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FONTE - DIÁRIO CATARINENSE DIA 10/10/2013

http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2013/10/nova-demarcacao-ampliara-
cobranca-de-taxa-a-moradores-da-ilha-de-santa-catarina-4295968.html

Nova demarcação ampliará cobrança de taxa a


moradores da Ilha de Santa Catarina
Sâmia Frantz
samia.frantz@diario.com.br

Uma nova demarcação das áreas de Marinha na Ilha de Santa Catarina irá rever a situação de

todos os imóveis situados próximos ao mar, mangues, rios e lagoas. O estudo técnico da Secretaria

de Patrimônio da União (SPU) deve entrar em vigor até o fim de 2014. Quem passar a integrar a

área terá que pagar ao governo federal a taxa obrigatória de ocupação do terreno – como já ocorre

com a Avenida Beira-Mar Norte.

Hoje, menos de 10% da Ilha são demarcados oficialmente – o trecho entre o Saco dos Limões e a

Casa d’Agronômica, homologado em 1979. O restante era definido por uma linha presumida,

espécie de acordo feito a olho entre o próprio ocupante e a União. É o caso de mais de 2 mil

imóveis que poderão ter os contratos revistos. Atualmente, cerca de 5 mil imóveis da Ilha pagam as

taxas à União, número que será ampliado.

O trabalho de campo começou em 2007. Durante dois anos, técnicos mergulharam em

documentos históricos e mapas antigos que mostram a evolução das marés para definir o limite da

área que, de fato, pertence à União. Os terrenos de Marinha são aqueles situados até 33 metros de

distância do ponto exato onde o mar tocava o solo em 1831. Para chegar a ele, o grupo usou como

base o mais antigo registro aéreo feita na região: imagem de 1938 captada pela marinha

americana, que ajudou a apontar onde houve mudança de curso de rio e retração do mar, por

exemplo.

Agora, o desafio será identificar e cadastrar todos os imóveis que passaram a integrar a nova

demarcação. A partir de 2014 todos serão notificados para que possam contestar com estudos

técnicos, caso não concordem com o trabalho da SPU.


Para a superintendente adjunta do Instituto de Planejamento Urbano, Vanessa Pereira, a

demarcação oferecerá segurança jurídica aos moradores e ajudará a organizar toda a costa

— Vai garantir os direitos de acesso às praias e evitar casos como o de Ingleses, onde há

construções que impedem a chegada à areia.

As taxas de ocupação

A lei atribui valores diferenciados ao terreno de marinha, que varia conforme o tamanho da área.

Baixa renda: Gratuito para quem recebe até cinco salários mínimos

Aforamento: Paga 0,6% do valor do terreno, cobrado a quem mantém um contrato diferenciado

com a SPU, como os pescadores.

Ocupação anterior a 1988: 2% do valor do terreno

Ocupação depois de 1988: 5% do valor do terreno

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