indesejáveis,
normalmente basta inclinar o ecrã ligeiramente para a frente para
eliminar o problema. No entanto, se o problema persistir, poderá ser
necessário alterar a posição do ecrã ou mudar a secretária de sítio.

Distância de Visualização

A distância óptima entre os olhos e o ecrã depende do tamanho dos


caracteres visualizados e até da resolução gráfica do mesmo, num dado
momento.

Geralmente, a leitura óptima corresponde a caracteres de 3,7 mm (num


processador de texto, por exemplo, no Microsoft Word, corresponderá a

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caracteres em letra Times New Roman a 12 pontos) e a uma distância


mínima de visualização de 60 cm.

Normalmente, a distância de visualização máxima é limitada pelo


tamanho do caractere e pelo espaço disponível na secretária.

Visualização no ecrã

A leitura de texto deve ser fácil. Para reduzir o esforço visual, tente
ajustar os atributos de texto de forma a facilitar a leitura (ajuste certos
atributos, tais como, o tamanho do caractere e a cor). Se a imagem do
ecrã tremer, pode necessitar de reparação ou regulação. Por outro lado,
a informação do ecrã também deve ser visualizada de uma forma bem
estruturada e organizada.

Suportes para documentos

Um suporte para documentos pode facilitar a transferência de


informação de um documento para o ecrã (ou se precisar ler enquanto
utiliza o sistema).

Para utilizar correctamente um suporte para documentos, este deve ser


colocado à mesma distância do ecrã, ao lado deste e à mesma altura. Há
quem prefira colocar o suporte para documentos entre o ecrã e o
teclado.

Para ajudar a reduzir a tensão no pescoço e evitar a fadiga ocular, deve


reduzir-se ao máximo os movimentos para a frente e para trás da
cabeça e dos olhos quando utilizar um suporte para documentos.

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2 - Teclado e Rato

Posição

o teclado deverá estar equipado com um cabo longo para que possa ser
colocado na posição que ofereça mais conforto durante a utilização do
sistema.

Colocação dos Pulsos

O teclado deverá ser baixo, de forma a evitar uma curvatura excessiva


dos pulsos durante as tarefas de digitação. Estes não deverão dobrar
mais do que 10 graus no sentido ascendente ou descendente, ou mais
do que 10 graus lateralmente. É vantajoso manter os pulsos direitos,
movendo toda a mão e antebraço quando forem utilizadas as teclas de
função ou o teclado numérico.

Se os cotovelos estiverem ao mesmo nível que a superfície de trabalho,


poderá optar-se por não utilizar o pé do teclado. Se os cotovelos
estiverem a um nível inferior ao da superfície de trabalho, fazer uso do
pé do teclado para elevar-lhe a parte posterior. O objectivo é colocar as
mãos numa posição "neutra" (sem esforço) ou horizontal aquando da
utilização do teclado. Assim, os antebraços, pulsos e mãos devem ficar
em linha recta.

Não é necessário empregar muita força para digitar e deverá fazer


algumas pausas no seu trabalho com o teclado, se este se revelar
demasiadamente longo, evitando deste modo esforçar demasiado os
tendões e os músculos das mãos, pulsos e antebraços, que aumentará o
risco de desconforto e das lesões mencionadas anteriormente.

Apoios para Pulsos

Poderá ainda utilizar-se um apoio para o pulso, para ajudar a manter os


pulsos numa posição confortável e neutra. Ao utilizar um apoio para os

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pulsos, deverá verificar-se se este fica à mesma altura que a parte


frontal do teclado e de que é arredondado ou almofadado. Durante a
digitação, nunca se deverão apoiar os pulsos numa superfície com
arestas como, por exemplo, a borda da secretária.

Recomenda-se a colocação do teclado em frente ao ecrã ou ao suporte


para documentos (dependendo do que for mais utilizado).

Rato

O rato deverá ter um desenho ergonómico e estar colocado perto do


teclado.

Mobiliário

1 – Secretária

A secretária deve ter espaço suficiente para instalar o equipamento, de


acordo com uma disposição adequada e confortável, assim como para o
utilizador desempenhar as suas outras tarefas. O espaço de secretária
mínimo para a utilização de um computador pessoal é de cerca de 160
por 80/90 cm. A superfície de trabalho pode ser maior ou mais
pequena, consoante o tipo de trabalho efectuado.

Para minimizar os reflexos e o brilho (e, consequentemente, o


desconforto ocular), a superfície da secretária deverá ser do tipo anti-
reflexo. A altura do tampo da secretária deve, idealmente, ser ajustável.
Recomenda-se uma altura de 70 a 75 cm.

2 – Cadeira

Estabilidade, rotação, apoio lombar e para braços

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A cadeira deve ter uma base estável (por exemplo: pernas com rodízios)
e poder rodar livremente no eixo vertical, nos dois sentidos,
proporcionando uma posição confortável.

A altura deve poder ser ajustada facilmente. A altura mínima, medida a


partir do solo, deve ser de 40 a 52 cm. Deve estar equipada com um
apoio de costas ajustável quer em altura quer em inclinação. É
importante que a região lombar fique correctamente apoiada (curva
lombar).

Se a cadeira estiver equipada com apoios de braços, estes devem ser


ajustáveis. Os braços não devem interferir com o ajustamento da cadeira
ou com a aproximação à secretária.

A cadeira deve ser ajustada de forma a que a superfície de trabalho


fique ao nível dos cotovelos.

A parte inferior das pernas deve fazer um ângulo recto com as coxas e
os pés devem assentar confortavelmente no chão, podendo ser
necessario utilizar um apoio para os pés, de forma a obter uma posição
mais confortável.

Iluminação

A iluminação da área de trabalho deve proporcionar uma boa leitura dos


documentos e uma boa visualização do ecrã, devendo existir em
simultâneo luz natural e artificial.

Iluminação Natural

A luz exterior deve ser protegida ou difundida para evitar brilho e


reflexos. O ecrã deve ficar posicionado lateralmente em relação às
janelas, de forma a que o brilho, o contraste e os reflexos não tenham
influência na qualidade da imagem.

Iluminação Artificial

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A iluminação geral das salas com elevado número de postos de trabalho


informatizados, deve ser emitida por projectores para o tecto, com
barras de difusão. Por outro lado, quando for necessária mais luz para a
execução de uma determinada tarefa, utilizar uma fonte de iluminação
individual ("luz de trabalho"), em vez de aumentar a iluminação geral.

Outras Características do Ambiente de Trabalho

No ambiente de trabalho deverá existir pouco ruído, humidade e calor.


O ruído proveniente de equipamentos informáticos, nomeadamente de
impressoras de agulhas, poderá ser minimizado com a utilização de
caixas de insonorização.

Deverá existir uma ventilação adequada nas áreas em que existir uma
maior concentração de computadores e, principalmente, nas
proximidades de impressoras laser.

Outras sugestões

Para finalizar, alguns conselhos generalistas em relação à utilização de


equipamentos informáticos, aplicáveis não só a quem deles faz uma
utilização profissional como pessoal:

_ desviar o olhar do ecrã periodicamente para ajudar a reduzir o cansaço


ocular, olhando brevemente para objectos distantes e "piscando" os
olhos.

- mudar de tarefa frequentemente, por forma a evitar a rigidez


muscular.

- fazer intervalos frequentes quando for necessário trabalhar com o ecrã


durante longos períodos de tempo (intervalos curtos e frequentes são
mais vantajosos).

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- distender os músculos das mãos, braços, ombros, pescoço e costas


sempre que houver um intervalo.

Convém realçar que, no entanto, existem utilizadores que estão horas e


horas diariamente a trabalhar com computadores e nunca tiveram
qualquer problema de cariz ergonómico. Porém, convém ter em atenção
que, para a empresa e para o próprio utilizador, a prevenção custa
sempre menos, em todos aspectos, do que a "cura".

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