Você está na página 1de 20

DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I

Prof. Elton J. B. Ribeiro


EMENTA DA DISCIPLINA
Unidade I: FUNDAMENTOS DO CONCRETO ARMADO
1.1 Histórico
1.2 Materiais Constitutivos
1.3 Prescrições genéricas da Norma
1.4 Critérios de dimensionamento
1.4.1 Estados Limites de desempenho
1.4.2 Ações e solicitações
1.4.3 Resistências
1.5 Ação conjunta do aço e do concreto
1.6 Aderência
Unidade II: LAJES RETANGULARES DE CONCRETO ARMADO
2.1 Tipos de lajes
2.2 Carregamentos
2.3 Pré-dimensionamento
2.4 Determinação de Esforços
2.5 Dimensionamento a flexão simples
2,5.1 Estado limite último
2.5.2 Diagrama de tensões parábola-retângulo e retangular
2.5.3 Domínios de deformação
2.5.4 Cálculo prático com o uso de tabelas adimensionais
2.6 Prescrições da Norma e Detalhamento
2.7 1Representação de projeto e lista de armadura
Unidade III: VIGAS RETANGULARES DE CONCRETO ARMADO

3.1 Cargas em vigas


3.2 Esforços em vigas
3.3 Pré-dimensionamento
3.4 Dimensionamento a flexão
3.5 Dimensionamento ao cisalhamento
3.5.1 A treliça de Mörsh
3.5.2 Esmagamento da biela nos apoios
3.5.3 Modelos adotados pela Norma
3.5.4 Cálculo da armadura transversal
3.5 Prescrições da Norma e detalhamento de seção
3.6 Prescrições da Norma e detalhamento da armadura longitudinal
3.6.1 A associação com o modelo da treliça
3.6.2 Decalagem do diagrama de momentos
3.6.3 Detalhamento da viga
3.7 Representação de projeto e lista de armadura
3.8 Armadura dupla
3.9 Seções em “T”

Unidade IV: LAJES NERVURADAS

4.1 Forma e Comportamento


4.2 Modelos para determinação de esforços
4.3 Critérios para dimensionamento como laje maciça
4.4 Dimensionamento
4.5 Detalhamento

2
Bibliografia Básica:
1) CLIMACO, João Carlos Teatini de Souza. Estruturas de Concreto Armado. 2. ed,
Brasília: UNB, 2008.
2) CARVALHO, Roberto Chust; FIGUEIREDO FILHO, Jasson Rodrigues de. Cálculo e
detalhamento de estruturas usuais de concreto armado: segundo a NBR 6118:2003. 3. ed.
São Paulo: EDUFSCar, 2009.
3) FUSCO, Pericles Brasiliense. Técnica de armar as estruturas de concreto. São Paulo:
PINI, 2006

Bibliografia Complementar:
1) LEONHARDT, Fritz. Construções de concreto. Rio de Janeiro: Interciência, 1979-1983.
6 volumes
2) GUERRIN, A; LAVAUR, Roger-Claude. Tratado de concreto armado. São Paulo: Hemus,
2002-2003. 6 volumes
3) FUSCO, Pericles Brasiliense; Estruturas de Concreto - Solicitações Tangenciais. São
Paulo, PINI, 2008
4) CARVALHO Roberto Chust, PINHEIRO Libânio Miranda. Cálculo e Detalhamento de
Estruturas Usuais de Concreto Armado. São Paulo: PINI, 2009. v.2
5) ARAÚJO, José Milton de. Curso de concreto armado. 2. ed. Rio Grande: Dumas, 2003.

3
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro
1.1 Histórico do Concreto Armado

O material composto que denominamos de concreto armado, surgiu há mais de 150 anos e se
transformou neste período no material de construção mais utilizado no mundo, devido
principalmente ao seu ótimo desempenho, economia e facilidade de produção.

1824 – O empreiteiro escocês Josef ASPDIM desenvolveu um processo industrial para


fabricação do cimento portland, assim chamado devido à semelhança com a cor das pedras
calcáreas encontradas na ilha de Portland.

1849/1855 – O francês Joseph Louiz LAMBOT desenvolveu no sul da França, onde passava
suas férias de verão, um barco fabricado com o novo material, argamassa de cimento e areia
entremeados por fios de arame.

1861 – O paisagista e horticultor francês Joseph MONIER foi na realidade o único a se


interessar pela descoberta de seu compatriota Lambot, vendo neste produto a solução para os
seus problemas de confinamento de plantas exóticas tropicais durante o inverno parisiense.
Monier além de ser bastante competente como paisagista, possuía um forte
tino comercial e viu no novo produto grandes possibilidades passando a divulgar o concreto
inicialmente na França e posteriormente na Alemanha e em toda a Europa. Ele é considerado
por muitos como o pai do concreto armado. Em 1865 construiu nos arredores de Paris uma
ponte de concreto armado com 16,5 m de vão por 4m de largura.

4
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro
1867 – Monier recebe sua primeira patente para vasos de flores de concreto com armaduras de
aço. Nos anos seguintes consegue novas patentes para tubos, lajes e pontes. Construções
construídas de forma empírica mostram que o inventor não possuía uma noção clara da função
estrutural das armaduras de aço no concreto.

1877 – O advogado americano Thaddeus HYATT publicou sobre seus ensaios com
construções de concreto armado. Hyatt já reconhecia claramente o efeito da aderência aço x
concreto, da função estrutural das armaduras, assim como da sua perfeita localização na peça
de concreto.

1878 - Monier consegue novas patentes fundamentais que dão origem a introdução do concreto
armado em outros países.

1884 – Duas firmas alemãs FREYTAG & HEISDCHUCH e MARSTENSTEIN &


JOSSEAUX , compram de Monier os direitos de patente para o sul da Alemanha e reservamse
o direito de revenda para toda a Alemanha.

5
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro
1886 – As duas firmas alemãs cedem o direito de revenda ao engenheiro G. A WAISS, que
funda em Berlim uma empresa para construções de concreto segundo o “Sistema Monier”.
Realiza ensaios em “Construções Monier” e mostra através de provas de carga as vantagens
econômicas de colocação de barras de aço no concreto, publicando estes resultados em 1887.
Nesta mesma publicação o construtor oficial Mathias KOENEN, enviado aos ensaios pelo
governo Prussiano, desenvolve baseado nos ensaios, um método de dimensionamento empírico
para alguns tipos de “Construções Monier”, mostrando que conhecia claramente o efeito
estrutural das armaduras de aço. Deste modo passa a existir uma base tecnicamente correta
para o cálculo das armaduras de aço.

1888 – O alemão DOHRING consegue uma patente segunda a qual lajes e vigas de pequeno
porte tem sua resistência aumentada através da protensão da armadura, constituída de fios de
aço. Surge assim provavelmente pela primeira vez a idéia da protensão deliberada.

1900 – A construção de concreto armado ainda se caracterizava pela coexistência de sistemas


distintos, geralmente patenteados. O alemão E. MORSH desenvolve a teoria iniciada por
Koenen e a sustenta através de inúmeros ensaios realizados sobre a incumbência da firma
WAISS & FREITAG, a qual pertencia. Os conceitos desenvolvidos por Morsh e publicados
em 1902 constituem ao longo do tempo e em quase todo o mundo os fundamentos da teoria de
dimensionamento de peças de concreto armado.

6
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro
1906 – O alemão LABES concluiu que a segurança contra abertura de fissuras conduzia a
peças antieconômicas. Koenen propôs em 1907 o uso de armaduras previamente distendidas.
Foram realizados ensaios em vigas protendidas relatadas por BACH em 1910. Os ensaios
mostraram que os efeitos danosos da fissuração eram eliminados com a protensão. Entretanto
Koenen e Morsh reconheceram já em 1912 uma perda razoável de protensão devido à retração
e deformação lenta do concreto.

1928 - O francês FREYSSINET já havia usado a protensão em 1924. Entretanto só em 1928 é


o primeiro engenheiro projetista a reconhecer a importância bem maior da protensão na
construção civil. Estuda as perdas devido a retração e deformação lenta do concreto e registra
várias patentes sobre o sistema Freyssinet de protensão. É considerado o pai do concreto
protendido.

7
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro
1.2 Materiais Constitutivos do Concreto

Concreto é um material de construção proveniente da mistura, em proporção adequada, de


aglomerante (hidraulico), agregados miudos e graudos e agua.

a) Aglomerantes
Unem os fragmentos de outros materiais. No concreto, em geral se emprega cimento
portland, que reage com a água e endurece com o tempo.
b) Agregados

São partículas minerais que aumentam o volume da mistura, reduzindo seu custo. Dependendo das
dimensões características φ, dividem-se em dois grupos:

• Agregados miúdos: 0,075mm < φ < 4,8mm. Exemplo: AREIA (ver slide a seguir)
• Agregados graúdos: φ ≥ 4,8mm. Exemplo: BRITA (ver slide a seguir)

c) Pasta (CIMENTO + AGUA)


Resulta das reações químicas do cimento com a água.
Quando há água em excesso, denomina-se nata.
8
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro

Dimensões do Agregado Miudo (AREIA)

9
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro

Dimensões do Agregado Graudo (BRITA)

10
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro

d) Argamassa (PASTA + AREIA)


Provém da pela mistura de cimento, água e agregado miúdo, ou seja, pasta com agregado miúdo
(AREIA).

e) Concreto simples (ARGAMASSA + BRITA)


É formado por cimento, água, agregado miúdo e agregado graúdo, ou seja, argamassa e agregado
graúdo (BRITA).

Principais caracteristicas do concreto simples.


• boa resistência à compressão;
• baixa resistência à tração;
• comportamento frágil, isto é, rompe com pequenas deformações.

11
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro
f) Concreto armado (Concreto Simples + Barras de Aço)
É a associação do concreto simples com uma armadura, usualmente constituída por barras de aço
(vergalhões) adequadamente posicionados no elemento estrutural.

VANTAGENS DO CONCRETO ARMADO

DESVANTAGENS OU RESTRIÇÕES DO CONCRETO ARMADO

12
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro
CARACTERISTICAS E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS QUE
CONSTITUEM O CONCRETO ARMADO.
A) CONCRETO

A-1) MASSA ESPECIFICA

A-2) PROPRIEDADES MECÂNICAS

A-2-1) RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO

13
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro

CORPOS DE PROVA PRENSA HIDRAULICA

14
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro

15 Ver EXEMPLO A SEGUIR


DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro
A Norma NBR 8953 – Concreto para fins estruturais- Classificação
por Grupos de Resistências

16
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro
Exemplo do livro Fundamentos Estatisticos da Segurnça das Estruturas,
Pericles Brasiliense FUSCO

Dada a resistência obtido no ensaio de ruptura a compressão dos corpos de prova de um


concreto estrutural, determine (ver planilha excel):

a) A resistencia a compressão media deste concreto.


b) Desvio padrão.
c) Resistência Caracteristica deste concreto.
d) Monte o histograma
e) Caso no projeto estrutural fosse adotado um Fck de 22MPa, este concreto estaria
aprovado ou não

Solução:

a) fcm = 29.46 MPa


b) S = 5.599 MPa
c) fck= fcm -1.65S = 29.46 – 1.65*5.599 = 20.22 MPa
d) Monte o histograma

17
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro

18
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro
Na pratica temos o valor do fck prescrito no projeto estrutural e devemos dosar o
concreto para que este valor seja obrigatoriamente atendido, usa-se a recomendação da
NBR-12655 (Concreto de Cimento Portland- Preparo, Controle e Recebimento-
Procedimento), mostrada a seguir:

19
DISCIPLINA- ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I
Prof. Elton J. B. Ribeiro

20

Você também pode gostar