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Acordei pela manhã e percebi que havia uma atmosfera estranha pairando no ar,

como se o mundo estivesse transmutando a sua essência e tornando-se indefinido, pois o


mundo que eu estava acostumado a ver desde criança estava se tornando irreconhecível.
Sempre fui acostumado a sentir cores, sons, detalhes, aromas dos lugares os quais me
relacionei e para cada momento vivido nesses lugares havia um acontecimento que marcava a
minha história assim como muitas pessoas que tem memórias de suas vidas e ao tocá-las
quase todos os dias revivem sentimentos, desejos, sensações.

Observar a vida das pessoas de uma forma saudável ajuda-nos a evitar amadorismo, a
corrigir a nossa rota e a dar direção as nossas fantasias. Sempre olhei a vida dos outros como
uma forma de aprendizado e inconscientemente todos já fizeram essa experiência no decorrer
de suas vidas, embora uns aprenderam e outros continuam repetindo os mesmos equívocos
ciclo após ciclo.

Quando assumimos e respiramos vida nesse mundo já chegamos sabendo do que


precisamos para continuar a crescer, alimento, família, cuidados e amor...principalmente
amor, porque sem ele jamais alimentaríamos a essência de ser quem somos, simplesmente
humanos. Embora a medida que percorremos os caminhos dos nossos anos, a nossa vida vai se
fragmentado, se tornando outras coisas, nossos sonhos vão se moldado ao mundo em que
decidimos ficar e ver para onde vai nos levar e que tipo de pessoa podemos nos tornar em
meio as emaranhadas possibilidade de ser, conflitos já existentes e ainda o que somos capazes
de criar.

Não há nessa vida quem jamais acordou após algum sonho estranho durante a noite se
fazendo as seguintes perguntas: Quem eu sou? O que vai ser do meu futuro? Terei um bom
casamento? Encontrarei o amor de minha vida? Até quando as pessoas que eu amo
permanecerão comigo?

Já nascemos seres afetivos e a primeira pessoa que amamos é a nossa mãe, depois
nosso pai, depois nossos irmãos, parentes e os que vão surgindo em nossos caminhos e
correspondendo aquilo que somos e pretendemos ser. Desde que nascemos temos medo de
ficarmos sozinhos porque internamente somos como o universo inexplorado, vasto,
misterioso. Olhamos para a nosso interior e nos assustamos com a potência que somos, com o
poder que trazemos dentro de nós, com a energia construtora e destruidora que percorre todo
o nosso corpo e se chama vida.

Assim é a nossa vida, uma eclosão de fatos, acontecimentos, sentimentos, sensações,


ilusões, fantasias, sonhos, vazios, aprendizado, perdas e conquistas. Durante a minha
peregrinação nesses anos de vida encontrei inúmeras pessoas, convivi com as suas
diversidades e conflitos. A muitas dessas pessoas religiosos, não religiosos

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