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Maurício Godinho Delgado é um jurista brasileiro e Ministro do Tribunal

Superior do Trabalho desde 2007. Graduado em direito pela Universidade Federal de


Juiz de fora, se tornou mestre em ciência política pela UFMG em 1980 e doutor em
direito em 1994. Foi professor na UFMG e na PUC Minas. Em 1989 tornou-se juiz do
Trabalho. Autor de 23 livros, detêm uma das mais ricas e completas obras de direito do
trabalho, conhecida como Curso de Direito do Trabalho.
No capítulo 13 de sua obra citada a cima, Delgado destrincha de forma clara e
coerente sobre a Terceirização trabalhista no Brasil. Abordando sua evolução no
decorrer dos anos, normatividade jurídica, jurisprudência trabalhista, seus efeitos
jurídicos, citando seu lado positivo e negativo. Aborda as condições para não ser
considerada ilícita e como se configura por meio de contrato de trabalho.
A terceirização pode vir a ser algo delicado, pois havendo seu exercício abusivo,
pode proporcionar a precarização do trabalho, violação da dignidade do trabalhador.
Traz severos desajustes em confronto aos objetivos tutelares e redistributivos que
caracterizam o Direito do Trabalho ao longo de sua história. Na maioria das vezes
atinge trabalhadores à margem da sociedade, agravando ainda mais suas condições
que não são boas, assim, potencializando a desigualdade social, tendo em vista que a
Lei da Reforma Trabalhista, fez a escolha pelo não acolhimento da isonomia salarial.
Em contrapartida, caso seja executada de forma responsável e correta, pode trazer
vantagens, como a redução do desemprego e aquecimento da economia.
Finalmente, com o estudo deste capítulo, temos a análise completa sobre a
terceirização no Brasil, elucidando suas características, efeitos e regras. Uma leitura
fundamental para entender suas nuâncias e especifidades. Indicado para aqueles que
desejam a compreensão do campo do Direito Trabalhista e estudantes desta área.
ANTIGA CLT NOVA CLT

Prevalência do As obrigações empresariais A convenção coletiva e o acordo


sempre foram pautadas em coletivo de trabalho passam a
Negociado sobre o acordos coletivos com o sindicato prevalecer a CLT.
Legislado e não poderiam prevalecer a CLT.

Férias As férias poderiam ser As férias poderão ser fracionadas


fracionadas em até três períodos, contanto
no máximo em 2 vezes, sendo que um dos períodos não seja
10+20 ou 15+15, mas era inferior a 14 dias corridos e os
preferencialmente 30 dias demais não
corridos. poderão ser inferiores a 5 dias
cada um.

Remuneração A Justiça do Trabalho considerava O piso e o salário mínimo deixam


os prêmios concedidos pelo de ser obrigatórios, ou seja, para
empregador, como viagens e cargos como vendas, a empresa
gratificações, por exemplo, como pode (acordado com o sindicato)
parte do salário. Incidindo sobre pagar apenas por produtividade.
o valor, encargos previdenciários Remunerações habituais como
e trabalhistas. O empregador auxílio alimentação, bônus e
precisava pagar um salário prêmios, não incorporam a base
mínimo ou o teto da categoria. salarial e não incidem em
qualquer encargo trabalhista e
previdenciário.
Jornada de Trabalho Jornada limite de até 8 horas Possibilita acordos individuais de
diárias ou 44 horas semanais e 12 horas diárias, desde que haja
220 horas mensais. descanso ininterrupto de 36
horas, respeitando o limite de 44
horas semanais e 220 horas
mensais.

Banco de horas Banco de horas só poderia ser Poderá ser pactuado com acordo
compensado se pactuado em individual, banco de horas com
convenção coletiva. compensação em até 6 meses.

Essa modalidade não existia Trabalhador pode ser pago por


Trabalho Intermitente período trabalhado, recebendo
anteriormente de forma legal.
pelas horas ou diárias.Tendo
direitos preservados como de
férias, FGTS, previdência e 13º
salário.O funcionário deve ser
convocado com antecedência de
três dias para o serviço – e pode
recusar.
Home Office Essa modalidade não existia Essa medida possibilita que
anteriormente de forma legal. muitos profissionais trabalhem
em casa de forma
regulamentada.

Sabe aquele pedido para ser Para evitar essa situação, o


Acerto informal empregado e o empregador, em
mandado embora, fazendo um
acordo informal com a empresa, comum acordo, podem extinguir o
acordo de trabalho. Nesse caso, o
no qual o colaborador nesse
empregado tem direito a 80% do
“acordo” devolvia a multa sobre
saldo do FGTS, mas não receberá
o FGTS? o seguro-desemprego. Já o
empregador pagará só metade do
aviso prévio e metade da multa
sobre o saldo do FGTS.

Imposto sindical Imposto sindical obrigatório pago Contribuição passa a ser


uma vez ao ano, equivalente a facultativa, o empregado que
um dia de trabalho. decide se quer contribuir ou não
com seu sindicato.

Pausa para almoços Duração de no mínimo 1 hora. Pausa de no mínimo de 30 min


desde que formalizada em acordo
individual ou convenção coletiva.
O tempo “economizado” no
intervalo será descontado no final
da jornada de trabalho,
permitindo que o trabalhador
deixe o serviço mais cedo.

Horas in itinere As horas de deslocamento de um Agora essas horas não são


funcionário que utiliza transporte consideradas como parte da
fretado pelo empresa poderiam jornada de trabalho.
ser incorporado à jornada de
trabalho.

Serviço efetivo Sabe aquele dia que por motivos Agora o período que exceder a
climáticos você foi obrigado a jornada de trabalho, mas que o
ficar dentro da empresa depois trabalhador decida passar dentro
do horário de trabalho? Ou que da empresa para realizar
você ficou estudando? Isso atividades particulares, como
poderia ser considerado como práticas religiosas, descanso,
horas extras. lazer, estudo, alimentação,
atividades de relacionamento
social, higiene pessoal, não são
mais consideradas horas extras.

Nome: Caio Tavares de Macedo.


Matrícula: 2019204672.
Matéria: Direito Trabalhista e Previdenciário.
Docente: Viviane Spena.

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