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CIRCUITO DA CIDADANIA: OFICINA

CULTURA E DIREITOS HUMANOS


Instrutor: Prof. Cientista Social, Esp. Educação em Direitos
Humanos, Diversidade e Questões Étnico-sociais ou
Raciais. José Roberto da Silva Júnior. E-mail:
jrjunior201082@gmail.com WhatsApp: 82-99694-7441
Instagram: @roberto.sociais

Instrutor:
UNIDADE III - DIREITO INTERNACIONAL
DOS DIREITOS HUMANOS

Instrutor:
CIRCUITO DA CIDADANIA: OFICINA CULTURA E DIREITOS HUMANOS
PROTEÇÃO GLOBAL DOS
DIREITOS HUMANOS
(Carta das Nações Unidas; Declaração Universal dos Direitos Humanos; Pactos de Nova Iorque).

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Suponho que você tenha tido muitos contratempos. Como
sabemos, o mundo não está livre de abusos dos direitos
humanos. O que lhe dá a coragem para continuar defendendo os
direitos humanos depois de sofrer um revés?

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Leia as afirmações abaixo:
1. Um assassinato infringe o direito à vida, à liberdade e à segurança do
indivíduo…
2. Um sequestro desrespeita o direito de não ser submetido a prisão e detenção
arbitrárias...
3. Uma agressão pode infringir o direito de não ser submetido a tratamento
cruel e degradante...
O que esses atos terríveis têm em comum?
( ) São as mais graves violações dos direitos humanos.
( ) Não são necessariamente violações de direitos humanos.
( ) Não são violações porque não se trata de direitos humanos.

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No entanto, em algumas situações, um caso de
assassinato PODE configurar uma violação dos
direitos humanos: Quando o Estado não toma as
medidas apropriadas para impedir o assassinato
de uma pessoa – Por exemplo, se a vítima tivesse
ido à polícia e denunciado reais ameaças à sua
vida e a polícia não fizesse nada. A falha do
Estado em agir pode configurar uma violação da
obrigação do Estado de proteger e/ou garantir o
direito à vida. Quando o Estado não adota as
disposições legais necessárias para impedir tais
atos – Nesse cenário, por exemplo, se o Estado
não tiver criminalizado o "assassinato" em seu
código penal.

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O fato de o Estado não agir
adequadamente pode ser
uma violação da sua
obrigação de promover a
garantia dos direitos
humanos.

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Quando o Estado adota as disposições legais
necessárias, mas não inicia um processo
judicial – O fato de o Estado não agir
adequadamente pode significar uma
violação da obrigação do Estado de
proteger. SE a morte é cometida por um
órgão do Estado – Por exemplo, quando um
policial em serviço mata um cidadão de
forma arbitrária.

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DIREITOS ABSOLUTOS E RELATIVOS DIREITOS ABSOLUTOS E RELATIVOS

O que esses atos terríveis têm em comum?

Agora você sabe que precisa olhar mais de perto


o papel do Estado para ver se um determinado
cenário é realmente uma questão de direitos
humanos ou se é um crime ou situação injusta.
Mas você também precisará considerar o
próximo passo: Trata-se de um direito absoluto
ou relativo? Nem todos os direitos humanos são
absolutos – na verdade, a maioria deles é relativa.
Mas o que isso significa?

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DIREITOS ABSOLUTOS Os direitos
humanos absolutos não podem ser
restringidos em circunstância alguma.
Qualquer interferência do Estado nesses
direitos é considerada uma violação dos
direitos humanos.

DIREITOS RELATIVOS Os direitos humanos


relativos podem ser restringidos pelo Estado sob
certas condições (essa interferência precisa: ter
uma base jurídica, buscar um objetivo legítimo e
ser necessária e proporcional).

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DIREITOS ABSOLUTOS: Apenas uns poucos direitos são absolutos: a proibição de tortura e tratamentos ou penas
cruéis, desumanos ou degradantes; a proibição da escravidão; o direito de ser reconhecido como indivíduo perante a lei; e
a liberdade de consciência e de mudar de religião. Estes direitos estão no cerne da dignidade humana. Qualquer
interferência nesses direitos é proibida em qualquer circunstância, pois isso prejudicaria a dignidade da pessoa.

DIREITOS RELATIVOS: os outros direitos são relativos e podem ser limitados sob certas circunstâncias – por
exemplo, a liberdade de expressão, o direito à liberdade, o direito à vida, o direito a um padrão de vida adequado e
muitos outros. O Estado precisa assegurar que qualquer restrição a garantia desses direitos seja legítima, necessária e
proporcional – podendo unicamente ser restringidos para proteger a segurança nacional, a ordem pública, a saúde, a
moral pública, assim como os direitos de outras pessoas.

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ESFORÇOS PARA PROTEGER OS
DIREITOS HUMANOS NO MUNDO

Os Sistemas Regionais de Proteção dos Direitos


Humanos O Sistema Internacional de Proteção
dos Direitos Humanos não opera somente no
âmbito global, mas também no âmbito regional,
por meio da reunião de países de um
determinado continente. São os chamados
Sistemas Regionais de Proteção dos Direitos
Humanos, que têm como função defender e
proteger juridicamente os Direitos Humanos
previstos em acordos internacionais nos países
que fazem parte do sistema.

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O continente Americano – do qual nós, brasileiros, fazemos parte – possui o seu próprio sistema, denominado de
Sistema Interamericano de Direitos Humanos (SIDH), responsável por tutelar os países membros da Organização
dos Estados Americanos (OEA), como o Brasil. Lendo isso, você pode estar se perguntando: “Mas se já existe o
Sistema Global, que abrange todos os seres humanos e povos do mundo, qual a necessidade dos Sistemas
Regionais?”

Antes de mais nada, precisamos entender que eles não são


sistemas excludentes. Todos os Sistemas Regionais de Proteção
dos Direitos Humanos são subordinados ao Sistema Global, ou
seja, precisam respeitar e seguir a universalidade dos Direitos
Humanos e todas as disposições previstas nos tratados
internacionais de Direitos Humanos do sistema ONU.

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Como atua o Sistema Interamericano?

A Declaração Americana foi promulgada dois meses antes


da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH),
existindo grande similaridade entre os seus conteúdos. No
seu preâmbulo, a Declaração Americana expressa que:

“todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e


direitos e, como são dotados pela natureza de razão e
consciência, devem proceder fraternalmente uns para com
os outros”.

Com isso, fica evidenciado o caráter universal dos Direitos


Humanos e o reconhecimento da dignidade humana, assim
como na Declaração Universal.

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A Carta da OEA, por sua vez, é caracterizada por
trazer aspectos e disposições gerais sobre a
organização, indicando seus princípios e
objetivos. Nela é estabelecida a vinculação da
OEA ao sistema ONU, funcionando como um
sistema regional, em que seus Estados membros
devem seguir os regulamentos previstos na Carta
das Nações Unidas. O documento ainda diz que a
OEA é desenvolvida para atingir uma ordem de
paz e de justiça no continente, para promover a
solidariedade, intensificar a colaboração e
defender a soberania e a integridade territorial das
nações americanas.

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Nesse sentido, a OEA incidiu sobre o processo de
internacionalização dos sistemas jurídicos de
vários países da América Latina, na busca pela
garantia de que esses países respeitem os Direitos
Humanos e tenham meios jurídicos para
implementá-los. Isto é, atuou de modo a
influenciar os ordenamentos jurídicos nacionais
dos países americanos a reconhecer a
legitimidade do direito internacional sobre os
seus territórios, fortalecendo a universalização
dos Direitos Humanos e as suas obrigações.

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 Convenção Americana de Direitos Humanos ou
Pacto de San José (1969);
 Convenção Interamericana para Prevenir e
Punir a Tortura (1985);
 Protocolo de San Salvador (1988);
 Protocolo à Convenção Americana de Direitos
Humanos para Abolição da Pena de Morte
(1990);
 Convenção Interamericana para Prevenir, Punir
e Erradicar a Violência contra a Mulher (1994);
 Convenção Interamericana sobre
Desaparecimentos Forçados (1994);
 Convenção Interamericana sobre a Eliminação
de Todas as Formas de Discriminação sobre
Pessoas Portadoras de Deficiências (1999).

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Dentre eles, destacamos a importância do Pacto de San José. Ele
enfatiza os direitos civis e políticos dos indivíduos americanos,
como por exemplo, a liberdade de expressão, a integridade
pessoal e moral, o direito à vida, a proibição da servidão humana,
a liberdade de consciência e a liberdade religiosa. Além disso, o
Pacto é responsável por determinar as funções dos dois principais
órgãos pelos quais o Sistema Interamericano opera, a Comissão
Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que já existia desde
1959 mas não possuía um papel delimitado, e a Corte
Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH).

PROGRESSO NA ELIMINAÇÃO DA TORTURA Os


esforços de ativistas de direitos humanos em todo o mundo
para acabar com a tortura levaram vários países a tomar
medidas progressivas para acabar com essa prática.

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AUTOAVALIAÇÃO: AVALIE OS RISCOS À SUA PESSOA
DESAFIE REPRESENTANTES DO ESTADO E
POLÍTICOS A ATUAREM PELOS DIREITOS HUMANOS.
1.QUE AMEAÇAS ENFRENTO REGULARMENTE?
2. QUAIS AS MINHAS VULNERABILIDADES QUE PODEM ME
PREJUDICAR OU FACILITAR UM ATAQUE À MINHA
PESSOA?

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