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REVOLUÇÃO – INDUSTRIAL 2

PROFº: RAMIRO Frente: 01 Aula: 15 MA300507


ES / CN / PE

A produção social do trabalho do modo de produção capitalista e a revolução


Industrial – O Espetáculo da miséria.

“Antes mundo era pequeno “O povo inglês era conhecido por toda
porque terra era grande A Europa pela turbulência ..... O século
hoje mundo é muito grande XVIII e XIX são pontuados por motins
porque terra é pequena Ocasionados pelos preços do pão, pelos
do tamanho da antena Pedágios e portagens, impostos de
parabólica consumo, resgate, greves nova máquinaria,
fechamento de terra comunais,
De jangada leva uma eternidade recrutamento e uma série de outras
De saveiro leva uma encarnação injustiças”.
De avião o tempo de uma saudade....”
Eduard P. Thompson
Gilberto Gil Umplugged A Formação da Classe operária.

INTRODUÇÃO ALGUMAS MUDANÇAS

Ao longo da história, ocorreram inúmeras Ao introduzir a


revoluções, mas a Revolução Industrial foi, e ainda máquina na produção
é, pois permanece viva e vigorosa, uma das Industrial, em um
maiores, senão a maior. Afinal, se fosse possível processo
retornar ao ano de 1700, perceberíamos de forma denominadoras de
clara e assustadora, o quanto o mundo mudou e mecanização, a
tudo em altíssima velocidade. O que era mata virou Revolução Industrial
campo. O que era campo virou cidade. O que era provocou inúmeras
oficina, hoje são fábricas. transformações,
Essa poderosa revolução iniciou-se na vejamos algumas.
Inglaterra graças a um conjunto de fatores, que vai Do ponto de
da Revolução gloriosa, que possibilitou à Ilha vista econômico, ao possibilitar uma produção cada
estabilidade política interna e desenvolvimento vez maior em um espaço de tempo cada vez menor,
econômico, passando pelos cercamentos e através da substituição da força humana pela motriz,
chegando às riquezas de seu subsolo, entre tantas foi crucial para o capitalismo, afinal esse modo de
outras condições favoráveis. produção visa o acúmulo de riquezas e a busca pelo
Todavia, a mais primordial génese da lucro, via competividade.
Revolução Industria) deve ser buscada na longa Já no campo dos grupos Sociais, forneceu à
duração, isto é, nas aventuras e destemeres dos burguesia novas ferramentas para sua contínua e
mercadores medievais, no caráter épico, explorador determinada luta por mais espaços e 'participação
e trágico das grandes navegações e na Revolução nos caminhos da economia e da política.
Comercial que decorre de todo esse processo. Foram essas ferramentas que possibilitaram,
ao lado das manifestações das massas, a eclosão
de inúmeras revoluções de caráter final burgês,
entre o fim do século XVIII e o decorrer do séc. XIX,
que colocaram em cheque o Antigo Regime,

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sustentáculo do ócio e do parasitismo típicos da - Tendo como referência a citação acima, faça
nobreza. uma análise, em forma de redação, do cotidinno do
trabalhador fabril na Europa do séc. XIX, no
O TRABALHADOR E A REVOLUÇÃO chamado campo das Relações de Trabalho
INDUSTRIAL
No modo de produção capitalista a base da
mão-de-obra é o trabalho assalariado. Isto é, o
trabalhador "fornece" a sua força de trabalho em
troca do salário.
Com a Revolução industrial, cresceu de
forma vertiginosa o uso
deste forma de trabalho.
Isto é, com crescente
êxodo rural, e o avanço
da maquinaria, o
trabalhador, seja o antigo
camponês ou o artesão,
passa a ser refém da
02. QUESTÃO ( Ramiro)
fábrica, única. triste e
frágil possibilidade de " No interiro da fábrica, cada um tem seu
sobrevivência neste
lugar marcado, a tarefa estreitamente delimitada
hostil mundo que surgia
e sempre a mesma, todos devem trabalhar
ao seus amedrontados olhos. Afinal, o patrão,
regularmente e sem parar, sob o olha do
ansioso por lucros, receoso da máquina tornar-se
obsoleta e hipnotizado pela fumaça das chaminés, contramestre que o força a obediência mediante a
buscava redefinir a duração do tempo. Dessa forma, ameaça da multa ou da demissão, por vezes até
o trabalhador europeu dos séculos XVIII e XIX foi a mesmo mediante uma coação mais brutal."
principal vitima do crepúsculo do campo e do sino e
(Paul Mantoux In: A Revolução Industrial no séc. XVDI;
o ator principal da era do relógio.
estudo sobre os primórdios da grande indústria moderna na
O Cotídiano do trabalhador passa a ser Inglaterra.)
determinado pela fábrica, é nela que ele vai ser
disciplinado e domesticado, tendo que trabalhar
entre 16 e 18 horas diárias, ao lado de sua Em forma de redação, explique de que maneira a
companheira e de seus filhos, vítimas do trabalho Revolução Industrial contribuiu para consolidação da
infantil e feminino degradantes. Soma-se a essa divisão entre capital e trabalho.
realidade os baixos salários e a segurança mínima
ou inexistente.
Fora da fábrica resta ao trabalhador o bairro
miserável, a casa imunda, a comida rala, a
embriaguez e o maior entre os perigos, o
desemprego.
Foi o quadro acima citado, que possibilitou o
emergir dos motins da fome, das greves, das
revoltas e do estranho e compreensível movimento
Luddista, ou quebradores de máquinas, que tanto
assombraram os "nobres" viajantes da Europa do
séc. XVIII e XIX.
EXERCÍCIOS
01. QUESTÃO ( Ramiro)
"Para seus ouvidos, os suspiros e gritos de agonia
Dos filhos do trabalho são uma doce melodia
Esqueletos de virgens e crianças
Enchem os infernos do Rei-Vapor"

(Eduard Mead e Fredriech Engels. In: A situação da classe


operária da Inglaterra )

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