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Instituição: Universidade Federal de São João Del- Rei

Curso: Bacharelado em Administração Pública

Pólo: Franca – Fran-02

Professora: Caroline Miriã Fontes Martins

Tutor à distância: Dione Ferreira da Costa

Estudante: Paulo Donizeti Godinho Reis

Tarefa: 1 - Valor - 4 Pontos

1. Com base no texto apresentado, responda: qual o motivo prático que levou os
gregos a inventarem a Filosofia, uma forma de saber que pretende ser neutra,
objetiva, universal, única, distinta da religião e do senso comum?

Todos os homens, em todos os tempos, desenvolveram algum tipo de reflexão,


explicando seu mundo. Essa reflexão pode ser entendida como um filosofar. O
ser humano sempre foi pensante e perguntante e isso fez dele um ser
filosofante. Entretanto, a filosofia, como é entendida hoje, um sistema lógico e
sistemático, nasceu na Grécia. Mas isso não foi um fato aleatório. Houve um
contexto para isso acontecer. Isso porque, como afirma o professor espanhol
M. G. Morente: "A filosofia, mais do que qualquer outra disciplina, necessita ser
vivida" (MORENTE, 1967, p. 23). Ou seja, para ser teorizada precisou ser
vivenciada. A filosofia, portanto nasce não de mentes criativas, mas de
necessidades específicas de teorização, ou de explicação racional. Diversos
outros povos desenvolveram explicações para o mundo, o homem e as
relações sociais, mas fizeram isso, de forma mítica; nenhum com as
características daquelas desenvolvida pelos Gregos a partir, principalmente, do
século VII aC. Sem entrar na particularidade de cada cultura, podemos citar
alguns exemplos. Podemos dizer que para os orientais o universo é mantido
pelo equilíbrio de forças opostas simbolizado na filosofia do Yin e Yang. Por
sua vez os hebreus explicam a origem do mundo mediante a ação criadora de
Deus, que entrega sua criação aos seres humanos, como podemos ler na
Bíblia, no livro do Gênesis. Em várias culturas, de várias nações de indígenas
brasileiros, encontramos narrativas míticas explicando as origens tanto daquele
povo como do mundo como é conhecido por aquela civilização. E assim por
diante, cada povo tem a sua explicação, a sua cosmo visão. Se cada
civilização deu uma explicação para suas origens e as origens do mundo, por
que a forma desenvolvida pelos gregos fez tanta diferença? A resposta poderia
ser simplificada ao dizermos que a estrutura lógico-sistemática dos gregos fez-
se mais eficiente para o contexto sócio-político-econômico em que estava
inserido o mundo ocidental. Foi essa estruturação ideológica e filosófica que
ofereceu a base de organização, sustentação e manutenção para o poder
político e religioso da civilização, chamada ocidental, que se desenvolveu na
Europa. A Europa se fez, principalmente, a partir da filosofia grega e da fé
cristã. A filosofia grega possibilitou a estruturação racional das realidades e das
relações sociais e políticas que se desenvolveram na Europa; e a fé cristã
possibilitou a estruturação da moralidade das relações sociais e políticas nesse
continente, possibilitando que essa civilização se impusesse a quase todo o
mundo. Tanto que nós, na América, mantemos esses valores.Neste momento
seria interessante recordar o filme, Helena de Tróia, em que parecem várias
cenas mostrando o processo pelo qual os cidadãos gregos criaram algumas
instituições que permanecem até hoje: (o voto; a necessidade de
argumentação; o direito de defender sua idéia) como na cena em que lançam
sorte para decidir quem desposaria Helena; cena essa em que aparece um
diálogo importante: "onde já se viu isso acontece?" pergunta um dos
personagens, recebendo como resposta: "sejamos os primeiros!" Esse filme
pode ser analisado paralelamente à analise do processo de surgimento da
filosofia, na Grécia, e da música Mulheres de Atenas, cantada por Chico
Buarque.Continuemos nossa tentativa de compreensão do processo de
organização da filosofia. Podemos dizer que a primeira grande característica da
filosofia grega foi à superação da mentalidade mítico-religiosa. Mas houve,
também, algumas condições históricas. Podem ser enumeradas várias causas
ou circunstâncias a partir das quais a filosofia se desenvolveu, na Grécia
(CHAUÍ, 1995). Entretanto, aqui para nosso estudo, vamos nos concentrar em
alguns elementos políticos, sociais, culturais e econômicos que ajudam a
explicar o processo de transição da reflexão mítica para filosófica.Como
estamos afirmando, a filosofia nasceu a partir de alguns pressupostos que aqui
estamos mostrando como causas políticas, sociais, culturais e econômicas.
http://www.webartigos.com/articles/5150/1/

2. Procure descrever o que se entende por Filosofia no senso comum. Pergunte a


algumas pessoas conhecidas e verifique qual a diferença com o conceito que os
gregos deram à Filosofia.

Antes de entrar no mérito da questão temos que definir o que é senso comum
ou conhecimento espontâneo: temos por definição que é a primeira
compreensão do mundo, baseada na opinião, que não inclui nenhuma garantia
da própria validade. Para alguns filósofos, o senso comum designa as crenças
tradicionais do gênero humano, aquilo em que a maioria dos homens acredita
ou devem acreditar.
A mais completa tradução do senso comum talvez sejam os ditados populares
"Cada cabeça, uma sentença."
"Quem desdenha quer comprar."
"Quem ri por último ri melhor."
"A pressa é a inimiga da perfeição."
"Se conselho fosse bom, não era dado de graça."

Para Platão, a filosofia é o uso do saber em proveito do homem. Isso implica a


posse ou aquisição de um conhecimento que seja, ao mesmo tempo, o mais
válido e o mais amplo possível; e também o uso desse conhecimento em
benefício do homem. Essa definição, porém, exige a uma definição de
benefício, que por sua vez exige uma definição de Bem. Para saber o que é o
Bem, entretanto, também é necessário descobrir o que é a Verdade.
Alguns filósofos, definem a filosofia como a busca do Bem, da Verdade, do
Belo e de como os homens podem conhecer essas três entidades. Portanto, a
filosofia toma para si a árdua tarefa de debater problemas ou especular sobre
problemas que ainda não estão abertos aos métodos científicos: o bem e o
mal, o belo e o feio, a ordem e a liberdade, a vida e a morte.

...Visto que os problemas e as indagações em torno do senso comum


dizem respeito às interações entre os seres vivos e o ambiente, com o fim
de realizar objetos de uso e de fruição, os símbolos empregados são
determinados pela cultura corrente de um grupo social. Eles formam um
sistema, mas trata-se de um sistema de caráter mais prático que
intelectual. Esse sistema é constituído por tradições, profissões, técnicas,
interesses e instituições estabelecidas no grupo. As significações que o
compõem são efeito da linguagem cotidiana comum, com a qual os
membros do grupo se intercomunicam. Lógica, VI, 6, J. Dewey

Procurei opiniões sobre qual a diferença com o conceito que os gregos deram
à Filosofia no ambiente de trabalho e encontrei diversas respostas uma vez
que trabalho na área da Saúde onde a maioria já possui alguma graduação
,alguns mestres e alguns doutores em Saúde Publica ,mas todos com a
conclusão final que filosofia é Amar pensar. O que muita gente tem preguiça
de fazer. E que todos temos certo medo de questionarmos muito. Mas penso
que Deus nos deu a inteligência para usarmos.

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