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1-Analisar as características do regime demográfico antigo

-Elevadas taxas de natalidade, a par de altas taxas de mortalidade;


-Mortalidade infantil muito elevada: é uma em quatro crianças não
completavam um ano de vida, uma vez que as condições de vida na
infância eram muito difíceis, e outras tantas, uma em quatro crianças, não
chegava aos 20 anos;
-Esperança de vida à nascença baixa, média de 30/33 anos de idade.
-População Europeia, por um lado, jovem devido às taxas de natalidade
elevadas e à baixa esperança média de vida, por outro lado,a Europa
registava um pequeno volume populacional, em consequência da alta
mortalidade;
2-Avaliar a importância da economia pré-industrial na evolução
demográfica
A economia pré-industrial é um dos motivos do lento crescimento da
população, pois agravava a dependência dos homens face aos recursos
alimentares. A economia pré-industrial era um tipo de economia
essencialmente agrícola e de subsistência, em que a maior parte da
população dedicava-se à agricultura para prover as necessidades
alimentares. A ausência de desenvolvimento técnico não permite a
criação de excedentes porque era pouco produtiva. Ora, isto originava
crises de subprodução cíclicas que impossibilitam o aumento demográfico.
3-Caracterizar as crises de subsistência
As crises de subsistência de alimentos foram cíclicas, quase sempre
decenais e fizeram-se sentir durante o seculo XVII com regularidade,
tornando a fome uma estrutura da vida quotidiana, pois não houve país
que não a conhecesse. As crises de subsistência e as fomes nem sempre
eram gerais ou duradouras, mas quando coincidia com as epidemias e as
guerras, podiam tornar-se nacionais ou até mais amplas.
4-Identificar os fatores que possibilitaram o crescimento populacional a
partir do século XVIII.
Os fatores que contribuíram para a redução de taxas de mortalidade
foram os seguintes: as melhorias climáticas, que se traduziram em boas
colheitas, diminuindo as crises de subsistência; a introdução de novos
alimentos como o milho e a batata que possibilitaram uma alimentação
mais variada e equilibrada;a assistência durante o parto,a criação de
maternidades; o uso de vestuário de algodão; a alteração dos cuidados
com as crianças e o aparecimento da ratazana que contribuiu para
eliminar o rato negro, portador da peste.

5-Compreender os fundamentos da organização politico-social do Antigo


Regime
A organização politica-social do Antigo Regime assenta no privilegio e
garantida pelo absolutismo régio de direito divino.
6-Diferencia as três ordens quanto à sua composição, estatuto,
comportamento e valores.
-A sociedade de ordens era hierarquizada, estratificada e assente no
privilégio e garantida pelo absolutismo de direito divino.
No topo da hierarquia social estava o clero, o primeiro estado, que se
dividia em alto e baixo clero. O alto clero era formado pelos cardeiais,
arcebispos e bispos, que eram oriundos da nobreza e ocupavam os
principais cargos eclesiásticos. Quanto ao baixo clero, era composto
pelos párocos,monges e frades que, viviam junto das populações.O alto
e o baixo clero que viviam com a sociedade, constituíam o clero secular.
Quanto ao clero regular, sujeito a uma regra religiosa, vivendo num
mosteiro, o estrato mais alto era a dos abades, e o estrato mais baixo
compunha os frades.Ao clero, cabia a responsabilidade do culto divino,
sendo intermediário entre Deus e as outras ordens. Estava isento do
pagamento de impostos, regia-se por direito próprio (direito canónico) e
a justiça era aplicada em tribunais eclesiásticos. Recebia a dizima, para
além de rendas e outros impostos que derivavam da posse de terra.
A segunda ordem, a nobreza, tinha um estatuto jurídico próprio,
baseado no privilegio do nascimento e distinguia-se também pela
riqueza, e pelas funções que desempenhava. Dividia-se em três estratos
socias: a nobreza de espada, a nobreza rural e nobreza de toga. A
nobreza de espada, ou de sangue, era ancestral e provinha das mais
antigas linhagens do reino.
A nobreza rural, vivia nas suas propriedades, afastada da corte, com uma
vida mais modesta. A nobreza de toga ligava-se no desempenho de
funções administrativas e judiciais, podendo ser originária da baixa
nobreza e da burguesia. A nobreza tinha função militar e, tal como o
clero, estava isenta do pagamento de impostos, vivia dos rendimentos
das suas propriedades (direitos senhoriais) , formas de tratamento
diferenciado e estava impedida de desempenhar funções braçais, sob o
risco de perder a sua condição. À nobreza ainda estavam associadas
prerrogativas exclusivas, como por exemplo, o direito de usar espada.

No grupo dos não privilegiados incluía-se o povo ou Terceiro Estado


onde concentrava a larga maioria da população. O terceiro estado ia
deste banqueiros e ricos comerciantes aos vagabundos e mendigos,
passando pelos camponeses, o seu estatuto jurídico era comum a toda a
terceira ordem, mas as suas condições de vida eram distintas. Estes
pagam os impostos régios. Quanto aos direitos senhoriais todos estavam
obrigados a pagar os censos ou impostos sobre a terra, para além das
corveias que eram trabalho obrigatório nas terras dos senhores. Estavam
ainda obrigados às banalidades que consistiam na obrigação de usar o
forno e o moinho do senhor. Todos estavam ainda obrigados ao imposto
pago ao clero que era a décima parte das colheitas.
7-Reconhecer a importância do privilégio na sociedade do Antigo Regime
Os privilégios eram uma forma de posicionamento na hierarquia social, na
medida em que a determinados grupos eram atribuídos direitos
particulares (isenção de impostos, monopólios económicos, acesso a
determinadas ocupações) que eram , pelo contrário, negados a outros. Os
privilégios ordenavam hierarquicamente as categorias sociais que deviam
desempenhar um determinado papel, o que contribuía para aquilo que, à
época ,era entendido como harmonia e ordem social.
8-Identificar as vias de mobilidade social
As vias de mobilidade eram a venalidade de cargos, isto é, a venda e a
compra de cargos públicos; a nobilitação concedida pelo monarca; o
casamento realizado entre a nobreza e burguesia enriquecida e ainda o
exercício de alguns cargos judiciais, cargos de finanças e os cargos
municipais.
9-Apresentar as características do poder absoluto
A monarquia absoluta era uma forma de governo no Antigo Regime em
que o rei, como representante de Deus na terra, detinha a totalidade dos
poderes sobre o Estado e os seus súbditos.A autoridade do monarca, tal
como a de um pai, não podia ser questionada, ou seja, apenas prestava
contas a Deus; o poder absoluto é de origem divina ;o poder era limitado.
10-Reconhecer o rei absoluto como garante da sociedade de ordens
O rei absoluto garantia a sociedade ordens porque todos os poderes
estavam concentrados no rei ,só prestava constas a Deus, e portanto, o
seu papel era determinante no bom funcionamento da sociedade de
ordens.

11-Identificar os limites do poder absoluto


O poder do rei absoluto é limitado pelo respeito pelas leis tradicionais,
pelos usos e costumes e pela consciência cristã.
12-Compreender o papel desempenhado pela corte no regime
absolutista
A corte do regime absolutista assumiu-se como um local de
deslumbramento e pedra angular da estruturação do poder durante o
Antigo Regime. Era a partir da corte que o monarca controlava a
nobreza,patrocionava as artes e as ciências A corte tornou-se um palco
ideal onde o rei espelhava a sua magnificência através da arquitetura, do
cerimonial, dos desfiles, das entradas triunfais, das festas e dos
espetáculos que eram encenados expressando a teatralização da vida na
corte. O rei, para além de evidenciar a sua corte, apresentava-se como a
sua figura principal, pelo que esta forma de encenação do poder tornou o
rei alvo de culto divino.
13-Descrever os modelos estéticos de encenação do poder com Luís XIV
-O rei patrocinava as artes e as ciências-contribuíram para difundir a
imagem majestosa do rei;
-Luís XIV apoiou as letras, o teatro e as artes plásticas que serviam para
exaltar a imagem do rei e da sua corte;
-Teatralização da vida na corte, através dos desfiles festas e os
espetáculos que seguiam uma etiqueta rigorosa, eram encenados.
-A corte era o centro de poder e culto monárquico, usada como um
instrumento de governo onde o rei supervisiona a nobreza, segundo o
cerimonial e etiqueta.
-A arte barroca, a arquitetura serviu para acentuar o poder e a
magnificência do régio e da sua corte;
-O palácio de Versalhes foi um modelo para as demais cortes europeias,
onde a arte da governação foi acompanha de um cerimonial de etiqueta e
de projeção de autoridade do governante, em que, a corte se o palco ideal
destinado simultaneamente a impressionar os súbditos e a veicular,
princípios ideológicos.
14-Reconhecer a preponderância da nobreza fundiária e mercantiliza em
Portugal
Após a restauração da independência em 1640, entre os reinados de João
IV e D. João V, há uma reestruturação e renovação da nobreza de corte,
cujos elementos , assumiram cargos judiciais, militares e administrativos,
tanto no reino como nos domínios ultramarinos que contribuíram para
engrandecer os rendimentos das casas senhoriais e promoveram a
diplomacia junto das cortes europeias .Esta nobreza mercantilizada,
composta por fidalgos-mercadores, contou com o apoio régio e com um
regime de proteção económica que impediu, assim, o desenvolvimento de
uma burguesia forte, empreendedora e dinâmica, ao contrario do que
acontecia no Norte da Europa, onde a burguesia detinha um papel ativo
no desenvolvimento comercial.
15-Caracterizar o absolutismo Joanino
CARACTERISTICAS DO REGIME
-O reinado de D. João V iniciou-se em 1707, numa Europa marcada pela
figura de Luís XIV, que serviu de exemplo ao absolutismo joanino;
-Nesta época, apesar das dificuldades económicas do inicio do reinado,
bem como a participação em alguns conflitos, o ouro do Brasil permitiu a
D. João V usar a opulência para afirmar externamente Portugal como um
grande reino;
-O absolutismo joanino se inspirou no modelo francês, porem, assumiu
algumas particularidades que lhe conferiam uma identidade própria.
-Neste sentido, o cerimonial de corte, a figura do monarca paternalista;
-D. João V não foi alvo de culto tão intenso como aconteceu com o Luís
XIV;
-O governo do monarca ficou também marcado pelo facto do D. João V
controlar todos os assuntos de Estado.

-Durante o reinado joanino procedeu-se a uma reforma administrativa


-Durante o seu reinado não foram convocadas cortes;
-Assumiu um carater paternalista pelo que tinha uma preocupação com o
bem-estar dos seus súbditos;
-O reinado de D.João significou a substituição das cortes pela corte .
Manifestações de magnificência
-O luxo das cerimónias;
-O luxo do vestuário/trajes e nas joias;
-Embaixadas enviadas das cortes europeias;
-Baixelas e luxo da decoração
-Promoveu e instalou um gabinete e observatório astronómico
-O patrocínio das letras e das artes, colocando-as ao serviço da
propaganda régia. Como símbolos desta atividade mecenática,
destacaram-se a criação da Academia Real de História Portuguesa, no
ano de 1720, que tinha como objetivo a investigação e a produção de
obras da Historia de Portugal; a criação da Biblioteca da Universidade de
Coimbra, conhecida como biblioteca joanina e ainda alguns núcleos da
Biblioteca da Ajuda, em Lisboa. D. João V foi responsável pela edificação
de um teatro real para a ópera.
-No domínio das obras publicas, procedeu a reformas no Paço da Ribeira
e deu início à construção do Aqueduto das águas livres;
16-Compreender as razões da prosperidade das Províncias Unidas
As províncias Unidas beneficiaram de uma localização geográfica
privilegiada, uma vez que situavam no cruzamento de rotas comerciais
internacionais, em que as cidades costeiras se constituíam como um
centro onde afluíam mercadorias, tanto no Norte, como do Sul da Europa.
As oportunidades económicas proporcionadas, o espirito de tolerância e
liberdade atraíram ricos imigrantes que, com os seus capitais e
conhecimento, impulsionaram o rápido crescimento das províncias que os
acolheram.
17-Reconhece a singularidade do regime político das Províncias Unidas
Depois da separação da Coroa espanhola, as Províncias Unidas reforçaram
a autonomia e afirmaram-se, no contexto da Europa monárquica um
exemplo de regime político distinto: a Républica oligárquica. A estrutura
politico administrativa da Republica das Províncias Unidas era uma
federação de estados onde a burguesia assumiu um papel politico
preponderante .Em cada uma das províncias da republica das Províncias
Unidas, o poder civil e militar dividia-se entre o Pensionário e o Stahouder,
o primeiro encarregue da administração, e o segundo do poder militar e
executivo.
18-Explica a ideia de Hugo Grotius
Foi no contexto de grande dinamismo comercial e de procura da
afirmação no domínio dos mares que surgiram as teses de Hugo Grotius
que constatavam o exclusivo comercio atribuído a um qualquer povo.
Hugo Grotius, contestou juridicamente a posse exclusiva dos mares,
através da defesa da liberdade dos mares e, consequentemente, o direito
dos holandeses de navegar nesses mares, dizendo que não se podia
garantir a exclusividade do mar pois era território internacional.
19-Descreve o processo da instauração do Parlamentarismo em
Inglaterra
-Entre 1603, aquando a morte da rainha Isabel I que não deixou
descendentes diretos, e 1689,data da Revolução gloriosa, a Inglaterra
viveu um período politicamente conturbado ,oscilando entre o
absolutismo e o parlamentarismo;
JAIME I
-Rei autoritário e católico que se opôs aos protestantes;
-Considerava-se o “Pai Natura”, só prestava contas a Deus;
-Falta de habilidade ao lidar com o parlamento.

CARLOS I
-Profundamente católico
-Aprofundou a cisão entre a coroa e o parlamento, quando aumentou os
impostos sem o consentimento do parlamento, quando procedeu a
prisões arbitrarias e quando obrigou o acolhimento de soldados nas casas
particulares
-Aumento do descontentamento do parlamento
-Em 1628-Parlamento apresentou ao rei a “Petição dos Direitos”- neste
documento pedia-se ao soberano o respeito pelos direitos dos seus
súbditos, nomeadamente as liberdades individuais, recusando a prisão
arbitraria , e a necessidade de respeitar o direito de Harbeas Corpus,
consagrado desde a Magna Carta do seculo XIII e que previa o direito de
ninguém ser preso sem culpa formada.
-o rei acabou por não respeitar a Petição de Direitos e governou de
maneira absoluta
OLIVER CROMWELL
-Derrotou o rei Carlos I
-Monarquia foi abolida e declarada a republica, de 1649-1658
-Cromwell tornou-se o Lorde Protetor da Republica pela constituição de
1653
-Assumiu o poder executivo
-Dissolveu o parlamento e governou em ditadura de 1653 a 1658
CARLOS II
-Assegurou a restauração da monarquia em 1660
-Adepto do absolutismo
-Conseguiu equilibras as ideias absolutas com as ideias parlamentaristas
-Revogou grande parte das ideias tirânicas implementadas por Cromwell
-Promulgou o Harbeas Corpus (ninguém pode ser preso sem culpa
formada, por mais de 24 horas)
-Provocou o descontentamento entre os protestantes que fizeram aprovar
o Bill of Test em 1673
JAIME II
-Era católico e adepto do absolutismo
-A sua inabilidade politica para lidar como o parlamento revoltou a
população
-O Parlamento Inglês solicitou Guilherme III de Orange (Stahouder da
Holanda)
-Guilherme III entrou em 1689 e Jaime II refugiou-se na França
Guilherme III e Maria II foram proclamados, pelo parlamento, reis de
Inglaterra mediante a aceitação do Bill of rights, Declaração de direitos,
que impunha aos novos monarcas uma serie de condicionantes a sua
ação governativa, tornando-os dependentes do Parlamento, segundo
este documento os reis submetiam-se ao direito comum, eram obrigados
a reunir o parlamento e estavam impedidos de suspender leis, sem o
consentimento do Parlamento. Estava em marcha a Declaração de
direitos que levou à deposição de Jaime II e ao fim do absolutismo régio
de direito divino, em Inglaterra. A declaração legitimou o poder régio
através de um pacto entre a nação e o soberano. Estava instituída uma
monarquia parlamentar, baseada na lei e separação de poderes.

PERGUNTA DESENVOLVIMENTO
- o papel do rei como garante da sociedade de ordens;
- os fundamentos da monarquia absoluta;
. a corte como local de encenação do poder régio
O Antigo Regime está ligado à conceção da monarquia absoluta nos
seculos XVII e XVIII, que teve a sua origem no processo de centralização do
poder. Este vinha a desenhar-se, no caso de França, com os monarcas
franceses. Foi no entanto, com Luís XIV que se consolidaram os
fundamentos da monarquia absoluta e assumiu a sua plenitude.
A sociedade de ordens era garantida pela monarquia absoluta em
que o poder era hereditário, passando de pai para filho. O rei garantia o
bom funcionamento da sociedade de ordens pelo que todos os poderes
procediam diretamente ao rei. Não havia absolutismo sem sociedade de
ordens e vice-versa.
O poder absoluto tinha três características principais: é sagrado, isto
é, tem origem divina, é paternal, está ao serviço do bem do povo e é
absoluto, mas não arbitrário. O rei apenas prestava contas a Deus. A
autoridade do monarca e, assim como a autoridade de um pai, não pode
ser questionada.
A corte assumiu-se como um local de deslumbramento e pedra
angular para a reestruturação do poder. Era a partir da corte que o rei
controlou a nobreza, patrocinou as artes e as ciências.A corte, tornou-se
um palco ideal onde o monarca espelhava a sua magnificência, através da
arquitetura, do cerimonial, dos desfiles, das entradas triunfais, das festas
e dos espetáculos que eram encenados expressando a teatralização da
vida na corte.O rei para além de evidenciar a sua corte, apresentava-se
como figura central pelo que esta forma de encenação do poder tornou o
rei alvo de culto divino.
FIDALGO-MERCADOR
-Era um tipo social de nobreza
-Ocupava cargos militares ou governantativas nas colonias
-Viam o comercio como um meio para aumentarem as suas rendas
obtidas através de cargos
-Investia os lucros na compra de bens de raiz
-Beneficiou do apoio régio e de um regime de proteção económica

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