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(notícias, livros e acadêmico) (Agosto de 2018)
Rock in Rio
Ao longo da sua história, o Rock in Rio teve 20 edições, oito no Brasil, oito em
Portugal, três na Espanha e uma nos Estados Unidos. Em 2008, foi realizado pela
primeira vez em dois locais diferentes, Lisboa e Madrid. Além destas, duas edições
foram canceladas: Madrid e Buenos Aires, ambas programadas para 2014.[1][2]
Índice
1 História
1.1 Primeira edição (1985)
1.2 Regressos (1991-2001)
1.3 Internacionalização (2004-2010)
1.4 Volta ao Rio (2011-2014)
1.5 Las Vegas, 30 Anos e o futuro (2015-Atualmente)
2 Edições
3 Os artistas e o Rock in Rio na cidade do Rio de Janeiro
3.1 Rock in Rio I (1985)
3.2 Rock in Rio II (1991)
3.3 Rock in Rio III (2001)
3.4 Rock In Rio IV (2011)
3.5 Rock in Rio V (2013)
3.6 Rock in Rio VI e Rock in Rio USA (2015)
3.7 Rock in Rio VII (2017)
3.8 Rock in Rio VIII (2019)
3.9 Rock in Rio IX (2022)
4 Rock in Rio em Lisboa
5 Outras apostas
6 Ver também
7 Notas
8 Referências
9 Ligações externas
História
Primeira edição (1985)
Ver artigo principal: Rock in Rio (1985)
O primeiro Rock in Rio foi realizado na cidade do Rio de Janeiro, Brasil entre 11 e
20 de janeiro de 1985 em área especialmente construída para receber o evento. O
local, um terreno de 250 mil metros quadrados que fica próximo ao Riocentro, em
Jacarepaguá, ficou conhecido como "Cidade do Rock" e contava com o maior palco do
mundo já construído até então: com 5 mil metros quadrados de área, além de dois
imensos fast foods, dois shopping centers com 50 lojas, dois centros de atendimento
médico e uma grande infraestrutura para atender a quase 1,5 milhão de pessoas - o
equivalente a cinco Woodstocks - que frequentaram o evento.
Regressos (1991-2001)
Graças ao enorme sucesso do evento original, Medina promoveu, entre 18 e 26 de
janeiro de 1991, o Rock in Rio II. A segunda edição do evento foi, porém, realizada
no estádio de futebol do Maracanã, cujo gramado foi adaptado para receber o palco e
os espectadores (700 mil pessoas, em 9 dias de evento), que também puderam assistir
ao evento das arquibancadas do estádio (por preços um pouco maiores do que aqueles
do gramado).
Após novo hiato, o ano de 2001 viu a realização do Rock in Rio III, nos dias 12 a
14 e 18 a 21 de janeiro. Nesta ocasião, os organizadores decidiram construir uma
nova "Cidade do Rock", no mesmo local onde fora a primeira, com a inédita
capacidade de 250 mil espectadores por dia e "tendas" alternativas onde realizaram-
se concertos paralelos aos do palco principal. Havia tendas de música eletrônica
("Tenda Eletro"), música nacional ("Tenda Brasil", na qual artistas brasileiros
apresentavam-se), música africana ("Tenda Raízes") e música mundial ("Tenda Mundo
Melhor"). O evento recebeu a legenda de "Por Um Mundo Melhor", o que se marcou com
o ato simbólico de observação de três minutos de silêncio antes do início das
apresentações no primeiro dia do evento. Às 19 horas daquele dia 12 de janeiro de
2001, três mil rádios e 522 TVs silenciaram pela melhoria do mundo. O início e o
fim do ato foram marcados pelo toque de sinos e pela libertação de pombas brancas,
representando um pedido pela paz mundial. Esta edição também ficou marcada pelo
boicote de algumas bandas brasileiras ao evento. Isso porque havia uma cláusula no
contrato que excluía a possibilidade dos grupos brasileiros passarem o som para
fazer as últimas regulagens de instrumentos, e elas reivindicaram a mesma estrutura
concedida para as bandas estrangeiras. O boicote iniciou-se com O Rappa, Cidade
Negra e Raimundos, que foram apoiados por Charlie Brown Jr., Skank e Jota Quest.[5]
A "Cidade do Rock" construída para o Rock in Rio III, foi demolida apenas em 2012
para abrigar a Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016.[6]
Internacionalização (2004-2010)
Em 2006, foi realizada a segunda edição do Rock in Rio Lisboa, no mesmo local,
entre 26 e 27 de maio e 2, 3 e 4 de junho. Nesta edição já não havia mais a Tenda
Mundo Melhor, e a Tenda Raízes foi substituída pelo palco Hot Stage.
O Rock in Rio Lisboa foi realizado pela terceira vez no Parque da Bela Vista em
Lisboa, entre 30 e 31 de maio e a 1, 5 e 6 de junho de 2008. Nos dias 27 e 28 de
junho e entre 4 a 6 de julho do mesmo ano, foi realizado em Arganda del Rey,
Madrid, Espanha, com o Rock in Rio Madrid.[9] No caso da edição portuguesa, o palco
Hot Stage foi substituído pelo palco Sunset Rock in Rio, um espaço dedicado a
apresentações conjuntas de artistas e bandas, na maioria portugueses, de vários
estilos musicais em formato de jam sessions.[10]
Em 2012, o Rock in Rio voltou à Península Ibérica para mais uma edição do Rock in
Rio Lisboa (a quinta edição) e do Rock in Rio Madrid (a terceira edição).[12]
Em 2013, o Rock in Rio voltou a acontecer na nova Cidade do Rock. O evento serviu
como teste do novo sistema de ônibus de faixa exclusiva do Rio de Janeiro, os BRTs,
e contou com um programa de tráfego novo que não permitia que carros, táxis e vans
se aproximassem do evento.
Em 2014, realizou-se a VI edição do Rock in Rio Lisboa.
No ano de 2016, a única edição realizada foi o Rock in Rio Lisboa VII.
Em 2017, foi realizado o Rock in Rio VII, inaugurando o Parque Olímpico como o novo
local. No primeiro dia do festival, estava programada a apresentação da cantora
Lady Gaga, mas a organização a cancelou pelo fato de que, dias antes, ela sofria de
fibromialgia.
Já 2018 foi o ano em que ocorreu a oitava edição portuguesa, confirmando o sucesso
da marca no país.
Roberto Medina já havia afirmado que o Rock in Rio Lisboa "veio para ficar". Em
2019, a organização confirmou a realização de mais dois eventos nos anos de 2021 e
2023, com as edições ocorrendo no Rio de Janeiro.
Em 2019, o Rock in Rio voltou com sua oitava edição. Realizada novamente no Parque
Olímpico, o festival recebeu novos palcos e inúmeras atrações nacionais e
internacionais, com destaque para Anitta, que subiu aos palcos depois da polêmica
envolvendo seu nome na Edição 2017, e P!nk, que realizou um espetáculo de
acrobacias na penúltima noite de festival. Muse e Imagine Dragons encerraram o
último dia de shows.
Edições
Ano Nome Local
1985 Rock in Rio I Brasil Rio de Janeiro
1991 Rock in Rio II Brasil Rio de Janeiro
2001 Rock in Rio III Brasil Rio de Janeiro
2004 Rock in Rio Lisboa I Portugal Lisboa
2006 Rock in Rio Lisboa II Portugal Lisboa
2008 Rock in Rio Lisboa III Portugal Lisboa
Rock in Rio Madrid Espanha Madrid
2010 Rock in Rio Lisboa IV Portugal Lisboa
Rock in Rio Madrid II Espanha Madrid
2011 Rock in Rio IV Brasil Rio de Janeiro
2012 Rock in Rio Lisboa V Portugal Lisboa
Rock in Rio Madrid III Espanha Madrid
2013 Rock in Rio V Brasil Rio de Janeiro
2014 Rock in Rio Lisboa VI Portugal Lisboa
2015 Rock in Rio USA Estados Unidos Las Vegas
Rock in Rio VI Brasil Rio de Janeiro
2016 Rock in Rio Lisboa VII Portugal Lisboa
2017 Rock in Rio VII Brasil Rio de Janeiro
2018 Rock in Rio Lisboa VIII Portugal Lisboa
2019 Rock in Rio VIII Brasil Rio de Janeiro
2022 Rock in Rio Lisboa IX Portugal Lisboa
Rock in Rio IX Brasil Rio de Janeiro
2023 Rock in Rio X Brasil Rio de Janeiro
2024 Rock in Rio Lisboa X Portugal Lisboa
Os artistas e o Rock in Rio na cidade do Rio de Janeiro
Suas participações nas diversas edições do evento marcaram as carreiras de algumas
das estrelas nacionais e internacionais, segundo suas próprias declarações:
Iron Maiden: Desta vez como estrelas máximas do evento, o Iron Maiden fechou a
antepenúltima noite do evento, que ficou conhecida como "noite do metal" ou "Sexta
metal", devido à participação exclusiva de representantes do estilo Heavy Metal. Os
integrantes da banda consideraram a apresentação memorável, tendo-a transformado no
CD e DVD Rock in Rio em 2002. Esta registra a maior apresentação da banda, que
tocou para um público de 250 mil pessoas. O show no festival também marcou o fim da
turnê do disco Brave New World.
Sepultura: Os organizadores resolveram escalar o grupo mineiro faltando um mês para
começar o festival. O show do Rock in Rio III marcou o início da turnê do disco
Nation, que viria a ser lançado em Março de 2001. Durante a execução da faixa-
título, um fã invadiu o palco e foi repreendido pelos seguranças do evento, fazendo
com que a banda interrompesse o show para socorrê-lo. O Rock in Rio III foi também
o primeiro grande festival brasileiro do grupo com o vocalista americano Derrick
Green.
Rob Halford: Após tocar em dois projetos diferentes (Fight e Two), o então ex-Judas
Priest havia retornado ao gênero que o consagrou mundialmente ao lançar o disco
Resurrection (2000). Além de canções do disco citado, a sua apresentação teve,
também, canções do Judas Priest. Ele também lançou um CD e DVD ao vivo com seu
show, o Resurrection World Tour - Live At Rock in Rio III (2008), que foi produzido
por Roy Z, produtor e guitarrista que trabalhou com Bruce Dickinson em sua carreira
solo.
Guns N' Roses: O primeiro grande show da banda desde 1993, apenas Axl Rose e o
tecladista Dizzy Reed restavam daquela época. O guitarrista Robin Finck surpreendeu
a todos falando português e mandando, com sua guitarra, um cover de "Sossego", de
Tim Maia.
Papa Roach: Por sugestão de Axl Rose, os organizadores do Rock in Rio escalaram o
grupo, que fez uma grande apresentação, promovendo o disco Infest, com sucessos
como "Last Resort" e "Between Angels and Insects".
Oasis: Quando se apresentou no Brasil pela segunda vez, o grupo inglês liderado
pelos irmãos Liam e Noel Gallagher tinha acabado de lançar o CD e DVD ao vivo
Familiar to Millions, que fora gravado em Julho de 2000 na antiga estrutura do
Estádio de Wembley, em Londres. A caminho do Brasil, o vocalista Liam Gallagher
assediou uma aeromoça da British Airways. Na coletiva para a imprensa, Noel
Gallagher foi perguntado sobre o que seria, para ele, um mundo melhor, e o
guitarrista disse: "Um ar mais puro e nada de Guns N' Roses". Apesar de os fãs do
Guns reclamarem em vários momentos, o show foi bem aceito pela plateia - em "Don't
Look Back in Anger", Noel deixou o refrão final para o público cantar, e agradeceu
em português. Antes do final do show com "Rock 'n' Roll Star", Liam falou: "Esta
vai para o Senhor Rose".
Pato Fu: Inicialmente, o grupo foi escalado para tocar na "noite teen", mas,
posteriormente, foi escalado para tocar numa das noites de rock, no caso a noite
que tinha o Guns N' Roses como atração principal. Acreditava-se que o grupo de
Fernanda Takai seria vaiado, mas ele acabou sendo aplaudido pelo público presente.
Durante o seu show, a banda performou, pela primeira vez, o single "Eu", cover da
banda gaúcha Graforréia Xilarmônica, que seria o primeiro single do CD Ruído Rosa.
O show do Rock in Rio III fazia parte da turnê do disco Isopor, com direito a dois
panos de fundo com os robôs que aparecem no videoclipe da canção "Made in Japan".
R.E.M.: O líder e vocalista da banda, Michael Stipe declarou que aquela foi uma das
apresentações mais emocionantes de sua carreira, especialmente pelo fato de aquela
ser a primeira vez que a banda se apresentara perante 250 mil pessoas.
Ira! & Ultraje a Rigor: Os grupos paulistas fizeram uma apresentação conjunta
conhecida na época como "Recreio dos Bandeirantes" (em referência ao bairro vizinho
a Jacarepaguá e ao palácio do governo do Estado de São Paulo). O Ira! subiu no
palco primeiro, abrindo com "Gritos da Multidão". Nele, o então vocalista Nasi
berrou "Eu quero ouvir os gritos do Rock in Rio" e foi atendido. O grupo liderado
pelo guitarrista Edgard Scandurra também performou "Dias de Luta", "Núcleo Base" e
a inédita "Vida Passageira", do recém-lançado disco MTV ao Vivo. Em seguida, o Ira!
chamou os membros do Ultraje a Rigor e, juntos, mandaram o cover de "Should I Stay
Or Should I Go" do The Clash. Em seguida, o Ultraje assumiu o palco e mandou a
maioria dos seus hits dos anos 1980, e ainda tocou "Paranoid", do Black Sabbath. No
final, o Ultraje a Rigor se despediu da plateia mostrando suas nádegas, gesto
irreverente que é uma marca registrada do grupo liderado pelo vocalista e
guitarrista Roger Moreira. Assim como o Ira!, o Ultraje a Rigor também estava
promovendo o seu disco ao vivo, o 18 Anos sem Tirar!, lançado em 1999.
Foo Fighters: Inicialmente, a banda não foi convidada para participar do festival,
mas, depois de ver que o grupo liderava uma enquete sobre "atrações favoritas"
feita no site do festival, os organizadores convidaram o grupo. O Foo Fighters se
apresentaria no Brasil em Fevereiro de 2000, mas cancelou depois que o quarteto
descobriu que um dos shows seria exclusivo para clientes de um companhia
telefônica. Coincidentemente, o vocalista Dave Grohl fazia aniversário no dia da
apresentação, com direito a bolo trazido ao palco por sua então esposa Melissa Auf
der Maur (ex-Hole) e a um beijo de Cássia Eller. O show fez parte da turnê do disco
There is Nothing Left to Lose, editado em 1999.
Capital Inicial: A exemplo do Sepultura, a banda brasileira inicialmente estava
fora do evento, mas depois foi incluído a pedidos do público. A turnê era acústica,
seguindo o disco Acustico MTV, mas o show do Rock in Rio incluiu guitarras.
Silverchair: Durante o show da banda australiana, alguns espectadores estenderam
uma faixa que dizia "Grunge Not Dead" (Grunge Não Morreu) e a banda tocou uma
canção inédita chamada "One Way Mule", que seria editada no disco Diorama, lançado
em 2002. Eles estavam promovendo o disco Neon Ballroom (1999).
Cássia Eller: Na coletiva para a imprensa, a cantora falou que o Rock in Rio era o
seu Woodstock. O show teve a participação dos percussionistas do grupo Nação Zumbi,
e marcou o fim da turnê do disco Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo, lançado em
1999. Um momento memorável foi quando Cássia mostrou os seios durante um cover de
"Come Together", dos Beatles. Cássia também fez questão de prestar homenagem a Kurt
Cobain, cantando "Smells Like Teen Spirit". Em 2006, a performance foi lançada no
CD e DVD Rock in Rio: Cássia Eller Ao Vivo.
Faltando quatro meses para o seu início, seis bandas brasileiras decidiram boicotar
o festival. O boicote foi liderado pelo grupo O Rappa, que teve problemas com a
organização acima de tudo pelo horário de seu show, e teve o apoio dos grupos
Skank, Raimundos, Cidade Negra, Charlie Brown Jr. e Jota Quest. Com esse boicote, o
cast do festival teve que ser reformulado.[15][16]
Carlinhos Brown: Convidado para o terceiro dia de apresentações, o cantor baiano,
especializado no estilo conhecido genericamente como "axé music",[nota 1][17] foi
hostilizado pelo público presente devido a uma série de exigências do cantor
durante o show, irritando a plateia, que o atacou a garrafadas, enquanto gritavam
exaustivamente "fora! fora!". O fato repercutiu de maneira extremamente negativa.
Rock In Rio IV (2011)
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