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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE CIENCIAS EXATAS E DA TERRA – DCET


COLEGIADO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CIVIL

DIMENSIONAMENTO DE TELHADO EM ESTRUTURA DE MADEIRA

SALVADOR – BA
2021
DÉBORA SILVA DOS SANTOS
LETÍCIA MARIA NASCIMENTO DE SOUZA
WASHINGTON LUIZ CIRQUEIRA DOS SANTOS

DIMENSIONAMENTO DE TELHADO EM ESTRUTURA DE MADEIRA

Trabalho apresentado ao curso de


Engenharia de Produção Civil da
Universidade do Estado da Bahia
para avaliação parcial do
componente curricular Estruturas de
Madeira, sob a orientação do Prof.
Eduardo Prado.

SALVADOR – BA
2021
1. INTRODUÇÃO

A madeira é provavelmente o material da contrução civil mais antigo, dado a sua


disponibilidade na natureza e sua relativa facilidade de manuseio. Na pré-história o
homem utilizava a madeira como abrigo, porém as estruturas eram compostas, ou
seja, em conjunto com outros materiais, como por exemplo as estruturas de madeiras
e pedras. Porém com o passar do tempo, principalmete após a revolução indrustrial,
houve um aprimoramento dos processos construtivos, devido a tecnologia.
Já no Brasil, tradicionamente os telhados das edificações seguem as
caracteristicas dos telhados coloniais portugueses, com telhas cerâmicas apoiadas
em estruturas descontinuas de madeira serrada. No território brasileiro a madeira é
utilizada de diversas formas, por ter ambientes altamente corrosivos, como à beira
mar, essa é uma alternativa bastante eficaz. E também é empregada para outros fins,
como, construções de igrejas, passarelas, construções rurais, residenciais, depósitos
em geral, indústrias químicas, etc

2. CARACTERÍSTICAS DA ESTRUTURA

2.1 Características da Madeira


• Tipo: Pinus Taeda;
• Umidade relativa à Juazeiro;
• Duração da carga base: 2 anos – longa duração.

CARACTERÍSTICAS DA MADEIRA – PINUS TAEDA


Massa específica aparente 𝜌𝑎𝑝(12%) 645 (kg/m³)

Resistência à compressão paralela às fibras – 𝑓𝑐0 44,4 (MPa)

Resistência à tração paralela às fibras – 𝑓𝑡0 82,8 (MPa)

Resistência à tração normal às fibras – 𝑓𝑡90 2,8 (MPa)

Resistência ao cisalhamento – 𝑓𝑣 7,7 (MPa)

Módulo de elasticidade longitudinal – 𝐸𝑐0 13.304 (MPa)


Fonte: NBR 7190: 1977.
Com base nos dados característicos da pinus taeda, é possivél calcular o
coeficiente de modificação (𝐾𝑚𝑜𝑑), que por sua vez, que é responsável por modificar
as medidas das propriedades da madeira levando em consideração a classe de
carregamento da estrutura, a classe de umidade admitida e a categoria empregada.
Considerando a cidade de Juazeiro, uma localidade cuja variação de umidade é
menor que 65%, foi adotado a classe 1.
Segue então, os valores para Kmod, em função da duração do carregamento,
das possíveis variações de resistência ao longo do tempo em função da umidade, bem
como, da qualidade da madeira empregada na estrutura:

Tabela 2 – Descrição dos valores de 𝐾𝑚𝑜𝑑


DESCRIÇÃO Kmod
Carregamento -Longa
𝐾𝑚𝑜𝑑1 = 0,7
duração
Classe de umidade 1 𝐾𝑚𝑜𝑑2 = 1,0

Madeira de 2ª categoria 𝐾𝑚𝑜𝑑3 = 0,8


Fonte: NBR 7190: 1977.

Portanto, o coeficiente de modificação (𝐾𝑚𝑜𝑑), a partir das características


dadas, é calculado como:
𝐾𝑚𝑜𝑑 = 𝐾𝑚𝑜𝑑1 × 𝐾𝑚𝑜𝑑2 × 𝐾𝑚𝑜𝑑3
𝐾𝑚𝑜𝑑 = 0,7 × 1,0 × 0,8
𝐾𝑚𝑜𝑑 = 0,56

Neste sentido, para o cálculo da resistência de Projeto, temos:

Tabela 3 – Cálculo das resistências de projeto da madeira


RESISTÊNCIAS DE PROJETO - MADEIRA Fórmulas Valor

Resistência à compressão paralela às fibras – 𝑓𝑐0𝑑 𝑓𝑐0𝑑 = 𝑓𝑐0 × 𝑘𝑚𝑜𝑑 24,86 (MPa)

Resistência à tração paralela às fibras – 𝑓𝑡0𝑑 𝑓𝑡0𝑑 = 𝑓𝑡0 × 𝑘𝑚𝑜𝑑 46,37 (MPa)

Resistência à tração normal às fibras – 𝑓𝑡90𝑑 𝑓𝑡90𝑑 = 𝑓𝑡90𝑑 × 𝑘𝑚𝑜𝑑 1,57 (MPa)

Resistência ao cisalhamento – 𝑓𝑣0𝑑 𝑓𝑣0𝑑 = 𝑓𝑣0 × 𝑘𝑚𝑜𝑑 4,31 (MPa)

Módulo de elasticidade longitudinal – 𝐸𝑐0𝑑 𝐸𝑐0𝑑 = 𝐸𝑐0 × 𝑘𝑚𝑜𝑑 7450,24 (MPa)

Fonte: Autores.
2.2 Estrutura

A estrutura escolhida para este projeto, é a treliça tipo Belga, que por sua vez,
caracteriza-se por não possuir barras verticais (conforme a figura 1), o que também
faz com que não haja uma barra representando o centro de simetria da treliça. Além
de acarretar uma economia de matéria prima pela diminuição de barras e no número
de nós, esse tipo de configuração permite que as peças sejam mais esbeltas (não há
flambagem). Este tipo de treliça é indicado para vãos da ordem de 18 a 35 metros.

Figura 1: Tipo de treliça adotado

Fonte:
2.3 O Telhado

O projeto será composto por uma estrutura de madeira feita com função de
cobertura em um galpão, e para dar-se início ao dimensionamento, foram levados em
consideração os critérios a serem adotados na Figura 2 a seguir:

Figura 2: Planta do telhado com dimensões e altura do galpão

Fonte: Roteiro do trabalho.


Sabendo-se que N = 4 cujo valor se refere à equipe que projetará o
telhado, logo, as dimensões do galpão (sem a cobertura) dão-se da seguinte
forma:

• 𝐿 = 16 + 0,4 × 4 = 17,6𝑚
• 𝑉 = 8 + 0,5 × 4 = 10,0𝑚
• 𝐻 = 4 + 0,2 × 4 = 4,8𝑚

O tipo de cobertura que será considerado neste projeto é a cobertura plana


com duas águas. Além disso, considera-se beirais de 0,60m em volta de toda
edificação.

2.4 A Telha

Para o projeto da estrutura, foi empregada a telha cerâmica tipo colonial que
conta com uma boa disponibilidade no mercado, apresenta conforto térmico e possui
ótima vazão de águas pluviais e simples instalação. A telha de cerâmica tem boa
relação custo-benefício e adéqua-se muito bem a diferentes climas.

Figura 3: Características técnicas da telha colonial

Fonte: Catálogo Técnico Top Telha.


2.5 Dimensões e altura do telhado

O tipo de telha é o fator determinante para a inclinação mínima do telhado


e, para a telha colonial, de acordo com o fabricante, o valor mínimo é de 35%.
Neste sentido, é possível determinar o ângulo de inclinação do telhado.

• Cálculo de ângulo de inclinação do telhado:

35
𝑡𝑔𝜃 = 100 → 𝜃 = 𝑡𝑔−1 (35⁄100) = 19,3°

• Cálculo de largura inclinada do telhado (sem beiral):

5,0
𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 (𝑙) = = 5,30𝑚
cos 19,3°

• Cálculo de largura inclinada do telhado (com beiral):

5,0 + 0,60
𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙(𝑙𝑡 ) = = 5,93𝑚
cos 19,3°

• Cálculo da altura da treliça:


𝑠𝑒𝑛 19,3° = = 1,75𝑚
5,30

Figura 4: Dimensões da tesoura

Fonte: Autoria própria


3. QUANTITATIVO

3. 1 Ripas

As ripas são as peças que recebem as telhas. O espaçamento entre as ripas,


depende do tipo e tamanho das telhas usadas. Para o cálculo do madeiramento, foi
adotado o valor máximo (48cm) do espaçamento entre ripas e seção das ripas de
1,5x5,0 cm.
A quantidade de ripas (Qr) é igual a divisão da largura do espaçamento do vão
pelo espaçamento da ripa. Assim, tem-se que:

5,93
𝑄𝑟 = + 1 ≅ 14
0,48

Portanto, para 2 águas: 28 ripas.

3.2 Caibros

Os caibros são as peças de madeira que servem de apoio às ripas. O


espaçamento dos caibros depende do tipo de telhas usado e da resistência das ripas
e normalmente varia entre 40 a 60 cm. Neste projeto, será adotado o espaçamento
máximo de 50 cm e a seção dos caibros de 5,0x6,0 cm.
A quantidade de caibros (𝑄𝑐) é igual a divisão da largura do vão (com beiral)
pelo espaçamento entre caibros. Logo:

17,6 + 1,20
𝑄𝑐 = + 1 ≅ 39
0,50

Portanto, para duas águas: 78 caibros.

3.3 Terças

As terças são peças horizontais dispostas perpendicularmente às tesouras e


são chamadas de cumeeiras quando estão na parte mais alta do telhado.
Trabalharemos com o valor da seção das terças de 6,0x16,0 e espaçamento entre
elas de 1,50m.
A quantidade de terças 𝑄𝑡𝑒𝑟ç𝑎𝑠 é igual divisão da largura inclinada do vão
pelo espaçamento entre terças:
5,93
𝑄𝑡𝑒𝑟ç𝑎𝑠 = ≅4
1,50

Portanto, para duas águas: 8 terças.

3.4 Treliças

Para o tipo de telha colonial o espaçamento máximo é de 2,60m. Como o


comprimento da estrutura é de 17,6m, será adotado 2,50m de forma a facilitar a
divisão de acordo com a planta da edificação. Tem-se, então, seis espaçamentos
de 2,50m e um espaçamento de 2,6m. Portanto, um total de 7 tesouras .

Figura 4: Dimensões da tesoura

Fonte: Autoria própria

3.5 Quantidade Telhas

A quantidade de telhas da cobertura é calculada multiplicando-se a área plana


do telhado (incluindo a distância do beiral), pelo fator de telhas Fi que é dado de
acordo com a inclinação do telhado.

Tabela 4 – Fator de telhas

Fonte: Catálogo Técnico Top Telha.

Sendo assim, a área plana 𝐴𝑡 é igual a:

𝐴𝑡 = (10 + 2 × 0,6) × (17,6 + 2 × 0,6) = 210,56𝑚2

Já que a inclinação deste projeto é de 35%, o fator de telhas é 18,01


(Figura4). Desta forma, tem-se que:

𝑄𝑡𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑙ℎ𝑎𝑠 = 𝐴𝑡 × 𝐹𝑖 = 210,56 × 18,01 = 3792 𝑡𝑒𝑙ℎ𝑎𝑠

O recobrimento total do telhado utilizará 3792 telhas cerâmicas tipo colonial.


Considerando acidentes e cortes, serão adicionadas 5% de telhas a mais da
quantidade total:
𝐴𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 = 0,05 × 3792 = 190 𝑡𝑒𝑙ℎ𝑎𝑠
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙: 3792 + 190 = 3982 𝑡𝑒𝑙ℎ𝑎𝑠
4. PROJETO DA ARMAÇÃO

Levando em consideração o tipo de treliça adotado (belga) e os


espaçamentos dos elementro que compem a trama do telhado foi possivel obter os
seus elementos (Figura 5) e consequentemente as suas dimensões (Figura 6).

Figura 5: Esquema de armação e seus elementos

Fonte: Autoria própria

Figura 6: Valores dos elementos geométricos

Fonte: Autoria própria

Logo os elementos e suas dimenções do telhado acima pode ser melhor visto
na tabela 5.

Tabela 5: Dimensões dos elementos geométricos

ELEMENTO DIMENSÃO
L - Comprimento 5,00 m
H - Altura da treliça 1,75 m
C - Comprimento do banzo superior 5,30 m
e - Espaçamento entre terças 1,50 m
α - inclinação do telhado 19,3°
Sen α 0,33
Cos α 0,94
a - Espaçamento entre tesouras 2,5 m
t - Espaçamento entre caibros 0,50 m
do - Diagonal 1,89 m
d1 - Diagonal 1,44 m
d2 - Diagonal 1,03 m
d3 - Diagonal 0,76 m
H - Altura de implantação da cobertura 4,8 m

Fonte: Autoria própria

5. CARREGAMENTO

O carregamento de um telhado é composto pelas ações de cargas que atuam


sobre o mesmo, como a a carga permanente e a carga variavel. Sendo que o
carregamento permanente é as ações que ocorrem em toda a vida útil da edificação
com valores constantes ou com pequenas variações em torno de sua média, que
no nosso caso é composto pelo peso próprio devido ao madeiramento e das telhas.
Já a carga variavel, é definida pelas ações que possuem variações significativas em
torno de sua média ao longo da vida útil da edificação, que neste trabalho foi
composto pelo peso da água absorvida pelas telhas e a ação do vento.

5.1 Carregamento Permanente

Devido à sua localização (Juazeiro-Ba), a madeira Pinus Taeda possui uma


umidade relativa de 65% (classe 1) e, de acordo com a NBR 7190/97 possui massa
específica de 645 kg/m³. E para o cálculo do peso próprio, foi utilizado para a
aceleração da gravidade, g = 9,81 m/s². Portanto, o peso específico da madeira em
questão é de 6,33 kN/m³.
Ainda de acordo com a NBR 7190/97, o peso próprio do madeiramento é
estimado pelo produto entre o volume de madeira e seu peso específico com teor de
umidade de 12%. E, para este projeto, o peso próprio dos elementos estruturais serão
estimados a partir de fórmulas empíricas, descritas no Caderno de Projetos de
Telhados em Estruturas de Madeira (MOLITERNO, 2010).

5.1.1 Peso próprio da treliça

Afim de se obter o peso dos elementos da treliça e contraventamento,


adotou-se a fórmula de Howe:

𝐺𝑇𝑅 = 0,0245 (1 + 0, 33 ∗ 𝑉)
𝐺𝑇𝑅 = 0,0245 (1 + 0, 33 ∗ 10) = 0,105 𝐾𝑁/𝑚2
Onde:

V = vão teórico da tesoura (m)

Para o cálculo do peso próprio das terças, caibros e ripas, será feito o uso
da seguinte fórmula:

𝐺 = (𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒) ∗ (𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠) ∗ (𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑎 𝑚𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎)

Onde o peso específico da madeira já foi calculado anteriormente, cujo valor


é ρ = 6,33 KN/m³

5.1.2 Peso próprio das terças

Como as terças foram adotadas com seção de 6,0 X 16,0 cm = 0,06 X 0,16
m, quantidade de 0,674 terças/m e espaçamento de 1,50 m, logo:

𝐺𝑡 = 0,674 ∗ 0,06 ∗ 0,16 ∗ 6,33 = 0,041 𝐾𝑁/𝑚²


5.1.3 Peso próprio dos caibros

Já os caibros foram considerados com seção de 5,0 X 6,0 cm = 0,05 X 0,06


m, quantidade de 2,07 caibros/m e espaçamento de 0,50 m:

𝐺𝑐 = 2,07 ∗ 0,05 ∗ 0,06 ∗ 6,33 = 0,039 𝐾𝑁/𝑚²

5.1.4 Peso próprio das ripas

Considerando as ripas com seção de 1,5 X 5,0 cm = 0,015 X 0,05 m,


quantidade de 2,36 ripas/m e espaçamento de 0,48 m:

𝐺𝑟 = 2,36 ∗ 0,015 ∗ 0,05 ∗ 6,33 = 0,011 𝐾𝑁/𝑚²

5.1.5 Peso próprio das telhas

Através do catálogo do fabricante foi possivel fazer a seguinte consideração


em relação a telha colonial:

• Peso de cada telha colonial: 3,4 kg


• Rendimento médio: 17 telhas/m²

Sendo,
𝐺𝑡𝑒𝑙ℎ𝑎𝑠 = (𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑡𝑒𝑙ℎ𝑎𝑠) ∗ (𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑚2 )

Obtêm-se:
𝐾𝑔
𝐺𝑡𝑒𝑙ℎ𝑎𝑠 = 34 ∗ 17 = 57,8 = 0,567 𝐾𝑁/𝑚2 (𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑛𝑑𝑜 1 𝐾𝑔𝑓 = 9,81 𝑁)
𝑚2

Apesar do fabricante informar o percentual de absorção de água < 13%, será


adotado para esse projeto, visando maior segurança da estrutura, o percentual de
30%.
𝐺𝑎𝑏𝑠.á𝑔𝑢𝑎 = 30% ∗ 𝐺𝑡𝑒𝑙ℎ𝑎𝑠 = 0,30 ∗ 0,567 = 0,170 𝐾𝑁/𝑚²
5.1.6 Peso próprio dos elementos metálicos

De acordo com a NBR 7190/97 deve ser adotado 3% do peso da madeira


para a determinação do peso dos elementos metálicos de ligação, o que pode ser
calculado com a seguinte fórmula:

Gm = 0,03(𝐺𝑇𝑅 + 𝐺𝑡 + 𝐺𝑐 + 𝐺𝑟 )

𝐺𝑚 = 0,03 ∗ (0,105 + 0,041 + 0,039 + 0,011) = 0,0059 𝐾𝑁/𝑚²

5.2 Carregamento variável

5.2.1 Ação do Vento

A norma brasileira “NBR 6123 – Forças devidas ao vento em edificações”, da


ABNT (1988), considera que a força do vento depende da diferença de pressão nas
faces opostas (externa e interna) da parte da edificação em estudo e existem diversos
fatores que podem influenciar na formação do vento, como a pressão atmosférica,
radiação solar, umidade do ar e evaporação. Portanto, para efeitos de simplificação
dos cálculos da edificação, foi adotada a carga do vento como:

𝑞 = 0,2 𝐾𝑁/𝑚2

5.3 Carregamento variável

5.3.1 Sobrecarga

De acordo com o item 2.2.1.4 da norma NBR 6120:1980, adota-se carga


uniforme equivalente:

p = 1 KN p = P/área de influência

𝑝 = 1/ (2,45 𝑥 1,5) = 0,27 𝑘𝑁/𝑚²

Espaçamento entre terças 1,50m (horizontal)


Espaçamento entre tesouras 2,50m e 2,45m (adotou-se o que proporciona
maior sobrecarga= 2,45)

E com esses dados foi possível fazer a tabela 6, onde é possível visualizar o
carregamento dos elementos da cobertura.

Tabela 6: Carregamento da cobertura

Carregamento da cobertura ( KN/m²)


Treliça 0,105
Terças 0,041
Caibros 0,039
Ripas 0,011
E. Metálicas 0,0059
Telhas 0,567
Absorção de água 0,17
Total: 0,939

Fonte: Autoria própria

5.4 Carregamento total

• Carregamentos total da cobertura:

• Carregamentos vertical total:

Tabela 7: Carregamento da cobertura

Carregamento total vertical (KN/m2)


Cobertura 0,939
Sobrecarga 0,27
Ação do vento 0,2
Total: 1,409

Fonte: Autoria própria


6. ÁREA DE INFLUÊNCIA

Para o cálculo da área de influência as cargas serão consideradas como


atuantes sobre os nós dos banzos superiores da treliça. Utilizando o critério da faixa
de influência, para se obter a carga atuante sobre cada nó, onde a faixa de influência
é considerada como sendo a soma das duas metades das distâncias entre os dois
nós vizinhos, logo:

𝐴𝑖𝑛𝑓 = (𝑓𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎) × (𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑡𝑟𝑒𝑙𝑖ç𝑎𝑠)

Sendo a distância entre as treliças: 6 espaçamentos de 2,50m e 1 espaçamentos


de 2,45m. Será adotado 2,50m para o cálculo de cargas sobre as treliças, já que a
mesma trará a pior situação.

• Área de influência dos nós internos:

𝐴𝑖𝑛𝑓 = 0,6 × 2,50 = 4 𝑚2

• Área de influência dos nós externos

𝐴𝑖𝑛𝑓 = (1,60⁄2 + 0,6) × 2,50 = 3,5 𝑚2

Figura 7: Numeração dos nós da treliça

Fonte: Autoria própria

Tabela 8: Área de influência dos nós


Nó Área de influência (m²)
Nó 1 3,5
Nó 10 4
Nó 12 4
Nó 14 4
Nó 15 4
Nó 13 4
Nó 11 4
Nó 9 4
Nó 8 3,5
Fonte: Autoria própria

Como pode ser visto na tabela 8, a área de influencia nos nós do banzo superior
da treliça possui área de inflencia igual a 3,5 m², com exceçção dos nós do extremo
direito e esquerdo, que possui 4 m².

7. CARGAS VERTICAIS NO BANZO SUPERIOR

• Carga vertical no banzo superior

A cargas verticais, pontuais que atuam nos nós do banzo superior são dadas
pela seguinte formula:
𝑝𝑣 = 𝐺𝑣 ∗ 𝐴𝑖𝑛𝑓
Cuja nossa carga vertical total 𝐺𝑣 = 1,409 𝐾𝑁/𝑚²

Tabela 9: Cargas verticais pontuais no banzo superior

Cargas verticais do banzo superior


Nó 1 Gv (KN/m²) Ainf (m²) pv (KN)
Nó 10 1,409 3,5 4,93
Nó 12 1,409 4 5,64
Nó 14 1,409 4 5,64
Nó 15 1,409 4 5,64
Nó 13 1,409 4 5,64
Nó 11 1,409 4 5,64
Nó 9 1,409 4 5,64
Nó 8 1,409 3,5 4,93

Fonte: Autoria própria


Figura 8: Cargas no banzo superior

Fonte: Autoria própria

Figura 9: Esforços nas barras

Fonte: Autoria própria

8. DIMENSIONAMENTO

Para o dimensionamento das barras da treliça faz-se necessário o uso dos dados
com as características da madeira e os esforços atuantes nas barras calculados. Os
cálculos serão embasados na norma NBR 7190-Projeto de Estrutura de Madeira, para
facilitar a identificação, foram enumeradas as barras na seguinte ordem:
Figura 10: Numeração das barras

Fonte: Autoria própria

Tabela 10- Classes de resistência - Coníferas NBR 7190:199

Fonte: NBR 7190:1997.

Por se trartar da madeira Pinus Taeda, adotamos, pela NBR 7190:1997,


madeira Conífera classe C30, de acordo com a tabela 10, temos:

▪ Peso específico aparente: ρ= 600 kg/m³ (peso específico 6 kN/m³)

▪ O coeficiente de modificação 𝑘𝑚𝑜𝑑 é formado pelo produto.

𝐾𝑚𝑜𝑑 = 𝐾𝑚𝑜𝑑1 × 𝐾𝑚𝑜𝑑2 × 𝐾𝑚𝑜𝑑3

O coeficiente de modificação que leva em conta a classe de carregamento e o


tipo de material empregado, é dado pela tabela 10 da norma NBR – 7190. Já o
coeficiente de modificação que leva em conta a classe de umidade é dado pela tabela
11 da mesma norma, bem como o coeficiente de modificação que leva em
consideração se a madeira é de primeira ou segunda categoria.
Segue a na tabela abaixo, os valores do Kmod considerados para cada classe
analisada.
Tabela 11: Descrição dos valores de 𝐾𝑚𝑜𝑑
DESCRIÇÃO Kmod
Carregamento -Longa duração 𝐾𝑚𝑜𝑑1 = 0,7

Classe de umidade 1 𝐾𝑚𝑜𝑑2 = 1,0

Madeira de 2ª categoria 𝐾𝑚𝑜𝑑3 = 0,8


Fonte: NBR 7190: 1977.

Portanto, o coeficiente de modificação (𝐾𝑚𝑜𝑑), a partir das características


dadas, é calculado como:
𝐾𝑚𝑜𝑑 = 𝐾𝑚𝑜𝑑1 × 𝐾𝑚𝑜𝑑2 × 𝐾𝑚𝑜𝑑3
𝐾𝑚𝑜𝑑 = 0,7 × 1,0 × 0,8
𝐾𝑚𝑜𝑑 = 0,56

▪ Resistência característica de compressão paralela às fibras:

𝑓𝑐0,𝑘 = 31,08 𝑀𝑃𝑎

▪ Resistência característica de tração paralela às fibras:

De acordo com o item 6.3.3 da NBR- 7190, no que diz respeito a caracterização
simplificada da resistência da madeira serrada, admite-se um coeficiente de variação
de 18% e para as resistências a esforços tangenciais um coeficiente de variação de
28%. Onde permite-se adotar as seguintes relações para os valores característicos
das resistências:
Figura 11: Caracterização simplificada da resistência da madeira serrada

Fonte: NBR 7190:1997

Logo, temos:
𝑓𝑐0,𝑘 30
𝑓𝑡0,𝑘 = = = 38,96 𝑀𝑃𝑎
0,77 0,77

▪ Resistência de compressão paralela às fibras de projeto:


Para 𝛾𝑤 = 1,4, temos:
𝑓𝑐0,𝑘
𝑓𝑐0,𝑑 = 𝐾𝑚𝑜𝑑 ×
𝛾𝑤
30,0
𝑓𝑐0,𝑑 = 0,56 × = 𝟗, 𝟑𝟑 𝑴𝑷𝒂
1,4

▪ Resistencia a tração paralela as fibras de projeto:


Para 𝛾𝑤 = 1,8, temos:

𝑓𝑡0,𝑘
𝑓𝑡0,𝑑 = 𝐾𝑚𝑜𝑑 ×
𝛾𝑤
40,36
𝑓𝑡0,𝑑 = 0,56 = 𝟏𝟐, 𝟓𝟕 𝑴𝑷𝒂
1,8
▪ Resistência de compressão normal às fibras de projeto:

𝑓𝑐90,𝑑 = 0,25 × 𝑓𝑐0,𝑘

𝑓𝑐90,𝑑 = 0,25 × 30,0 = 7,50 𝑀𝑃𝑎


▪ Resistência de compressão inclinada as fibras:
𝑓𝑐0,𝑑 × 𝑓𝑐90,𝑑
𝑓𝑐,𝛼 =
𝑓𝑐0,𝑑 × 𝑠𝑒𝑛2 𝛼 + 𝑓𝑐90,𝑑 × 𝑐𝑜𝑠 2 𝛼

12,0 × 7,75
𝑓𝑐,𝛼 = = 𝟏𝟏, 𝟐𝟒 𝑴𝑷𝑨
12,0 × 𝑠𝑒𝑛2 19,3° + 7,75 × 𝑐𝑜𝑠 2 19,3°

• Módulo de Elasticidade:
𝐸𝑐,𝑚 = 14500 𝑀𝑃𝑎
𝐸𝑒𝑓 = 𝐾𝑚𝑜𝑑 × 𝐸𝑐,𝑚 = 0,56 × 14500 = 8120 𝑀𝑃𝑎

8.1 Carga nas peças

As cargas permanentes atuantes nas peças são majoradas com 𝛾𝑤 = 1,4.


𝑁𝑑 = 𝑁𝑘 × 𝛾𝑤

8.2 Dimensões das peças

Para o dimensionamento das peças comprimidas, tracionadas e áreas liquidas


das barras serão feitas utilizando as seguintes fórmulas:

• Barras tracionadas:
𝑁𝑑
𝐴𝑛 =
𝑓𝑐0,𝑑
• Barras comprimidas:
𝑁𝑑
𝐴𝑛 =
𝑓𝑐0,𝑑
• Áreas líquidas das barras:
𝐴𝑛
𝐴𝑔 =
0,7

Sendo que esse dimensionamento das peças comprimidas e tracionadas


podem ser observadas na seguinte tabela:
Tabela 12 :Dimensionamento das barras da treliça

Barras Nk (KN) Nd (KN) fco,d (KN/cm²) fto,d (KN/cm²) An (cm²)


18=17 Comprimida 59,4 83,16 1,2 --- 69,3
22=20 Comprimida 51,1 71,54 1,2 --- 59,62
Banzo 25=23 Comprimida 42,6 59,64 1,2 --- 49,7
superior 27=26 Comprimida 34,1 47,74 1,2 --- 39,78
19=14 Comprimida 8,3 11,62 1,2 --- 9,68
3=5 Tracionada 3,9 5,46 --- 0,93 5,85
21=12 Comprimida 7,8 10,92 1,2 --- 9,1
5=13 Tracionada 6,5 9,1 --- 0,93 9,75
24=9 Comprimida 9,7 13,58 1,2 --- 11,31
Diagonal 7=10 Tracionada 9,1 12,74 --- 0,93 13,65
1=16 Tracionada 56 78,4 --- 0,93 84,03
2=11 Tracionada 45,5 63,7 --- 0,93 68,49
Banzo 4=8 Tracionada 37 51,8 --- 0,93 55,69
inferior 6 Tracionada 28,8 40,32 --- 0,93 43,35
Fonte: Autoria própria

E de acordo, com a NBR 7190 item 10.2.1, a área mínima das seções
transversais é de 50 cm² e a espessura mínima de 5 cm. Logo será adotado para cada
barra:
Tabela 13: Áreas e seções adotadas

Seções
An
adotado
Barras (cm²) Base (cm) Altura (cm)
18=17 Comprimida 72 8 9
22=20 Comprimida 72 8 9
Banzo 25=23 Comprimida 72 8 9
superior 27=26 Comprimida 72 8 9
19=14 Comprimida 50 5 10
3=5 Tracionada 50 5 10
21=12 Comprimida 50 5 10
5=13 Tracionada 50 5 10
24=9 Comprimida 50 5 10
Diagonal 7=10 Tracionada 50 5 10
1=16 Tracionada 104 8 13
2=11 Tracionada 104 8 13
Banzo 4=8 Tracionada 104 8 13
inferior 6 Tracionada 104 8 13

Fonte: Autoria própria


9. VERIFICAÇÃO DOS ESFORÇOS

As peças que são solicitadas à compressão simples, devem ser dimensionadas


admitindo-se uma excentricidade acidental do esforço de compressão, levando-se
ainda em conta os acréscimos destas excentricidades em decorrência dos efeitos de
segunda ordem. Cálculos baseados na norma NBR 7190.

9.1 Verificação da esbeltez

Neste projeto, para as barras comprimidas, serão utilizadas peças curtas, logo o
índice de esbeltez para as peças comprimidas deve estar no intervalo delimitado por:
𝜆 ≤ 40

Para o cálculo do índice de esbeltez tem-se:


𝑖𝑚𝑖𝑛
𝜆= 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 λ ≤ 40
𝐴

Onde:
√𝐼 𝑏 ∗ ℎ³
𝑖𝑚𝑖𝑛 = 𝑒 𝐼=
𝐴𝑛 12

• Para as barras 19 e 14:


𝐴 = 5 ∗ 10 = 50 𝑐𝑚²
5 ∗ 10³
𝐼𝑥 = 𝐼𝑦 = = 416,67
12

416,67
𝑖𝑚𝑖𝑛 = √ = 2,89
50

76
𝜆= = 26,30 , 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 𝜆 ≤ 40
2,89

• Para as barras 21 e 12:


𝐴 = 5 ∗ 10 = 50 𝑐𝑚²
5 ∗ 10³
𝐼𝑥 = 𝐼𝑦 = = 416,67𝑐𝑚4
12
416,67
𝑖𝑚𝑖𝑛 = √ = 2,89
50

103
𝜆= = 35,64 , 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 𝜆 ≤ 40
2,89

• Para as barras 24 e 9 será necessario a modificação da seção,


adotando a peça de 5x13:

𝐴 = 5 ∗ 13 = 65 𝑐𝑚²
5 ∗ 13³
𝐼𝑥 = 𝐼𝑦 = = 915,42 𝑐𝑚4
12

915,42
𝑖𝑚𝑖𝑛 = √ = 3,75
65

144
𝜆= = 38,80 , 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 𝜆 ≤ 40
3,75

• Para as barras do banzo superior será necessário a modificação da


seção adotando a seção de (10 x 13)cm:

𝐴 = 10 ∗ 13 = 130 𝑐𝑚²
10 ∗ 13³
𝐼𝑥 = 𝐼𝑦 = = 1830,83 𝑐𝑚4
12

1830,83
𝑖𝑚𝑖𝑛 = √ = 3,75
130

150
𝜆= = 40 , 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 𝜆 ≤ 40
3,75

Com essa verificação houve mudanças nas seções e consequentemente na área, o


que pode ser melhor compreendido na tabela seguinte:
Tabela 14: Áreas e novas seções adotadas

Seções
An
adotado
Barras (cm²) Base (cm) Altura (cm)
18=17 Comprimida 130 10 13
22=20 Comprimida 130 10 13
Banzo 25=23 Comprimida 130 10 13
superior 27=26 Comprimida 130 10 13
19=14 Comprimida 50 5 10
3=5 Tracionada 50 5 10
21=12 Comprimida 50 5 10
5=13 Tracionada 50 5 10
24=9 Comprimida 65 5 13
Diagonal 7=10 Tracionada 50 5 10
1=16 Tracionada 96 8 13
2=11 Tracionada 96 8 13
Banzo 4=8 Tracionada 96 8 13
inferior 6 Tracionada 96 8 13

9.2 Excentricidade de 1ª ordem

Sendo calculada nos eixos x e y, logo:

Onde:

A excentricidade acidental devida às imperfeições geométricas das peças e


inevitáveis excentricidades dos carregamentos é adotada como:

Sendo L0 = L, temos:
Para as peças 17, 18, 20, 22, 23, 25, 26 e 27, temos:

150
𝑒𝑎 = = 0,5
300
Para as peças 14 e 19 temos:

76
𝑒𝑎 = = 0,253
300
Para as peças 12 e 21, temos:

103
𝑒𝑎 = = 0,343
300
Para as peças 9 e 24, temos:

144
𝑒𝑎 = = 0,48
300

Resulta da aplicação dos valores de cálculo do momento fletor (M1,d) e do


esforço normal de compressão (Nd) na situação de projeto, ou seja, ainda sem
amplificação devido à teoria de 2ª ordem. (item a ser calculado posteriormente).
𝑀1𝑑 𝑀1𝑔,𝑑 𝑀1𝑔,𝑑 ℎ
𝑒𝑖 = = + , 𝑐𝑜𝑚 𝑒𝑖 ≥
𝑁𝑑 𝑁𝑑 𝑁𝑑 30
Portanto, temos:
Seções adotadas
base altura
Barras L0 (cm) imin(cm) 𝜆 𝑒𝑖 (cm) 𝑒𝑎 (cm) 𝑒1 (cm)
(cm) (cm)
17 =18
20=22
10 13 150 3,75 40,00 0,43 0,50 0,93
23=25
26=27
14=19 5 10 76 2,89 26,30 0,33 0,25 0,58
12=21 5 10 103 2,89 35,64 0,33 0,34 0,67
9=24 5 13 144 3,75 38,80 0,43 0,48 0,91
10. DIMENSIONAMENTO DO MEZANINO

8.1. Pré-dimensionamento

Para este dimensionamento foi preciso a definição das dimensões do piso


elevado, que de acordo com as nossas dimensões foi de 10 m x 8,8 m. Logo foi
possivel fazer um quantitativo e posicionamento dos pilares (Figura 11) e vigas
principais (Figura 12) e secundarias. (Figura 13), sendo que estas estão de acordo
com o catalogo da fabricante (Figura 15).

Figura 11: Posicionamento dos pilares

Fonte: Autoria própria


Figura 12: Posicionamento das vigas principais

Fonte: Autoria própria

Figura 13: Posicionamento das vigas secundarias


Fonte: Autoria própria

Figura 14: Posicionamento das vigas principais e secundarias

Fonte: Autoria própria

Figura 15: Posicionamento das vigas principais

Fonte: Painel wall eternit


Após a colocação dos pilares e vigas, foi colocado os painéis de piso, como pode
ser observado na figura abaixo.

Figura 15: Painéis do piso

Fonte: Autoria própria

10.2 Dimensionamento de vigas secundárias

Para o dimensionamento das vigas secundárias, foi primeiramente definidos as


cargas atuantes, ou seja, a carga acidental e o peso próprio do Painel Wall, logo foi
considerado:
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = 200 𝑘𝑔𝑓/𝑚² ≅ 1,96 𝑘𝑁/𝑚²

𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑝𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 = 32 𝑘𝑔/𝑚2 = 0,32𝑘𝑁/𝑚²

Foi considerado a área de influência sobre as vigas segundarias, logo teremos


uma carga uniformemente distribuída nos piores casos, visto que as peças recebem
carga de dois painéis de:
𝑄1 = (1,96 + 0,32) ∗ 1,20 = 2,74 𝑘𝑁/𝑚

No Ftool foi colocado a viga com a carga distribuída (Figura 16), e a partir disso foi
obtido 1.2 KN.m no momento fletor máximo (Figura 17) e 2.6 KN.m para o cortante
(Figura 18).

Figura 16: Viga com carga distribuída

Fonte: Autoria própria

Figura 17: Diagrama de momento

Fonte: Autoria própria


Figura 18: Diagrama de cortante

Fonte: Autoria própria

Para o cálculo das dimensões da viga, será utilizado uma madeira Conífera
classe C30.

• Momento fletor majorado:


𝑀𝑑 = 1,2 ∗ 1,4 = 1,68 𝑘𝑁. 𝑚

• Resistência a compressão:
𝐾𝑚𝑜𝑑 = 0,7 × 1,0 × 0,8 = 0,56

𝑓𝑘 30
𝑓𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 ∗ = 0,56 ∗ = 12 𝑀𝑃𝑎
𝑦𝑤 1,4

• seção utilizando fórmula do módulo de resistência elástico da seção


transversal.
𝑏 ∗ ℎ²
𝑊=
6

𝑏 ∗ ℎ2 1,68
= = 0,00014 𝑐𝑚3
6 12 ∗ 103

Utilizando caibros das dimensões 5x6 cm


0,05 ∗ 0,062
𝑊= = 0,00003 𝑐𝑚3
6

Sendo assim:
0,00003 ≤ 0,00014

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT); NBR 7190: Projeto


de Estruturas de Madeira. Rio de Janeiro, 1997.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT); NBR 6123: Forças


Devidas ao Vento em Edificações. Rio de Janeiro, 1988.

PFEIL, Walter. Estruturas de madeira: dimensionamento segundo as normas


brasileiras NB11 e os modernos critérios das normas alemãs e americanas.
Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1978.

TELHA, Top. Catálogo Técnico Top Telha. Disponível em:<


toptelha.com.br/catalogos/TopTelha_CatalogoTecnico.pdf> Acesso em: 12 mai.
2021.

PESQUISA, Sua. Vento. Disponível em: <


https://www.suapesquisa.com/o_que_e/vento.htm> Acesso: 09/06/2021

PAINEL WALL, Eternit. Painel Wall: Mezaninos, passarelas e forro técnico. Disponível
em: < http://www.testoni.com.br/ESW/Files/Catalogo_Painel_Wall.pdf>. Acesso em:
26/06/2021.

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