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Rock in Rio

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(notícias, livros e acadêmico) (Agosto de 2018)
Rock in Rio

Momentos antes de um concerto no Rock in Rio Madrid em 2012.


Período de atividade 1985 - presente
Fundador(es) Roberto Medina
Local(is) Rio de Janeiro, Brasil:
1985, 1991, 2001, 2011, 2013, 2015, 2017, 2019, 2022
Lisboa, Portugal Portugal:
2004, 2006, 2008, 2010, 2012, 2014, 2016, 2018, 2022
Madri, Flag of Spain.svg Espanha:
2008, 2010, 2012
Las Vegas, Estados Unidos:
2015
Página oficial www.rockinrio.com.br
O Rock in Rio é um festival de música idealizado pelo empresário brasileiro Roberto
Medina pela primeira vez em 1985, sendo, desde sua criação, reconhecidamente, o
maior festival musical do planeta. Foi originalmente organizado no Rio de Janeiro,
de onde vem o nome. Tornou-se um evento de repercussão em nível mundial e, em 2004,
teve a sua primeira edição fora do Brasil em Lisboa, Portugal.

Ao longo da sua história, o Rock in Rio teve 20 edições, oito no Brasil, oito em
Portugal, três na Espanha e uma nos Estados Unidos. Em 2008, foi realizado pela
primeira vez em dois locais diferentes, Lisboa e Madrid. Além destas, duas edições
foram canceladas: Madrid e Buenos Aires, ambas programadas para 2014.[1][2]

O hino do festival é de autoria do compositor Nelson Wellington e do maestro


Eduardo Souto Neto e foi gravado originalmente pelo grupo Roupa Nova.[3] A história
do festival está contada no livro "Rock in Rio - A História do Maior Festival de
Música do Mundo" (Globo Livros), lançado pelo jornalista Luiz Felipe Carneiro em
2011.

O festival é considerado o oitavo melhor do mundo pelo site especializado Festival


Fling.[4] A última edição do festival aconteceu em 2019 dentro do Parque Olímpico
do Rio de Janeiro.

Índice
1 História
1.1 Primeira edição (1985)
1.2 Regressos (1991-2001)
1.3 Internacionalização (2004-2010)
1.4 Volta ao Rio (2011-2014)
1.5 Las Vegas, 30 Anos e o futuro (2015-Atualmente)
2 Edições
3 Os artistas e o Rock in Rio na cidade do Rio de Janeiro
3.1 Rock in Rio I (1985)
3.2 Rock in Rio II (1991)
3.3 Rock in Rio III (2001)
3.4 Rock In Rio IV (2011)
3.5 Rock in Rio V (2013)
3.6 Rock in Rio VI e Rock in Rio USA (2015)
3.7 Rock in Rio VII (2017)
3.8 Rock in Rio VIII (2019)
3.9 Rock in Rio IX (2022)
4 Rock in Rio em Lisboa
5 Outras apostas
6 Ver também
7 Notas
8 Referências
9 Ligações externas
História
Primeira edição (1985)
Ver artigo principal: Rock in Rio (1985)
O primeiro Rock in Rio foi realizado na cidade do Rio de Janeiro, Brasil entre 11 e
20 de janeiro de 1985 em área especialmente construída para receber o evento. O
local, um terreno de 250 mil metros quadrados que fica próximo ao Riocentro, em
Jacarepaguá, ficou conhecido como "Cidade do Rock" e contava com o maior palco do
mundo já construído até então: com 5 mil metros quadrados de área, além de dois
imensos fast foods, dois shopping centers com 50 lojas, dois centros de atendimento
médico e uma grande infraestrutura para atender a quase 1,5 milhão de pessoas - o
equivalente a cinco Woodstocks - que frequentaram o evento.

Aérea do primeiro Rock in Rio, Blitz no palco


A grande fama do evento deveu-se ao fato de que, até sua realização, as grandes
estrelas da música internacional não costumavam visitar a América do Sul, pelo que
o público local tinha ali a primeira oportunidade de ver de perto os ídolos do
rock. Logo depois do fim do Rock in Rio, a "Cidade do Rock" foi demolida por ordem
do então governador do estado do Rio de Janeiro, Leonel Brizola. A organização do
festival pediu ocupação provisória do terreno, com o intuito de manter a sua posse,
após o fim do evento, caracterizando invasão de propriedade pública. No entanto,
Leonel Brizola decretou sua demolição para efetuar a reintegração de posse do
terreno patrimônio da cidade do Rio de Janeiro.

Regressos (1991-2001)
Graças ao enorme sucesso do evento original, Medina promoveu, entre 18 e 26 de
janeiro de 1991, o Rock in Rio II. A segunda edição do evento foi, porém, realizada
no estádio de futebol do Maracanã, cujo gramado foi adaptado para receber o palco e
os espectadores (700 mil pessoas, em 9 dias de evento), que também puderam assistir
ao evento das arquibancadas do estádio (por preços um pouco maiores do que aqueles
do gramado).

Após novo hiato, o ano de 2001 viu a realização do Rock in Rio III, nos dias 12 a
14 e 18 a 21 de janeiro. Nesta ocasião, os organizadores decidiram construir uma
nova "Cidade do Rock", no mesmo local onde fora a primeira, com a inédita
capacidade de 250 mil espectadores por dia e "tendas" alternativas onde realizaram-
se concertos paralelos aos do palco principal. Havia tendas de música eletrônica
("Tenda Eletro"), música nacional ("Tenda Brasil", na qual artistas brasileiros
apresentavam-se), música africana ("Tenda Raízes") e música mundial ("Tenda Mundo
Melhor"). O evento recebeu a legenda de "Por Um Mundo Melhor", o que se marcou com
o ato simbólico de observação de três minutos de silêncio antes do início das
apresentações no primeiro dia do evento. Às 19 horas daquele dia 12 de janeiro de
2001, três mil rádios e 522 TVs silenciaram pela melhoria do mundo. O início e o
fim do ato foram marcados pelo toque de sinos e pela libertação de pombas brancas,
representando um pedido pela paz mundial. Esta edição também ficou marcada pelo
boicote de algumas bandas brasileiras ao evento. Isso porque havia uma cláusula no
contrato que excluía a possibilidade dos grupos brasileiros passarem o som para
fazer as últimas regulagens de instrumentos, e elas reivindicaram a mesma estrutura
concedida para as bandas estrangeiras. O boicote iniciou-se com O Rappa, Cidade
Negra e Raimundos, que foram apoiados por Charlie Brown Jr., Skank e Jota Quest.[5]
A "Cidade do Rock" construída para o Rock in Rio III, foi demolida apenas em 2012
para abrigar a Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016.[6]

Internacionalização (2004-2010)

Entrada do Rock in Rio Lisboa em 2006


O Rock in Rio foi internacionalizado em 2004 com a primeira edição do Rock in Rio
Lisboa, na cidade de Lisboa, Portugal. A organização do festival foi similar à
edição de 2001 no Brasil, tendo sido distribuído pelos 200 mil metros quadrados do
Parque da Bela Vista o Palco Mundo (palco principal), a Tenda Raízes, a Tenda Mundo
Melhor e a Tenda Electrónica.[7] Participaram mais de 70 artistas ao longo dos 5
dias de festival, e o evento foi um sucesso, recebendo mais de 385 mil
espectadores. Entretanto, a mídia brasileira e o público foram totalmente contra a
realização do festival no país, mas ignorados devidos a pensamentos ambiciosos por
parte de Roberto Medina.[8]

Em 2006, foi realizada a segunda edição do Rock in Rio Lisboa, no mesmo local,
entre 26 e 27 de maio e 2, 3 e 4 de junho. Nesta edição já não havia mais a Tenda
Mundo Melhor, e a Tenda Raízes foi substituída pelo palco Hot Stage.

O Rock in Rio Lisboa foi realizado pela terceira vez no Parque da Bela Vista em
Lisboa, entre 30 e 31 de maio e a 1, 5 e 6 de junho de 2008. Nos dias 27 e 28 de
junho e entre 4 a 6 de julho do mesmo ano, foi realizado em Arganda del Rey,
Madrid, Espanha, com o Rock in Rio Madrid.[9] No caso da edição portuguesa, o palco
Hot Stage foi substituído pelo palco Sunset Rock in Rio, um espaço dedicado a
apresentações conjuntas de artistas e bandas, na maioria portugueses, de vários
estilos musicais em formato de jam sessions.[10]

No ano de 2010, foram realizadas respectivamente, a quarta edição em Lisboa e a


segunda edição na capital espanhola. Em 2012, foram realizadas respectivamente, a
quinta edição em Lisboa e a terceira edição na capital espanhola. O Rock in Rio
voltou a Lisboa em 2014, 2016 e 2018. A edição de 2020 foi adiada para 2021 devido
à pandemia do SARS-CoV-2, acabando por ser cancelada, por causa do mesmo motivo, em
2021 (apesar de a narrativa transmitida ter sido a de um adiamento para o 2022, tal
adiamento não se verifica, pois, se o festival tivesse sido realizado em Lisboa em
2020, o mesmo voltaria à cidade em 2022, tendo em conta que, até ao cancelamento de
2020, se tinha realizado sempre a cada dois anos na cidade, desde 2004).[11]

Ivete Sangalo atuou em todas as edições lisboetas do evento até ao momento.

Volta ao Rio (2011-2014)


Em 2011, aconteceu a quarta edição do festival no Brasil, após dez anos da terceira
edição. Inicialmente previsto para 2014, para coincidir com o ano da Copa do Mundo
FIFA de 2014, que foi realizado no Brasil, seu lançamento foi adiantado em três
anos, a pedido da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. A Prefeitura construiu um
novo local permanente que permite uma maior periodicidade do evento. Segundo
Roberto Medina, "Com o novo local, que também ganhará o nome de Cidade do Rock, o
Rock in Rio poderá acontecer a cada dois anos, da mesma forma que é o Rock in Rio
Lisboa. O espaço não servirá apenas para o festival, será multiuso e poderá abrigar
outros shows e eventos".

Em 2012, o Rock in Rio voltou à Península Ibérica para mais uma edição do Rock in
Rio Lisboa (a quinta edição) e do Rock in Rio Madrid (a terceira edição).[12]

Em 2013, o Rock in Rio voltou a acontecer na nova Cidade do Rock. O evento serviu
como teste do novo sistema de ônibus de faixa exclusiva do Rio de Janeiro, os BRTs,
e contou com um programa de tráfego novo que não permitia que carros, táxis e vans
se aproximassem do evento.
Em 2014, realizou-se a VI edição do Rock in Rio Lisboa.

Las Vegas, 30 Anos e o futuro (2015-Atualmente)


Em maio de 2015, ocorreu a primeira edição do Rock in Rio nos Estados Unidos. Houve
quatro dias de festival e cerca de 170 mil pessoas compareceram ao evento, que
ocorreu na cidade de Las Vegas. Em setembro do mesmo ano, aconteceu a sexta edição
do Rock in Rio no Brasil, comemorando o aniversário de 30 anos do festival. Ele
teve, como uma das grandes atrações, a volta da banda Queen, a grande atração do
primeiro Rock in Rio, contando com a participação de Adam Lambert no vocal da
banda.

No ano de 2016, a única edição realizada foi o Rock in Rio Lisboa VII.

Em 2017, foi realizado o Rock in Rio VII, inaugurando o Parque Olímpico como o novo
local. No primeiro dia do festival, estava programada a apresentação da cantora
Lady Gaga, mas a organização a cancelou pelo fato de que, dias antes, ela sofria de
fibromialgia.

Já 2018 foi o ano em que ocorreu a oitava edição portuguesa, confirmando o sucesso
da marca no país.

Roberto Medina já havia afirmado que o Rock in Rio Lisboa "veio para ficar". Em
2019, a organização confirmou a realização de mais dois eventos nos anos de 2021 e
2023, com as edições ocorrendo no Rio de Janeiro.

Em 2019, o Rock in Rio voltou com sua oitava edição. Realizada novamente no Parque
Olímpico, o festival recebeu novos palcos e inúmeras atrações nacionais e
internacionais, com destaque para Anitta, que subiu aos palcos depois da polêmica
envolvendo seu nome na Edição 2017, e P!nk, que realizou um espetáculo de
acrobacias na penúltima noite de festival. Muse e Imagine Dragons encerraram o
último dia de shows.

O presidente do Rock in Rio é Roberto Medina, que é dirigente do evento no Brasil.


Sua filha Roberta Medina é a vice-presidente e dirige o evento em Portugal e na
Espanha.

Edições
Ano Nome Local
1985 Rock in Rio I Brasil Rio de Janeiro
1991 Rock in Rio II Brasil Rio de Janeiro
2001 Rock in Rio III Brasil Rio de Janeiro
2004 Rock in Rio Lisboa I Portugal Lisboa
2006 Rock in Rio Lisboa II Portugal Lisboa
2008 Rock in Rio Lisboa III Portugal Lisboa
Rock in Rio Madrid Espanha Madrid
2010 Rock in Rio Lisboa IV Portugal Lisboa
Rock in Rio Madrid II Espanha Madrid
2011 Rock in Rio IV Brasil Rio de Janeiro
2012 Rock in Rio Lisboa V Portugal Lisboa
Rock in Rio Madrid III Espanha Madrid
2013 Rock in Rio V Brasil Rio de Janeiro
2014 Rock in Rio Lisboa VI Portugal Lisboa
2015 Rock in Rio USA Estados Unidos Las Vegas
Rock in Rio VI Brasil Rio de Janeiro
2016 Rock in Rio Lisboa VII Portugal Lisboa
2017 Rock in Rio VII Brasil Rio de Janeiro
2018 Rock in Rio Lisboa VIII Portugal Lisboa
2019 Rock in Rio VIII Brasil Rio de Janeiro
2022 Rock in Rio Lisboa IX Portugal Lisboa
Rock in Rio IX Brasil Rio de Janeiro
2023 Rock in Rio X Brasil Rio de Janeiro
2024 Rock in Rio Lisboa X Portugal Lisboa
Os artistas e o Rock in Rio na cidade do Rio de Janeiro
Suas participações nas diversas edições do evento marcaram as carreiras de algumas
das estrelas nacionais e internacionais, segundo suas próprias declarações:

Rock in Rio I (1985)


Ver também: Rock in Rio (1985)

Queen no Rock in Rio (1985).


Queen: As estrelas máximas do evento, todos os integrantes do Queen concordam em
qualificar aquela apresentação como uma das cinco mais emocionantes do grupo, e
Freddie Mercury qualificava a execução da canção "Love of My Life" como a melhor
jamais feita pela banda. Na época, o grupo inglês estava na turnê do disco The
Works.
Barão Vermelho: No show do dia 15, o quinteto carioca foi o único grupo brasileiro
que não foi vaiado e conseguiu arrancar aplausos dos fãs de heavy metal
interessados nos shows de AC/DC e Scorpions. No mesmo dia, ocorria em Brasília, no
Colégio Eleitoral, a eleição presidencial indireta que escolheu Tancredo Neves como
novo presidente, dando um grande passo na redemocratização do país. O palco e a
plateia contavam com várias bandeiras do Brasil. O então guitarrista e atual
vocalista Frejat subiu ao palco usando uma calça verde e uma camisa amarela, e a
banda fechou o show tocando "Pro Dia Nascer Feliz", com o coro uníssono da plateia
no refrão. No show do dia 20, o Barão tocou uma canção inédita feita por Cazuza em
parceria com Lobão, intitulada "Mal Nenhum", que seria gravada pelo próprio Cazuza
em carreira solo, e também a música "Um Dia na Vida" (Cazuza/Maurício Barros), que
ainda era inédita e foi gravada no 4º LP do Barão (em 1986, porém sem Cazuza, e é
por isso que a versão dela no "Rock in Rio" é mais rara, ao contrário de sua versão
no LP Declare Guerra, com o vocal de Roberto Frejat). O show do dia 15 foi lançado
no LP e CD "Barão Vermelho ao Vivo" em 1992, sendo posteriormente relançado como CD
e DVD em 2007, com o título Rock in Rio 1985. O grupo promovia o seu terceiro
disco, Maior Abandonado.
AC/DC: O grupo australiano exigiu, como condição para poder tocar no festival: usar
um sino de meia tonelada, tocado pelo vocalista Brian Johnson na canção Hells
Bells. O aparato veio de navio, porém, era muito pesado para a estrutura do palco,
obrigando um dos cenógrafos do festival a fazer, secreta e apressadamente, um sino
de gesso para a ocasião. A banda interrompeu as gravações do disco Fly on the Wall,
que seria lançado meses depois, para tocar no festival, como parte da turnê do
disco Flick of the Switch (1983). O encerramento do show foi marcado pelo disparo
de dois canhões, um de cada lado do alto do palco, em For those about to rock.
Os Paralamas do Sucesso: O trio carioca de rock brasileiro foi considerado a grande
revelação do festival, promovendo o seu segundo disco, O Passo do Lui. Convidados
de última hora, não puderam convidar banda de apoio ou construir cenário - a
decoração era apenas um vaso com uma palmeira. Durante o show, criticaram a plateia
que vaiou as outras bandas brasileiras e homenagearam a ausência de bandas
paulistas no evento executando "Inútil", do Ultraje a Rigor. O show do dia 16 foi
lançado em CD e DVD em 2007 com o título Rock in Rio 1985.
Iron Maiden: Os integrantes da banda consideram sua aparição no evento uma das
experiências mais marcantes de suas carreiras. Parte da turnê World Slavery Tour
84/85, do disco Powerslave (1984), tocou para 350 mil pessoas. A banda foi a única
estrangeira a fazer um único show, ao invés de dois.
James Taylor: O cantor enfrentava dependência de drogas e o divórcio da também
cantora Carly Simon. Taylor declarou que pensava em abandonar a carreira logo após
o Rock in Rio I, do qual participaria apenas por compromisso contratual. O cantor
declarou-se, porém, comovido com a inesperada recepção do público, e ali decidiu
que retomaria as rédeas de sua carreira. Em homenagem ao ocorrido, Taylor compôs a
balada "Only a Dream in Rio" (Apenas um sonho no Rio), na qual declama versos como
"I was there that very day and my heart came back alive" ("Eu estava lá naquele dia
e meu coração voltou à vida"). A canção foi lançada em seu disco seguinte, That's
Why I'm Here, lançado em outubro do mesmo ano.
Ivan Lins: Para o cantor, o festival representou o ápice da sua carreira. Ele quase
perdeu a voz durante sua apresentação no evento e pediu o apoio da plateia na
performance de suas canções. Na época do festival, Ivan Lins era fumante e, numa
entrevista recente, ele disse que suspeitou que a quase perda da sua voz no evento
teria sido causado pelo cigarro e, por isso, ele parou de fumar.
Ozzy Osbourne: Ozzy veio promover seu disco de 1983, Bark at the Moon. No que foi
qualificado como "falha de organização", sua apresentação foi marcada logo antes da
de Rod Stewart. Ao assistir, dos bastidores, a passagem de som do cantor escocês,
Osbourne disse haver pensado que seria vaiado e expulso do palco, pois seu estilo
era diametralmente oposto ao do ex-vocalista do The Faces, e não acreditava que fãs
do primeiro pudessem apreciar sua música. O contrato de Ozzy incluía uma cláusula
proibindo-o de comer qualquer tipo de animal vivo no palco, em referência ao famoso
episódio em que Osbourne decapitou um morcego a dentadas em um show de 1982; um fã
atirou uma galinha no palco, e Ozzy a deu para seus roadies. Ozzy também se
apresentou usando uma camisa do Flamengo (presente dado por um fã) - o momento
chegou a virar capa de revista no Brasil. Outro momento marcante do show foi o solo
de bateria sem baquetas de Tommy Aldridge.
Pepeu Gomes: Mesmo encontrando uma plateia hostil com a maior parte dos artistas
brasileiros, Pepeu foi ovacionado e reconsagrado. Pepeu considera o Rock in Rio
como um dos maiores momentos de sua carreira, pois abriu novas portas para uma
carreira no exterior. Após o show, Pepeu foi cumprimentado por John Sykes,
guitarrista do Whitesnake.
Rod Stewart: Com sua característica voz rouca, Rod fez a plateia cantar com ele.
Scorpions: Os alemães vieram promover a turnê do disco Love at First Sting. No show
do dia 15, o vocalista Klaus Meine pegou uma grande bandeira do Brasil e a
tremulou. No show do dia 19, o guitarrista Matthias Jabs usou uma guitarra parecida
com a que está no logotipo do festival e com pequenas bandeiras do Brasil
estampadas nela. A banda filmou a visita ao Rio e algumas imagens foram editadas no
videoclipe da versão ao vivo de "Still Loving You" (que na época era parte da
trilha sonora da telenovela Corpo a Corpo), lançada no disco World Wide Live, seis
meses depois do show.
Yes: O Yes realizou o sonho de muitos roqueiros brasileiros, mostrando, ao vivo,
seu eletrossinfônico rock progressivo, realçado por incrível iluminação e algumas
aparições de laser durante as músicas. A banda inglesa promovia o disco 90125,
lançado em 1983 e que tinha o megahit Owner of a Lonely Heart.
Whitesnake: A banda liderada por David Coverdale foi chamada às pressas para o
festival, no lugar do Def Leppard, que cancelou a participação devido aos atrasos
na gravação do álbum Hysteria (que seria lançado em 1987), agravados pelo grave
acidente sofrido na noite do Ano-Novo de 1985 pelo baterista Rick Allen, que teve o
braço esquerdo amputado. Coverdale reformulou a banda às pressas, pois só restou o
baterista Cozy Powell, que fez parte da formação do disco Slide It In (1984). O
álbum mencionado é conhecido pelas canções "Guilty Of Love", "Slow An' Easy" e
"Love Ain't No Stranger", sendo que a última é conhecida no Brasil devido à sua
execução em uma campanha publicitária dos cigarros Hollywood.
Rock in Rio II (1991)
Guns N' Roses: A banda mais aguardada do evento se apresentou em 2 dias nesta
edição e fez uma dos seus melhores shows em todos os tempos na primeira noite de
sua apresentação, que foi a primeira com o baterista Matt Sorum e o tecladista
Dizzy Reed. Algumas das músicas apresentadas eram inéditas, e seriam lançadas nos
álbuns Use Your Illusion I e Use Your Illusion II no final do ano.
INXS : Foram os cabeças de cartaz no dia 19 de Janeiro, este concerto foi dado no
âmbito da SOUTH AMERICAN "X-FACTOR" TOUR, que ocorreu durante esse mês.
Faith No More: Graças à participação no festival, o FNM passou a ser a banda
estrangeira mais cultuada do Brasil na época, tanto que o grupo voltaria ao país
meses depois para uma miniturnê. A banda também conheceu o Sepultura, com quem o
vocalista Mike Patton gravou a canção Lookaway, presente no disco Roots (1996). O
grupo estava na turnê do disco The Real Thing.
Sepultura: O grupo brasileiro de maior repercussão mundial estava vivendo um grande
momento da carreira. A banda, liderada na época pelos irmãos Max e Igor Cavalera,
estava gravando o quinto disco, Arise, quando foram convidados para participar do
festival. Para aproveitar a atenção que a mídia dava ao quarteto por causa do
evento, eles decidiram lançar uma versão pré-mixada de Arise, que tinha, como faixa
bônus, "Orgasmatron" (cover do Motorhead). Sepultura teve apenas 30 minutos de
show.
Happy Mondays: A principal banda do movimento Madchester, até então não muito
conhecido no Brasil.
Titãs: O show no Rock in Rio 2 marcou o fim da turnê do disco Õ Blésq Blom.
Judas Priest: Promovendo o disco Painkiller, o grupo inglês não deixou ninguém
parado na noite do metal. A plateia foi ao delírio quando o vocalista Rob Halford
subiu no palco numa motocicleta, como tradicionalmente faz.
A-ha: A banda norueguesa entrou para o Guinness Book com o maior público pagante de
todos os tempos: 198 000 pessoas no Maracanã.
Debbie Gibson: Fez uma apresentação memorável aos 20 anos de idade.
Megadeth: O grupo americano de Thrash Metal tinha acabado de lançar o seu quarto
disco, Rust In Peace, e apresentou um cover de "Anarchy In The UK" dos Sex Pistols.
Na transmissão da TV Globo, o jornalista Pedro Bial (que na época era
correspondente internacional da emissora) chamou a banda de "Megadeti", ao invés de
Megadeth.
Engenheiros do Hawaii: Em sua primeira participação no Rock in Rio, foi votada por
uma enquete da Rede Globo como a segunda pior do festival, atrás apenas da também
brasileira Biquini Cavadão. Gessinger, Licks & Maltz, em pleno estouro do hit-cover
"Era Um Garoto...", sequer foram mencionados pela Folha de S.Paulo (isso sem
esquecer que os Engenheiros eram idolatrados por seu público e bombardeados pela
crítica, sendo inclusive citados pela Revista Bizz como os melhores de 1990 para o
público e, para a crítica, os piores). Ainda assim, o grupo foi reconhecido por ter
feito um show de qualidade comparável aos dos gringos pelo jornal norte-americano
New York Times, em sua cobertura.[13]
George Michael: Durante o show, teve a participação de seu ex-parceiro no Wham!,
Andrew Ridgeley.
Lobão: O cantor foi escalado para tocar na noite do metal e encontrou a plateia
inconformada com o curto show do Sepultura, que tocou antes dele, sendo atacado com
copos e garrafas. A situação ficou pior ainda quando ele levou, para o palco, a
bateria da escola de samba Mangueira, não somente pela falta de receptividade do
público, como também por conta do desencontro da organização, que lhe prometera um
palco grande o suficiente para acomodar os percussionistas, mas que na última hora
foi mudado para permitir a realização do show do Judas Priest (sobretudo a entrada
de motocicleta de Rob Halford), dando, ao brasileiro, um espaço reduzido. Lobão
promovia o seu primeiro disco ao vivo, Vivo, que fora gravado a partir de sua
apresentação no Hollywood Rock do ano anterior (no qual Lobão fez o mesmo show sem
percalços e foi bastante aplaudido).
Queensryche: Banda americana que faria seu primeiro show no Brasil na noite de
Heavy Metal, o público não conhecia o repertório, mas adorou a performance da banda
ao vivo. Posteriormente, o Queensryche voltaria ao Brasil para diversos outros
shows.
Billy Idol: Fez sua primeira apresentação no Brasil no dia 19. No dia seguinte, ele
fez outra apresentação no Festival, que foi decidida em cima da hora pela produção,
para substituir Robert Plant (ex-Led Zeppelin), que tinha cancelado, na véspera, a
sua apresentação. A justificativa: a Guerra do Golfo. Mas, Idol não deixou a
desejar e protagonizou, novamente, uma das melhores apresentações daquele festival.
Information Society: Banda americana de Minneapolis com grande sucesso no Brasil,
emplacou diversos hits como Running, Repetition, What´s on your mind (Pure Energy).
Era liderada pelo vocalista Kurt Harland. Seus outros integrantes eram Paul Robb e
James Cassidy. Foi formado em meados de 1982.
Capital Inicial: Surgiu em 1982, formado pelos irmãos Fê (bateria) e Flávio Lemos
(baixo), ex-integrantes do Aborto Elétrico ao lado de Renato Russo, e Loro Jones
(guitarra), oriundo da banda Blitz 64. Em 1983, Dinho Ouro-Preto, após um estágio
como baixista da banda "dado e o reino animal" (assim mesmo, com letras
minúsculas), onde também tocavam Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá, entra para os
vocais, emplacou hits como Veraneio Vascaína, Fátima e Música Urbana.
Também se apresentaram, pela 1ª vez no Brasil, o grupo New Kids On the Block (muito
contestado por fãs do verdadeiro Rock and Roll, no aeroporto Internacional do Rio
de Janeiro), Lisa Stanfield, Deee-Lite, entre outros.

Rock in Rio III (2001)


Esta edição ficou marcada pelo boicote de algumas bandas brasileiras ao evento.
Isso porque havia uma cláusula no contrato que excluía a possibilidade de os grupos
brasileiros passarem o som para fazer as últimas regulagens de instrumentos, e elas
reivindicaram a mesma estrutura concedida para as bandas estrangeiras. O boicote
iniciou-se com O Rappa, Cidade Negra e Raimundos, que foram apoiados por Charlie
Brown Jr., Skank e Jota Quest.[5]

Iron Maiden: Desta vez como estrelas máximas do evento, o Iron Maiden fechou a
antepenúltima noite do evento, que ficou conhecida como "noite do metal" ou "Sexta
metal", devido à participação exclusiva de representantes do estilo Heavy Metal. Os
integrantes da banda consideraram a apresentação memorável, tendo-a transformado no
CD e DVD Rock in Rio em 2002. Esta registra a maior apresentação da banda, que
tocou para um público de 250 mil pessoas. O show no festival também marcou o fim da
turnê do disco Brave New World.
Sepultura: Os organizadores resolveram escalar o grupo mineiro faltando um mês para
começar o festival. O show do Rock in Rio III marcou o início da turnê do disco
Nation, que viria a ser lançado em Março de 2001. Durante a execução da faixa-
título, um fã invadiu o palco e foi repreendido pelos seguranças do evento, fazendo
com que a banda interrompesse o show para socorrê-lo. O Rock in Rio III foi também
o primeiro grande festival brasileiro do grupo com o vocalista americano Derrick
Green.
Rob Halford: Após tocar em dois projetos diferentes (Fight e Two), o então ex-Judas
Priest havia retornado ao gênero que o consagrou mundialmente ao lançar o disco
Resurrection (2000). Além de canções do disco citado, a sua apresentação teve,
também, canções do Judas Priest. Ele também lançou um CD e DVD ao vivo com seu
show, o Resurrection World Tour - Live At Rock in Rio III (2008), que foi produzido
por Roy Z, produtor e guitarrista que trabalhou com Bruce Dickinson em sua carreira
solo.
Guns N' Roses: O primeiro grande show da banda desde 1993, apenas Axl Rose e o
tecladista Dizzy Reed restavam daquela época. O guitarrista Robin Finck surpreendeu
a todos falando português e mandando, com sua guitarra, um cover de "Sossego", de
Tim Maia.
Papa Roach: Por sugestão de Axl Rose, os organizadores do Rock in Rio escalaram o
grupo, que fez uma grande apresentação, promovendo o disco Infest, com sucessos
como "Last Resort" e "Between Angels and Insects".
Oasis: Quando se apresentou no Brasil pela segunda vez, o grupo inglês liderado
pelos irmãos Liam e Noel Gallagher tinha acabado de lançar o CD e DVD ao vivo
Familiar to Millions, que fora gravado em Julho de 2000 na antiga estrutura do
Estádio de Wembley, em Londres. A caminho do Brasil, o vocalista Liam Gallagher
assediou uma aeromoça da British Airways. Na coletiva para a imprensa, Noel
Gallagher foi perguntado sobre o que seria, para ele, um mundo melhor, e o
guitarrista disse: "Um ar mais puro e nada de Guns N' Roses". Apesar de os fãs do
Guns reclamarem em vários momentos, o show foi bem aceito pela plateia - em "Don't
Look Back in Anger", Noel deixou o refrão final para o público cantar, e agradeceu
em português. Antes do final do show com "Rock 'n' Roll Star", Liam falou: "Esta
vai para o Senhor Rose".
Pato Fu: Inicialmente, o grupo foi escalado para tocar na "noite teen", mas,
posteriormente, foi escalado para tocar numa das noites de rock, no caso a noite
que tinha o Guns N' Roses como atração principal. Acreditava-se que o grupo de
Fernanda Takai seria vaiado, mas ele acabou sendo aplaudido pelo público presente.
Durante o seu show, a banda performou, pela primeira vez, o single "Eu", cover da
banda gaúcha Graforréia Xilarmônica, que seria o primeiro single do CD Ruído Rosa.
O show do Rock in Rio III fazia parte da turnê do disco Isopor, com direito a dois
panos de fundo com os robôs que aparecem no videoclipe da canção "Made in Japan".
R.E.M.: O líder e vocalista da banda, Michael Stipe declarou que aquela foi uma das
apresentações mais emocionantes de sua carreira, especialmente pelo fato de aquela
ser a primeira vez que a banda se apresentara perante 250 mil pessoas.
Ira! & Ultraje a Rigor: Os grupos paulistas fizeram uma apresentação conjunta
conhecida na época como "Recreio dos Bandeirantes" (em referência ao bairro vizinho
a Jacarepaguá e ao palácio do governo do Estado de São Paulo). O Ira! subiu no
palco primeiro, abrindo com "Gritos da Multidão". Nele, o então vocalista Nasi
berrou "Eu quero ouvir os gritos do Rock in Rio" e foi atendido. O grupo liderado
pelo guitarrista Edgard Scandurra também performou "Dias de Luta", "Núcleo Base" e
a inédita "Vida Passageira", do recém-lançado disco MTV ao Vivo. Em seguida, o Ira!
chamou os membros do Ultraje a Rigor e, juntos, mandaram o cover de "Should I Stay
Or Should I Go" do The Clash. Em seguida, o Ultraje assumiu o palco e mandou a
maioria dos seus hits dos anos 1980, e ainda tocou "Paranoid", do Black Sabbath. No
final, o Ultraje a Rigor se despediu da plateia mostrando suas nádegas, gesto
irreverente que é uma marca registrada do grupo liderado pelo vocalista e
guitarrista Roger Moreira. Assim como o Ira!, o Ultraje a Rigor também estava
promovendo o seu disco ao vivo, o 18 Anos sem Tirar!, lançado em 1999.
Foo Fighters: Inicialmente, a banda não foi convidada para participar do festival,
mas, depois de ver que o grupo liderava uma enquete sobre "atrações favoritas"
feita no site do festival, os organizadores convidaram o grupo. O Foo Fighters se
apresentaria no Brasil em Fevereiro de 2000, mas cancelou depois que o quarteto
descobriu que um dos shows seria exclusivo para clientes de um companhia
telefônica. Coincidentemente, o vocalista Dave Grohl fazia aniversário no dia da
apresentação, com direito a bolo trazido ao palco por sua então esposa Melissa Auf
der Maur (ex-Hole) e a um beijo de Cássia Eller. O show fez parte da turnê do disco
There is Nothing Left to Lose, editado em 1999.
Capital Inicial: A exemplo do Sepultura, a banda brasileira inicialmente estava
fora do evento, mas depois foi incluído a pedidos do público. A turnê era acústica,
seguindo o disco Acustico MTV, mas o show do Rock in Rio incluiu guitarras.
Silverchair: Durante o show da banda australiana, alguns espectadores estenderam
uma faixa que dizia "Grunge Not Dead" (Grunge Não Morreu) e a banda tocou uma
canção inédita chamada "One Way Mule", que seria editada no disco Diorama, lançado
em 2002. Eles estavam promovendo o disco Neon Ballroom (1999).
Cássia Eller: Na coletiva para a imprensa, a cantora falou que o Rock in Rio era o
seu Woodstock. O show teve a participação dos percussionistas do grupo Nação Zumbi,
e marcou o fim da turnê do disco Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo, lançado em
1999. Um momento memorável foi quando Cássia mostrou os seios durante um cover de
"Come Together", dos Beatles. Cássia também fez questão de prestar homenagem a Kurt
Cobain, cantando "Smells Like Teen Spirit". Em 2006, a performance foi lançada no
CD e DVD Rock in Rio: Cássia Eller Ao Vivo.

Sandy se apresentando na "noite teen" do Rock in Rio (janeiro de 2001). Para a


revista britânica NME, ela e o irmão Junior fizeram o melhor show de sua noite.[14]
Sandy & Junior: Com público presente estimado de mais de 250 mil pessoas, a turnê
dos irmãos contou com quatro atos, baseados no álbum As Quatro Estações,
apresentando tecnologias inéditas para artistas brasileiros, simulando as sensações
de cada estação. Além dos sucessos das várias fases da carreira da dupla Sandy e
Junior, os cantores e músicos interpretam canções de artistas nacionais e
internacionais. Sandy, com apenas 17 anos de idade, se apresentou com uma versão de
Fascinação. Junior, com 16 anos de idade, por sua vez, interpreta, no show, a
canção conhecida na voz do músico Rob Thomas, na sua parceria com Santana, Smooth.
Nesta música, além de cantar e dançar, Junior toca percussão. Sandy e Junior
entraram nas estatísticas do Rock in Rio como os artistas de menor idade a se
apresentar neste evento.
Britney Spears: Obteve o maior público de sua carreira: 250 mil pessoas. Britney
conseguiu animar o público com alguns de seus hits, dentre eles: "...Baby One More
Time" e "Oops!... I Did It Again". Britney foi vaiada ao mostrar a bandeira dos
Estados Unidos no show durante a música "Lucky", seguindo o que fora executado
durante todos os outros shows da turnê. O público considerou, o ato, um
desrespeito, tendo, como consequência, a vaia. Britney Spears se envolveu também em
outra polêmica, devido a acusações de que ela realmente não cantava durante os seus
shows. Posteriormente foi esclarecido que a cantora usou um reforço chamado de
"Base Pré-Gravada", no qual eram rodados áudios gravados com a voz de Britney
cantando todas músicas, enquanto ela cantava ao vivo ao mesmo tempo por cima dessa
gravação. Posteriormente, foi comprovado que Britney cantara ao vivo: na
transmissão televisiva, em certos momentos a voz da cantora não era captada pelos
telespectadores, somente a base pré-gravada, apenas no local foi possível ouvir os
dois áudios simultâneos (ao vivo/ playback). A explicação foi plausível: o show era
totalmente coreografado, o que o tornava impossível ser totalmente ao vivo, pois
exigiria muito esforço de Spears.
*NSYNC: A Boy Band americana, considerada na época como os "Reis do Pop", liderada
por Justin Timberlake e JC Chasez, agitaram o público com o show que fazia parte da
turnê No Strings Attached, com os hits "Bye bye bye", "I Want you Back", It's gonna
be me" e "Tearin' up my heart".
Red Hot Chili Peppers: Em sua segunda vinda ao Brasil, com a turnê do disco
Californication e a volta do guitarrista John Frusciante, a banda tocou no último
dia do festival, com direito a saudações em português do vocalista Anthony Kiedis e
do baixista Flea. Foi uma das mais emocionantes de todas as apresentações, por
atrair nada mais, nada menos, do que 250 mil pessoas à Cidade do Rock. A noite
também foi marcada por muita confusão e invasões aos portões. Este dia ficou
marcado como o segundo maior público da história do Rock in Rio, ficando apenas
atrás do dia do Queen, em 1985, no Rock in Rio I.
Queens of the Stone Age: A banda liderada por Josh Homme promovia o álbum Rated R,
lançado no ano anterior, mas quem chamou mesmo a atenção foi o baixista Nick
Olivieri (ex-Kyuss), que se apresentou nu durante os primeiros dez minutos da
apresentação da banda, até ser retirado do palco e obrigado a vestir uma bermuda.
Após quase ter sido preso, Olivieri se justificou dizendo que não sabia que a nudez
pública era um crime no Brasil, tendo em vista os passistas que desfilam seminus no
Carnaval.
A terceira edição do Rock in Rio também foi marcada por:

Faltando quatro meses para o seu início, seis bandas brasileiras decidiram boicotar
o festival. O boicote foi liderado pelo grupo O Rappa, que teve problemas com a
organização acima de tudo pelo horário de seu show, e teve o apoio dos grupos
Skank, Raimundos, Cidade Negra, Charlie Brown Jr. e Jota Quest. Com esse boicote, o
cast do festival teve que ser reformulado.[15][16]
Carlinhos Brown: Convidado para o terceiro dia de apresentações, o cantor baiano,
especializado no estilo conhecido genericamente como "axé music",[nota 1][17] foi
hostilizado pelo público presente devido a uma série de exigências do cantor
durante o show, irritando a plateia, que o atacou a garrafadas, enquanto gritavam
exaustivamente "fora! fora!". O fato repercutiu de maneira extremamente negativa.
Rock In Rio IV (2011)
Ver artigo principal: Rock in Rio IV

Palco Mundo no Rock in Rio IV

Rock Street no Rock in Rio IV


Slipknot: O grupo de nu metal, um dos mais aguardados do festival, fez uma
apresentação no Palco Mundo digna daquilo que era esperado: barulhenta e feita para
o público encharcar suas camisetas pretas de tão "física" que foi: o cantor chegou
a fazer o público "sentar" (para depois pular) e o DJ Starscream chegou a pular da
estrutura da house mix (lugar onde ficam os técnicos de som), de uma altura de
quase 4 metros, para o público o segurar. Foi votado como o melhor show da edição.
No intervalo de cada música, o público seguia os comandos do vocalista Corey Taylor
com extrema obediência.[18]
Maroon 5: Escalada de última hora, no lugar de Jay-Z, a banda de Los Angeles fez um
dos melhores shows do evento. A banda fez a penúltima apresentação no Palco Mundo
no 6º dia. Sucessos como "This Love", "Moves Like Jagger" e "Makes Me Wonder" não
deixaram o público parado, e este cantou quase todas as 13 músicas. O encerramento
do show foi um dos momentos mais marcantes do festival, quando a plateia fez um
coral com a música "She Will Be Loved". Durante um momento, o vocalista Adam Levine
conseguiu reger o público e fazer metade cantar um trecho da música e a outra
metade cantar outro trecho ao mesmo tempo. Ao fim do show, Adam disse que jamais
iria esquecer esse momento.
Coldplay: Atração final do palco Mundo no 6º dia de Rock in Rio 2011, o Coldplay
arrancou gritos e suspiros da plateia ao cantar um trecho da música "Mas que Nada",
de Jorge Ben Jor. A banda abriu sua apresentação com Mylo Xyloto, canção que dá
nome ao novo álbum, e, na sequência, Hurt Like Heaven, também um lançamento. A
banda fez um dos melhores shows, o público cantou quase todas as músicas. Após o
festival, aumentaram bastante os acessos às músicas da banda na internet, por parte
dos brasileiros. Característica da banda em grandes festivais, os efeitos visuais
apareceram cedo também: fogos de artifício, feixes de laser e bolas coloridas
também fizeram parte da festa da dispersa plateia, preocupada com as bolas. Num dos
momentos mais marcantes do show e do festival, a plateia foi ao delírio quando o
grupo cantou seu hit "Viva La Vida".
System of a Down: O grupo se apresentou no última dia do festival. Foi a primeira
vez que o SOAD veio ao Brasil. Eles haviam tocado um dia antes na Chácara do
Jóquei, em São Paulo. O grupo formado por Serj Tankian, Daron Malakian, Shavo
Odadjian e John Dolmayan estava na sua turnê de volta depois de um hiato que durou
de 2006 até início de 2011. O grupo foi para o evento por conta de uma enquete
feita no site do Rock in Rio que os elegeu a banda mais esperada para o espetáculo.
Com um repertório de 28 músicas, o System of a Down não desanimou a plateia e
partiu desde os princípios com Suite-Pee, abrindo o show com Prison Song, animando
e fazendo a galera cantar junto Chop Suey!, B.Y.O.B. e Toxicity até finalizar com
Sugar e despedir-se das terras brasileiras. No final do show, o vocalista Serj
Tankian vestiu a bandeira do Brasil, se ajoelhou no palco e disse: "Obrigado!" e
depois se despediu dizendo: "tchau Brasil". O vocalista, antes da música "Holy
Mountains", também deixou um recado ambiental: "sem nosso ecossistema, morremos.
Vamos salvar o meio ambiente", levando todos os fãs do SOAD à loucura.
Stone Sour: A banda foi a segunda atração do palco Mundo na noite do dia 24/09 e
conseguiu cativar parte do público, mas ficou um pouco deslocada com o segmento
principal da plateia, que foi em sua maioria curtir artistas mais pop, como NX
Zero, Capital Inicial, Snow Patrol e Red Hot Chili Peppers. Mas, mesmo com a
'desvantagem' de fãs, o vocalista Corey Taylor, que se apresentaria também com o
Slipknot na mesma edição do festival, cativou o público com seu humor. Apesar dos
20 minutos de atraso no início da apresentação, Taylor decidiu arranhar um
português após duas músicas diante de uma plateia que pulava a cada acorde.
"Obrigado", arriscou ele, antes de iniciar um breve discurso com os fãs em inglês.
Motörhead: A banda inglesa foi uma das atrações da noite do metal. O trio estava
divulgando o disco The Wörld Is Yours e fez umas das apresentações memoráveis na
Cidade do Rock. A plateia foi ao delírio quando Lemmy anunciou a execução da música
Going To Brazil (editada no disco 1916, de 1991), que fala da primeira turnê que o
grupo fez no Brasil em 1989. O guitarrista brasileiro Andreas Kisser tocou guitarra
junto de Phil Campbell na música Overkill, que fechou a apresentação dos ingleses.
Sepultura: O grupo brasileiro fez uma apresentação antológica no Palco Sunset, em
parceira com o grupo francês Les Tambours du Bronx. Apesar da apresentação
elogiada, a escalação do grupo no palco secundário foi muito criticada pelos fãs do
metal brasileiro em geral, alegando que uma banda de representação mundial como o
Sepultura merecia o Palco Mundo. O show foi encerrado com a participação de Mike
Patton (do Faith No More) cantando Roots Bloody Roots com Derrick Green. O
Sepultura promovia o disco Kairos.
Metallica: Atração principal na noite do metal, o quarteto estadunidense não deixou
ninguém parado na sua estreia no festival fluminense. O grupo não promovia nenhum
disco, mas incluiu o show do Rock in Rio na sua Vacation Tour 2011. O show também
marcou a homenagem ao seu antigo baixista Cliff Burton pelos 25 anos de sua morte.
Após o término do show, a banda abriu uma enorme bandeira com o desenho do finado
baixista, feita em parceria da comunidade Metallica Brasil do Orkut e com o site
Metallica Remains. Durante a apresentação, em homenagem a Cliff, o grupo ainda
tocou a música "Orion" pela primeira vez no país[19].
Angra: Outra atração do metal brasileiro. A presença de palco dos integrantes foi
elogiada, embora houvesse falhas na sonoridade. Muitos se queixaram pela péssima
qualidade do som, embora o público tenha aplaudido o esforço deles. O show teve a
participação de sua amiga, a cantora finlandesa Tarja Turunen, que participou em
três músicas, sendo que duas foram covers de Wuthering Heights (de Kate Bush) e
Phantom of The Opera (de Andrew Lloyd Webber que sua ex-banda, o Nightwish, gravara
e normalmente toca nos shows). O show marcou o encerramento da turnê do disco Aqua.
Rihanna: Finalizou o 1º dia do festival, cantando grandes sucessos de sua carreira,
incluindo os últimos até a época (do álbum Loud). A barbadiana chegou a ser vaiada
pelo público antes de subir ao palco, por ter se atrasado cerca de 1 hora e 40
minutos. Mas superou tudo, e bastou cantar três músicas para que ela conquistasse o
público revoltado.[20]
Katy Perry: Apresentou-se no mesmo dia, horas antes de Rihanna (que, por sinal, é
sua melhor amiga, e havia sido escalada como a principal atração pop da noite), e
acabou superando a colega. A cantora deixou a multidão aos delírios com os hits de
seus dois primeiros álbuns: One Of The Boys e Teenage Dream. O destaque de seu show
foi o beijo dela em um fã brasileiro. Primeiro, Katy provocou: "Dizem que o Rio de
Janeiro é o lugar mais quente do mundo. Gostaria de provar um brasileiro". E o
sortudo da noite foi Júlio Cesar de Salvo, 24 anos, morador de Sorocaba, no
interior de São Paulo. Sem camisa, ele subiu ao palco e ganhou beijos da diva.[21]
Maná: A banda de rock mexicana liderada pelo vocalista Fernando Olvera e o
baterista Alex González foi a terceira a subir ao palco mundo no 6º dia do
festival, tocando vários de seus sucessos, desde o reggae de "Oye mi amor", ao rock
sacolejante de "Corazón espinado", hit que teve

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