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FATORES AMBIENTAIS

E SEU PAPEL NA
REPARTIÇÃO GEOGRÁFICA
DOS SERES VIVOS
FATORES GERAIS
❖RADIAÇÃO
➢ LUZ
➢ TEMPERATURA
❖ÁGUA
FATORES LOCAIS
❖SOLO
❖pH
❖VENTOS
❖TOPOGRAFIA
❖FOGO
❖CORRENTES MARINHAS
❖COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA
❖SUBSTÂNCIAS PRODUZIDAS E INTRODUZIDAS NO
AMBIENTE PELO HOMEM
1- RADIAÇÃO RECEBIDA PELA TERRA

❖ praticamente toda de origem SOLAR

❖ radiações de comprimentos de onda diferentes –


atravessam a atmosfera de maneira desigual:
➢ radiações visíveis (50% da energia global)
➢ ultra-violeta (absorvida pela camada de ozônio)
➢ infra-vermelho (absorvida pelo vapor d’água –
aquecimento do ar)
➢ ondas de rádio
A quantidade de energia que provem do Sol é
praticamente constante

CONSTANTE SOLAR = 1,98 a 2 cal/cm2/min

mas a quantidade de energia que chega ao solo


depende:

❖ do ângulo de incidência dos raios solares


❖ da transparência do ar
❖ da altitude
❖ da constituição do solo (gelo, rochas, oceanos)
Forma da Terra e ângulo de incidência dos raios solares
Inclinação dos Raios Solares

(a) equador – (b) latitudes intermediárias – (c) pólos


MOVIMENTO DE REVOLUÇÃO
➢ MOVIMENTO DA TERRA AO REDOR DO SOL AO LONGO DO PLANO
DA ECLÍTICA, COMPLETADO A CADA 365d5h48min445,9936seg

➢ NÃO É UMA CIRCUNFERÊNCIA PERFEITA, E SIM UMA ELIPSE:


- AFÉLIO (início de janeiro): 152 milhões de km
- PERIÉLIO (início de julho): 147 milhões de km

➢ CONSEQUÊNCIAS:
- ESTAÇÕES DO ANO
- DIFERENÇA DE INSOLAÇÃO / DURAÇÃO DOS DIAS E DAS NOITES
MOVIMENTO DE REVOLUÇÃO
DURAÇÃO DO DIA (ESTAÇÕES DO ANO)
SOLSTÍCIOS E EQUINÓCIOS
SOLSTÍCIOS E EQUINÓCIOS
ESTAÇÕES DO ANO
EM DIFERENTES
LATITUDES
SOLSTÍCIOS E EQUINÓCIOS

Solstício de dezembro

Equinócio

Solstício de junho
Diferença de duração dos dias e noites
nos Equinócios e Solstícios
Duração dos dias/noites em diferentes latitudes
Sol da Meia-Noite
Sol da Meia-Noite
Sol da Meia-Noite
1.1– ILUMINAÇÃO (LUZ)

❖ Variações de intensidade e duração que


dependem da:
➢ latitude
➢ estação do ano

➢INTENSIDADE da LUZ

influências na FOTOSSÍNTESE: > intensidade > taxa


fotossintética (até o ponto de saturação de luz)

ponto de compensação: fotossíntese equilibra-se com


respiração (não há armazenamento de matéria, todo
alimento produzido é gasto)
COMUNIDADE CLÍMAX
❖ PERIODICIDADE da LUZ

➢ PERIODICIDADE = RELÓGIO BIOLÓGICO

➢ FOTOPERÍODO: período de duração da


parte iluminada do dia pelo qual os
organismos regulam suas atividades
Exemplos: hábitos noturnos; ciclo
reprodutivo; migrações)
SERES DE HÁBITOS NOTURNOS

Chinchila

Lêmure noturno

Sapo noturno
Planta carnívora noturna
1.2 – TEMPERATURA
Fatores que influenciam a temperatura
❖ Latitude

❖ Altitude

❖ Maritimidade

❖ Ventos

❖ Correntes marinhas

❖ Cobertura vegetal
LATITUDE
ALTITUDE
CONTINENTALIDADE x
MARITIMIDADE
CORRENTES MARINHAS
COBERTURA VEGETAL
TEMPERATURA
❖ Regiões intertropicais: variação diária > variação sazonal
❖ Regiões extratropicais: regime térmico anual bem distinto (o
importante biologicamente são as TEMPERATURAS EXTREMAS, não
as MÉDIAS)

❖ Formas de adaptação à temperatura


➢ hibernação / estivação
➢ diapausa
➢ pele coberta por pelos / gordura
➢ migração

❖ Limites de tolerância e temperatura ótima


➢ animais: limite mais alto que conseguem suportar= 52ºC
➢ vegetais: algums algas = 73º; bactérias não fotossintetizadoras=90ºC
➢ limites de tolerância: a maioria dos organismos está adaptada a uma
variação de temperatura; fora desses limites não há crescimento nem
reprodução
➢ ponto ótimo: quando o desenvolvimento e a reprodução de uma
espécie atingem o máximo.
Temperaturas extremas
Temperaturas mais altas e mais baixas já registradas

CONTINENTE TEMPERATURA TEMPERATURA


Terra 57,8 °C −89,2 °C
África
África do Sul 50 °C −18,6 °C
Chade 47,6 °C −20 °C
Níger 48,2 °C −20,4 °C
Sudão 49,6 °C −24 °C
América do Norte
USA 56,7 °C −62 °C
Canadá 45 °C −63 °C
América do Sul
Argentina 49,1 °C −39 °C
Brasil 44,7 °C −14 °C
Uruguai 44 °C −11 °C
Temperaturas mais altas e mais baixas já registradas
CONTINENTE TEMPERATURA TEMPERATURA
Europa
Grécia 48 °C −27,8 °C
Alemanha 40,2 °C −37,8 °C
Áustria 39,7 °C −37,4 °C
Bélgica 38,8 °C −30,1 °C
Bielorrússia 38,9 °C −42,2 °C
Dinamarca 36,4 °C −31,2 °C
Escócia 32,9 °C −27,2 °C
Espanha 47,2 °C −32 °C
Estônia 35,6 °C −43,5 °C
Finlândia 37,2 °C −51,5 °C
França 44,1 °C −41 °C
Inglaterra 38,5 °C −26,1 °C
Irlanda 33,3 °C −19,1 °C
Islândia 30,5 °C −37,9 °C
Itália 47 °C −34,6 °C
Noruega 35,6 °C −51,4 °C
Portugal 47,4 °C −16 °C
Rússia 45,4 °C −68 °C; −58,1 °C
Suécia 38 °C −52,6 °C
Suíça 41,5 °C −41,8 °C
Temperaturas mais altas e mais baixas já registradas
CONTINENTE TEMPERATURA TEMPERATURA
Ásia
Israel 53,9 °C −13,7°C
Arábia Saudita/ Irã 52 °C −36 °C
China 48 °C −52,3 °C
Coreia Sul/C. Norte 40 °C −43,6 °C
Índia 50,6 °C −33,9 °C
Iraque 52 °C −17,6°C
Japão 40,9 °C −41 °C
Paquistão/Singapura 53,5 °C 19,4 °C
Turquia 48,8 °C −46,4 °C
Oceania
Austrália 50,7 °C −23 °C
Nova Zelândia 42,4 °C −21,6°C
Antártida 14,6 °C −82,5 °C
Pólo Sul −13,6 °C −82,8 °C
ADAPTAÇÕES À TEMPERATURA

hibernação

diapausa
ADAPTAÇÕES À TEMPERATURA

Lebre do Ártico
Raposa do Ártico Pinguins Imperador
Urso Polar

Feneco do deserto
ÁGUA
❖essencial para todas as formas de vida

❖fator limitante
➢nos meios terrestres : quantidade
➢nos meios aquáticos: composição / salinidade

❖regulador térmico
FORMAÇÃO DE CHUVAS

Superfície evaporante

maritimidade relevo
TIPOS DE CHUVAS
FORMAÇÃO DE CHUVAS
Precipitação: total (médio) anual
Recordes de Precipitação
➢ Menor no período de um ano: 0.00 mm - Região de
Antofagasta, Deserto de Atacama, Chile
➢ Maior média anual total: 11872 mm; Mawsynram,
Índia.
❖ Chuva
➢ 1 minuto: 31.2 mm; Unionville, Condado de
Frederick, Maryland, USA, 4/7/1956.
➢ 1hora: 305 mm (em 42 minutos). Holt, Missouri,
USA, 22/6/1947.
➢ 12 horas: 1.144 mm; Foc-Foc, Reunião, 8/1/1966,
durante o ciclone tropical Denise.
Recordes de Precipitação
➢ 1 dia: 1.825 mm; Foc-Foc, Reunião, entre 7 e
8/1/1966, durante o cliclone tropical Denise.
➢ 2 dias: 2.467 mm; Aurère, Reunião, entre 8 e
10/1/1958.
➢ 72 horas: 3.929 mm; Commerson, Reunião, entre
24 e 26 /2/2007.
➢ 1 ano: 26.470 mm; Cherapunjee, Índia, 1860 / 1861.

❖ Neve
➢ 1 ano: 31,1 metros; Monte Rainier, Washington,
USA, de 19/2/1971 a 19/2/1972.
Adaptações às variações do fator água
▪ Meio Aquático
Variação da salinidade – necessidade de proteção contra
mudanças osmóticas na salinidade de seus líquidos
corporais

❖No MAR (animais hipotônicos em relação ao meio)


➢ isolar-se da água do mar misturada à água doce
➢ tolerar temporariamente a diminuição da concentração de
líquidos corporais à medida que a salinidade cai
➢ retirar ativamente o sal da água; manter uma concentração
salina maior que a água circundante.

❖Na ÁGUA DOCE (animais hipertônicos em relação


ao meio)
➢ Tendência à entrada de água que deve ser eliminada
Adaptações em meios aquáticos
Adaptações em meios aquáticos
Adaptações às variações do fator
água em meios aquáticos
Adaptações às variações do fator água
◼ Meio TERRESTRE
Grande ameaça: variação da quantidade de
água disponível / relacionada à quantidade de
chuvas. A distribuição das chuvas é mais
importante que a precipitação anual média.
❖Plantas
➢ Proteções contra a perda de água
➢ redução do tamanho das folhas
➢ raízes profundas
➢ troncos e folhas revestidos por cera
❖Animais
➢ anfíbios: capacidade de reter água em sua bexiga
Adaptações às variações do fator água em
meios terrestres

Tamanho das folhas


Adaptações às variações do fator água em
meios terrestres

Tamanho
das
folhas
Adaptações ao fator água em meios terrestres

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