A prostituição é legalizada e considerada como emprego, tendo sua
remuneração e direitos trabalhistas. Esses profissionais estão sujeitos a
doenças sexuais, como também a violência emocional e física. São chamados na linguagem coloquial “prostitutas” e “prostitutos”, e no termo formal “profissionais do sexo”, ou seja, é um público que não pode ser repugnado e/ou julgado. A atuação do enfermeiro é importante, como educador ou orientador em saúde, sendo essa crucial para prevenções de enfermidades na vida dessas pessoas. Cabe ao enfermeiro realizar a busca ativa dessa classe social, por vezes esquecida e negligenciada, e a criação de vínculo com essas pessoas, onde vem a proporcionar responsabilização por ambas às partes. No estudo de Moura (et al, 2009), o enfermeiro tem o dever da disseminação da educação em saúde, sendo essa voltada a diferentes grupos sociais. É importante a implantação de ações por parte da enfermagem, bem como a apresentação para esse grupo, de seus direitos e deveres em saúde e cidadania, proporcionando uma melhoria da assistência à saúde a essa categoria profissional. Algumas orientações referentes à Saúde da Mulher, como DSTs (AIDS, sífilis, tricomoníase, hepatite B), câncer de mama e de colo de útero, são de mera importância para a saúde dessas profissionais que, de acordo com Engerroff (et al, 2017), em sua pesquisa quantitativa, a maioria não possuí ensino fundamental completo, fator este que pode contribuir para problemas vinculados à saúde e cuidados. As práticas de saúde são de extrema necessidade na vida do ser humano na prevenção de doenças e, consequentemente, na manutenção de uma vida saudável. As ações de vigilância à saúde voltadas aos profissionais do sexo, são baseadas em distribuição de preservativos, como forma de controle de disseminação das DST’s, e outras doenças, e a conscientização da valorização de suas vidas. A atenção primária à saúde (APS) é um dos locais mais referidos pelas profissionais do sexo para atender às suas demandas de saúde, sendo procurada, principalmente, para a realização da citologia oncótica (preventivo), para adquirir preservativos masculino e feminino, e, de forma inabitual, acompanhamento nos exames de rotina. Essa baixa assiduidade se dá devido à sensação do preconceito da sociedade e dos profissionais de saúde aéticos e a falta de acolhimento e atenção.
Referências
Engerroff, Fernanda; Alfing, Cleide Estela Dos Santos. Intervenção
Educativa com Profissionais do Sexo: Relato de Experiência por Acadêmica de Enfermagem. Disponível em: file:///C:/Users/Jaque/Downloads/7657-Texto%20do%20artigo-32854-1-10- 20170913.pdf Acesso: 04/06/2021
MOURA, A. D. A.; PINHEIRO, A. K. B.; BARROSO, M. G. T. Realidade
vivenciada e atividades educativas com prostitutas: subsídios para a prática de enfermagem. Esc. Anna Nery. Rio de Janeiro v.13 n.3 p. 602-608 Jul./Set. 2009. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/ean/a/mrRq8qFxwbK36ChWDb8YdKs/abstract/? lang=pt> Acesso: 04/06/2021
Resenha Do Livro: CAVALLEIRO, Eliane Dos Santos. Do Silêncio Do Lar Ao Silêncio Escolar: Racismo, Preconceito e Discriminação Na Educação Infantil. 6. Ed. São Paulo: Contexto, 2012.