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Dia 17 de
agosto de 1951. Esses dois Gigantes do Cristo!!..
Pedro,
Do monte pedregoso e triste jorravam fontes de água viva que dessedentaram a alma
dos séculos.
E necessário ascender.
Lembra-te, Ele era sozinho! Sozinho anunciou e sozinho sofreu. Mas erguido, em
plena solidão, no madeiro doloroso por devotamento à humanidade, converteu-se em
Eterna Ressurreição.
Nada pedir para nosso Eu exclusivista, a fim de que possamos encontrar o glorioso
NÓS da vida imortal.
Ser luz para as sombras, fraternidade para a destruição, ternura para o ódio,
humildade para o orgulho, bênção para a maldição...
Ama sempre.
E pela graça do amor que o Mestre persiste conosco, os mendigos dos milênios
derramando a claridade sublime do perdão celeste onde criamos o inferno do mal e do
sofrimento.
Quando o silêncio se fizer mais pesado ao redor de teus passos, aguça os ouvidos e
escuta.
A voz Dele ressoara de novo na acústica de tua alma e as grandes palavras, que os
séculos não apagaram, voltarão mais nítidas ao círculo de tua esperança, para que
as tuas feridas se convertam em rosas e para
que o teu cansaço se transubstancie em triunfo.
Que será da antiga Jerusalém humana sem o bordão providencial do pastor que
espreita os movimentos do céu para a defesa do aprisco?
É imprescindível a ascensão.
A luz verdadeira procede do mais alto e só aquele que se instala no plano superior
ainda mesmo coberto de chagas e roído de vermes, pode, com razão, aclarar a senda
redentora que as gerações enganadas esqueceram. Refaz as energias exauridas e volta
ao lar de nossa comunhão e de nossos pensamentos.
Avança.... Avancemos...
Cristo em nós, conosco, por nós e em nosso favor e o Cristianismo que precisamos
reviver a frente das tempestades, de cujas trevas nascerá o esplendor do Terceiro
Milênio.
Procuremos servir.
Cabe-nos apenas obedecer até que a glória Dele se entronize para sempre na alma
flagelada do mundo.
Segue, pois, o amargurado caminho da paixão pelo bem divino, confiando-te ao suor
incessante pela vitória final.
Esta Mensagem foi psicografada por Francisco Candido Xavier dirigida a Pietro
Ubaldi, em 17 de agosto de 1951, na residência de Dr. Rômulo Joviano em Pedro
Leopoldo, MG, na presença de doze pessoas, ao mesmo tempo em que, sentado a mesma
mesa, Pietro Ubaldi recebia a mensagem de SUA VOZ.
Pedro,
Estás sentindo aqui, nesta noite, minha presença. Aquele que está diante de ti e
que, ao mesmo tempo que tu, está escrevendo sente neste instante e meu pensamento e
o que ele escreve te confirmará. Ele sente contigo a minha presença.
Pedro, não temas. Estás cansado, eu o sei, como também sei quanto te esforças por
sentir-me neste ambiente tão novo para ti e distante de onde estas habituado a
ouvir-me. Estás exausto, pelo muito falar e viajar. Estou contigo, porem, junto a
ti e "Eu" sou a grande força que sempre te tem sustentado. Agora me estás sentindo
com a mesma potência com que já me sentiste no momento da primeira Mensagem de
Natal de 1931.
E isso porque, agora, a uma distância de vinte anos, se repete o início do mesmo
ciclo num plano mais elevado. Já me ouviste na noite de 4 de agosto, quando pela
primeira vez falaste em São Paulo e se iniciou a tua vida pública de apostolado.
Estavas cansado e não tinhas certeza. Mas, hoje, és por mim impulsionado e já não
podes deter-te. Já te disse, antes de tua partida, que aonde não pudessem chegar
teu conhecimento e tuas forcas, chegaria eu e encontrarias tudo preparado. E viste
que tudo quanto te havia predito realmente aconteceu.
O Brasil é verdadeiramente a terra escolhida para berço desta nova e grande ideia
que redimirá o mundo. Agora tua missão é acompanhá-la com tua presença e
desenvolvê-la com ação, de forma concreta. Todos os recursos te serão
proporcionados.
Ama com confiança estes novos amigos que eu te mando. Tudo já está determinado e
não pode interromper-se. As forças do mal vos espreitam e desejariam aniquilar-vos.
Sabes, porém, que as do bem são mais poderosas e tem de vencer. Confia-te, pois, a
quem te guia e não temas. Confirmo tudo o que tens escrito, não o duvides.
Pede-te a Lei, agora, esta outra fase de trabalho, diferente e nova para ti, tão
distante da precedente que te surpreende. Aceita-a, como antes, no espirito de
obediência, aceitaste a outra. Não tem sido tua vida uma continua aceitação? Não
tem sido completa tua adesão à vontade de Deus? Não recordas nosso grande colóquio
de Módica, na Sicília, há vinte anos? Tua própria razão não pode deixar de
reconhecer a lógica fatal de tudo isso. Segue pois, confiante, o caminho
assinalado. Não te admires se tudo em torno de ti se contraverte, se a dor se
transforma em alegria, se te arranco do silencio de Gúbio para lancar-te no mundo.
Não representa isso a realização daquilo para que nasceste e por que tens vivido e
sofrido?
Teu corpo cansado desejaria repousar. Quão grande o caminho já percorrido e quão
grande a distância ainda a percorrer! A vida porém, é uma caminhada contínua. Tens
sobre os ombros não só tua vida, se não também a de muitos outros que amas e de
cuja salvação quiseste assumir a responsabilidade. Aceita, pois, tudo por amor de
mim. Aceita-o, ainda que os três votos de renúncia e de dor agora se transformem,
tomando posições opostas, isto e, não mais de renúncia porém, de afirmação.
Pedro, confio-te esta nova terra, o Brasil, a terra que deves cultivar. Trabalho
imenso, mas terás imensos auxílios.
Agora, uma palavra também para os teus amigos, uma palavra de gratidão e
agradecimento, uma palavra de bênção por sua cooperação, com que eles, ajudando-te,
tornam possível a realização de tua missão. Falo neste momento ao coração de cada
um deles, sem que lhe digas por escrito.
Una-vos a todos minha bênção, no mesmo amor, para vossa salvação e salvação do
mundo.
Esta Mensagem foi recebida por Pietro Ubaldi, a ele mesmo dirigida, em 17 de agosto
de 1951, na residência de Dr. Romulo Joviano, em Pedro Leopoldo, MG, na presença de
doze pessoas, ao mesmo tempo em que, sentado à mesma mesa, o médium Francisco
Candido Xavier psicografava a mensagem de São Francisco de Assis.