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  • Lei N.º 24 - 21 - Do Banco Nacional de Angola

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    Lei n.º 24_21_Do Banco Nacional de Angola

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    Segunda-feira, 18 de Outubro de 2021 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste niimero - Kz: 1.700,00 Toa @ corespondeia, quer ORCA quer telativa a snincio © aninalums do «Disio da Repiblices, deve ser diisida 8 impr | a. seg erice NATURA 1 pres de cada Ta pb ica wos Dios Ano | da Republica 1*€2° sate & de Kz: 7800 epara Ke: 1469 391.26] 9 3° see Kz: 95.00, acrecido do rexpectivo| Nace = ED, Ln, i Henig de ee a ED see x 85768120 | imponto cdo sel, depenendo wpa do corinne gore = ip: | 82! ee 4512957 | "sede deg itopivioncfeur na ee tegen AB ee 36052954 | dn ingrneaNaciol-E SUMARIO ‘Traa-se de um exigent desafo,conseaid pelo exfaryo a « conjuzado com o acesso aos recursos tecnalogicos e x05 Assembleia Nacional ‘equipamentos modems indispensaveis 20 funcionamento Lainsz221 DoPassaperte Angclano edo Reine de Said ¢ Ealrada dos Cidados ‘Nacional: — Revoua tolaalessag20 que contra o disposto na presente Le. Letne 2321: Sobre o Regime Juridico do Cadastro Predial. — Revogs toda 4 Tegslagio. que contarie a presente Li, nomeadamente 0 Despacho n° 9/78, de 12 de Dezembro Letns 2421: ‘Do Banco Nacional de Angola. — Revoga a Lei n® 16/0, de 18 de Julho — Lei do Banco Nacional de Angola, e toda a esnlas80 ie outorie a presente Lei Lein 2821: ‘De Delinitagho da Actvidade Econdenicn — Revaga a Lei n® 02 de 16 de Abril, de Delaitago de Sectores da ActivdadeEconémnica demas egislagho que contavie disposto ma presente Le Letn 2621 Que alten a Lal n® 1/07, de 14 de Maio Comercinis Lei das Actividades ASSEMBLEIA NACIONAL Lein® 2221 de 18de Outubro (Os movimentos migratérios 4 escala mundial tém exigido dos Estados a adopgao de uma gestao orientada para a qua- lidade e inovagio tecnolégiea dos dispositivos de controlo nos postos de fronteira e concomitantemente, a necessidade de colacar ao servigo dos cidados e da comunidade interna- cional, documentos de viagem com alto nivel de seguranga, Acompanhando essa. inevitivel marcha omundial, 0 Estado Angolano assume a responsabilidade de colocar em, cireulagio o passaporte biemétrico, do Sistema de Informagao que suporta a concesslo e emis- sao do Passaporte Angolano. A Asscmbleia Nacional aprova, por mandate do pevo, nos tenmos do n° 2 do artigo 165° da Constituigio. da Republica de Angola, a seauinte LEI DO PASSAPORTE ANGOLANO. EDO REGIME DE SAIDAE ENTRADA DOS CIDADAOS NACIONAIS CAPITULO! Disposigoes Gerais, ARTIGO 1 covjecto) A presente Lei regulaa emiss0 ¢auilizagao do Passaporte Angolano, suas caractristicas, categorias € condigdes de sear ranga ¢ define 0 Regime de Saida © Entrada dos Cidadaos Nacionais. AKTIGO2* ‘mbit de alieario) 1. A presente Lei aplica-se & emissio e a utilizagio do Passaprte Angolao, bem como ao Reaime de Saida € Entrada dos Cidadaos Nacionais, 2.A presente Lei aplica-se também a emissio ¢ utiliza- ‘io de titulo de viagem para refugiados € salvo-conduto, ‘em conformidade com o disposto na Lei ¢ nos Tratadlos Intemacionais sobre © Direito de Asilo © © Estatuto do Refugiado, 7946 DIARIO DA REPUBLICA CAPITULO IL Passaporte em Geral ARTIGO 8° (Natureza ¢funga0) (© Passaporte ¢ um documento de viagem individual que utilize a biometria para autenticar a cidadania do seu titular permite a entrada ou saida em qualquer posto de fronteira hnacional, bem como de pais estranaeiro, salvo a existéncia de acordo ou convengao intemacional que dispense a sua apresentagao, ARTIGO 4° (eta 20 Passports) Todo o cidadiio mgolano tem direito a0 Passaporte ot outro documento de viagem, excepto nos casos previstos por Ici ARTIGO 5° (Caracteristeas do Passports) 1.0 Passaporte Angolano ¢ electrénico, de letura éptica © por radiofreqnéncia, constinside por una cademeta con- tendo uma folha em policarbonato ¢ 48 paginas mumeradas, cujo miimero de série € constituido por caracteres alfannumé- ricos de una letra e sete algarismnos, perfarados nas rarsens superiores das paginas, excepto o Passaporte para estrangei- ros que contém 12 péainas. 2. Na capa anterior do Passaporte consta a inscricfio Repitblica de Angola» seauida da insignia da Republica, abaixo a inscrigdo «Passaporte> seauido do simbolo inter ‘nacional de documento electrénico na parte inferier, em cor dourada, 3. Na parte anterior da folha em policarbonato contém, © holosrama seauido dos seatintes dizeres em portugues € em ingles: a) cRepiblica de Angolay; b) «Passaporte Ordinarion, «Passaporte Diploma ticon, «Passaporte de Servigo» ou «Passeporte ara Estrangeiros», de acordo com o tipo de document ©) Apalavra «Passaporte> inscrita em braille, ste Passaporte € vélido para todos os paises»; 6) eNtimero de sérien, _f «Este Passaporte contém 48 paginas mumeradas> 4.0 verso da folha em policarbonato contém os dizeres «Repitblica de Angola», seguido do espago para impressio dos dados biosraficos do titular do Passaporte, com epiara- fes em portugnés € inglés, mimero de identificagao pessoal, data de emissdo, validade, assinatura do titular € a zona de Ieitura por méquina, sendo os dados biomeétricos sravados a laser e, apos a assinatura electronica, armazenados num chip sem contacto, que garante um clevado nivel de seaurana do Passaporte. 5. pagina 1 contém a fotografia colorida do titular do Passaporte, 6. Ein caso de Passapotte de menor de idade, na pasina 1, nha parte inferior da fotografia, contém os dizeres em por- ftugués e inglés «Dados dos representantes legais», seguido dos nomes e do niamero de identificagao pessoal destes. 7. As paginas 2a 47 contém espagos reservados aos vis- {0s enelas estdo impressos os dizeres «vistos» em portugues ceminglés. 8 No caso de o Passaporte ser emitido para pessoas invisuais, este contém no verso da pégina biografica, wma vinheta com os dados biograficos do titular em braille. ARTIGO 6: (Modelo do Passaporte) 1.0 Passaporte constitu propriedade doBstado Angolano, sendo a contrafaegdo ¢ a utilizagdo indevida punidos nos ter~ mos da lei, 2. 0 modelo de Passaparte € aprovado pelo Presidente dda Repiblica ARTIGO7* (Niels de sex mnca do Passaporte) © Passaporte contém, no seu suporte grifico, a incorpo ragio de componentes em conformidade com as normas da ICAO — Organizacdo Intemacional da Aviagao Civil, que the conferem os niveis de seuranga seauintes: @) Nivel 1 — Elementos com verificagao visual ou por tacto sem utilizagao de equipamentos, b) Nivel 2 — Blementos com verificagao atraves da utilizagao de equipamentos simples, incluindo lupas de baixa ampliagao © kimpadas ultravio- letas: ©) Nivel 3 — Elementos com verificagao através de téonicas e equipamentos forenses, scanner, microscépio, andlise espectral e outros snétodos, incluindo ARTIGO Ss (Conmultne recolha de dados) 1, Para a emissiio de Passaporte ¢ efectuada consulta & base de dados de identificagao civil ¢ criminal, mediante apresentagso do bilhete de identidade ou outro documento de registo civil vitido, 2. Apos consulta, nao se verificando qualquer impe- dimento, € obtida assinatura © sio recolbidos os dados biomeétricos do requerente. ARTIGO9* (Avertamentos) ‘Nao sto pemnitidos averbamentos no Passaporte ARTIGO 10° (raza de vaidade) 1.0 prazo de validade do Passapatte ¢fixado de acordo ‘com o previsto para cada Passaporte, 2. Nao € permtida a protrogago do Passaporte. 1 SERIE — N° 197 —DE 18 DE OUTUBRO DE 2021 7047 ARTIGO 11° (Conigoes de validate) 1. 0 Passaparte s6 € valido se todos os espagos destina- dos tinserigio de mengSes varidveis estiverem preenchides. 2. No Passaporte deve constar a assinatura do seu titular, salvo se, no local indicado, a entidade emitente fizer men¢ao de que o mesmo nao pode assinar 3. Nao sto permitidas rasuras ou emendas de qualquer natureza. ARTIGO 12° (Comp tneta para amorizar a concesio do Passapert) # competente para autorizar a concessio do Passaporte © Presidente de Republica, enquanto Titular do Poder Executivo, ARTIGO 13° (Casas eobradas pela emis do Passa ore) 1 As taxas.a cobrar pela emisstio do Passaporte sto esta- belecidas por Diploma proprio do Presidente da Republica, enquanto Titular do Poder Executivo, que fia igualmente as rearas dle afectagio das receitas resultantes da sua cobranga. 2 No estrangeiro, as taxas devidas pela emissio do Passaporte decorrem do previsto no miimero anterior € do previsto na tabela de emolumentos consulares ARTIGO Me (Enkregn do Passaport) 1. OPassaporte OrdinariocoPassapartepara Estrangeiros silo entresnes somente a quem o tenha requerido, 2. 0 Passaporte Diplomitico ¢ 0 Passaporte de Servico sao entreaues a entidade solicitante ou a0 titular do Passaporte. 3. 0 Passaporte ¢ entreaterno local onde foi solicitado ow no local indicado pelo soliitante ARTIGO 15° (mpugnacao) © indeferimento da solicitagio de Passaporte ou a nfo temissao no prazo estabelecido € passivel de impugnagao nos, termos da lei ARTIGO 16° (Exo de emissno ou defeito de tabrico) 1 Areclamagzio do interessado com findamento em erro dos servigos ennitentes ou defeito de fabrico implica a emis- sto de novo Passaporte 2. A amissao referida no mimero anterior € gratuita, dese que a reclamagio seja apresentada no prazo de30 dias «a contar da data da entrega do Passaporte ou 6 (seis) meses a contar da mesma data, se 0 defeito for de fabrico. 3.0 disposto no nimero anterior nao se aplica nes casos fem que o erro de emissio seja imputavel ao solicitante, ARTIGO 17° ubstituigze do Passaporte vido) 1. Pode ser emitido novo Passaporte, apesar do reque- rente possuir Passaporte vido, nas seauintes situages: a) Folhas destinadas aos vistos totalmente preenchi- das, ) Mau estado de conservagao ou de utilizagao; JFunto ouextraviodevidamentecomprovados mediante documento referente a paticipagao policial, @ Alteragio dos elementos referentes a identificagao, do titular 2. Na sittagao referida na alinea c) do nimero anterior deve o requerente comprometer-se, mediante declaragio ‘em modelo proprio, ano utilizar ¢ a devolver 0 Passaporte substituido, caso vier a recuperé-lo. 3.A emtissio de novo Passaporte Ordnstio ¢ feita con- tra a entregn do Passapotte anterior, excepto nas situagSes referidas na alinea c) don 1 do presente artigo ou quando deste constem vistos euja duracto justifique a conservagio na posse do titular ARTIGO 18° (Canesten ¢anlacio do Pasaporte) 1.0 titular do Passaparte furtado on extraviado deve comunicar imediatamente 0 facto a autoridade migrat6- ria on a autoridade policial mais préxima, para efeitos de cancelamento, 2. Os serviges competentes da justica devem comuni- ‘cara perda da nacionalidade angolanarelativamente a quem tenha sido emitido Passaporte, para efeitos de anulacae, 3. Os Passaportes cancelaxlos ow antulados sto recothidos pelas autoridades competent, ARTIGO 19° ‘Canpenento i emissto de Passapate) ‘Nao € emitido Passaporte Ordinério quando conste, rela tivamente a0 requerente, 0 seguinte: «@) Decisto de drgao judicial que impega a concessio do Passaporte, b) Oposigao por parte de qualquer dos progenitores, no ¢aso de menor, enquanto nio for judi ‘mente decidido ou suprido o respective poder paternal; ©) Nao pagamento da taxa devida & emissio. CAPITULO III Passaporte em Especial ARTIGO 20° (Categorias de Passaporte) © Passaporte é de uma das seguintes categorias a) Diplamatico; b) De Service; ) Ordinaio; o) Para Estranacivo, SECGAOI Passaporte Diplomitico ARTIGO 21 (Defings0) (© Passaporte Diplomatico é 0 documento de viagem ede identificagao internacional dos agentes diplomaticos ¢ enti- dades sujeitas ao estatulo diplomatico que, nos termos da presente Lei, sio titulares de tal direito. 7948 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 22 (Ttatares de PassaporteDiplomitic) 1. Tém direito titularidade de Passaporte Diplomitico: a) 0 Presidente da Repiblica: B) O Vice-Presidente da Repibica, ©) O Presidente € os Vice-Presidentes da Assembleia ‘Nacional: i Deputados & Assemibleia Nacional «) Juiz. Presidente do Tribunal Constnucional: f Juiz Presidente do Tribunal Supreme, 2) Juiz Presidente do Supremo Tribunal Militar; 1h Juiz Presidente do Tribunal de Contas; b Juizes Conselheiros dos Tribunais Superiores da Republica; J Procurador Geral da Republica, Vice-Procuradores Gerais ¢ Procuradores Gerais-Adjuntos; b Provedor de Justica ¢ Provedor de Justiga-Adjunto, D Ministros de Bstado, Ministros, Vice-Ministrs, Secretirios de Estado, Secretiios do Presidente da Repiilica; rm) Membros do Consetho da Repablica, 1) Chefe do Estado-Maior General das Forgas Arma- das Angolanas ¢ seus Adjuntos, 0) Comandante Geral da Policia Nacional © seus Adjuntos, ») Govemadores Provinciais € Vice-Govemadores Provinciais, 4) Governador do Banco Nacional de Angola Vice- -Governadores, 10s fimcionzrios do quadro diplomitico; 5) Os funcionsios do Estado especializados, equipa- rados aos fimeionstios da carreira diplomatica, quando em comissio ordiniria de servigo nama Missio Diplomtica, Misso Permanente, Posto Consular ou Organizasa0 Intemacional; 1 Os Cénsules Honorétios da Repiiblica de Angola acreditados no estrangeiro; 1) O comtcio diplomitico no exercicio das respectivas fungoes, ¥) Os Antigos Presidentes © Vice-Presidentes da Republica; |W) Os Antigos Primeiros-Ministros; 1) Os Antigos Presidentes da Assembleia Nacional, .¥) Os Antigos Presidentes dos Tribunais Superiores. 2. Sao, iaualmente, titulares de Pessaporte Diplomatico, quando possuam nacionalidade angolana: @ O eénjuge ou companheiro de uniso de facto reconhecida, das entidades referidas no mimero anterior, b) Os filos € os tutelados, menores de idade, das entidades referidas no niimero anterior. 3. Compete a0 Presidente da Republica, enquanto Titular do Poder Executivo, decidir sobre a concessio de Passaporte Diplomético a outras entidades no previstas no n° 1, ‘quando se verifiquem situagbes de interesse puiblico, 4. Todos os Passaportes Diplomiticos enjn concessio nto tenha observado os requisites prescritos na presente Lei no sao objecto de renovaeao, ARTIGO 2 Giledetoe dizeres doPassaporte Diplomitico) 1. 0 Passaparte Diplomatico € de cor vermelha-escura fe reveste as caracteristicas exigidas no regime geval dos Passaportes previstas no artigo 5.° da presente Lei. 2. Passaporte Diplomatico contém na pégina 48 os sseguintes dizeres em portugues ¢ em inglés: Agradecemos a todas as autoridades estrangeiras 0 favor de deixar circular livremente o tinslar deste Passaporte e de Ihe prestar toda a assisténeia em. caso de necessidaden. ARTIGO 4° (Validade do Pasaporte Diplomatico) © Pastaporte Diplomatico ¢ valide por um periodo de 5 (cinco) anos ARTIGO 2 (sting do deta a uso de Passaporte Diplonsiteo) 1. 0 diteito a0 uso de Passaparte Diplomitico extinauic- -se com a cessagto de fines do seu titular ou o término da situagao que determinou a sua concesszo, 2. 0 dieito a0 uso de Passaporte Diplomatico extin- ‘gue-se também no caso de filhos ou tutelados menores dos titulares atingirem a maioridade. 3. A pada do direito ao uso de Passaparte Diplamitico ‘ocorre, também, em caso de condenagao em pena de pristo superior a 3 anos, 4. A perda do direito ao uso de Passaparte Diplomtico obriga & sua devolugao e ao seu cancelamento pelas autori- ‘dades comp etentes. ARTIGO 26° Resin apicive) © Passaporte Diplomatic sera objecto de regulamenta- ‘940 propria SEC¢AO Passaporte de Servico ARTIGO 7 (CHitalares de Passport de Servico) 1. Tam direito a titularidade de Passaporte de Servigo quando se desloquem em missio de servigo oficial a0 cestrangeiro: ) Os Maxistiados Judiciais e do Ministerio Publica; by Os Presidentes dos éraios méximos executivos das autarquias; ©) Os Presidentes dos érgios deliberativos das autar- quins; @ Os fimcionirios do Estado e fimcionétios das sutarquias loca 1 SERIE — N° 197 —DE 18 DE OUTUBRO DE 2021 7949 ©) Os funcionarios do Hstado colocados no estran- ‘2eiro, quando nao tenham direito a titularidade de Passaporte Diplomatico; POs funcionaios das Misses Diplomaticas ¢ Con- sulares de Angola, quando nao tenham titularidade de Passaporte Diplomitico, 9) As entidades civis ou militares, indicadas pelo Presidente da Repiiblica; I) Pessoas expressamente incumbidas pelo Estado Angolano de missio de servigo piblico, sea sua natureza nao importara concessao do Passaporte Diplon 8 Artistas, desportistas, cientistas e académicos que representam 0 Estado Angolano no exterior do Pais, desde que nao tenham a nacionalidade esse Pais. 2. Compete ao Presidente da Repablica, enquanto Titular do Poder Executivo, decidir sobre a concessio de Passaperte de Servigo a outras entidades nio previstas non 1, quando se verifiquem situagdes de interesse piblico, toa ARTIGO 28° (Mosel edizeres do Passaparte de Servico) 1, 0 Passaporte de Servigo € de cor verde escura creveste as caracteristicas exigidas no regime geral dos Passaportes previstas no artigo 5.° da presente Lei 2. © Passaporte de Servigo contém, na pagina 48, os segnintes dizeres em portugues ¢ em inglés: cAgradecemos a todas as autoridades estrangeiras 0 favor de deixar circular livremente otitular deste Passaparte e de Ihe prestar toda a assisténcia em. caso de nevessidaden, ARTIGO 28: (Utizacao « contoto do Passaporte de Servi) O organismo solicitante deve assegurar que o Passaparte de Servigo seja utilizado, apenas, para a missiio de servigo oficial para a qual o seu titular foi ineumbido, ARTIGO 30° (Valdade do Passaporte de Servigo) © Passaporte de Servigo € valido por um periodo de 5 (cinco) anos. ARTIGO 31 (xtingto do dneto a uso de Passaporte de Service) 1. 0 direito a0 uso de Passaporte de Servigo extinane-se com a perda do cargo ou a cessagio da missio que determi now a sua concessio, 2. A extingao do direito ao uso do Passap arte de Servigo obriga que 0 éraao que o requisitou proceda imediatamente 4 sua retengiio e devolugao a entidade concedente. sec¢AO Mt Passaporte Ordindtio ARTIGO 3 (Citulares de Passaparte Ordnari ‘Tém direito 4 titularidade de Passaporte Ordinavio todos ‘ cidadios de macionalidade angolana ARTIGO 33° (Oodelo¢dieres do PassaparteOrdinati) 1. 0 Passaporte Ordinario€ de cor preta ereveste a forma ‘eas earacteristicas exigidas noregime geral dos Passaportes, previsto no artigo 5° da presente Lei 2. 0 Passaporte Ordinério contém, na pagina 48, 0 titulo «Aviso», sexuido dos seauintes dizeres em portusnés € em ingles: Este Passaporte constitu: propridade da Reptiblica de Angola, ‘Trata-se de um documento oficial que nao deve sex alterado de nenhuuma form, nem passar a uso € posse de outra pessoa nao mencionada no Passa- porte; Em caso de peria ou destruigto do Passaporte, 0 facto as circunstincias devem ser imediatamente comnnicados as autoridades competentes, aos Governos Provineiais,& Policia Local, as Embai- xadias € Consulados da Republica de Angola» aRTiGo 4s Calidad do Pasaporte Ordnrio) 1. Para os cidadios com idade igual ow superior a 30 anos de idade & emitido Passaporte Ordinério valido por petiodo de 15 anos. 2. Para cidadaos com idade igual ou inferior @ 29 anos de idade ¢ emitido Passaporte Ordinério vilido por periodo de 10 anos, sendo que, para menores de $ anos, a validade do Passaprte¢ de: 4) 1 ano, para menores de 0 8 anos de idade; ) 3 anos, para menores de 3. Sans de dade 3. Pode ser requerida a concessio de novo Passaporte COrdinario no periodo da validade do Passaporte, por desac- tualizago dos elementos de identificago do titular, sEcGAOIV Passport para Eatrangeos ARTIGO 35° (Citutares de Pasaperte para Estrangsizes) dem ser titulares de Passaporte para Bstrangeiros: 4) Cidadaos estrangciros que, autorizados aresidir em territorio angolano, sejam apatridas ou de paises sem representacao diplomética ou consular em Angola ou demonstrem, de forms inequivoca io poder obter outro Passapecte; idadaios estrangeiros que, sem Passaporte pro- prio, recorram a protec¢io do Estado Angolano, 20 abrigo de acordos de cooperagio entre @ Repiilica de Angola eos seus paises de origem 7950 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 35° (edeo dizeres doPassaporte para Estrangeiros) 1. 0 Passaporte para Estrangeiros ¢ de cor azal-escura € reveste a forma e ns caracteristicas exigidas no regime geral dos Passaportes, previstas no artigo 5° da presente Lei 2. 0 Passaporte para Estiangeiros contem, na pagina 1 6 titulo «Avison, seguido dos seguintes dizeres em pertu- suds eem inglés «iste Passaporte constitui propriedade da Republica de Angola e pode ser retirado ou cancelado em qualquer altura, Trata-se de um documento of cial quenao deve seralterado de nenhuma forma, nem passaré uso € posse de cutra pessoa m0 mencionada no Passaperte. Em caso de perda ou furto do Passaporte, o facto e as circunsténcias ddevem ser imediatamente comunicados as auto- ridades angolanas no estrangeiro: © portador deste Passaporte no tem nacionalidade angolana, Bste Passaporte no the da direito a auxilioe protec¢ao das autoridades angolanas no estrangeiron. ARTIGO 37° (aidade do Pasaporte para Estrangetros) 1. O Passaporte para Estangeiros ¢ vilide por periodo de 1 ano de acorclo com o fim declarado pelo requerente 2. 0 Passaporte para Estrangeiros pode garantir ou vedar o direito deregresso a0 teitério angolano, conforme i men- fio que nele se reaistar ARTIGO 38 (Catizacao do Passapart para Fstrangeros) 1. 0 Passaporte para Estranaciros ¢ utilizado apenas para a finalidade que justficoua sua concessao, 2, Nos casos em que © Passaporte para Estrangeiros garanta o diveito de rearesso ao territério nacional, as auto ridacles competentes procedem a sua recolha para efeito de controlo on cancelamento, CAPITULOIV ‘Titulo de Viagem para Refugiados ARTIGO 39° (Titatares do Tita de Vingem para Estrangsros) Pode ser emitide, a favor de cidadao refugiado na Repiiblica de Angola, Tittlo de Viagem em conformidade com 0 disposto na lei e nos tratados intemacionais sobre 0 direito de asilo ¢ 0 estatuto do refugiado e de acordo com os parametros estabelecidos pela Organizagao da Aviagaio Civil Internacional no que respeita a documentos de viagem de Ieitura electronica ARTIGO 40 (Wodelo ecaraceristica do ital de igs para refados) 1. 0 Titulo de Viagem para Refugiados € de cor azul- -escura € reveste a forma € as caracteristicas exigidas no regime geral dos Passaportes, previstas no artigo 5.° da pre- sente Lei 2. Na capa do Tinslo de Viagem para Refugiados consta, 1 inscrigao «Repiiblica de Angolay sezuida da insig- nia da Repiiblica, abaixo a inscrigao «Titulo de Viagem, Convengao de 28 de Julho de 1951, seguido do simbolo internacional de documento biométrico na parte inferior, em cor dourads, 3. 0 Titulo de Viagem para Refigindos contém, na parte superior esquerda da capa, duas barras paralelas com 45 sgraus de inclinagao, partindo da parte interior para a exte- or do Passaporte. 4. 0 Titulo de Viagem para Refugiados contém 32 pai- nas ena pagina 32, 0 titulo «Aviso», segnido dos segnintes dizeres em portugues ¢ em inglés: ste Titulo de Viagem constitui propriedade da Repiilica de Angola e pode ser retirado on cancelado em qualquer altura. ‘Trata-se de um documento oficial que nao deve ser alterado de nenhuma forma, nem passar a uso posse de outta pessoa nao mencionada no Titulo de Viagem. Em caso de perda ou firto do Titulo de Viagem, o facto ¢ as circunsténcias devem ser imediatamente comunicados as atoridades angolanas no estrangeiro: © portador deste Titulo de Viagem niio tem naciona- lidade angolana. Hste Titulo de Viagem da-the 0 dircito de regresso.a Repiblica de Angola dentro do period de validadle do mesmo» ARTIGO 41" (Gtidade do Titulo de Viagem para Retsados) 0 Titulo de Viagem para Refusiados € vilido por periodo de S anos, aRrIGO 42° (tia do Tito de Vinge para Retosindes) 1. 0 Titulo de Viagem para Refurgiados ¢ uilizado para a finalidade que justficon a sua concessa0, 2. O Titulo de Viagem para Refigiados € recolhido para efeitos de controlo, pelas autoridades competentes, sempre ‘que o sen titular resressar ao teritorio nacional ARTIGO 43° (xtng 0 do dreto no us0 do Titulo de Viagem para Regios) O direito 40 uso do Titulo de Viagem para Refusiados cestingne-se com a cessagio ou perda do Estatuto de Refigiado. CAPITULO V Salvo-Conduto ARTIGO 44° (inalidade) 1. 0 Salvo-Conduto ¢ um titulo de vi miinica que tem por finalidade o regresso a Angola de cidadios que se encon- trem indocumentados no estrangeiro. 2. © Salvo-Conduto ¢€ emitido a favor de cidados de nnacionalidade angolana, devidamente confirmada, e a0s 1 SERIE — N° 197 —DE 18 DE OUTUBRO DE 2021 quais, por urgéncia, nao seja possivel, em tempo oportuno, conceder Passaporte, 3. Excepeionalmente, ¢ mediante prova bastante, 0 ‘anduto pode ser concedido a favor de cidadios de nacionalidade estrangeira, possuidores de Estatuto de Residente ott Refuigiado em Angola, que tenham perdido os documentos de viagem no estrangeito, designadamente, Passaporte para Estrangeiros ou Titulo de Viagem para Refugiados, quando estes tenham sido emitidos por autori- dade angolana, Salvo-( ARTIGO 48° (Emisso de Salvo Conduto) 0 Salvo-Conduto € emitido pelas Missdes Diplomaticas ou Consulares de Angola ARTIGO 48° (Modelo ecoracerstins) 1. 0 Salvo-Conduto € de combinagao multicolor, em tons cinzento, verde ¢ castanho, constituido por uma cader- neta de 4 piginas mumeradas. 2. 0 Salvo-Conduto tem, na capa, as seguintes caracte- ristieas edizeres: 4a) Alnsignia da Reptblica; b) Repiblica de Angola», em portugnés ¢ inglés; ©) «Salvo-Conduton, em portugues € d) O Nome da Miss Diplomatica ou Consular ei- tente, em portusmés e inglés; @) «Este Salvo-Condnto € vilido para 0 regresso a Angola ¢ € utilizado para uma tinica viagem>, cm portugnés ¢ inglés; ff Um nimero de série com uma numeragio alfa- ‘numérica constitufda por duas letras © sete algarismos g) Bim caso de perda ou destruigso do Salvo- -Conduto, 0 facto e as circunstaneias devem ser commnicados is autoridades competentes, em portugués ¢ inglés», 3. Acontracapa anterior, que constitu’ a pagina 2, contém a fotoarafia € os dados de identificagao © assinatura do titu- Tar, as causas ea data de emissao, a assinabura da entidade cemissora, seguida de uma observagao com os dizcres «Este Salvo-Conduto € utilizavel no prazo de 30 dias a contar da data da sua emission, em portugues e inglés, 4. As paginas 3 € 4 contém espagos reservados a vistos. ARTIGO 47> (Waldade do Salvo-Condutoy 0 Salvo-Conduto ¢ emitido com vatidade estritamente necessiria no regresso do sex titular e caduca com a entrada em territério nacional CAPITULO VI Sistema de Informacao do Passaporte Angolano seccAot Fnalidade, Organizagio« Fstrutura ARTIGO 48° inatdade) Sistema de Informagio do Passaporte tem por fitali- dade resistar, armazenar, tratar, manter actualizads, validar « disponibilizar nos termos legals a informagao assoviada ‘0 processo de eoncessio do Passaporte, nas suas diferentes ‘categorias, bem como aecionar 0 provesso de personalizagao, ARTIGO 49° (Orennizagio eextutars) 1. 0 Sistema de Informagio do Passaporte Angolano rege-se pelos principios da seguranga e do controlo da infor= magao, assezurando niveis de acesso, de modificagio, de ‘adicionamento ou de supressio de dados, bem como as for mas de comunicagao destes. 2. 0 Sistema de Informagao do Passaporte assesura a conjugagdo de todas as estruturas € de todos os procedi- mentos de aquisicio de dads € a atticulagao de todas as ‘entidades intervenientes no reaisto fisico ¢ légico dos dados recolhidos. ARTIGO 50° (Caracteristens etntereonesio) 1. 0 Sistema de Informagao do Passaporte Angolano ‘bedlece as sesuintes caracteristicas 4) Centralizagao do reaisto dos dados pessoais, bio réficos e biométricos: ) Descentralizagio da recolha da informagio que é efectuada nos locais de atendimento dos Servi- 505 de Migragao e Estrangeiros, Ministerio das Relagdes Exteriores enas Missées Diplomaticas Consulares ©) Centralizagio da personalizagao do Passaporte, 2. Para garantir a eficiéncia ¢ a eficacia da recolha a informagao, 0 Sistema de Informagio do Passaporte Angolano interage com os sesuintes sistemas: 4@) Sistema de Informagio Intesrado da Autoridade Migratéria, para verificagao da existéncia de impedimentos ou outtas de medidas determina- das em conformidade com a lei, b) Base de dados de revisto, de identificacio civil € criminal dos Servigos do Registo Civil, para confirmagae dos elementos de identificagao do requente do Passaporte ARTIGO S1* (Gestio do Sistema de Infmnaca0) A entidade responsivel pela gestio do Sistema de Informagao do Passaporte ¢ determinada pelo Presidente da Repiblica, enquanto Tinslar do Poder Executive, 7952 DIARIO DA REPUBLICA SECGAO TT Dados ARTIGO $2° (Teatament dos dados) 1. Os dados devem ser actuais, exactos, pettinentes © selecionados antes do seu reaisto informstico, nfo devendo ser uilizados para fim distinto, 2. Os dados sio recolhides do Bilhete de Identidade ou assento de nascimento ¢ impresso preenchido pelo reque- rente € registados no sistema de informagao que atribui automaticamente o ntimero do Passaporte. ARTIGO s3° Connmicac30 dos dado 1. Os dados registados no Sistema de Informagio do Passaporte Angolano podem ser comunicados aos areitos de policia criminal, Ministério Piblico e autoridades judi- cis, para efeitos de investigagio ou de instrurio processual em condigbes que respeitem o disposto na presente Lei € subsidiariamente nos termos da Lei da Protecgio de Dados Pessoais. 2. A comunicagto referida no mimeto anterior depende de solicitagao findamentada de magistrado on de autoridade policial ARTIGO S42 (ceo a dads) Qualquer individuo tem o direito de conhecer 0 contetido dos resistos que the respeitem € de exizir a correc de ceventnais inexacticldes, a supressio de dados indevidamente rexistados ¢ 0 completar das omissies, nos termos da lei em vigor sobre a Proteccio de Dados Pessoais ¢ da legislacao pettinente sobre o segredo de Estado ARTIGO $8* (Conservago dos dads pessoas) 1. Os dados pessoais sto conservados em ficheiro his- terico de suporte informitico, que oferesa condigdes de seguranga, sendo o suporte de papel destruido no prazo de 2 (dois) anos. 2. Quaisquer registos que nao contenham decisio de efi- cicia permanente podem ser destruidos decorrido 0 prazo previsto no mimero anterior ARTIGO 56° (Sequranca da iatorsacao) 1. A entidade resp onsivel pelo Sistema de Infermagio do Passaporte Angolano confere as garantias de seguranca necessariasa impedira consulta, a modificagao, a supressio, © adicionamento, a destruigo ot a comunicagio de dads, de forma que centraria 0 disposto na presente Lei. 2. A seguranga da informagao garantida através do control: a) Dos supostes de dados ¢ respective transporte, a fim de impedir que possam ser lidos, copindos, alterados ou eliminados por qualquer pessoa ou por forma nao autorizada, )Dainsergao de dados,a fim de impedira introdugao, ‘bem como qualquer tomada de conhecimento, alteragao ou elimninacio no autorizada, de dados pessoa ©) Do acesso aos dados, para que as pessoas auto- rizadas s6 possam ter acesso aos dados que interessam 90 exercicio das suas atribuigbes legais; 4 Da transmis dos dados, para garantir que a sua utilizagao sejalititada as entidades autorizads, ARTIGO s7* il) 1. Os funcionsrios ow outras entidades que no exercicio das suas funedes tenham conhecimento dos dados pes- soais registados no Sistema de Informacto do Passaporte Angolano ficam obrigados ao sigilo profissional, nos termos dale 2. A dimulaaglio dos dados pessoais resistados no Sistema de Informagiio do Passaporte Angolano é efectuada nos termos previstos na presente Lei da Protec ao de Dados Pessoais ena Lei do Segredo de Estado. CAPITULO VIL Regime de Saida ¢ Entrada do Cidadiio Nacional ARTIGO s8° (Liberdade de sada e entrada) ‘Todo o cidadio angolano ¢ livre de sair e entrar no Pais, sem prejuizo das limitagbes decorrentes do cumprimento dos deveres leanis, ARTIGO 59° (Gequisit local de entrada e aida) 1. 0 Passaporte constitui titulo de saida ¢ entrada do ter- rifério nacional, salvo se substituide por um Salvo-Conduto, nas condigdes previstas na presente Lei, acordo ou conven- ‘s80 internacional em contréric 2. Asaida entrada de cidadios nacionais do tenitério nacional € efectuada nos postos de fronteira legalmente esta- belecidos para o eftito ARTIGO 60 (odaldades de sada) 1. Para a saida do teritério nacional é obrigatorio apre- sentar visto de entrada para o pais de destino, salvo acordo ‘ou convengio em contririo. 2. 0 cidadio nacional, quando se deslogue para pais de ‘que possua nacionalidade, fica isento de apresentagio de visto de entrada, 3. A saida ¢ entrada dos residentes fronteirigos angola- nos a0 longo da fronteita comum obedeve aos acordos de cireulagao de pessoas ¢ bens de que a Reptblica de Angola seja parte 4. A saida do tervtério nacional de menores de idade, dle interditos ¢ de inabilitados niio € admitida, quando nto forem acompanhados dos pais out representante legal, salvo apresentacio da auterizacio para o eftito. 1 SERIE — N° 197 —DE 18 DE OUTUBRO DE 2021 5. A autorizagao a que se refere o numero anterior deve constar de documento escrito, datado e com assinatura reco nhecida dos pais ou representante legal, podendo conferir ‘ainda poderes de acompanhamento por parte de terceiros,, devidamente identificados, ARTIGO 61° Ampedimento de sida) A saida de cidadao do territorio nacional ¢ impedida nas segnintes situagbes: 4) Sempre que os seus elementos de identificagao nao esiejam am confonmidade com os mencionados no Passaporte; ) Por falta de visto de entrada no pais de destin ©) Quando sobre ele recaia interdigio de saida nos termos da lei. CAPITULO VII Infraceoes ARTIGO «2° (Wolo das norms rativns ahr) A violagio das normas relativas a ficheiros informatiza- dos de emissao de Passaporte € punida nos termos da lei ARTIGO 63 Gsoindevide de Passaportey 1. O uso indevido de Passaporte € punido nos termos da lei 2. Ein caso de uso indevido ou perda do direito de uso de Passaporte deve o documento ser apreendido pela autori= dade competente. ARTIGO 6 (imag o on enzano) O pedido de segundo Passaporte baseado em simulagao de destmuigio, fiuto ou extravio, bem como a prestagio de falsas declaragoes quanto as circunstincias concretas das mesmas, ¢ punido nos termos da Ie ARTIGO 65° (CObtengao ulzacao tradutenta de documento) 1. A prestagao de falsas declaragoes para obtengiio de Passaporte € punido nos termos da lei. 2 0 uso de Passaparte alheio, falso ou fabsficado € punido nos termos da lei CAPITULO IX Disposicoes Finals ¢ Transitorias ARTIGO 66° Revorag a) B revogada toda a legislagio que contrarie o disposto na presente Ls ARTIGO 67= (epie transite) Todos os Pessaportes emitidos até a data da entrada fem vigor da presente Lei conservam a sua validade até & caducidade. ARTIGO 8° ividase misses) As dhividas e as omissSes resultantes da interpretagho ¢ da aplicagdo da presente Lei sao resolvidas pela Assembleia Nacional ARTIGO 69° (Entrada em vig) A presente Lei entra em vigor 60 dias apés a data da sua publicagii, ‘Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, 21 de Julho de 2021 © Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedacle Dias dos Santos. Promulgada aos 4 de Outubro de 2021 Publique-se. Presidente da Repiblica, Joxo Manuet. Goncatves, Lovaexgo. (@1-8044-A-AN) Lein 23/21 de 18-de Outubro Considerando que 0 cadastro predial é um instmento ‘que contribui para a seguranga juridica relativamente a situa- ‘¢ho dos iméveis € sua localizagio, permitindo uma correcta ideutificagao dos prédios risticos © urbanos, com reflexos directos ¢ imediatos na resolugio de confitos relativos & titularidade, requerendo, por isso, um quadio legal especi- fico ¢ regulamentado: Tendo em conta que © cadastro predial € indispen- sivel para o desenvolvimento nacional ¢ que ao Estado € atribuida toda @ responsabilidade no dominio cadastral partindo da premissa de que © cadastro € uma questi de relevante interesse nacional, imprescindivel para a obteng4o de informagies fidedignas sobre 0 terviterio, para viabili- zara elaboragao de politicas piblicas alicergadas em dados oficii Havendo a necessidade de se estabelecer a metodologia| de base e as normas para a execuga0, renovagao € conserva- ‘G80 do cadastro; A Assembleia Nacional aprova, por mandato do pevo, nos termos do n° 2 do artigo 165.° da alinea d) dons 2 do artigo 166° da Constituigao da Republica de Angola, a seguinte: LEI SOBRE O REGIME JURIDICO DO CADASTRO PREDIAL CAPITULO I Disposicoes Gerais ARTIGO 1 (Object) A presente Lei estab elece o Regime Juridico do Cadastro Predial, abreviadamente desianado por Cadastro. 7984 DIARIO DA REPUBLICA (Detinicoes) 1. Sem prejuizo do disposto em legislagio especifica, entende-se por @) «Area Cadastrade, — aca seoaritica abrangida Por uma operagiio de execusio, actualizagio ou. renovacio do Cadastro ja concluida: ) «Area Comumyy —toda a area existente no interior deum prédio urbano destinada a utilizagio pelo publica; ©) «Cadlasiro Difridoy — a situagio em que se encontram os prédios abrangidos por uma opera- Gio de execugo do Cadastro, para 05 quais no foi possivel obter a respectiva caracterizacao ¢ identificagao; @) «Cadastro Predialy — conjunto dos dados que caracterizam ¢ identifi ‘cam os préstios existentes no teritério nacional, ©) «Certidéo Cadastraby — documento publica que cestifica 0s dados geoarficos, fisicos, econémiicos © juridicos existentes no registo informatizado dos préstios cadastrados; f «Conservagéio do Cadasiroy — processo de actua- lizagao individual dos dados que caracterizam ¢ identificam cada um dos prédios existentes muina determinada érea geogréfica; 89) «Equipa de Apoio Técnicoy — grupo compost or tecnicos de diversos servigos e entidades publicas ou privadas, ao qual cabe promover, agilizar © apoiar teenicamente a operagao de exccugto do Cadastto; Wy cEstremay — linha imaginivia detimitadora do prédio, a qual pode estar materializada no ter- fi «Bixecusébo do Catdastro» — processo de recolha e tralamento dos dados que caracterizam e iden- fificam cada um dos prédios existentes nama determinada rea geoarafica, J «Planta Cadastraby — documento piblico que certfica a localizagio geoarafica de um prédio, as suas conffontagdes € obrigatoriamente as coordenadas das extremas que o delimitam; 8 «Prédion —partedelimitada dosolo,juridicamente aauténoma, abrangendo as éguas, plantagses, edie ficios © construgdes de qualquer natureza nla existentes, com caracter de permanéncia, ¢, cada fracgio auténoma no regime de propriedade horizontal; D «Prédio Cadastradon — prédio caracterizado ¢ identificado na sequéncia de uma operacio de execuigio ot renovago do Cadastro ja conctnida ou resultante de processo de conservagio de Cadastro: 1m) «Renovay do do Cadastro» — processo de actua- lizagdo do conjunto de dados que caracterizam e ‘dentificam os prédios existentes numa determi- nada area geogrsfica: nn) «Servigo Central de Cadlastron — & nico que executa as medidas de politicas do Executive no dominio cadastral anivel nacional 2. Para efeitos da presente Lei, os conceitos de prédio ristico, ¢ urbano sto os previstos na legislacao aplicavel, ARTIGO 3° (Prncipios geras) (0 erga tec- 1. A execngio, renovagio © conservagio do Cadastro ‘beclecem aos seguintes principios gerais: 4) Principio da coordenagao, que assegura a delimi- taco de responsabilidades entre as entidades competentes pelo contetido da informago cons- tante da base de dados do Cadastro e respectivas actualizagves, ) Principio da complementaridade, que visa coordenagao das informagoes produzidas pelas diversas entidades competentes, salvaguar- dando-se 0s efeitos juridicos respectivos, nos termos da lewislagio aplica ©) Prineipio da subsidiariedade, que estabelece que 1 informagio deve ser recolhida e transmitida pelas entidades competentes que mais adequa- damente o possam efectuar, tendo em conta factores de proximidade, @) Principio da participagio, que reforga a actuagio civica dos cidadios, através do acesso a infor- magao e @ participagto nos procedimentos de exectplo e conservagao do Cadastro, ©) Principio da publicidade, que garante a transparen- cia € 0 earacter publica dos procedimentos de exeeugao, conservagao do Cadastro, bem como das informagses cadastrais, sem prejuizo da ‘garantia da protecgio dos dados pessoais envol- ‘vidos, nos termos da lei. 2. As relagdes entre 0 Cadastro, a Matriz Predial ¢ 0 Registo Predial regem-se pelo principio da complementari- dade, previsto na alinea b) do mimeo anterior 3. Sem prejuizo do regime legal relative a protecgio dos dados pessoais, 0 acesso @ informagio cadastral por parte dos particulares e das entidades e servigos da Administragio Piiblica do Estado e das autarquias locais, bem como de ‘outras pessoas colectivas piiblicas efectua-se nos termos previstos na presente Lei 1 SERIE — N° 197 —DE 18 DE OUTUBRO DE 2021 ARTIGO 4° (Conteido do Cudastro) 1. A descrigio dos prédios compreende as stas caracte- risticas fisicas, econémicas ¢ juridicas, designadamente a sua localizagao e identificagao cadastral, a superficie, 0 uso ou destino, a qualidade das construgdes, a representaco aré- fica, seu valor imobilidrio ¢ os ttulares eadastais. 2. Para efeitos cadastrais presumem-se correctos todos ‘os dados constantes do Cadastro, salvo prova ot disposicao legal em contratio, sem prejuizo do disposto na legislacao que regula o Registo Predial, ARTIGO §* (Natur eza permanente entree pie) Os trabalhos de execusdo, renovagao ¢ conservagao do Cadastro so de natureza permanente ¢ de interesse ptblico, szarantindo o Estado a sua qualidade e o acesso dos cidadtios 4 sua consulta, nos termos da lei ARTIGO 6* Caformagées cadastral) 1. As informagoes constantes do Cadastro so de uso publico, estao ao servigo das politicas publicas e dos cida- dios que requeiram informagao sobre dados cadastrais, sem prejuizo do disposto no resime geral de proteceaio de dados Pessonis, 2. Todos 05 cidadios tem 0 direito de acesso @ infor ‘magao sobre dados cadastrais que thes digam respeito, nos termos do artigo 4.° da prescnte Lei ¢ demais leaislacao, salvo o disposto para fins militares, 3. As condigdes de recolha, tratamento © acesso a informagao cadastral, bem como a elaboragao do registo formatizado do Cadastro de todos os prédios existentes em territério nacional sto definidas por diploma prépri. ARTIGO 7° (Hituares eadastras) 1. Sito fitulares cadastrais as pessoas singulares e colec- tivas que tenham relagio com o présdio cadastrado numa das, seguintes situagdes:

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