Representar é tornar presente o que está ausente por meio de símbolos.
A realidade do mundo é feita de representação e ele está presente no mundo
como a própria vida. Conceito ubíquo que está em toda parte. As contribuições de Levy-Bruhl para as representações sociais estão justamente na forma de pensar coletiva. Em oposição à concepção evolucionista, Bruhl não considera que o pensamento primitivo seja uma forma de pensamento que vá evoluir, que vá ser transformado em pensamento científico. Ele considera o pensamento primitivo uma forma de pensar que precisa ser entendida que coexiste com outras forma de pensamento. Para ele, o emocional, o corpóreo e o social fazem parte dos processos mentais. Segundo Bruhl, a lógica e conteúdo dos povos “primitivos” funcionavam pela lei da participação, em que as relações implicam uma participação entre pessoas ou objetos. As principais contribuições de Levy-Bruhl para a Teoria das representações sociais está na ideia de que há uma descontinuidade do pensamento lógico e de que diferentes pensamentos coexistem na sociedade, o que ofereceu elementos para Moscovici avaliar a produção de RS, sua irredutibilidade como forma de saber e as funções que elas desempenham na vida social. (105-106) Ao estudar a psicanálise, Moscovici inspirou-se em Bruhl para entender como a ciência é ressignificada quando é apropriada por diferentes pessoas no senso comum.