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CONCRETO ESTRUTURAL PRÉ-MOLDADO

2.1 REVISÃO DE BIBLIOGRAFIA

2.2 DEFINIÇÃO DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO

O termo pré-fabricação na área da construção civil é definido por Revel (1983)


como sendo a fabricação de um certo elemento antes do seu posicionamento final na
obra. A pré-fabricação no seu sentido mais amplo se aplica a toda fabricação de
elementos de construção civil em indústrias, a partir de matérias primas e
semiprodutos cuidadosamente selecionados e utilizados, sendo em seguida
transportados ao local da obra definitiva e executada a montagem da edificação
segundo as prescrições em projeto.
A Norma NBR 9062/2001 da ABNT – Projeto e execução de
estruturas de concreto pré-moldado define: elemento pré-moldado é
aquele que é fabricado fora do local de utilização definitiva na estrutura
da edificação, com controle de qualidade. Também define elemento pré-
fabricado como sendo elemento prémoldado, executado
industrialmente, mesmo em instalações temporárias em canteiros de
obras sob condições rigorosas de controle de qualidade.

2.3 HISTÓRIA DO CONCRETO PRÉ-MOLDADO

Segundo a Associação Brasileira da Construção Industrializada – ABCI


(1980); diz que a industrialização com racionalização de forma sistemática de
prémoldados de concreto teve seu inicio na década de 60 do século passado, período
pós Segunda Guerra Mundial, principalmente na Europa, em função da necessidade
da construção civil em grande escala devido a devastação das edificações decorrentes
da guerra.

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A utilização dos pré-moldados e pré-fabricados divide-se nas
seguintes etapas de períodos, conforme Salas (1988), descritas a
seguir.
2.2.1 Período de 1950 a 1970

Período pós-guerra onde houve necessidades urgentes de construir


edificações habitacionais, escolares, hospitais e industriais. Constitui-se em ciclo
fechado de produção, construções uniformes, rigidez na arquitetura com flexibilidade
nula, onde a pré-fabricação ocorreu com elementos pesados.

2.2.2 Período de 1970 a 1980

Período caracterizado por uma revisão no conceito de utilização nos


processos construtivos de grande escala e grandes elementos pré-fabricados. Esta
revisão deve-se devido a ocorrência de acidentes em edifícios construídos com
grandes painéis pré-fabricados, teve início o declínio dos sistemas pré-fabricados de
ciclo fechado de produção de elementos estruturais.

2.2.3 Período pós 1980

Consolidou-se a pré-fabricação de ciclo aberto de produção, com base em


componentes compatíveis de diversas origens, onde várias empresas participavam de
um projeto devido a padronização de elementos e componentes pré-fabricados, onde
a modulação e padronização fornecem a base para a compatibilidade entre os
elementos e subsistemas.
Atualmente preconiza-se os sistemas de ciclos flexibilizados, onde não
apenas os componentes são abertos, mas todo o sistema, onde o projeto da edificação
passa a ser aberto e flexibilizado para adequar-se a qualquer tipologia arquitetônica.

2.3 NOMENCLATURAS E DEFINIÇÕES UTILIZADAS NO CONCRETO DE PRÉ-


MOLDADOS

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A Norma NBR 9062/2001 da ABNT em Projeto e Execução de Estruturais de
Concreto Pré-moldado, adota as seguintes definições apresentadas a seguir, as quais
são de grande importância na linguagem da construção civil neste método construtivo.

2.3.1 Ajuste

Diferença entre as medidas nominais de dimensão de projeto, reservado para


a colocação de um elemento pré-moldado e medida nominal da dimensão do elemento
pré-moldado. O ajuste pode ser positivo (+) ou negativo (-). O ajuste corresponde ao
somatório das folgas existentes entre as peças para locação, dilatação e contração
dos elementos pré-moldados. É negativo para a menor dimensão e positivo para a
maior, isto é, na falta (-), na sobra (+).

2.3.2 Colarinho

Conjunto de paredes salientes do elemento de fundação que contornam a


cavidade destinada ao encaixe de pilares neste elemento de fundação, sapata cofre.

2.3.3 Desvio

Diferença entre a dimensão básica e a correspondente executada,


correspondendo aos desvios de produção das peças.

2.3.4 Dimensão básica

Dimensão do elemento pré-moldado estabelecida no projeto, estabelecidas as


folgas necessárias para possibilitar a montagem.

2.3.5 Elemento pré-moldado

Peça executada fora do local de utilização definitiva na estrutura com controle


de qualidade. É produtiva na fábrica, empresa de concreto pré-moldado

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2.3.6 Elemento pré-fabricado

Peça pré-moldada, executada industrialmente, mesmo em instalações


temporárias em canteiros de obras, sob condições rigorosas de controle de qualidade.

2.3.7 Folga para ajuste negativo

Diferença entre a medida máxima da dimensão de projeto reservada para a


colocação de um elemento e a medida mínima da dimensão correspondente deste
elemento, equivalendo a menor dimensão em extensão possível de apoio da peça.

2.3.8 Folga para ajuste positivo

Diferença entre a medida mínima da dimensão de projeto reservada para a


colocação de um elemento e a medida máxima da dimensão correspondente do
elemento, equivalendo ao espaço mínimo para viabilizar a montagem, encaixar a peça
pré-moldada.

2.3.9 Inserto

Qualquer peça incorporada ao concreto na fase de produção para atender a


uma finalidade de ligação estrutural ou para permitir fixação de outra natureza.

2.3.10 Ligações

Dispositivos utilizados para compor um conjunto estrutural a partir de seus


elementos, com a finalidade de transmitir os esforços solicitantes, em todas as fases
de utilização, dentro das condições de projeto.

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2.3.11 Peças compostas

Elementos de concreto executadas em moldagens distintas e interligadas de


forma a atuar em conjunto sob o efeito das ações aplicadas após a junção. A seção
transversal da peça é denominada seção composta.

2.3.12 Rugosidade

Saliências e reentrâncias conseguidas por apicotamento ou processo de


moldagem de maneira a criar irregularidades na superfície do elemento, quando em
contato cria o atrito quando da atuação de forças sobre as peças.

2.3.13 Tolerância

Desvio permitido, valor máximo aceito para o desvio, para mais e para menos
descrito no projeto. A tolerância é usada nas peças e nas folgas

2.3.14 Tolerância global do elemento

Soma estatística das tolerâncias positivas e negativas, em módulo constadas


na fabricação e no posicionamento do elemento, formada com a tolerância de locação
de módulo.

2.3.15 Variação inerente

Variação de dimensões, correspondentes a fenômenos físicos, como dilatação


térmica, retração e fluência. Corresponde ao aumento ou diminuição das dimensões
da peça.
2.4 PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PROJETO

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2.4.1 Possibilidades e restrições

Segundo Acker (2002) num projeto devem ser consideradas as possibilidades


as restrições e vantagens da utilização do concreto, pré-moldado, seus detalhes,
produção, transporte, execução da montagem e estados de serviço antes de
completar o projeto da estrutura pré-moldada de uma edificação para uma dada
utilização.
No estágio da concepção do projeto devem ser considerados os pontos
descritos a seguir.
a) Filosofia específica do projeto:
Utilização de um sistema de contraventamento próprio, utilização de grandes
vãos e assegurar a integridade estrutural.
b) Soluções padronizadas:
A padronização é fator importante de pré-fabricação, permitindo menores
custos de produção, maior qualidade e execução rápida. É aplicado em modulação de
projeto, padronização de produtos entre fabricantes e padronização interna para
detalhes construtivos, alem da padronização de procedimentos para produção e
montagem.
c) Detalhes simples:
O projeto de edificações de concreto pré-moldado deve envolver detalhes o
mais simples possível, evitar situações complicadas e vulneráveis. Com isso a
produção de peças pré-moldadas também são de projetos mais simples e simplicidade
na montagem é também ganho de tempo.
d) Consideração das tolerâncias dimensionais
Inevitavelmente ocorrem diferenças entre as dimensões especificadas e as
executadas, devendo estas variações serem admitidas no projeto, tais como:
tolerâncias de absorção nas ligações entre peças e partes moldadas no local,
almofadas ou aparelhos de apoio, curvaturas e movimentações como retração,
fluência e expansão térmica devido a dilatação.
e) Vantagem do processo de industrialização
A pré-tração permite produção de elementos em longas pistas de protensão,
padronização de componentes e detalhes, posição adequada dos detalhes e

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descrição simplificada, mas essencial, do projeto. Permite um controle de qualidade
mais rigoroso no processo de fabricação das peças.

2.5 MODULAÇÃO

Módulo é uma medida usada em componentes estruturais, em construções


pré-moldadas, relacionando à padronização dos produtos. A modulação de sistemas
estruturais , como por exemplo, um pórtico, traz economia na produção de seus
elementos e na execução da montagem.
O módulo básico é ‘3M, 12M, sendo M = 100mm (ACKER, 2002). Os pilares
são posicionados, por exemplo, no centro do eixo modular.

2.6 PADRONIZAÇÃO

A padronização de elementos pré-moldados se limita a detalhes, dimensões


e geometria das seções transversais e longitudinais, recrutamento ao comprimento
das unidades. Os produtos tipos padronizados são: pilares, vigas e lajes de pisos. São
produzidos em fôrmas pré-estabelecidas, sendo que o projetista pode selecionar o
comprimento, dimensões e capacidade de carga dentro de certos limites. Essas
informações devem ser repassadas pelos fabricantes em seus catálogos técnicos.
Escadas, rampas, sacadas, elementos de formatos especiais também são fabricados
com padronização.

2.7 TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS

São as diferenças entre as dimensões especificadas em projeto e as


dimensões reais dos componentes e da construção final. As tolerâncias ocorrem na
fábrica e no canteiro de obras. As tolerâncias de produção na fábrica são as variações
das dimensões do produto, da peça, e as tolerâncias no canteiro de obras são os
desvios dos eixos e dos níveis no início da construção, erros admissíveis de locação
ou variações na locação dos elementos de fundação, eixo dos pilares. Os desvios de

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montagem ocorrem duramente o levantamento da estrutura com relação à posição,
cotas e ao alinhamento entre os elementos. Também ocorrem desvios na prumagem
dos elementos verticais, como pilares e paredes estruturais, sob forma de painéis.

2.8 SISTEMAS CONSTRUTIVOS PRÉ-MOLDADOS

2.8.1 Definição dos sistemas construtivos

Um sistema construtivo tem suas próprias características, que influenciam a


tipologia, o comprimento do vão, a altura das edificações e os sistemas de
contraventamentos. Os sistemas construtivos convencionais e concreto é moldado no
local da obra de conceito molítico, com rigidez entre os elementos, como vigas, pilares,
lajes. Os sistemas construtivos em concreto pré-moldado deveriam ser executados de
modo que a estrutura pré-moldada tivesse novamente o concreto monolítico de uma
estrutura convencional moldada no local, através das juntas e ligações entre os
elementos pré-moldados, o que não ocorre exatamente, e se o fosse a obra seria mais
cara e trabalhosa, afetando as vantagens de pré-moldado.
No sistema construtivo pré-moldado deve prevalecer uma filosofia específica
de projeto, com grandes vãos, conceito aprovado de estabilidade e detalhes simples.
O projeto deve considerar o detalhamento a produção e transporte, montagem e os
estados de serviço antes de finalizar um projeto de uma estrutura pré-moldada.

2.8.2 Sistemas estruturais básicos de pré-moldados

Segundo Acker (2002), os sistemas estruturais básicos de pré-moldados


dentro dos sistemas construtivos, de princípios de projeto semelhantes, os tipos mais
comuns de sistemas de concreto pré-moldados são descritos a seguir.
a) Estruturas aporticadas
As estruturas aporticadas são construídas de pilares e vigas de fechamento,
com diferentes formatos e tamanhos combinados para formar o esqueleto da
estrutura, possuindo grande flexibilidade arquitetônica. Uso de grandes vãos e

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grandes espaços sem interferências de paredes. São utilizadas para construções
industriais, armazéns e construções comerciais, conforme Figura 1.

Figura 1 – Estrutura aporticadas com cobertura e elementos de fachadas


Fonte: (ACKER, 2002)

b) Estruturas em esqueleto
As estruturas em esqueleto são constituídas de pilares, vigas e lajes para
edificações de básicas e médias alturas, com número de paredes reduzidas de
contraventamento para estruturas. São utilizadas suas construções de escritórios,
escolas, hospitais e estacionamentos, centros esportivos, indústrias e centros
comerciais, conforme mostra a Figura 2.

Figura 2 – Estrutura pré-moldada em esqueleto.


Fonte: (ACKER, 2002)
c) Estruturas em painéis estruturais
As estruturas em painéis estruturais são constituídas de pilares, vigas e
componentes de painéis de lajes, usadas na construção de casas e apartamentos,
hotéis e escolas. Os painéis pré-fabricados são utilizados para fechamento internos e
externos, para caixas de elevadores núcleos centrais. Os painéis podem ser portantes

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ou de fechamento. A arquitetura é livre, permitindo várias tipologias arquitetônicas. A
técnica de construção é aberta, com espaços livres entre as paredes portantes e
podem ser usadas divisórias leves para definir o layout interno dos espaços abertos,
sendo que com esta técnica é possível mudar o projeto no futuro, sem maiores custos,
conforme Figura 3.

Figura 3 – Estrutura de painéis combinada com estrutura em esqueleto.


Fonte: (ACKER, 2002).

d) Estruturas para pisos


São estruturas constituídas de vários tipos de elementos de lajes montadas
para formar uma estrutura e transferir forças horizontais para os sistemas de
contraventamento. São utilizados em todos os tipo de construção e em combinação
com outros materiais, como estruturas metálicas ou de concreto moldado no local,
conforme Figura 4. São sem pilares internos, painéis alveolares para piso cobrem vãos
de uma fachada a outra de 16 a 18 m. Tendência moderna para escritórios.

Figura 4 – Edifício com painéis estruturais de fachada e compridos painéis de piso


Fonte: (ACKER, 2002).

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e) Estruturas para fachadas
São estruturas constituídas de painéis maciços, com ou sem função estrutural
apresentando-se em muitos tipos de formatos e execuções, utilizados para
fechamento e para painéis, arquitetônicos e fachadas. São combinadas com as
estruturas, em esqueleto, com estrutura interna composta por pilares e vigas, com
pisos em duplo T, coberturas de grande vãos para edifícios de uso geral, conforme a
Figura 5. Sistemas de rápida construção, ausência de escoramento, diversidade de
tipos, alta capacidade de vencer vãos e econômicas.

Figura 5 – Estrutura párea fachadas e pisos, coberturas de grandes vãos para edifícios de uso
geral
Fonte: (ACKER, 2002).

f) Estruturas celulares
São estruturas constituídas de células de concreto pré-moldado, também
utilizados para blocos de banheiros, cozinhas e garagens. Apresentam maiores
dificuldades para transportes e flexibilidade arquitetônica. Este sistema e vantajoso,
pois a fabricação é rápida e industrializada até o término montados na fábrica,
conforme a Figura 6.

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Figura 6 – Sistemas celular de construção
Fonte: (ACKER, 2002).

2.9 APLICAÇÕES DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS

2.9.1 Residências

Para casas residenciais e edifícios de apartamentos pré-fabricados são


projetados com sistemas estruturais com painéis estruturais e de fechamento sem
função estrutural. Fachadas com painéis sanduíches, com camada estruturais e
camada interna de isolamento térmico e acústico. Fachadas e paredes internas, bem
como as lajes cobrem toda largura da residência ou apartamento com vãos de até
11m. Divisórias internas são construídas com blocos de alvenaria ou gesso
acartonado. Existem várias tipologias arquitetônicas. Para residências pisos de 4 a 11
m com sobrecarga leve de 2 kN/m2.
Em edifícios de apartamentos, o volume do empreendimento é grande,
necessitando-se de guindastes ou guias para instalação das lajes do piso, lajes
alveolares protendidas e estruturas mistas para pisos com painéis de concreto,
conforme a Figura 7.

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Figura 7 – Residência e edifícios de apartamentos com estruturas de paredes estruturais,
transversais com painéis perimetrais Fonte:
(ACKER, 2002).

2.9.2 Escritórios

Edifícios para escritórios são utilizados os sistemas estruturais em esqueleto,


concebidos com núcleos de contraventamento e espaços internos livres. As fachadas
podem ser feitas de qualquer material. Paredes estruturais são de painéis sanduíches
e paredes de fechamento de concreto pré-moldado em forma e painéis. São de
grandes espaços internos com vãos dos pisos de até 18 a 20 m. Para pisos usa-se
lajes alveolares de 400 mm de espessura para vãos de 17 m para uma sobrecarga de
5 kN/m2. Usa-se redução de altura para escritórios em meio urbano, conforme a Figura
8 e 9.

Figura 8 – Edifício para escritórios com estrutura em esqueleto e com fachadas em concreto
Fonte: (ACKER, 2002).

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Figura 9 – Edifício de escritório com grandes vãos Fonte:
(ACKER, 2002).

2.9.3 Hotéis e hospitais

São utilizados sistemas estruturais com traves planas e sistemas estruturais


em paredes portantes com função estrutural. Os elementos de pisos são a laje alveolar
ou laje nervurada. O fechamento para fachadas podem ser com qualquer material.
Vãos grandes para pisos e com sobrecarga de 5 kN/m2.

2.9.4 Prédios escolares

Construções executadas com estruturais em esqueleto e parede estrutural. Os


pisos são em concreto protendido, como as lajes alveolares e os painéis em duplo T.
Pisos para auditórios com degraus tipo arquibancada com vigas inclinadas com
degraus na parte superior. Os vãos variam de 8 a 12 m para Escolas e Universidades
mais de 24 m, com sobrecarga nos pisos de 3 a 4 kN/m2.

2.9.5 Edifícios industriais e armazéns de múltiplo uso

São utilizados os sistemas com traves aporticadas, onde a estabilidade é


conseguida pelo engastamento dos pilares mezaninos podem ser incorporados em
toda ou parte da construção ou em certas partes localizadas, podendo utilizar-se
painéis nervurados protendidos em duplo T ou elementos de laje alveolar protendida
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para vãos maiores e sobrecargas mais elevadas. Os sistemas para coberturas podem
ser em concreto celular ou materiais leves como telhas de cimento ou metabólicas.
Nos pisos intermediários , como mezaninos, os vãos variam de 8 a 12 m e 15 m ou
mais, com sobrecarga até kN/m2. Para lajes nervuradas em duplo T chega-se a vãos
de até 32 m, com comprimento modulado de 2,4 m, com pé direito até 8 m, com
telhado de duas águas, conforme as Figuras 10 e 11.

Figura 10 – Construção industrial com traves aporticadas


Fonte: (ACKER,2002).

Figura 11 – Construção consiste grande espaço aberto paredes portantes e cobertura de laje
com elemento em duplo caimento. Estrutura aporticada com andar intermediário, tipo
mezanino
Fonte: (ACKER, 2002).

2.9.6 Edifícios comerciais

As construções comerciais requerem grandes áreas livres de pilares,


normalmente são empregados os sistemas de estruturas aporticados; conforme
Figura 12.

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Figura 12 – Estrutura sistema aporticado, elementos de laje em, duplo T com duplo caimento
para telhados duas água, apoiado em traves planas longitudinais
Fonte: (ACKER, 2002)

2.9.7 Estacionamentos

Projetados para grandes vão abertos com poucos pilares internos, redução da
altura, empregando-se estrutura em esqueleto, com pilares, vigas e lajes. A
estabilidade global é assegurada pela ação em balanço dos pilares engastados na
base dos elementos de fundação e conjunto com a ação enrijecedora dos núcleos de
contravento formada pelas caixas de escada e elevadores. Os vãos para os sistemas
de pisos variam de 12 a 16m. As lajes são alveolares e painéis duplo T. As fachadas
podem ser de qualquer material, como elementos pré-moldados formando arcos
arquitetônicos.
Existem soluções alternativas, como no caso do estacionamento dividido em
níveis, com rampas retas entre pisos intermediários, que constituem a área de
estacionamento, como mostra a Figura 13.
Os núcleos centrais de contraventamento nos sistemas de estrutura em
esqueleto podem ser moldados no local ou pré-moldados na fábrica.

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Figura 13 – Estrutura em esqueleto dividido em níveis para estacionamentos com rampas retas
entre os pisos intermediários Fonte:
(ACKER, 2002)

2.9.8 Complexos esportivos

Para edificações esportivas existem diferentes tipologias, cada uma com as


suas próprias exigências de projeto. Para os complexos esportivos são empregadas
duas tipologias para as soluções em concreto pré-moldado, conforme descrito a
seguir.
a) Grandes saguões
Projetadas com estruturas com traves aporticadas, com largura máxima
destas traves até 40 m.
b) Arenas e arquibancadas
São compostas por sistemas de estruturas em esqueleto combinadas com
paredes estruturais. Pisos compostos por elementos protendidos de laje alveolar ou
em duplo T. As coberturas em balanço para arquibancadas podem ser compostas por
vigas protendidas, fixadas no topo dos pilares por meio de chumbadores especiais
parafusados. As vigas para arquibancadas possuem dentes sobre seu topo para
apoiar os elementos de pisos de lajes alveolares com espessura reduzida.
A Figura 14 ilustra uma estrutura de um complexo esportivo.

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Figura 14 – Estrutura para arquibancada em concreto pré-moldado de uma construção
esportiva
Fonte: (ACKER, 2002).

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Bibliografia:

• Ullmann, M.N, Concreto Estrutural Pré-Moldado, Universidade do Planalto


Catarinense, Lages, 2014

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