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Artigo TCC Lisandra Matheus 2020-1 - Versão Final
Artigo TCC Lisandra Matheus 2020-1 - Versão Final
RESUMO
ABSTRACT
The role of basic sanitation is to ensure the supply of drinking water suitable for
consumption, in addition to the collection and treatment of the generated effluent, the
correct final destination of it and the waste generated by the treatment, such as
sludge. Identifying sustainable alternatives for the sludge destination is important to
minimize environmental and economic impacts, and it can be treated and reused in
agricultural production. The purpose of this work is to verify the feasibility of using
sludge from a sewage treatment in agriculture, in coffee planting in the state of
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Espírito Santo. For the application of sludge in plantation, Conama Resolution No.
375/2006 establishes maximum limits to meet certain parameters. Therefore, it is
necessary to treat the sludge, such as sanitation. Sludge is composed of nutrients
that are essencial to the development of the plants and improve the physical and
chemical quality of the soil. Coffee growing is the main agricultural activity in Espírito
Santo, which is the second largest coffee producer in Brazil. The study was carried
out through bibliographic searches. It was concluded that the use of biosolids in the
cultivation of coffee and in several other plantations proved to be viable and
beneficial in environmental and economic terms.
1 INTRODUÇÃO
beneficiar solos degradados, entre outras aplicações que vão agregar valor a algo
que até então só gerava custos para ser dispensado.
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.3.1.1 Adensamento
2.3.1.2 Estabilização
2.3.1.3 Condicionamento
2.3.1.4 Desaguamento
2.3.1.5 Higienização
De acordo com Andreoli (2001) o lodo concentra diversos tipos de organismos que
provem do efluente sanitário. São organismos que podem trazer prejuízos a saúde,
bem-estar e para o meio ambiente devido à grande parte deles serem patogênicos.
Para sua utilização na agricultura, esta etapa é muito importante para garantir
qualidade e segurança, pois os patógenos trariam resultados negativos para esse
fim. Quanto mais restritivo for o seu uso, mais rigorosa deve ser a higienização.
Para essa etapa são usados processos como a adição de cal, tratamento térmico,
compostagem, oxidação úmida, radiação gama entre outros. Para disposição do
lodo em aterros sanitários, essa etapa não é tão rigorosa. Após ser higienizado, o
lodo passa a ser classificado como biossólido. (ANDREOLI; SPERLING;
FERNANDES, 2014).
UASB: Reator Anaeróbico de Manta de Lodo de Fluxo Ascendente; MO: Matéria Orgânica;
N: Nitrogênio; P: Fósforo; K: Potássio; Ca: Cálcio; Mg: Magnésio; C/N: Relação de
Carbono/Nitrogênio.
Para que o lodo possa ser utilizado na agricultura, o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) estabeleceu a Resolução Nº 375, de 29 de agosto de 2006,
que “define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto
gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados,
e dá outras providências.” (BRASIL, 2006).
Além disso, a Resolução ainda estabelece alguns critérios que restringe o uso do
biossólido quanto à localidade e aptidão do solo nas áreas aplicadas. Logo, não é
permitida a utilização do lodo em áreas de conservação ambiental, de preservação
permanente e de preservação de mananciais, em zonas de transporte de água para
fontes de água mineral, em balneários e estâncias de águas minerais e potáveis de
mesa, em solos rasos com menos de 50 centímetros de espessura até o horizonte
C, em áreas com profundidade do lençol freático menor que 1,5 metros, em
proximidade á poços rasos, residências e vias públicas e a forma de aplicação de
acordo com a declividade da parcela. (BRASIL, 2006).
De acordo com essa Resolução, uma pesquisa realizada pela CESAN – Companhia
Espírito Santense de Saneamento junto com o Incaper definiu as áreas mais aptas
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3 METODOLOGIA
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Foi feita uma pesquisa nas legislações ambientais. Dessa forma, foi utilizado o
Conama para consultar todos os padrões e normas que devem ser seguidos para a
utilização do lodo na agricultura. Após a leitura dessas normas, foi feito um estudo
sobre os tipos de tratamento e higienização adequada para que se consiga utilizar o
lodo na plantação de café sem que ele cause riscos a plantação e a população.
Foram feitas buscas e pesquisas em projetos com experimentos e estudos já
realizados sobre a higienização desse lodo e sua eficiência, e sua posterior
aplicação na agricultura.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Costa e outros (2011) afirmam que a quantidade média de lodo gerado nas
estações de tratamento de efluente, operadas pela Cesan - Companhia Espírito
Santense de Saneamento, na região da Grande Vitória é cerca de 350
toneladas/mês e no interior do Estado 70 toneladas/mês. Porém á medida que se
aumenta a coleta e tratamento de efluente ocorre um aumento significativo na
produção de lodo. Esse lodo é um material rico em matéria orgânica, elevado teor de
umidade e concentrações representativas de nutrientes, como o nitrogênio e outros
minerais que são essenciais á produção e desenvolvimento agrícola.
Os mesmos autores ainda mostraram que nas análises feitas nos lodos brutos de
vários municípios do Espírito Santo foi encontrado valores de microrganismos
patogênicos acima dos valores estabelecidos e permitidos pela legislação, resolução
Conama nº 375/2006 e Instrução Normativa nº 27/2006 do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa), sendo necessária a sua higienização.
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ST: Sólidos Totais; NMP: Número Mais Provável; UFF: Unidade Formadora de Foco; UFP:
Unidade Formadora de Placa.
Através dos resultados obtidos por Costa e outros (2010) onde o lodo foi
higienizado com cal virgem, notou-se que, no solo onde o biossólido foi aplicado,
houve uma elevação do pH e de Ca2+ e a redução de Al3+ em próximo a zero. Visto
que a cal tem o poder de neutralizar os níveis de acidez do solo, o que é benéfico,
pois “a correção da acidez do solo insolubiliza o alumínio na forma de hidróxido,
decaindo os teores de Al3+ em solução”. (Costa e outros, 2010, p.5). Além de
atender as exigências da legislação quanto à presença de patógenos e metais.
Quanto aos nutrientes contidos nos lodos, no trabalho desenvolvido por Lobo (2006)
a utilização do lodo de efluente como fonte de nitrogênio na cultura do girassol pode
substituir o nitrogênio da adubação mineral, pois se notou uma melhora na
produtividade do grão, do rendimento de óleo e de matéria seca com o seu uso.
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Costa e outros (2011) também fizeram comparação, utilizando lodo higienizado com
cal virgem, adubação química e esterco de cama de frango no plantio de açaí. Eles
analisaram a altura da planta e o diâmetro do caule. Chegaram a conclusão que o
biossólido se mostrou como a melhor forma de adubação, pois apresentou um
crescimento maior da planta e maior diâmetro do caule comparado aos outros em
estudo.
Jardim e outros (2007) concluíram também que na cultura de café onde foi utilizado
o lodo resultou em um bom crescimento em questão de altura, o que seria viável
satisfatoriamente para seu desenvolvimento no campo.
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
LOBO, T. F.; GRASSI FILHO, H.; BÜLL, L. T.; SOUZA, F. L. P. de. Efeito do
nitrogênio e do lodo de esgoto na nutrição do feijoeiro. Revista Verde, v. 10, n.2, p.
33 - 4, abr-jun, 2015.