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Limites e Derivadas Capítulo 2

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LIMITES E DERIVADAS

ƒ Observamos na Seção 2.3 que o limite


de uma função quando x tende a a
pode muitas vezes ser encontrado
simplesmente calculando-se o valor
da função em a.
• As funções com essa propriedade são chamadas
contínuas em a.

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LIMITES E DERIVADAS

2.5
Continuidade

Nesta seção veremos que:


A definição matemática de continuidade
corresponde estreitamente ao significado da
palavra continuidade na linguagem do dia a dia.

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CONTINUIDADE 1. Definição

ƒ Um processo contínuo é aquele que


ocorre gradualmente, sem
interrupções ou mudanças abruptas.
ƒ Uma função f é contínua em um
número a se

lim f ( x) = f (a )
x→a

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CONTINUIDADE

ƒ Observe que a Definição 1


implicitamente requer três coisas para
a continuidade de f em:
• f (a) está definida (isto é, a está no domínio de f ).
• lim f ( x ) existe.
x→ a
• lim f ( x) = f (a) .
x →a

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CONTINUIDADE

ƒ A definição diz que f é contínua em a


se f (x) tender a f (a) quando x tender
a a.
• Assim, uma função contínua f tem a propriedade de
que uma pequena variação
em x produz apenas uma
pequena modificação em
f (x).
• De fato, a alteração em f (x)
pode ser mantida tão
pequena quanto desejarmos
mantendo a variação em x
suficientemente pequena.
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CONTINUIDADE

ƒ Se f está definida próximo de a (em outras


palavras, f está definida em um intervalo
aberto contendo a, exceto possivelmente
em a), dizemos que f é descontínua em a,
ou que f tem uma descontinuidade em a,
se f não é contínua em a.
ƒ Os fenômenos físicos são geralmente
contínuos.
• Por exemplo, o deslocamento ou a velocidade de um
veículo variam continuamente com o tempo, como a
altura das pessoas.
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CONTINUIDADE

ƒ Mas descontinuidades ocorrem em


situações tais como a corrente elétrica.
• [Veja o Exemplo 6 da Seção 2.2, onde a função de
Heaviside é descontínua em 0, pois lim H (t ) não existe.]
t →0
ƒ Geometricamente, você pode pensar
em uma função contínua em todo
número de um intervalo como uma
função cujo gráfico não se quebra.
• O gráfico pode ser desenhado sem remover sua caneta
do papel.

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CONTINUIDADE Exemplo 1

ƒ A Figura mostra o gráfico de uma função f.


ƒ Em quais números f é descontínua? Por
quê?
ƒ Parece haver uma descontinuidade quando
a = 1, pois aí o gráfico
tem um buraco.
• A razão oficial para f ser
descontínua em 1 é que
f (1) não está definida.

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CONTINUIDADE Exemplo 1

ƒ O gráfico também tem uma quebra em a 3,


mas a razão para a Descontinuidade é lim f ( x) x →3

diferente. Aqui, f (3) está definida, mas não


existe (pois o limite esquerdo e o direito são
diferentes).
• Logo f é descontínua
em 3.

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CONTINUIDADE Exemplo 1

ƒ E sobre a 5?
ƒ Aqui, f (5) está definida e lim f ( x) existe (pois o x →5

limite esquerdo e o direito são iguais). Mas:


lim f ( x) ≠ f (5)
x →5

• Logo f é descontínua em 5.
ƒ Agora vamos ver como
detectar descontinui-
dades quando uma
função estiver definida
por uma fórmula.
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CONTINUIDADE Exemplo 2

ƒ Onde cada uma das seguintes funções é


descontínua?

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CONTINUIDADE Exemplos 2a e 2b

ƒ (a) Observe que f (2) não está definida; logo,


f é descontínua em 2.
• Mais à frente veremos por que f é contínua em
todos os demais números.

1
ƒ (b) Aqui f (0) = 1 está definida, mas lim f ( x) = lim
x →0 x →0 x2
não existe (veja o Exemplo 8 da Seção 2.2).
• Logo f é descontínua em 0.

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CONTINUIDADE Exemplo 2c

ƒ (c) Aqui f = (2) 1 está definida e


x2 − x − 2
lim f ( x) = lim
x→2 x→2 x−2
( x − 2)( x + 1)
= lim
x→2 x−2
= lim( x + 1) = 3 existe.
x→2

ƒ Porém, lim f ( x) ≠ f (2) .


x →2

• Logo, f não é contínua em 2.

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CONTINUIDADE Exemplo 2d

ƒ (d) A função maior inteiro tem


descontinuidades em todos os inteiros, pois
não existe se n for um inteiro.
• Veja o Exemplo 10 e o Exercício 49 da Seção 2.

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CONTINUIDADE

ƒ A Figura mostra os gráficos das


funções no Exemplo 2.
• Em cada caso o gráfico não pode ser feito sem levantar
a caneta do papel, pois um buraco, uma quebra ou salto
ocorrem no gráfico.

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CONTINUIDADE

ƒ As descontinuidades ilustradas nas


partes (a) e (c) são chamadas
removíveis.
• Podemos removê-las redefinindo f somente no
número 2.
• A função g(x) = x +1
é contínua.

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CONTINUIDADE
ƒ A descontinuidade da parte (b) é
denominada descontinuidade infinita.
ƒ As descontinuidades da parte (d) são ditas
descontinuidades em saltos.
• Porque a função “salta” de um valor para outro.

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CONTINUIDADE 2. Definição

ƒ Uma função f é contínua à direita em


um número a se
lim+ f ( x) = f (a )
x →a

e f é contínua à esquerda em a se

lim− f ( x) = f (a )
x→a

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CONTINUIDADE Exemplo 3

ƒ Em cada inteiro n, a função f (x) = x


[veja a Figura 3(d)] é contínua à direita,
mas descontínua à esquerda, pois

mas

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CONTINUIDADE 3. Definição

ƒ Uma função f é contínua em um


intervalo se for contínua em todos os
números do intervalo.
• (Se f for definida somente de um lado da extremidade
do intervalo, entendemos continuidade na extremidade
como continuidade à direita ou à esquerda).

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CONTINUIDADE Exemplo 4

ƒ Mostre que a função f ( x) = 1 − 1 − x


2

é contínua no intervalo [-1, 1].

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CONTINUIDADE Exemplo 4

ƒ Se -1 < a < 1, então, usando as


Propriedades dos Limites, temos
lim f ( x) = lim(1 − 1 − x 2 )
x →a x →a

= 1 − lim 1 − x 2 (pelas Propriedades 2 e 7)


x →a

= 1 − lim(1 − x ) 2 (pela Propriedade 11)


x →a

= 1 − 1 − a2 (pelas Propriedades 2, 7 e 9)

= f (a)
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CONTINUIDADE Exemplo 4

ƒ Assim, pela Definição 1, f é contínua em a se


-1 < a < 1.
• Cálculos análogos mostram que
lim+ f ( x) = 1 = f (−1) e lim− f ( x) = 1 = f (1)
x →−1 x →1

• Logo, f é contínua à direita em -1 e contínua à


esquerda em 1.
• Consequentemente, de acordo com a Definição 3, f é
contínua em [-1, 1].

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CONTINUIDADE Exemplo 4

ƒ O gráfico de f está esboçado na Figura.


• É a metade inferior do círculo x + ( y − 1) = 1 .
2 2

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CONTINUIDADE

ƒ Em lugar de sempre usar as


Definições 1, 2 e 3 para verificar a
continuidade de umafunção como feito
no Exemplo 4,
• Muitas vezes é conveniente usar o próximo
teorema, que mostra como construir as funções
contínuas complicadas a partir das simples.

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CONTINUIDADE 4. Teorema

ƒ Se f e t forem contínuas em a e se c
for uma constante, então as
seguintes funções também são
contínuas em a:
1. f+g
2. f-g
3. cf
4. fg
5. f/g se g (a) ≠ 0

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CONTINUIDADE

ƒ Cada uma das cinco partes desse teorema


segue da correspondente Propriedade dos
Limites da Seção 2.3.
• Por exemplo, vamos dar a demonstração da parte 1.
Uma vez que f e t são contínuas em a, temos
lim f ( x) = f (a ) e lim g ( x) = g (a )
x→a x →a
• Consequentemente
lim( f + g )( x) = lim [ f ( x) + g ( x) ]
x→a x→a

= lim f ( x) + lim g ( x) pela Propriedade 1


x→a x→a

= f (a) + g (a)
= ( f + g )(a)
• Isso mostra que f + t é contínua em a.

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CONTINUIDADE

ƒ Segue do Teorema 4 e da Definição 3


que se f e t forem contínuas em um
intervalo, então f + g, f - g, cf, fg, e (se t
nunca for 0) f / t também o são.

ƒ O seguinte teorema foi enunciado na


Seção 2.3 como a Propriedade da
Substituição Direta.

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CONTINUIDADE 5. Teorema

ƒ (a) Qualquer polinômio é contínuo em


toda a parte; ou seja, é contínuo em
= (- ¥ , ¥ )
ƒ (b) Qualquer função racional é contínua
sempre que estiver definida; ou seja, é
contínua em seu domínio.

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CONTINUIDADE Demostração a

(a) Um polinômio é uma função da forma


n n 1
P(x) cn x cn 1 x c1x c0
onde c0, c1, c2…., cn são constantes.
• Sabemos que lim c0 = c0 pela Propriedade 7
x →a

• Essa equação é precisamente a informação de que a


função f(x) = xm é uma função contínua.
lim x m am m 1,2,...., n pela Propriedade 9
x a

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CONTINUIDADE Demostração a

ƒ Assim, pela parte 3 do Teorema 4, a função


g(x) = cxm é contínua.
ƒ Uma vez que P é a soma das funções desta
forma e uma função constante, segue da
parte 1 do Teorema 4 que P é contínua.

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CONTINUIDADE Demostração a

(b) Uma função racional é uma função


da forma f ( x) = P( x) onde P and Q são
Q( x)
polinômios.
• O domínio de f é D = {x ∈ ϒ | Q(x) ≠ 0}
• Sabemos, da parte (a), que P e Q são contínuas em
toda a parte.
• Assim, pela parte 5 do Teorema 4, f é contínua em todo
o número em D.

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CONTINUIDADE
ƒ Como uma ilustração do Teorema 5, observe
que o volume de uma esfera varia
continuamente com seu raio.
4
• Isso porque a fórmula V ( r ) = π r 3 mostra que V é
3
uma função polinomial de r.
ƒ Da mesma forma, se uma bola for atirada
verticalmente no ar com uma velocidade de
20 m/s, então a altura da bola em metros, t
segundos mais tarde, é dada pela fórmula
h = 50t - 16t2.
• Novamente, essa é uma função polinomial, portanto a
altura é uma função contínua do tempo decorrido.

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CONTINUIDADE

ƒ O conhecimento de quais funções são


contínuas nos permite calcular muito
rapidamente alguns limites, como no
exemplo a seguir.
• Compare-o com o Exemplo 2(b) da Seção 2.3.

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CONTINUIDADE Exemplo 5

x3 + 2 x 2 − 1
ƒ Encontre lim
x →−2 5 − 3x

x3 + 2 x 2 − 1
• A função f ( x) = é racional.
5 − 3x

• Assim, pelo Teorema 5, é contínua em seu domínio,


que ⎧ x | x ≠ 5 ⎫
⎨ ⎬
⎩ 3⎭
• Então,
x3 + 2 x 2 − 1 (−2)3 + 2(−2) 2 − 1 1
lim = lim f ( x) = f (−2) = =−
x →−2 5 − 3x x →−2 5 − 3(−2) 11

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CONTINUIDADE

ƒ Resulta que as funções familiares são


contínuas em todos os números de seus
domínios.
• Por exemplo, a Propriedade dos Limites 10 (página 90)
implica que as funções raízes são contínuas.

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CONTINUIDADE 6. Definição

ƒ Sabemos das definições de sen θ e


cos θ que as coordenadas do ponto
P na Figura são (cos θ , sen θ ).
• À medida que θ → 0 , vemos que P tende ao ponto
(1, 0) e, portanto, cos θ → 1 e sen θ → 0 .
• Assim:

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CONTINUIDADE

ƒ Uma vez que cos 0 = 1 e sen 0 = 0, as


equações em (6) asseguram que as
funções seno e cosseno são contínuas
em 0.
• As fórmulas de adição para seno e cosseno podem,
então, ser usadas para deduzir que essas funções são
contínuas em toda a parte.

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CONTINUIDADE

ƒ Segue da parte 5 do Teorema 4 que


tg x = tgx / cosx é contínua, exceto onde cosx = 0.

ƒ Isso acontece quando x é um múltiplo inteiro


π
ímpar de 2, portanto
y = tg x tem
descontinuidades
infinitas quando
x = ± π ± 3π ± 5π
2, 2, 2,
e assim por diante.

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CONTINUIDADE

ƒ A função inversa de qualquer função


contínua é também contínua.
• Nossa intuição geométrica o faz parecer plausível.
• O gráfico de f -1 é obtido refletindo o gráfico de f em
torno da reta y = x.
• Assim, se o gráfico de f não tiver quebras, o gráfico
de f -1 também não terá.
• Logo, as funções trigonométricas inversas são
contínuas.

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CONTINUIDADE

ƒ Na Seção 1.5 definimos a função


exponencial y = ax de forma a preencher os
buracos no gráfico de y = ax onde x é
racional.
• Em outras palavras, a própria definição de y = ax torna-a
uma função contínua em .
• Portanto, sua função inversa y = log a x é contínua em
(0, ∞) .

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CONTINUIDADE 7. Teorema

ƒ Os seguintes tipos de funções são


contínuas para todo o número de seus
domínios:
• Polinômio
• Funções racionais
• Funções raízes
• Funções trigonométricas
• Funções trigonométricas inversas
• Funções exponenciais
• Funções logarítmicas

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CONTINUIDADE Exemplo 6

ƒ Onde a função
é contínua?
• Sabemos do Teorema 7 que a função y = ln x é
contínua para x > 0 e que y = tg-1x é contínua em .
• Assim, pela parte 1 do Teorema 4 , y = ln x + tan-1x
é contínua em (0, ∞).
• O denominador, y = x2 - 1, é um polinômio, portanto é
contínuo sempre.
• Assim, pela parte 5 do Teorema 4, f é contínua em
todos os números positivos x, exceto onde x2 - 1 = 0.
• Logo, f é contínua nos intervalos abertos (0, 1) e (1, ∞) .

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CONTINUIDADE Exemplo 7

ƒ Calcule
• O Teorema 7 nos diz que a função y sen x é contínua.
• A função no denominador, y = 2 + cos x, é a soma de
duas funções contínuas e, portanto, é contínua.
• Observe que esta função nunca é 0, cos ≥ −1 para todo
x e assim 2 + cos x > 0 em toda parte.

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CONTINUIDADE Exemplo 7

• Logo a razão é sempre contínua.

• Portanto, pela definição de função contínua,

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CONTINUIDADE

ƒ Outra forma de combinar as funções


contínuas f e g para obter novas
funções contínuas é formar a função
composta f o g
• Esse fato é uma consequência do seguinte teorema.

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CONTINUIDADE 8. Teorema

ƒ Seja f contínua em b e lim g ( x) = b ,


x→a
então lim f ( g ( x)) = f (b)
x →a

ƒ Em outras palavras, lim


x→a
f ( g ( x)) = (
f lim g ( x)
x→a
)
• Intuitivamente esse teorema é razoável.
• Se x estiver próximo de a, então g(x) estará próximo de b.
• E como f é contínua em b, se g(x) estiver próximo de b,
então f (t(x)) estará próximo de f (b).

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CONTINUIDADE 8. Teorema

ƒ Calcule
• Uma vez que arcsen é uma função contínua, podemos
aplicar o Teorema 8:

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CONTINUIDADE

ƒ Vamos aplicar agora o Teorema 8 no


caso especial em que f ( x) = n x , onde
n é um inteiro positivo.
• Então, f ( g ( x)) = n g ( x) e f (lim g ( x)) = n lim g ( x)
x→a x→a

• Se colocarmos essas expressões no Teorema 8


obteremos lim n g ( x) = n lim g ( x) .
x →a x→a

• Assim a Propriedade dos Limites 11 foi demonstrada.


(Pressupomos que a raiz exista.)

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CONTINUIDADE 9. Teorema

ƒ Se t for contínua em a e f em t(a),


então a função composta f o g é dada
por ( f o g ) ( x) = f ( g ( x)) é contínua em a.
• Esse teorema é com frequência expresso informalmente
desta forma: “Uma função contínua de uma função
contínua é uma função contínua”.

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CONTINUIDADE Demonstração

ƒ Uma vez que t é contínua em a, temos


lim g ( x) = g (a )
x→a
• Uma vez que f é contínua em b t(a), podemos aplicar o
Teorema 8 para obter lim f ( g ( x)) = f ( g (a )) .
x→a

• Esta é precisamente a afirmação de que a função


h(x) = f(g(x)) é contínua em a; isto é, f o g é contínua em a.

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CONTINUIDADE Exemplo 9

ƒ Onde as seguintes funções são contínuas?


a. h(x) = (sen x2)
b. F (x) = ln (1 + cos x)

ƒ (a) temos que h(x) = f(g(x)), onde g ( x) = x


2

e f(x) = sen x.
• Agora, g é contínua em pois trata-se de um polinômio,
e f também é contínua em toda a parte.
• Logo, h = f o g é contínua em pelo Teorema 9.

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CONTINUIDADE Exemplo 9
ƒ Sabemos do Teorema 7 que f(x) = ln x
é contínua e g(x) = 1 + cos x é contínua (pois
ambas, y = 1 e y = cos x são contínuas).

• Portanto, pelo Teorema 9 F(x) = f(g(x)) é contínua


sempre que estiver definida.
• Agora está definida quando 1ln(1 + cos x) está definida
quando 1 + cos x > 0.
• Dessa forma, não está definida quando cos x = -1.
• Isso acontece quando x = ±π , ± 3π ,....
• Logo, F tem descontinuidades quando x é um múltiplo ímpar
de π e é contínua nos intervalos entre esses valores.

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CONTINUIDADE

ƒ Uma propriedade importante das


funções contínuas está expressa pelo
teorema a seguir.
• A demonstração é encontrada em textos mais
avançados de cálculo.

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TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO

ƒ Suponha que f seja contínua em um


intervalo fechado [a, b] e seja N um número
qualquer entre f (a) e f (b), em que f (a) ≠ f (b).
• Então existe um número c em (a, b) tal que f(c) = N.

ƒ O Teorema do Valor Intermediário afirma


que uma função contínua assume todos os
valores intermediários entre os valores da
função f (a) e f (b).

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TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO

ƒ O teorema está ilustrado na figura.


• Observe que o valor N pode ser assumido uma vez
[como na parte (a)] ou mais [como na parte (b)].

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TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO

ƒ Se pensarmos em uma função contínua


como aquela cujo gráfico não tem nem
saltos nem quebras, então é fácil acreditar
que o Teorema do Valor Intermediário é
verdadeiro.

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TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO

ƒ Em termos geométricos, ele afirma que se


for dada uma reta horizontal qualquer y = N
entre y = f(a) e f(b) como na Figura, então o
gráfico de f não poderá saltar a reta – ele
precisará interceptar y = N em algum ponto.

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TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO

ƒ É importante que a função f do


Teorema 10 seja contínua.
• O Teorema do Valor Intermediário não é verdadeiro
em geral para as funções descontínuas.

ƒ Uma das aplicações do Teorema do


Valor Intermediário é a localização das
raízes de equações, como no exemplo
a seguir.

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TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO Exemplo 10

ƒ Mostre que existe uma raiz da equação


4 x − 6 x + 3 x − 2 = 0 entre 1 e 2.
3 2

• Seja f ( x) = 4 x − 6 x + 3 x − 2 .
3 2

• Estamos procurando por uma solução da equação


dada, isto é, um número c entre 1 e 2 tal que f(c) = 0.
• Portanto, tomamos a = 1, b = 2, and N = 0 no teorema 10.
• Temos f (1) = 4 − 6 + 3 − 2 = −1 < 0
e f (2) = 32 − 24 + 6 − 2 = 12 > 0

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TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO Exemplo 10
• Logo, f(1) < 0 < f(2)—isto é, N = 0 é um número entre f (1) e
f (2).
• Como f é contínua, uma vez que é um polinômio, o
Teorema do Valor Intermediário afirma que existe um
número c entre 1 e 2 tal que f(c) = 0.
• Em outras palavras, a equação 4 x − 6 x + 3 x − 2 = 0
3 2

tem pelo menos uma raiz c no intervalo (1, 2).

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TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO Exemplo 10

• De fato, podemos localizar mais precisamente a raiz


usando novamente o Teorema do Valor Intermediário.

• Uma vez que f (1.2) = −0.128 < 0 e f (1.3) = 0.548 > 0 .


uma raiz deve estar entre 1,2 e 1,3.

• Uma calculadora fornece, por tentativa e erro,


f (1.22) = −0.007008 < 0 e f (1.23) = 0.056068 > 0

• Assim, uma raiz está no intervalo (1,22, 1,23).

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TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO

ƒ Podemos usar uma calculadora gráfica ou


computador para ilustrar o uso do Teorema
do Valor Intermediário no Exemplo 10.
ƒ A Figura mostra o gráfico de f em uma
janela retangular [- 1, 3] por [- 3, 3],
• Você pode ver o gráfico
cruzando o eixo x entre
1 e 2.

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TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO

ƒ Figura mostra o resultado ao se aplicar o


zoom, obtendo a janela retangular [1,2, 1,3]
por [-0.2, 0.2].

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TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO

ƒ De fato, o Teorema do Valor Intermediário


desempenha um papel na própria maneira
de funcionar destas ferramentas gráficas.
• Um computador calcula um número finito de pontos
sobre o gráfico e acende os pixels que contêm os
pontos calculados;
• Ele pressupõe que a função é contínua e acende todos
os valores intermediários entre dois pontos
consecutivos.
• O computador, portanto, conecta os pixels acendendo
os pixels intermediários.

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