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Aula 01 e 02.06.2021 - Efeitos Jurídicos Do Matrimônio
Aula 01 e 02.06.2021 - Efeitos Jurídicos Do Matrimônio
→ 2h/a
Conteúdo Programático:1
• Efeitos sociais
• Efeitos pessoais
• Efeitos patrimoniais
- Criação da família instituída pelo casamento (CF, art. 226, §§ 1º e 2º; CC, art 1.511 e
seguintes).
- Emancipação do consorte de menor idade (CC, art. 5º, parágrafo único, II).
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No resumo da matéria abaixo foram utilizadas citações retiradas das bibliografias indicadas, já
disponibilizadas.
➢ O casamento gera efeitos jurídicos, trazendo deveres para ambos os cônjuges
(esses efeitos e deveres estão no plano da eficácia).
→ Art. 1.569. O domicílio do casal será escolhido por ambos os cônjuges, mas um e
outro podem ausentar-se do domicílio conjugal para atender a encargos públicos, ao
exercício de sua profissão, ou a interesses particulares relevantes.
→ Art. 1.570. Se qualquer dos cônjuges estiver em lugar remoto ou não sabido,
encarcerado por mais de cento e oitenta dias, interditado judicialmente ou privado,
episodicamente, de consciência, em virtude de enfermidade ou de acidente, o outro
exercerá com exclusividade a direção da família, cabendo-lhe a administração dos bens.
Maria Helena Diniz* Do casamento decorrem certos direitos e deveres. Os cônjuges são
titulares deles, em virtude de lei e devem exercê-los conjuntamente. O exercício desses
direitos e deveres pertence, igualmente, a ambos.
- Exercer a direção da sociedade conjugal (CC, arts. 1.567 e 1.570).
- Representar legalmente a família (CC, arts. 1.634, V, e 1.690).
- Fixar domicílio da família (CC, arts. 1.569 e 1.567, parágrafo único).
- Proteger o consorte na sua integridade física ou moral.
- Colaborar nos encargos (CC, arts. 1.565, 1.567 e 1.568).
- Velar pela direção moral e material da família (CC, art. 1.568).
- Dirigir a comunidade doméstica (CC, arts. 1.643, 1.644, 1.565 e 1.568).
- Adotar, se quiser, os apelidos do consorte (CC, art. 1.565, § 1º).
- Direito de se opor à fixação ou mudança do domicilio determinada por um deles (CC,
arts. 1.569 e 1.567, parágrafo único).
- Direito de exercer livremente qualquer profissão lucrativa.
- Praticar qualquer ato não vedado por lei (CC, art. 1.642, VI).
- Litigar em juízo cível ou comercial, salvo se a causa versar sobre direitos reais
imobiliários (CPC, art. 10; CC art. 1647, II), podendo: propor separação judicial e
divórcio; contratar advogado; requerer interdição do consorte (CC, art. 1.768,
II);promover a declaração de ausência de seu consorte; reconhecer filho; praticar atos
relativos à tutela ou cautela; aceitar mandato; aceitar ou repudiar herança ou legado.
- Pleitear seus direitos na Justiça Trabalhista (CLT, art 792).
- Requerer na Justiça Eleitoral alistamento (Lei n. 4.737/65, art. 43).
- Exercer o direito de defesa, na Justiça Criminal, sem anuência do cônjuge.
- Não perder sua nacionalidade se se casar com estrangeiro.
- Aplicar-se a lei brasileira na ordem da vocação hereditária, se estrangeiro se casar com
brasileiro (LI, art. 10, § 1º).
- Não poder casar-se novamente aquela que teve casamento anulado ou a viúva antes de
decorridos 10 meses de viuvez, salvo se antes do término desse prazo der à luz um filho.
- Não poder casar-se o viúvo enquanto não fizer o inventario dos bens do casal e deles
der partilha aos filhos.
- Poder de decisão sobre planejamento familiar (CC, arts. 1.565, § 2º, e 1.513; e CF/88,
art. 226, § 7º).
- Sustentar e educar os filhos (CC, arts. 1.566, IV, 1.568, 1.634, I a VII; CP, arts. 244,
245, 246, 247).
- Poder familiar (CC, arts. 1.631 e parágrafo único, 1.690 e § único, 1.637, 1.638 e 1.696).
- Não pode o pai, na separação de fato, reclamar filho menor que está em poder da mãe,
salvo por motivo grave.
- Deliberarem, ambos os pais, na separação judicial consensual, a respeito da guarda dos
filhos (CC, art. 1.583; CPC, art. 1.121, II e III).
- Observar-se na separação litigiosa o disposto no CC, art. 1.584, 1.589, 1.579 e 1.703.
- Não perder o genitor que contrai novas núpcias o direito ao poder familiar quanto aos
filhos menores do leito anterior (CC, arts. 1.588 e 1.636, § único).
- Os pais deverão criar, cuidar e educar (sustentar) os filhos e esses deverão
amparar os pais na velhice, doença e na impossibilidade desses sustentarem-se por si
próprios.
- Os pais têm direito ao usufruto e a administrar os bens dos filhos menores. Esses direitos
serão estudados junto com os efeitos patrimoniais do poder familiar.
➢ Conceito:
Tartuce e Simão: "toda vez que desaparecer a causa ou motivo que impôs aos nubentes o
regime de separação obrigatória prevista no art. 1.641 do Código de 2002, poderão os
cônjuges pleitear a alteração do regime de separação obrigatória de bens, com base no §
2º do art. 1.639".
- incisos I e III, o regime é imutável até que se resolva a situação.
- inciso II, o regime é imutável mesmo.
B)
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Art. 1.523. Não devem casar:
I. o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e
der partilha aos herdeiros.
II. a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois
do começo da viuvez ou da dissolução da sociedade conjugal, salvo se der à luz a algum filho ou se
provar a inexistência de gravidez;
III. o divorciado enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
IV. o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a
pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não tiverem saldadas as
respectivas contas.