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Estruturas de Concreto II

Profa. Jamires Praciano, M. Sc.


jamirescordeiro@gmail.com
1
Avaliação 2

 A nota consiste do resultado de avaliação continuada do


desempenho dos alunos, sendo sistematizada em três momentos
do calendário acadêmico: AV1, AV2 e AV3.
• A AV1 contemplará o conteúdo da disciplina até a sua realização.
• As AV2 abordará o conteúdo entre a V1 e a V2.
• AV3 abrangerá todo o conteúdo da disciplina. Para aprovação
na disciplina o aluno deverá:
 Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir por:
Média (AV1 + AV2). Caso contrário, AV3.
Bibliografia 3
Lajes Maciças 4

 Vãos muito grandes –


antieconômicas.

 Grande parcela da seção


– flexão.

 Concreto tracionado –
material desnecessário.
Lajes Nervuradas 6

 Mesa (placa superior fina) + nervuras (pequenas vigas).


 Consome menos concreto que a laje maciça.
 Sequencia de vigas T – funcionamento de nervuras e da laje.
7
Lajes Nervuradas 8

Pré-dimensionamento:
9
10
11

x
12
Balanços 13

 Uso não indicado.

 Momento fletor negativo.

 Desaparecimento do
comportamento de viga T.
Armaduras de distribuição 14

 Armadura complementar.

 Posicionada na mesa.

 Distribuir tensões de cargas


concentradas.

 Controle de fissuração
15
16
Fôrmas plásticas modularizadas 17
Nervuras pré-moldadas 18

 Vigota de concreto armado – conter a armação e servir de fôrma.


 Blocos cerâmicos ou de isopor – fôrma (elemento inerte).
 Capa de concreto – colaborar à compressão.
Nervuras pré-moldadas 19

 Vigota convencional (vigota T).

 Vigota treliçada.
Nervuras pré-moldadas 20
21
22
Vantagens e Desvantagens (Silva,2005) 23

 Vantagens:
 permitem vencer grandes vãos, liberando espaços, o que é vantajoso em locais como
garagens, onde os pilares, além de dificultarem as manobras dos veículos, ocupam regiões
que serviriam para vagas de automóveis;
 podem ser construídas com a mesma tecnologia empregada nas lajes maciças,
diferentemente das lajes protendidas que exigem técnicas especiais de construção;
 versatilidade nas aplicações, podendo ser utilizadas em pavimentos de edificações
comerciais, residenciais, educacionais, hospitalares, garagens, “shoppings centers”, clubes,
etc.;
 as lajes nervuradas também são adequadas aos sistemas de lajes sem vigas, devendo
manter-se regiões maciças apenas nas regiões dos pilares, onde há grande concentração de
esforços;
 pelas suas características (grande altura e pequeno peso próprio), são adequadas para
grandes vãos; em se tratando de grandes vãos estas lajes apresentam deslocamentos
transversais menores que os apresentados pelas lajes maciças e por aquelas com nervuras
pré-fabricadas.

Silva, Marcos Alberto Ferreira da. Projeto e construção de lajes nervuradas de concreto armado / Marcos Alberto Ferreira
da Silva. -- São Carlos : UFSCar, 2005. 239 p.
Vantagens e Desvantagens (Silva,2005) 24

 Desvantagens:
 normalmente aumentam a altura total da edificação;
 aumentam as dificuldades de compatibilização com outros subsistemas (instalações,
vedações, etc.);
 construção com maior número de operações na montagem;
 dificuldade em projetar uma modulação única para o pavimento todo, de maneira
que o espaçamento entre as nervuras seja sempre o mesmo;
 exigem maiores cuidados durante a concretagem para se evitar vazios (“bicheiras”)
nas nervuras (que costumam ser de pequena largura);
 resistência da seção transversal diferenciada em relação a momentos fletores
positivos e negativos, necessitando de cálculo mais elaborado.

Silva, Marcos Alberto Ferreira da. Projeto e construção de lajes nervuradas de concreto armado / Marcos Alberto Ferreira
da Silva. -- São Carlos : UFSCar, 2005. 239 p.
Aspectos geométricos e construtivos (NBR 6118) 25

 A espessura da mesa, quando não existirem tubulações horizontais embutidas,


deve ser maior ou igual a 1/15 da distância entre as faces das nervuras (lo) e não
menor que 4 cm.

 O valor mínimo absoluto da espessura da mesa deve ser 5 cm, quando existirem
tubulações embutidas de diâmetro menor ou igual a 10 mm. Para tubulações
com diâmetro f maior que 10 mm, a mesa deve ter a espessura mínima de 4 cm
+ f, ou 4 cm + 2f no caso de haver cruzamento destas tubulações.

 A espessura das nervuras não pode ser inferior a 5 cm.

 Nervuras com espessura menor que 8 cm não podem conter armadura de


compressão.
Aspectos geométricos e construtivos (NBR 6118) 26

Para o projeto das lajes nervuradas, devem ser obedecidas as seguintes condições:

a) para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras menor ou igual a 65 cm, pode
ser dispensada a verificação da flexão da mesa, e para a verificação do cisalhamento
da região das nervuras, permite-se a consideração dos critérios de laje;

b) para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras entre 65 cm e 110 cm, exige-
se a verificação da flexão da mesa, e as nervuras devem ser verificadas ao
cisalhamento como vigas; permite-se essa verificação como lajes se o espaçamento
entre eixos de nervuras for até 90 cm e a largura média das nervuras for maior que 12
cm;

c) para lajes nervuradas com espaçamento entre eixos de nervuras maior que 110
cm, a mesa deve ser projetada como laje maciça, apoiada na grelha de vigas,
respeitando-se os seus limites mínimos de espessura.
Vãos efetivos 27

Segundo a NBR 6118, quando os


apoios puderem ser considerados
suficientemente rígidos quanto à
translação vertical, o vão efetivo das
lajes deve ser calculado pela
seguinte expressão:

lef = l0 + a1 + a2

com a1 igual ao menor valor entre


(t1/2 e 0,3h) e a2 igual ao menor
valor entre (t2/2 e 0,3h).
Largura colaborante 28
Exercício 29

Pré-dimensionar uma laje nervurada bidirecional para a laje de figura, usando tijolos cerâmicos
furados de 19 cm x 24 cm x 39 cm com gtijolo = 13 kN/m³, fck = 20 MPa, aço CA-50 e cobrimento
de 2 cm. A carga acidental q = 3 kN/m² e a carga do revestimento e piso de 1 kN/m². As vigas
têm largura de 20 cm. Adotar dimensões da figura.
Exercício 30

 Passo 1: Carregamento
 Peso próprio:
• Mesa = 0,05 × 25 = 1,25 kN/m²
• Nervuras x = 0,24 × 0,12 × 25 /0,88 = 0,82 kN/m²
• Nervuras y = 0,24 × 0,12 × 25 × (0,76/0,88)/0,90 = 0,69 kN/m²

Desconto da área de interseção


• Tijolos = (0,76 × 0,78 × 0,24) × 13 /(0,9 × 0,88) = 2,34 kN/m²
• Revestimento e piso = 1 kN/m²
• Carga acidental = 3 kN/m²

TOTAL = 9,10 kN/m²


Exercício 31

 Passo 2: Cálculo dos momentos


𝑙𝑦 860
𝜆= = = 1,194
𝑙𝑥 720
Laje armada em 2D!
OBS: Considerar laje simplesmente apoiada nas vigas!

Usando os coeficientes de Marcus para o cálculo, temos:


𝛼𝑦 𝜆4
𝐾𝑥 =
𝛼𝑥 +𝛼𝑦 𝜆4
Considerando a laje simplesmente apoiada, temos que ax = ay = 5 e mx = my = 8.
𝛼𝑦 𝜆4 5 ∙ 1,1944
𝐾𝑥 = 4
= 4
= 0,67
𝛼𝑥 +𝛼𝑦 𝜆 5 + 5 ∙ 1,194
Exercício 32

𝐾𝑦 = 1 − 𝐾𝑥 = 0,33
Logo, as cargas em x e y são:
𝑘𝑁
𝑝𝑥 = 𝐾𝑥 𝑝 = 0,67 ∙ 9,10 = 6,097 2
𝑚
𝑘𝑁
𝑝𝑦 = 𝐾𝑦 𝑝 = 0,33 ∙ 9,10 = 3,003 2
𝑚
Coeficientes de Marcus:
20 𝐾𝑥 20 0,67
𝜐𝑥 = 1 − ∙ =1− ∙ = 0,6084
3 𝑚𝑥 ∙ 𝜆2 3 8 ∙ 1,1942
20 𝐾𝑦 ∙ 𝜆2 20 0,33 ∙ 1,1942
𝜐𝑦 = 1 − ∙ =1− ∙ = 0,6079
3 𝑚𝑦 3 8
Exercício 33

 Momentos
𝑝 𝑙 2 6,097 ∙ 7,202
𝑥 𝑥
𝑀𝑥+ = ∙𝜐 = ∙ 0,6084 = 24,04 𝑘𝑁𝑚/𝑚
𝑚𝑥 𝑥 8
2 2
𝑝𝑦 𝑙 𝑦 3,003 ∙ 8,60
𝑀𝑦+ = ∙𝜐 = ∙ 0,6079 = 16,88 𝑘𝑁𝑚/𝑚
𝑚𝑦 𝑦 8

 Momentos por nervura


𝑀𝑥+ = 24,04 ∙ 0,88 = 21,16 𝑘𝑁𝑚/𝑛𝑒𝑟𝑣𝑢𝑟𝑎
𝑀𝑦+ = 16,88 ∙ 0,90 = 15,19 𝑘𝑁𝑚/𝑛𝑒𝑟𝑣𝑢𝑟𝑎
Exercício 34

 Passo 3: Critério de Hahn


1
𝛿=
2
𝑙𝑥
5 𝑙𝑦
1− ∙ 4
6 𝑙
1+ 𝑥
𝑙𝑦
1
𝛿= 2 = 1,64
7,20
5 8,60
1− ∙ 4
6 7,20
1+
8,60
Exercício 35

 Por fim, para as nervuras em cada direção, os momentos são majorados pelo
critério de Hahn:
𝑀𝑥+ = 21,16 ∙ 𝛿 = 21,16 ∙ 1,64 = 34,70 𝑘𝑁𝑚/𝑛𝑒𝑟𝑣𝑢𝑟𝑎
𝑀𝑦+ = 15,19 ∙ 𝛿 = 15,19 ∙ 1,64 = 24,91 𝑘𝑁𝑚/𝑛𝑒𝑟𝑣𝑢𝑟𝑎

 Passo 4: Largura colaborante (Seção T)


 Direção x: bf = bw + 2 ∙ b1
b1 ≤ 0,10 lx ou 0,5 b2 (distância livre entre nervuras)
b1 ≤ 0,10 ∙ 7,20 ou 0,5 ∙ 0,76
b1 ≤ 0,72 m ou 0,38m (Adotar menor = 0,38 m)

Logo, bf = 0,12 + 2 ∙ 0,38 = 0,88 m


Exercício 36

 Passo 4: Largura colaborante (Seção T)


 Direção y: bf = bw + 2 ∙ b1
b1 ≤ 0,10 ly ou 0,5 b2 (distância livre entre nervuras)
b1 ≤ 0,10 ∙ 8,60 ou 0,5 ∙ 0,78
b1 ≤ 0,86 m ou 0,39m (Adotar menor = 0,39 m)

Logo, bf = 0,12 + 2 ∙ 0,39 = 0,90 m


Exercício 37

 Passo 5: Cálculo da armadura longitudinal


d = hTOTAL – cobrimento – f/2

Aqui você vai adotar o f! Adotando f = 12.5 mm:


d1 = hTOTAL – cobrimento – f/2
d1 = 29 – 2 – 1.25/2
d1 = 26,375 cm ≈ 26 cm
Exercício 38

 Passo 6: Seção T: Admitindo inicialmente a LN na mesa, temos:


 Direção x: (bw = bf = 0,88m e d = 0,26 m):
𝑀𝑑
𝐾𝑀𝐷 =
𝑏𝑤 ∙ 𝑑² ∙ 𝑓𝑐𝑑

34,10 × 1,4
𝐾𝑀𝐷 = = 0,057 ≅ 0,06
20.000
0,88 ∙ 0,26² ∙
1,4
𝑥
KX = = 0,0916
𝑑
x = 0,0916 d = 0,0238 m < 5cm.
LN na MESA!
KZ = 0,9634
Exercício 39

 Passo 6: Seção T: Admitindo inicialmente a LN na mesa, temos:


 Direção y: (bw = bf = 0,90 m e d = 0,26 m):
𝑀𝑑
𝐾𝑀𝐷 =
𝑏𝑤 ∙ 𝑑² ∙ 𝑓𝑐𝑑

24,91 × 1,4
𝐾𝑀𝐷 = = 0,04
20.000
0,90 ∙ 0,26² ∙
1,4
𝑥
KX = = 0,06
𝑑
x = 0,06 d = 0,0156 m < 5cm.
LN na MESA!
KZ = 0,9760
Exercício 40

 Passo 7: Armaduras
𝑀𝑑 1,4 ∙ 34,70
𝐴𝑠𝑥 = = = 4,46 𝑐𝑚²/𝑛𝑒𝑟𝑣𝑢𝑟𝑎
𝐾𝑍 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑘 0,9634 ∙ 0,26 ∙ 50
1,15
𝑀𝑑 1,4 ∙ 24,91
𝐴𝑠𝑦 = = = 3,29 𝑐𝑚²/𝑛𝑒𝑟𝑣𝑢𝑟𝑎
𝐾𝑍 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑘 0,976 ∙ 0,26 ∙ 50
1,15

Para f = 12.5mm e Af = 1,227 cm², temos:


Direção x: 4 f 12.5 mm/nervura
Direção y: 3 f 12.5 mm/nervura

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