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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

BIOTECNOLOGIA

CINTHIA COELHO BARBOSA

ANTICORPOS MONOCLONAIS
A Nova Alternativa Para O Tratamento Do Câncer Em Humanos

JOÃO PESSOA
2021
CINTHIA COELHO BARBOSA

ANTICORPOS MONOCLONAIS
A Nova Alternativa Para O Tratamento Do Câncer em Humanos

Relatório final, apresentado ao Curso de


Bacharelado em Biotecnologia, do Centro de
Biotecnologia, da Universidade Federal da
Paraíba, como parte das exigências para a
obtenção do título de____________.

Orientador(a): Profª Dra Sildivane Valcácia Silva

JOÃO PESSOA
2021
FICHA CATALOGRÁFICA
CINTHIA COELHO BARBOSA

ANTICORPOS MONOCLONAIS
A Nova Alternativa Para O Tratamento Do Câncer em Humanos.

Relatório final, apresentado ao Curso de


Bacharelado em Biotecnologia, do Centro de
Biotecnologia, da Universidade Federal da
Paraíba, como parte das exigências para a
obtenção do título de____________.

Defendido em 01 de julho de 2021

BANCA EXAMINADORA

________________________________________
Profª Dra Sildivane Valcácia Silva
Afiliações

________________________________________
Prof. Jailson José Gomes Da Rocha
Afiliações

________________________________________
Prof. Tatjana Keesen de Souza Lima
Afiliações
RESUMO

Desde a criação dos primeiros anticorpos monoclonais por Kohler e Minstein as pesquisas
sobre anticorpos continuaram e potencializaram a ampliação do uso do fármaco, que despontou
para o lado industrial e medicinal. Na medicina humana foram criados os umabes, os anticorpos
monoclonais utilizados para tratar o câncer, e ao contrário dos métodos convencionais de
tratamento, os umabes possuem muito menos efeitos colaterais por agirem de forma muito
especifica nas células. Por ser um método inovador, ainda é pouco adotado o que torna caro o
seu consumo e inacessível para a população em sua maioria.
Palavras Chaves: Criação, Umabes, Consumo.
ABSTRACT

Since the creation of the first monoclonal antibodies by Kohler and Minstein, research on
antibodies has continued and potentialized the expansion of the drug's use, which has
emerged on the industrial and medicinal side. In human medicine, umbes were created,
the monoclonal antibodies used to treat cancer, and unlike conventional methods of
treatment, umbes have far fewer side effects because they act very specifically on cells.
As it is an innovative method, it is still little adopted, which makes its consumption
expensive and inaccessible for the majority of the population.
Keywords: Creation, Umabes, Consumption.
SIGLAS

CD2: Marcador Do Linfócito B


CD4: Grupamento De Diferenciação 4
CD30: Marcador Tumoral
CD33: Receptor Transmembranar Expresso Em Células Da Linhagem Mielóide
CD52: Cluster De Diferenciação 52
CTLA-4: Proteína T-Linfócito-Associada Citotóxico 4
HAT: Hipoxantina, Aminopterina E Timidina
HER-2: Hiper-Expressão De Receptor
OMS: Organização Mundial Da Saúde
PEG: Polietileno Glicol
SUS: Sistema Único De Saúde
VEGF-A: Fator De Crescimento Endotelial Vascular A
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 8
2 COMO É PRODUZIDO UM ANTICORPO MONOCLONAL? ..................... 10
2.1 Imunógeno........................................................................................................ 10
2.2 Adjuvante ......................................................................................................... 11
2.3 Animais............................................................................................................. 11
2.4 Imunização ....................................................................................................... 12
2.5 Produção Do Híbridoma................................................................................. 12
2.6 Célula Do Mieloma .......................................................................................... 13
2.7 Fusão................................................................................................................. 13
2.8 Seleção Dos Hibridomas ................................................................................. 13
2.9 Clonagem Do Hibridoma ................................................................................ 14
2.10 Testes De Seleção Dos Anticorpos................................................................ 14
2.11 Armazenamento E Propagação ................................................................... 14
3 TIPOS DE ANTICORPOS MONOCLONAIS NO COMBATE AOS TIPOS
DE CÂNCER ............................................................................................................. 16
3.1 Ibiritumomabe Tiuxetan................................................................................. 16
3.2 Rituximabe ....................................................................................................... 16
3.3 Brentuximabe .................................................................................................. 16
3.4 tositumomabe................................................................................................... 17
3.5 Transtuzumabe ................................................................................................ 17
3.6 Gemtuzumabe .................................................................................................. 17
3.7 Alemtuzumabe ................................................................................................. 18
3.8 Bevacizumabe .................................................................................................. 18
3.9 Iplimumabe ...................................................................................................... 18
4 DIFICULDADE DA UTILIZAÇÃO DE UMABES NO BRASIL ........................ 19
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 20
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 21
GLOSSÁRIO ................................................................................................................ 24
8

1 INTRODUÇÃO

Desde que iniciaram procedimentos para tratar o câncer como, por exemplo, quimioterapia,
radioterapia ou transplante de medula óssea, todos foram capazes de promover a destruição
celular extensa, havendo comprometimento tanto em células normais, quanto nas células
cancerosas, com impacto sobre o paciente através da transcendente incidência de complicações
e efeitos colaterais (DELDEBBIO; TONON; SECOLI, 2007).

E com o desenvolvimento da biologia molecular foi permitido a elaboração de novas drogas


capazes de influir de forma específica sobre o comportamento biológico das células neoplásicas
(GUIMARÃES; SILVA; RANGEL, 2008, apud VIEIRA, 2018).

Dentre estas, destaca-se o uso de anticorpos monoclonais, que corresponde o grupo mais
variado e bem estudado na terapia em oncologia (ROQUE; LOWER; TAIPA, 2004).

A era da imunologia iniciou em 1890 com a descoberta dos anticorpos, mas apenas em 1975
é que foram descritos os anticorpos monoclonais por Georges J. F. Kohler e César Minstein
através das técnicas de hibridização somática tendo como resultado os híbridos de células
formadoras de anticorpos e linhagens celulares de replicação contínua. (LIMA et al.,2006)

Os anticorpos “imunoglobulinas” por si só são ferramentas particularmente úteis para a


biologia celular. Devida sua grande especificidade permitir a visualização precisa de proteínas
selecionadas entre os milhares que cada célula produz normalmente. Apenas quantidades
limitadas de anticorpos podem ser obtidas de um único animal inoculado. Já a tecnologia
alternativa, que permite a produção de uma quantidade ilimitada de anticorpos idênticos e que
aumenta muito a especificidade e conveniência dos métodos com base em anticorpos, é a
produção de anticorpos monoclonais “imunoproteínas”. (ALBERTS et al.,2017)

Sendo ampla a utilização dos anticorpos monoclonais, eles podem ser usados tanto contra
agentes patógenos, tanto quanto em tratamento de vários tipos de câncer. Desse modo, a
tecnologia de produção de anticorpos monoclonais recombinantes possibilitou a obtenção de
anticorpos menos imunogênicos e mais específicos, diminuindo as reações adversas e
aumentando sua eficácia na construção de anticorpos humanos terapêuticos de neoplasias “.
(VIEIRA; 2018)
9

Nesta revisão a técnica de produção dos anticorpos monoclonais será desenvolvida passo a
passo com a finalidade de elucidar de forma simples, o avanço desta tecnologia que deram
origem a fármacos inibidores dos mais variados tipos de câncer.
10

2 COMO É PRODUZIDO UM ANTICORPO MONOCLONAL?

Nas preparações de anticorpos monoclonais contém apenas um tipo de anticorpo, derivado


de uma única célula B clonada. consequentemente eles são altamente específicos para um único
tipo de epítopo. Eles podem ser aplicados, por exemplo, no diagnostico microbiológico e no
tratamento do câncer na produção de um anticorpo monoclonal o primeiro passo é injetar um
antígeno contendo o epítopo especifico de interesse, em um animal. Cada célula b produz um
único tipo de anticorpo. as células b são isoladas do baço e em seguida, misturada com as células
de mieloma, um tipo de célula cancerosa que se multiplica continuamente. com a adição de
polietileno glicol, os dois tipos de células se fundem, formando células chamadas de
hibridomas. A mistura de células b, células de mieloma, e hibridomas são cultivadas sob
condições que permitem a multiplicação somente das células de hibridoma. cada célula de
hibridoma produz um único tipo de anticorpo. contra um único tipo de epítopo as células de
hibridomas, e então, são separadas em celas em uma placa de titulação, e são testadas quanto a
capacidade de produzir o anticorpo desejado. A célula de hibridoma, que produz o anticorpo
monoclonal desejado, é cultivado. E por fim os anticorpos monoclonais são isolados e
purificados. (KÖHLER e MILSTEIN; 1975). De forma mais explicitada dividi em subtemas:

2.1 Imunógeno

Para falarmos de imunógeno, primeiro precisamos diferenciar imunógenos de


antígenos. sendo o imunógeno a molécula capaz de excitar uma resposta imune quando
injetada no organismo devido ao tamanho e natureza da molécula, o tempo de exposição
às células do sistema imune e o reconhecimento pelo hospedeiro como estranho; enquanto
que o antígeno é a molécula capaz de ligar-se ao anticorpo, mas não necessariamente para
provocar uma resposta imune. No geral é compreendido como imunogênicos proteínas
com moléculas grandes, e também lipídios, ácidos nucléicos e polipeptídios sintéticos; no
entanto moléculas com massas menores também podem ser reconhecidas, desde que
estejam conjugadas a albumina e hemocianina (LIDDEL; 2005 apud ROCHA e
DUARTE; 2011)

O imunógeno pode possuir diferentes tipos de determinantes antigênicos [epítopos].


Sendo três os tipos quanto à forma de interação com o sistema imune: o epítopo de células
11

b (linfócitos B); Epítopos de Células T-helper [linfócitos Th] e Epítopos de CTLs


[linfócitos T citotóxico]. (MONTASSIER)

2.2 Adjuvante

Adjuvantes foram criados para aumentar a resposta imunológica a antígenos. Devido


a resposta imunológica precoce, alta e de longa duração a patógenos intracelulares, como
vírus, bactérias e parasitas. Mas para nos casos de anticorpos monoclonais há uma
necessidade de adjuvantes alternativos, particularmente para doenças nas quais as
respostas são importantes para a prevenção ou cura. (GUPTA e SIBER; 1995).

2.3 Animais

“Para produção de anticorpos em escala comercial, muitos animais domésticos podem


ser utilizados, em teoria qualquer mamífero ou ave pode ser utilizado para essa finalidade.
No entanto, na prática, os coelhos são mais utilizados para produção de anticorpos
policlonais e os camundongos para produção de anticorpos monoclonais” (DUARTE;
2007. LIDDEL; 2005 apud ROCHA e DUARTE; 2011)

Outro aspecto relevante é o cuidado com esses animais. Eles não podem possuir
patogenicidades, no caso dos camundongos (os animais usados para fazer os anticorpos
monoclonais) eles são muito suscetíveis a doenças, por exemplo a Salmonelose e também
são muito afetados por micoplasmas. e podem evoluir para pneumonia. “Ressalta-se que,
a falta de higiene favorece a disseminação de infecções. O cheiro amoniacal exalado das
gaiolas deve alertar o bioterista para o acúmulo de urina embebida na maravalha
(serragem) ou jornal e que perdeu sua capacidade de absorção (...). O uso de gaiolas com
o fundo fenestrado minimizam este problema”. (HUTCHINSON e WINSLADE; 1991.
WILLIAMS; 1976. WOFLE.; 1996 apud SCHANAIDER e SILVA; 2004)
12

2.4 Imunização

Dependendo do local da injeção nos animais pode haver a liberação lenta ou rápida do
antígeno logo é necessária a aplicação em regiões subcutâneas, por causar menos
desconforto ao animal (LIDDEL,2005). E o momento das injeções será dado de acordo
com os níveis de anticorpos circulantes no soro em resposta ao estimulo imunológico
(ABBAS, 2007). Logo doses mínimas são preferíveis na indução da resposta imune,
porque quando aplicado altas doses a quantidade de anticorpos circulantes vão começar
a dar baixa afinidade pelo antígeno e causar tolerância imune. Assim para termos a
produção de anticorpos de alta afinidade é necessário o manuseio de múltiplas doses, mas
em pequenas quantidades aplicadas, pois só assim demonstrará alta eficiência
(NAKASHIMA et al., 1974). Entretanto várias perfurações causariam estresse ao animal,
sendo assim ficando a alternativa de misturar o antígeno ao adjuvante para manter a
liberação por mais um período em uma única aplicação (AUCOUTURIER et al.; 2001).

2.5 Produção Do Híbridoma

Para o processo de produção é necessário fusionar células de mieloma, pois elas se


proliferam muito bem em meio a cultura com linfócitos b, sendo este o estímulo que
resulta na produção de células proliferantes de anticorpos(hibridomas). Mas para maior
especificidade é necessário isolar um único hibridoma produtor de anticorpos para
possibilitar o fornecimento de anticorpos monoclonais para tratar o câncer (KÖHLER e
MILSTEIN; 1975).

Na técnica é utilizada para fusionar células de camundongo, que em sua linhagem


fornecedora de linfócitos B seja a mesma pra células de mieloma. o Baço dos
camundongos é o lugar mais abundante para encontrar linfócitos B, sendo
aproximadamente 50% de células do total. Para fusões bem sucedidas é utilizado
suspensão completa do baço sem pré-seleção de células B. (LIDDEL; 2005).
13

2.6 Célula Do Mieloma

“Mieloma é um tumor maligno que se desenvolve nas células plasmáticas, ou


plasmócitos, um subtipo dos linfócitos B, glóbulos brancos produzidos na medula óssea
(tecido gelatinoso que preenche a cavidade dos ossos)” (BRUNA; 2016).

Logo “para que células de mieloma possam ser usadas na produção de hibridomas:
primeiro, elas devem possuir uma deficiência enzimática que permita separar células
fusionadas das não fusionadas; segundo, não secretar qualquer tipo de imunoglobulina”
(LIDDEL, 2005 apud ROCHA F. e DUARTE K. M. R.; 2011).

2.7 Fusão

A fusão pode ser feita através de duas metodologias, usando o vírus Sendai, como feito
por Kohler e Milstein, ou por altas concentrações de PEG (polietileno glicol) (ABBOTT
e POVEY ;1995. KOHLER e MILSTEIN; 1975) sendo a última a mais utilizada em 2021.

Entretanto deve-se ter cuidado com o PEG na produção de hibridomas, pois se for
abaixo de 30% formará poucos hibridomas, e se for acima de 50% o hibridoma passa a
ser tóxico para as células. (GODING, 1986). logo no momento de adicionar o PEG ao
sedimento de mieloma, o PEG deve estar entre 40% e 50%, em um processo lento por 1-
2 minutos, depois é feito a diluição de forma lenta e sem seguido feito uma nova
centrifugação em suspensão dos sedimentos em meio de cultura fresco. Isso é feito para
evitar o efeito tóxico do PEG sobre as células (LIDDEL; 2005).

2.8 Seleção Dos Hibridomas

Para o crescimento do hibridoma, emprega-se o meio de cultura HAT (hipoxantina,


aminopterina e timidina). E para o HAT selecionar os híbridos a síntese de ácidos
nucleicos pode seguir duas rotas: a de novo e a selvagem. Na rota de novo utiliza apenas
a aminopterina por inibir a enzima ácido fólico redutase e bloquear totalmente a rota de
14

biossíntese de nucleotídeos “de novo” na célula, enquanto que na rota selvagem utiliza a
hipoxantina e a timidina para a síntese de nucleotídeos por conta da divisão continua no
meio anterior. Entretanto se ambas as rotas forem bloqueadas ocorre a morte celular
(LIDDEL, 2005).

2.9 Clonagem Do Hibridoma

Quando identificado o anticorpo desejado no meio de cultura celular ele precisa ser
isolado da cultura através de um método chamado de "limite de diluição". Neste método
a suspensão celular é diluída a níveis que aumentem a probabilidade de semear apenas
uma única célula por poço, cada célula semeada irá proliferar e formará colônias
individuais e cada clone dessas colônias secretará o mesmo anticorpo aumentando assim
a especificidade na produção (LIDDEL; 2005).

2.10 Testes De Seleção Dos Anticorpos

Duas semanas depois da fusão e formação das células hibridas, elas irão crescer
rapidamente e deverão serem transferidas para frascos maiores. E se isso não acontecer,
devido ao crescimento e aglomeração as células vão começar a morrer. Logo, após a
transferência, os testes de seleção devem ficar prontos em 24 horas no máximo através
do método ELISA (Enzyme-Linked ImmunoSorbent Assay) que analisa centenas de
amostras em poucas horas (LIDDEL; 2005. CROWTHER; 2009).

2.11 Armazenamento E Propagação

Durante a produção dos hibridomas é necessário o congelamento, em até -70 graus celsius,
das amostras, divididas em pequenas quantidades, para retardar o metabolismo celular e
prevenir qualquer infecção que resulte na perda da linhagem. No momento de propagação as
células precisam serem transferidas para grandes frascos, para crescerem livremente, entretanto
é um método mais caro, porque precisará de mais soro (LIDDEL; 2005). Sendo o soro
15

importante por fornecer aos hibridomas transferrina (uma proteína transportadora de ferro),
hormônios (insulina, tiroxina), e possíveis elementos como o selênio (GODING; 1986).

Todavia nem todas culturas necessitam de soro, algumas linhagens de hibridoma são capazes
de crescerem em meio isento. O que é mais benéfico, pois além de menos custoso possui alta
estabilidade, ausência de contaminação por vírus por parte do soro e imunoensaios com menor
interferência proteica (NILSANG et al.; 2008. SOMMERFIELD, STUB; 2005).
16

3 TIPOS DE ANTICORPOS MONOCLONAIS NO COMBATE AOS


TIPOS DE CÂNCER

“Os nomes genéricos dos anticorpos monoclonais com fins terapêuticos apresentam sufixos
para designar os tipos de anticorpos, os murinos são “omabe”, quiméricos são “ximabe”,
humanizados são “zumabe” e os anticorpos monoclonais completamente humanos são “umabe”
(NAOUM; 2016. apud VIEIRA 2018).

3.1 Ibiritumomabe Tiuxetan

“Este anticorpo monoclonal é um radioconjugado aprovado para o tratamento de


câncer, registrado para terapia em indivíduos portadores de linfoma não-Hodgkin e
refratários a quimioterapia, utilizando para a conjugação um anticorpo anti-
CD20(marcador do linfócito B) de células B, ativam-se as vias de apoptose que
induzem a morte celular” (NAOUM; 2016. apud VIEIRA 2018).

3.2 Rituximabe

“É um anticorpo monoclonal quimérico contra o CD20, um antígeno expresso nas células.


O mesmo interage com CD20, causando a lise da célula leucêmica. Este anticorpo é indicado
para o tratamento do linfoma não-Hodgkin e leucemia linfocítica crônica” (NAOUM; 2016.
apud VIEIRA 2018).

3.3 Brentuximabe

“Anticorpo monoclonal ligado com Monometil auristatina EMMAE, que quando agregado
com antígeno CD30 (marcador tumoral), ativa as vias de apoptose” (NAOUM; 2016. apud
VIEIRA 2018).
17

3.4 tositumomabe

“Anticorpo radioimunoconjugado. Quando ligado ao antígeno CD20 de células B ocorre


apoptose da célula tumoral. Utilizado na terapia de Linfoma não-Hodgkin CD20 positivo,
folicular, com ou sem transformação, com doença refratária a rituximabe e com recaída após
quimioterapia” (NAOUM; 2016. apud VIEIRA 2018).

3.5 Transtuzumabe

“Trata-se de um anticorpo monoclonal humanizado com a função de inibir a hiper-


expressão de receptor de fator de crescimento epidermoide humano (HER-2),
bloqueando a sinalização que estimula a divisão celular. Este anticorpo apresenta um
crescente papel no tratamento do câncer de mama, pois como a amplificação destes
receptores está relacionada a um pior prognóstico em tumores malignos da mama, o
objetivo deste anticorpo é inativar tais receptores de forma a melhorar a resposta
terapêutica, tanto em tratamentos isolados com o trastuzumabe ou em associação à
quimioterapia convencional. O mesmo é aplicado com sucesso no câncer mamário
metastático, bem como no câncer mamário em estágios iniciais. Este medicamento pode
ainda ser utilizado para o tratamento do cancro gástrico metastático, em associação com
cisplatina e capecitabina ou 5-fluorouracilo” (NAOUM; 2016. apud VIEIRA 2018).

3.6 Gemtuzumabe

“É um anticorpo monoclonal humanizado anti-CD33. Este anticorpo penetra a


célula mielóide, liga-se ao CD33 (sialoglicoproteina transmembrana do tipo I) causando
a liberação da calicheamicina, que adentra os lisossomas das células mielóides e liga-se
ao DNA promovendo sua quebra, induzindo a morte celular. Foi aprovado para o
tratamento de pacientes com leucemia mielóide aguda” (NAOUM; 2016. apud VIEIRA
2018).
18

3.7 Alemtuzumabe

“É específico da glicoproteína (CD52) expressa na superfície das células linfoides


malignas. Seu mecanismo de ação é a inibição de antígeno CD52, induzindo à apoptose.
Este anticorpo tem sido usado no tratamento do tratamento da leucemia linfoide
crônica” (NAOUM; 2016. apud VIEIRA 2018).

3.8 Bevacizumabe

“Anticorpo monoclonal humanizado contra o fator estimulador de angiogênese


(VEGF-A) capaz de inibir o crescimento tumoral. O mesmo possui utilização clínica
para o tratamento do câncer colorretal metastático, pulmão, renal, ovário, mama, entre
outros” (NAOUM; 2016. apud VIEIRA 2018).

3.9 Iplimumabe

“Inibe antígenos CTLA-4 (Proteína T-Linfócito-Associada citotóxico 4) de linfócito


T, fazendo com que as citocinas são inibidas para a sinalização dos macrófagos que
atuam em inflamações tumorais, também desencadeiam sinais imunológicos para o
linfócito T CD4 (grupamento de diferenciação 4) ou células T citotóxicas combatendo
as células tumorais” (NAOUM; 2016. apud VIEIRA 2018).
19

4 DIFICULDADE DA UTILIZAÇÃO DE UMABES NO BRASIL

“O alto preço de venda dessas medicações é o principal parâmetro que influencia a


relação de custo-efetividade do medicamento. Neste sentido, a negociação de preços com
o fabricante poderia ser uma alternativa visando possibilitar o acesso ao medicamento aos
pacientes do SUS (sistema único de saúde)” (BRASIL; 2017 apud SANTOS;).
“Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os custos com os novos
medicamentos para câncer mais que dobraram entre os anos de 2005 e 2015, sem
necessariamente representarem um aumento significativo na sobrevida dos pacientes. Nos
Estados Unidos, em 2008, um tratamento de 18 semanas de um único paciente com o
mAb cetuximabe já custava, em média, cerca de 80 mil dólares. Da mesma forma, o
bevacizumabe custava, em média, para tratar um único paciente com câncer de mama
metastático, 90 mil dólares” (WHO; 2015 apud SANTOS).
“Ressalta-se, entretanto, a necessidade de redução do seu custo, uma vez que não é
considerado uma alternativa atualmente custo-efetiva no contexto de outros países e tem
potencial para um substancial impacto orçamentário” (SILVA; 2017 apud SANTOS).
“Além disso, identificou-se que quase metade dos registros sanitários ativos de mAbs
para tratamento de câncer no mercado brasileiro é de domínio de uma única empresa
farmacêutica. Essa empresa domina outros mercados, mas nem todos os mercados
farmacêuticos e biotecnológicos, o que contribui para corroborar a discussão sobre
oligopólio diferenciado. A baixa competitividade do mercado contribui para a prática de
altos preços, favorecendo o acesso desigual a tratamentos inovadores em oncologia”
(VIDAL; 2018 apud SANTOS).
20

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A tecnologia dos anticorpos monoclonais apesar de promissora, já veio concebendo


claros benefícios no tratamento do câncer devido a especificidade de combater o antígeno
sem comprometer as células sadias. Desta forma, minimizando efeitos colaterais, os
umabes: os anticorpos monoclonais totalmente humanos, revolucionaram a oncologia.
Entretanto ainda são necessários muitos avanços como aumentar a concorrência no
mercado a fim de diminuir o custo para que a aquisição do mesmo seja viável à grande
maioria dos pacientes. Tornando assim uma metodologia passível de aceitação nos
laboratórios.
Portanto cabe aos profissionais especializados continuarem estudando e trazendo cada
vez mais comprovações cientificas da aplicabilidade desses fármacos na oncologia, e por
este meio os umabes serão mais amplamente divulgados, contestados, produzidos e
consequentemente mais acessíveis a toda a população via particular e pública.
21

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Processes And Process Optimization For Monoclonal Antibodies. Chemical
Engineering And Processing, v. 44, p. 1123–1137, 2005.

WHO Regional Office for Europe. Access to new medicines in Europe: Technical
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Review Of Policy Initiatives And Opportunities For Col - laboration and research.

Copenhagen: WHO Regional Office for Europe; 2015.


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GLOSSÁRIO

Adjuvantes: Medicamentos que reforçam a ação de outro. Agente que intensificam o sistema
imunológico, aumentando a produção de anticorpos ou estimulando os linfócitos.

Ácidos nucléicos: Os ácidos nucléicos são moléculas gigantes, formadas por unidades
monoméricas menores conhecidas como nucleótidos. Cada nucleótideo, por sua vez, é
formado por três partes: um açúcar do grupo das pentoses; um radical “fosfato”, derivado da
molécula do ácido ortofosfórico; uma base orgânica nitrogenada.

Albumina: As proteínas encontradas tanto nos animais quanto nos vegetais, solúveis em água
ou em compostos salinos aguados, cujas funções são importantes para manter o equilíbrio e o
transporte osmótico.

Apoptose: Autodestruição programada de uma célula que, feita pela própria célula, resulta no
controle da população das células saudáveis.

Aminopterina: amino do ácido fólico, é um medicamento antineoplásico com propriedades


imunossupressoras, freqüentemente usado em quimioterapia. Aminopterina é um derivado
sintético da pterina

Amoniacal: Que contém amoníaco: sais amoniacais.

Angiogênese: é o processo de formação de vasos sangüíneos a partir de vasos preexistentes,


que ocorre em condições fisiológicas e patológicas. É fenômeno complexo no qual participam
inúmeras moléculas que estimulam e inibem a formação dos neovasos.

Anticorpo: Tipo de proteína encontrada no soro sanguíneo, produzida em resposta ao


aparecimento no organismo de uma substância estranha.

Antígeno: Substância que, quando introduzida no organismo, ocasiona a produção de


anticorpos. Molécula que tem a capacidade de aumentar a produção de um anticorpo
determinado.

Baço: Designação comum da víscera situada no hipocôndrio esquerdo que possui a função de
dividir os glóbulos vermelhos (sem utilidade) e de liberar a hemoglobina.

Biossintese: é um fenômeno em que são produzidos compostos químicos complexos, como


proteínas e ácidos nucleicos a partir de reagentes mais simples, geralmente catalisados por
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enzimas. Ao contrário da síntese química, a biossíntese ocorre normalmente dentro dos


organismos vivos e é uma parte vital do metabolismo.

Bioterista: Sujeito que trabalha no biotério, local onde ficam os animais que serão usados nos
experimentos de pesquisas

Calicheamicina: As caliqueamicinas são uma classe de antibióticos antitumorais de enedina


derivados da bactéria Micromonospora echinospora, sendo a caliqueamicina γ1 a mais
notável. Foi isolado originalmente em meados da década de 1980 do solo calcário, ou "caliche
poits", localizado em Kerrville, Texas

Cancro: ulceração isolada da pele ou mucosas que constitui o estágio inicial de várias doenças
infecciosas, em geral sexualmente transmissíveis.

Capecitabina: também conhecido pelo nome comercial Xeloda, é um agente citotóxico,


derivado do carbamato de fluoropirimidina, tumor-ativado e tumor-seletivo, que foi planejado
para administração oral.

Colorretal: Que é relativo ao cólon e ao reto.

Epítopos: é a menor porção de antígeno com potencial de gerar a resposta imune. É a área da
molécula do antígeno que se liga aos receptores celulares e aos anticorpos. É o sítio de ligação
específico que é reconhecido por um anticorpo ou por um receptor de superfície de um
linfócito T

Enzimática: Que se refere a enzima ou que é por ela produzido; enzímico.

Enzyme-linked immunosorbent assay: um teste imunoenzimático que permite a detecção de


anticorpos específicos. Este teste é usado no diagnóstico de várias doenças que induzem a
produção de imunoglobulinas, entre outras

Fusionar: fazer a fusão de; fundir.

Graus celsius: também conhecida como a escala centígrada, é uma escala termométrica do
sistema métrico usada na maioria dos países do mundo. Teve origem a partir do modelo
proposto pelo astrônomo sueco Anders Celsius

Hemocianina: as proteínas do sangue de muitos artrópodes, e Moluscos que servem para as


trocas gasosas na respiração. O sangue com este pigmento é normalmente denominado
hemolinfa
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Hibridomas: são linhagens celulares desenvolvidas para produzir um anticorpo desejado em


grande quantidade. Para produzir anticorpos monoclonais, linfócitos B são removidos do baço
de algum animal no qual o antígeno do anticorpo desejado tenha sido previamente inoculado

Hipoxantina: é um aditivo necessário em determinadas células, bactérias e culturas de


parasitas como substrato e fonte de nitrogênio.

Imunoensaios: São baseados nos princípios de que antígenos específicos irão estimular
reações imunológicas muito específicas e de que proteínas produzidas pela reação
imunológica, chamadas anticorpos, podem ser usadas para sinalizar a presença de um
composto-alvo em uma amostra.

Insulina: É um hormônio secretado pelo pâncreas que controla o nível de glicose no sangue. A
insulina funciona como uma chave para a glicose entrar nas células e ser utilizada como fonte
de energia.

Imunoglobulina: Os anticorpos são glicoproteínas do tipo gamaglobulina, a fracção de


globulinas mais abundante no plasma sanguíneo.

Lipídios: Identificados como gorduras, são moléculas orgânicas geradas a partir da associação
entre ácidos graxos e um álcool. Esses compostos são formados, essencialmente, por átomos
de hidrogênio, carbono e oxigênio, mas também podem conter fósforo, nitrogênio e enxofre.

Linfocitos b: São os responsáveis por garantir a chamada imunidade humoral, que se destaca
pela resposta imunológica realizada pela produção de anticorpos. Esses anticorpos são
capazes de neutralizar ou ainda destruir os antígenos

Linfócito t: são células do sistema imunológico e também um grupo de glóbulos brancos


(leucócitos) responsáveis pela defesa do organism

Linfoma: é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto composto por
órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis pela
imunidade e vasos que conduzem essas células através do corpo

Lise: processo de destruição ou dissolução da célula causada pela rotura da membrana


plasmática. É um processo natural que ocorre em situações como a digestão ou na luta contra
agentes infeciosos e pode ser reproduzida em laboratório
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Leucemia: é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida.
Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que
substituem as células sanguíneas normais.

Maravalha: pedacinho de madeira usado para atear ou acender fogo, graveto, garrancho,
acendalha, apara ou lascas de madeira, que sozinhos quebram facilmente, mas que se reunidos
se tornam difíceis de quebrar

Metastático: é quando a metástase sai do seu órgão de origem; por exemplo, o câncer de
mama que vai para o pulmão, ou o câncer de próstata que vai para os ossos.

Micoplasmas: é um gênero de bactérias da família Mycoplasmataceae. Com tamanho menor


do que o apresentado normalmente pelas outras bactérias.

Mielóide: é uma subdivisão do tecido hematopoiético responsável pelo surgimento das células
sanguíneas (leucócitos, plaquetas e hemácias). Seu principal exemplo é a medula óssea
vermelha.

Monoclonal: que é derivado de uma única célula ou pertencente a um único clone celular.

Monometil auristatina: é um agente antineoplásico sintético. Devido à sua toxicidade, ele não
pode ser usado como uma droga em si; em vez disso, está ligado a um anticorpo monoclonal
que o direciona para as células cancerígenas.

Murino: Que é parecido, similar ou pertencente a ratos.

Oligopólio: situação de mercado em que poucas empresas detêm o controle da maior parcela
do mercado

Oncologia: é um ramo da ciência médica que lida com tumores e com câncer.

Patogenicidades: é a capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro


suscetível. A patogenicidade pode estar ligada a virulência

Pneumonia: é uma inflamação que acomete os pulmões. Para ser mais exato, ela atinge
principalmente os bronquíolos (pequenos tubos que transportam o ar dos brônquios para os
alvéolos, onde ocorre a troca gasosa) e o interstício (tecido mais interno do órgão).

Placa de titulação: é uma placa plana com múltiplos "poços", "vasos" ou ainda "células" ou
"celas" usados cada um como pequenos tubos de ensaio. Estes vasos possuem fundos
confecionados no formato plano ("chato"), arredondado ("U") e cônico ("V").
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Polipeptídios: Um peptídeo pode ser formado por dois ou mais aminoácidos, sendo chamado
de polipeptídeo quando muitos aminoácidos estão formando sua estrutura. Os peptídeos são
extremamente importantes, apresentando uma grande diversidade de papéis biológicos, como
o papel de hormônio.

Polietilenoglicol: é o polímero derivado do petróleo a partir do etileno glicol. Também


chamado na sua forma abreviada PEG. Possui importância na Farmácia, sobretudo nos dias
atuais, para os mais novos sistemas de liberação controlada de Fármacos.

Policlonais: possuem vários clones, que reagem com vários epitopos do antígeno.

Prognóstico: que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo

Salmonelose: é uma condição médica causada pela Salmonella, um gênero de diferentes tipos
de bactérias que contaminam alimentos diversos, como ovos e carnes mal-cozidas e são
capazes de causar problemas de saúde diversos nos seres humanos.

Quimericos: é o plural de quimérico. O mesmo que: ilusórios, imaginários, inexistentes,


irreais, umbráticos.

Radioimunoconjugado: Um dos métodos mais sensíveis para análise quantitativa das reações
antígeno-anticorpo. Tem como princípio: a quantidade de reagente marcado (Ag ou Ac)
quantifica o Ag ou Ac não marcado na amostra. Pode ser competitivo ou por excesso de
reagente.

Timidina: é uma molécula que é formada quando uma timina é ligada a um anel de
desoxirribose via uma β-N₁-ligação glicosídica. A Desoxitimidina pode ser fosforilada com
um, dois ou três grupos ácido fosfórico, criando respectivamente a timidina monofosfato,
timidina difosfato e timidina trifosfato.

Tiroxina: é um dos hormônios sintetizados na tireoide lançado na corrente sanguínea, junto


com o T3 - triiodotironina. Cerca de 50% dos hormônios liberados pela tireoide consiste,
normalmente, de tiroxina, enquanto a triiodotironina corresponde aos outros 50%.

Transferrina: é uma glicoproteína plasmática do sangue que transporta o ferro. Sua função
fundamental é ceder ferro às células da medula, baço, fígado e músculo. Grande parte é
sintetizada pelo fígado, mas existem outros locais de síntese. A transferrina humana é
codificada pelo gene TF.
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Proteína transmembranar: é um tipo de proteína membranar que envolve a totalidade da


membrana biológica à qual é permanentemente ligada - ou seja, recobre essa membrana de
um lado a outro, podendo cobrir a bicamada lipídica uma vez ou várias vezes. Podem-se
distinguir três domínios nestas proteínas.

Umabes: anticorpo monoclonal humano, gerado em ratos

5-Fluorouracilo: também conhecido pelo nome comercial Utoral, é um fármaco com


finalidades inibitórias de crescimento de células cancerígenas

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