Nivelamento Geométrico

de um Perfil

Profa. Dra. Marina Elisei Serra

GEA171 – Topografia II
2019/2
 Declividade, locação, canais, estradas, rodovias –
determina-se cotas ao longo de um perfil.
 O nivelamento de um perfil consiste em uma linha de
diferenças de nível com tomadas de lances
intermediários.

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 1. Reconhecimento da área;
2. Reunir pessoal e equipamento necessário;
3. Marcar alinhamento;
4. Estaqueamento do perfil (pontos de inflexão ou a
cada 10 ou 20m) e estabelecer a RN;
5. Levantamento planimétrico do estaqueamento;
6. Nivelamento e contranivelamento do estaqueamento;
7. Cálculos de erros e fechamento;
8. Desenho do gráfico do perfil.
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 Fonte: Silva, 2002

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 ES PV LEITURAS DO FM PL COTAS DH OBS. E
RÉ VANTE CROQUI
Estaç Ponto Leitura do Leitura do fio Distância entre Altitude Observações
ão visado fio médio médio em um o plano ou relevantes:
em um ponto que se formado pelo altura localização dos
ponto de deseja eixo ótico da pontos, valor da
cota determinar a luneta e o cota de
conhecida cota plano de referência,
referência distância entre
os pontos, etc.

ATENÇÃO:
 Para as estacas de mudança: o último ponto de leitura com o aparelho em uma
posição será o primeiro ponto de leitura com o aparelho na posição seguinte;
 Pelos menos até familiarizar-se com as leituras: verificar (FS – FM = FM – FI)

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  Caderneta de nivelamento
ES PV LEITURAS DO FM PL COTAS OBS. E CROQUI
RÉ VANTE
Estação P0 RNL coincide com Po;
... CRNL = 50,00m
P8
 Controle do erro:
 Poligonal fechada: σ das diferenças de nível = 𝒁𝑬𝑹𝑶;
 Poligonal aberta: Contranivelamento: P8 para P0;

 Caderneta de Contranivelamento

ES PV LEITURAS DO FM PL COTAS OBS. E CROQUI

RÉ VANTE
Estação P8 RNL coincide com Po;
... CRNL = 50,00m
P0

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1. Calcular plano da luneta
𝐏𝐋 = 𝐂RN + Ré
CRN = cota conhecida (RNL ou RNV);
Ré = visada à Ré (visada à um ponto de cota conhecida).

2.Calcular cotas dos pontos

CPn = cota de um ponto qualquer;
𝐂𝐏𝐧 = 𝐏𝐋 − VP VP = visada à Vante (visada à um ponto que se
deseja determinar a cota).

ATENÇÃO: repetir os cálculos para cada mudança de

lugar ou altura do aparelho..

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 𝐞𝐚 = Erro admissível (𝐞𝐚), em milímetros;
𝐞𝐚 = 𝐤 𝐃𝐇𝐓 k = constante adotada em função da
precisão considerada para o nivelamento
= 0,316;
𝐃𝐇𝐓 = Comprimento total do trecho, em
metros.

 Erro admissível (𝐞𝐚), em milímetros: 𝐞𝐚 = 𝟎, 𝟑𝟏𝟔 𝐃𝐇𝐓

Erro cometido na operação de nivelamento, em metro:
diferença entre as cotas (nivelamento e contranivelamento
ou vice e versa): verificar o erro em cada estaca caso seja
maior que ea voltar à campo;

e > ea: voltar à 𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜

Se: ቊ
e ≤ ea: aceitar 𝑒 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑐𝑜𝑡𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
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  Poligonal ABERTA =
 𝐂𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 = 𝐦é𝐝𝐢𝐚 (cotas de nivelamento e contranivelamento)

PV COTAS DE COTAS DE ERRO COTAS FINAIS

NIVELAMENTO CONTRANIVELAMENTO [m] [m]
[m] [m]
Ponto Cotas calculadas na Cotas calculadas na Diferença Média das
visado operação de operação de entre as cotas cotas de
nivelamento contranivelamento de nivelamento e
nivelamento e contranivelame
contranivelam nto
ento e vice e
versa

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  Poligonal FECHADA = 𝐂𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 = 𝐜𝐨𝐭𝐚 𝐜𝐚𝐥𝐜𝐮𝐥𝐚𝐝𝐚 + 𝐞𝐫𝐫𝐨

PV MIRA [m] COTA PL e COTA FINAL

Ré Vante CALCULADA [m] [m] [m]
[m]
Ponto Visad Visada Plano da Cotas antes Erro Cotas
visado a à Ré à Vante luneta da correção distribuído corrigidas:
do erro pelos soma das cotas
planos da calculadas e
luneta erros

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 I > 25%: Ev = Eh
Exagero vertical
I ≤ 25%: Ev = 10.Eh Melhor visualização

 Escolha da escala: Ev = 10 Eh;

 Escolha do papel: ABNT:

𝟏𝟎𝟎 𝐃𝐇𝐓
 - Comprimento do papel: 𝐋𝐩 = + 5 cm
𝐄𝐡

𝟏𝟎𝟎 𝐂𝐦á𝐱−𝐂 𝐦í𝐧
 - Largura do papel: 𝐡= + 5 cm
𝐄𝐯

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 I= DN x100
DH

Fonte: Silva (2002)

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Profa Marina Elisei Serra DEA - UFLA GEA171 2019/2
Fonte: Silva (2002)
FONTES DE ERRO EM UM
NIVELAMENTO GEOMÉTRICO

 Nível com calagem imperfeita;

 Mira topográfica fora da vertical;
 Erro de leitura da mira;
 Erro devido a esfericidade e refração
da terra;
 ESFERICIDADE

Pela figura: R2 + d2 = (R + ee)2

= R2 + 2Ree+ee2
𝐝𝟐 e e𝟐
Resulta: ee = -
𝟐𝐑 𝟐𝐑

Segundo termo é muito pequeno:

𝐝𝟐
ee=
𝟐𝐑

Considerando o raio médio da Terra

igual a 6.371 km, tem-se:

DH [m] ee [mm]
50 0,2
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100 0,8
 ERRO DE REFRAÇÃO E
ESFERICIDADE
REFRAÇÃO ESFERICIDADE E REFRAÇÃO
Experiências mostraram que o efeito da
refração atmosférica (er) no desvio do raio
Pela figura: eer = ee + er
visual é cerca de 16% do efeito provocado d2
pela esfericidade (ee) terrestre: er = 0,16 ee Sendo: ee = e er = 0,16 ee
2R
eer
Resulta: eer = 6,6.10-8.d2
d [m] eer [mm]
50 0,05
100 0,07
150 0,15
200 0,26
500 1,65
𝐃𝐍𝐕 = 𝐃𝐍𝐀 + 𝐞𝐞𝐫
1.000 6,60

REFRAÇÃO - Fenômeno físico que

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ocorre quando os raios de luz
atravessam o ar, que é formado por
camadas de densidades distintas,
2019/2 desviando-os de sua trajetória
retilíneas, curvando-os para baixo.
 EXERCÍCIO 1
Montar e completar a tabela com o perfil e fazer
a prova de cálculo.
2,806
1,343 3,801

0,860 2,310 3,813

1,782 2,618
RN - 1
2
3
4

CRN = 100,000 m 5

PLANO DE REFERÊNCIA – COTA ZERO

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RESOLUÇÃO: EXERCÍCIO 1.

1. Calcular o PL com o aparelho na ES1:

PL = 100,000 + 1,343 = 101,343 m (mesmo para as estacas 2 e 3)

2. Calcular as cotas dos pontos 2 e 3: C2 = 101,343 – 2,806 = 98,537 m

C3 = 101,343 – 3,801 = 97,542 m
3. Calcular o PL com o aparelho na ES2:
PL = 97,542 + 0,860 = 98,402 m (mesmo para as estacas 4 e 5)

4. Calcular as cotas dos pontos 4 e 5: C4 = 98,402 – 2,310 = 96,092 m

C5 = 98,402 – 3,813 = 94,589 m
5. Calcular o PL com o aparelho na ES3:
PL = 94,589 + 1,782 = 96,371 m (mesmo para a estaca 6)

6. Calcular a cota do ponto 6: C6 = 96,371 – 2,618 = 93,753 m

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7. Verificação Analítica dos Cálculos

CF-CI = Σrés – Σvante

93,753 – 100,000 = (1,343 +0,860 + 1,782) – (3,801 +3,813 + 2,618)
-6,247 = -6,247
CADERNETA DE NIVELAMENTO
MIRA
PL COTAS
ES PV RÉ VANTE OBS. E CROQUI
[m] [m]
[m] [m]
RNL-1 1,343 100,000 RNL = 100,000m
ES1 2 2,806 101,343 98,537
3 3,801 97,542
3 0,860 97,542
ES2 4 2,310 98,402 96,092
5 3,813 94,589
5 1,782 94,589
ES3 96,371
6 2,618 93,753
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 EXERCÍCIO 2
Verificar a aceitabilidade do nivelamento do perfil obtido conforme caderneta
de campo do quadro abaixo.
CADERNETA DE NIVELAMENTO CADERNETA DE CONTRANIVELAMENTO
MIRA MIRA
PL COTAS OBS. E PL COTAS OBS. E
ES PV RÉ VANTE ES PV RÉ VANTE [m] [m] CROQUI
[m] [m] CROQUI
[m] [m] [m] [m]

2,52 P7 2,021
Cota inicial: Cota
RNL inicial:
4 P6 10,00m
2,123
ES1 ES4 10,00m
P0 1,304 P5 2,205
DH entre
P1 1,210 P4 3,439 DH entre
estacas: 20m
3,12 P4 1,229 estacas:
P1 20m
2 P3 2,592
ES2 ES5
P2 2,036 P2 2,630
P3 3,000 P1 3,716
P4 0,636 P1 1,810
2,84 ES6
P4 P0 1,904
0
ES3
Profa. Mirléia Aparecida de Carvalho RNL 3,126
P5 1,600
P6 1,520
Cota inicial: 10,00m DH entre estacas: 20m
P7 1,420
 Verificar a aceitabilidade do nivelamento do perfil obtido conforme caderneta de campo
do quadro abaixo.

CADERNETA DE NIVELAMENTO
MIRA CF-CI= Σré – ΣV
ES  EXERCÍCIO!!!
PL COTAS OBS. E
PV RÉ VANTE [m] [m] CROQUI 5,220 = (8,486-3,266)
[m] [m]
RNL 2,524 10,000 Cota
inicial: OK!!!
ES1 P0 1,304 12,524 11,220
10,00m
P1 1,210 11,314
P1 3,122 11,314 DH entre
ES2 P2 2,036 12,400 estacas:
14,436 20m
P3 1,995 12,441
P4 0,636 13,800
P4 2,840 13,800
ES3 P5 1,600 15,040
16,640
P6
Profa. Mirléia Aparecida de Carvalho
1,520 15,120
P7 1,420 15,220
Profa Marina Elisei Serra DEA - UFLA GEA171 2019/2
 Verificar a aceitabilidade do nivelamento do perfil obtido conforme caderneta de campo
do quadro abaixo.

CADERNETA DE CONTRANIVELAMENTO
MIRA CF-CI= Σré – ΣV
PL COTAS OBS. E
ES PV RÉ VANTE [m] [m] CROQUI
[m] [m] -5,221 = (5,06-10,281)
-5,221= -5,221
P7 2,021 15,221 Cota
No
P6 2,123 15,119 inicial:
ES4 contranivela
17,242 10,00m OK!!!
P5 2,205 mento a15,037
P4 3,439 cota de13,803 DH entre
P4 1,229 partida13,803 estacas: Então o erro está nas
P3 2,592 continua
12,440 20m leituras de mira!!!
ES5 15,032
sendo a
P2 2,630 12,402
RNL  Se:
P1 3,716 11,316
P1 1,810 11,316 e > ea: voltar à campo
ES6
ቊ
P0
Profa. Mirléia Aparecida de Carvalho 1,904 13,126 11,222 e ≤ ea: aceitar e calcular cota final
RNL 3,126 10,000
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 DHT = 140 m

ea = 3,739 mm

COTAS DE COTAS
COTAS DE ERRO
PV CONTRANIVELAMENTO FINAIS
NIVELAMENTO [m] [m]
[m] [m]
P0 11,220 11,222 0,002 11,221
P1 11,314 11,316 0,002 11,315
P2 12,400 12,402 0,002 12,401
P3 12,440 12,441 0,001 12,441
P4 13,800 13,803 0,003 13,802
P5 15,040 15,038 0,002 15,039
P6 15,120 15,119 0,001 15,120
P7 15,220 15,221 0,001 15,221

ERRO em cada estaca < 3,739 mm

ACEITÁVEL

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 Completar a caderneta de nivelamento abaixo com os valores que faltam e
fazer a prova de cálculo.

ES PV MIRA PL COTAS Observações

Ré VANTE e croqui
E1 RNL 3,812 355,019
1 2,514
2
E2 2 3,511 354,336
3 355,626
4 0,555
E3 4 361,110
5 3,140
6 358,787
7 2,142
8 1,243
9 360,632
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∑
 Completar a caderneta de nivelamento abaixo com os valores que faltam e
fazer a prova de cálculo.

ES PV MIRA PL COTAS Observações

Ré VANTE e croqui
E1 RNL 3,812 355,019 351,207
1 2,514 355,019 352,505
2 0,683 355,019 354,336
E2 2 3,511 357,847 354,336
3 2,221 357,847 355,626
4 0,555 357,847 357,292
E3 4 3,818 361,110 357,292
5 3,140 361,110 357,970
6 2,323 361,110 358,787
7 2,142 361,110 358,968
8 1,243 361,110 359,867
9 0,478 361,110 360,632
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∑
Qual o erro resultante da combinação entre esfericidade e refração atmosférica para
uma distância de leitura igual a 1.500,00 m?
RESOLUÇÃO
eer = 6,6.10-8.d2 eer = 6,6.10-8.1.5002 = 0,15 m = 15 cm

Com relação ao exercício 4, calcular a DNV sabendo que a DNA = 35,00 m

RESOLUÇÃO

DNV = DNA + eer DNV = 35 + 0,15 = 35,15 m

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 Deve ser entregue impreterivelmente até o dia da
primeira prova.
 Cálculos Nivelamento e Contranivelamento: Plano
da luneta, Cotas dos pontos, verificar cálculos pela
fórmula Cf-Ci = Σré –ΣV
 Calcular o erro de nivelamento e contranivelamento
e o erro admissível
𝐞𝐚 = 𝟎, 𝟑𝟏𝟔 𝐃𝐇𝐓

 Corrigir as cotas, fazendo a média das cotas dos

pontos no nivelamento e contranivelamento
Fonte: Silva (2002)

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 Determinar a escala, ou tamanho do papel
(escala a ser adotada Ev1:50 e Eh1:500)
 Representar graficamente o perfil, em papel
milimetrado.
 Calcular a declividade do terreno I= DN x100
DH

 Traçar uma rampa única, no papel milimetrado,

em que seja balanceado visualmente possíveis
cortes e aterros.
 O trabalho deve conter capa com os componentes
do grupo e turma; memorial de cálculo e desenho
com normas ABNT. Fonte: Silva (2002)

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