Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Florianópolis
Universidade Federal de Santa Catarina
2002
CLARISSA ARAÚJO BORGES
Florianópolis
Universidade Federal de Santa Catarina
2002
DEDICATÓRIA
À Siumara Conti Pereira Alberti (in memorían), meu modelo, minha amiga, meu exemplo de
vida.
Ill
AGRADECIMENTOS
Um agradecimento muito especial ao professor e orientador Dr. Mauricio José Lopes Pereima
não só pela dedicação e paciência, mas principalmente pelo exemplo de profissional, pessoa e
amigo.
Aos meus amigos Gertrudes Luz, Gianfranco Colombeli, pela participação ativa neste trabalho e
em minha vida.
À Luciana Krause Santana por todo apoio.
A Rita de Cássia Brandão Delgado, bioquímica do laboratório Ciência, aos residentes e ex-
residentes do serviço de Cirurgia Pediátrica do HIJ G (Andrea Paula de Souza, Braulio Xavier e
Luiz Roberto Bastian) e à toda equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
HIJ G pelo auxilio, atenção e paciência dispensados, sem os quais não seria possível a realização
deste trabalho.
iv
SUMÁRIO
RESUMO .......................................................................................... .. vi
1 INTRODUÇÃO ............................................................................... .. 01
2 OBJETIVO .................................................................................... .. 04
3 MÉTODO ...................................................................................... _. O5
3.1 Amostra .................................................................................. .. O5
3.2 Procedimentos ........................................................................ .. 06
4RESULTADOS ............................................................................... .. 12
5 DISCUSSÃO ................................................................................... .. 18
ÓCONCLUSÃO ................................................................................ .. 24
NORMAS ADOTADAS ....................................................................... .. 25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... .. 26
APÊNDICE ....................................................................................... .. 29
V
RESUMO
Muitos marcadores foram testados embora nenhum com especificidade e sensibilidade que
pennita o diagnóstico precoce da infecção. O D(-)lactato é um produto exclusivo do metabolismo
bacteriano, metabolizado lentamente, excretado inalterado pelo rim e utilizado como marcador de
infecção. Foram analisados recém-nascidos (RN) com doença cirúrgica, internados por no
mínimo 5 dias, na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Infantil Joana de Gusmão,
de 1° de junho de 1999 a 30 de junho de 2001 e distribuídos nos grupos: Grupo I (RN com
dosagens de D(-) lactato menores que Zug/ml), Grupo IA (com infecção); Grupo IB (sem
infecção); Grupo II (RN com dosagens de D(-) lactado maiores ou iguais a 2ug/ml); Grupo IIA
(corn infecção); Grupo IIB (sem infecção). Foram realizados coletas diárias de urina para
dosagem do metabólito. Observou-se que: 60% dos RN masculinos apresentaram D(-) lactato 2
Zug/ml com infecção; 55% dos RN com D(-)lactato < 2ug/ml com infecção são prematuros,
embora 53% dos RN com baixo peso apresentaram D(-) lactato 2 Zug/ml com infecção; 80% dos
pacientes Grupo IIA tiveram plaquetopenia sendo que a doença mais prevalente neste grupo foi a
Zug/ml.
Vl
SUMARY
Infection constitutes the main cause of deaths and complications in pediatric surgeries.
Therefore, many markers had been tested althought none with specificity and sensitivity that
allows precocious diagnosis of the infection. As D(-) lactate is an exclusive product of the
bacterial metabolism, poorly metabolized and actively excreted unchanged by the kidney, we
opted to study this metabolite as a marker of infection. We analyzed neonates with surgical
illness intemed in the neonatal intensive care unit of the Hospital Infantil Joana de Gusmão, at
lactate was measured. It was observed that: 60% of the male neonates had presented D(-) lactate
2. Zug/ml with infection; 55% of the infants with D(-)lactate < Zug/ml with infection were
premature, although 53% of the children with low birth weight had D(-)lactate 2 2;.tg/ml with
infection; 80% of the patients in Group IIA had plaquetopenia and the most prevalent disease in
this group was gastrosquise. In infants without infection nonnal levels of D(-) lactate were
detected, and those with infection had incresed levels of D(-) lactate. We notice exuberant
Vll
1 INTRODUÇÃO
inflamatória. Este fenômeno pode ser desencadeado por vírus, bactérias, rickétsias, fungos,
protozoários e helmintos. Estes elementos podem, pela sua presença, pelos seus metabólitos
origem bacteriana, mostra que sua incidência é, proporcionalmente, muito elevada no período
A septicemia acomete a 10 RN para cada 1000 nascidos vivos e para cada 250
neonatal. l l
tratamento. O uso comum de catéteres venosos ou arteriais centrais proporciona uma porta de
entrada para os microorganismos através da barreira cutânea íntegra. De igual importância é o
uso desses catéteres para infundir nutrição parenteral total ou emulsões lipídicas intravenosas.
prolongada ou uma traqueostomia, que podem fornecer acesso direto à mucosa pulmonar,
suprimindo os mecanismos de defesa inatos tais como a tosse e a ação dos cílios. Assim o
neonato pré tenno é submetido, não só às fraquezas inerentes à defesa imune, como também à
exposição a fatores de risco2”9'l0.
complicados por doenças coexistentes do RN. As manifestações das doenças infecciosas nos
RN são extremamente variáveis7, em vista disso, o diagnóstico de infecção é particularmente
dificil nesses pacientes.
cirúrgicosl 1.
adaptação ambiental do período pós-natal. Além disso, as reservas nutricionais do neonato são
limitadas e os processos de crescimento e desenvolvimento, todos de alto consumo
energético, ocorrem simultaneamente à demanda adicional desencadeada pelo trauma
cirúrgico. A resposta metabólica ao trauma cirúrgico pode simular ou mascarar um quadro de
infecção, confundindo o médico e dificultando o reconhecimento precoce de um quadro
infeccioso”.
tumoral, radicais Oz, complemento etc. Entretanto, nenhtun deles têm apresentado uma
especificidade e sensibilidade que permita o seu diagnóstico nas fases iniciais da doença” '14.
Outro marcador em estudo são os isômeros do lactato. O ácido lático está presente na
natureza em duas formas estereoisômeras, denominadas L(+) ácido lático ou L(+) lactato e
D(-) ácido lático ou D(-) lactato. Enquanto o isômero levógero L(+), é produzido pelo
dextrógera D(-), é produzida exclusivamente por fonnas inferiores de vida, como as bactérias,
O D(-) lactato não é produzido, sendo metabolizado muito lentamente por tecidos de
mamíferos, e quando produzido pelas bactérias, atravessa a circulação hepática inalterado. O
valor normal do D(-) lactato em homens saudáveis é bastante baixo (menos de lmg/l00ml)]6,
mas pode estar aumentado no sangue de alguns pacientes que tenham bypass jejunoileal ou na
síndrome do intestino curto. Nas duas situações, a alta concentração do metabólito está
relacionada a um aumento na sua produção no trato gastrointestinal pela flora bacteriana
estagnada, com subseqüente absorção pelo sanguems. Sua excreção se dá por via urinária em
grandes quantidades”. Sua presença em tecidos ou líquidos corporais, normalmente estéreis,
indica invasão bacteriana ou absorção a partir de um sitio que contém grandes concentrações
de bactérias”. Com base em estudos prévios “in vitro” e “in vivo” relacionados com o
aumento do D(-) lactato associado à proliferação bacteriana, bem como diversos trabalhos
terem referido este marcador em processos infecciosos, procuramos identificar 0 D(-) lactato
em RN submetidos a procedimento cirúrgico e estabelecer uma possível correlaçao entre a sua
elevação e a presença de infecção.
4
2 OBJETIVO
3 MÉTODO
3.1 Amostra
0 Grupo I (D(-) < Zug/ml): RN com doença cirúrgica e dosagens de D(-) lactato menores do
que 2 ug/ml.
Gmpo A (D(-) < 2 ug/ml): Com infecção associada.
Grupo B (D(-) < Zug/ml): Sem infecção associada.
0 Grupo II (D(-) 2 2ug/ml): RN com doença cirúrgica e dosagens de D(-) lactado maiores
ou iguais a 2 ug/ml.
Grupo A (D(-) 2 2 ug/ml): Com infecção.
Grupo B (D(-) 2 Zug/ml): Sem infecção.
Grupo I Grupo II
‹D‹-›< mg/mI› ‹I›‹-›z mg/ml)
3.2 Procedimentos
Santa Catarina.
Para distribuição dos pacientes segundo o peso ao nascimento e a idade gestacional,
utilizou-se o conceito da Organização Mundial de Saúde (OMS), conforme tabelas l e2 2°.
Para distribuição dos pacientes em grupo controle ou grupo estudo, foram utilizados os
critérios de infecção definidos pelo American College 0fChest Phisician, em 1991
23
:
0 Letargia, hipoatividade;
cultura positiva.
Todos os pacientes receberam os cuidados de rotina para suas respectivas doenças, sem
nenhuma espécie de preparo antes do exame. Foram feitas coletas matinais de urina para
dosagem do D(-) lactato, durante o período de estudo (pós-operatório da doença cirúrgica),
assim como acompanhamento clínico desses pacientes.
Para esta determinação foi utilizado um “kit” de dosagem enzimática de lactato (Lactate
Kit 826-B e L20]I, Sigma Chemical Company, St. Louis, MO) que contém a enzima D(-)
lactato desidrogenase, a solução tampão (Glicina - pH=9) e o co-fator (Nicotinamina Adenina
Dinucleotídeo - NAD) para a reação.
Esta reação mede indiretamente a quantidade de lactato que é catalisado pela D(-) lactato
desidrogenase (DLH) até piruvato, utilizando a NAD como aceptor de hidrogênio, conforme a
reação:
P|RuvATo LAQTAT0
O
()-\
0/ C¬$CH3
II
_í“1” 0/ C* V
LACTATO
DEsonRoGENAsE ()-\
(N
l
I
CI-I3
NADH H NAD + H
A reação ocorre de direita para esquerda devido aos excesso de NAD com a formação de
piruvato e NADH. O segimdo PF removido do substrato é liberado no solvente aquoso. A
2).
9
°›9 íNADH
sor 0_7 __
:Ê 0.6 ~-
a --
0,5
0,4 4-
0,3 4-
0,2 4-
O . : : : : : : : 1 .
200 220 240 260 280 300 320 340 360 380
Comprimento de onda (nm)
Figura 2 - Espectro de absorção ultra-violeta. A seta indica a diferença máxima da absorbância do NAD e
NADH em relação ao comprimento de onda”.
destilada) com 100 ul da amostra, centrifugada previamente a 25.000 rpm durante 5 minutos.
A amostra e a solução foram homogeneizadas e incubadas em banho-maria a 37°C durante 15
TUBOS
Do
9
0O\lO\U1-i>L›JI\J\--^
10
Branco
*solução com 37
**solução
Absorbáncia 340
0,90
0,80
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
ug/ml
com 370 ug/ml
Soluções utilizadas para confecção da curva padrão com suas
respectivas concentrações de D(-) lactato e absorbâncias
Solução padrão
(NAD+DHL+
Glicina+água)
nm
HI
250
250
250
250
250
250
250
250
250
250
Solução
D(-) lactato
conhecida
E1 Egml
10* (0,5 ug/ml)
20* (l,0 ug/ml)
40* (2,0 ug/ml)
60* (3,0 ug/ml)
80* (4,0 ug/ml)
100* (5,0 ug/ml)
20**(10,0 ug/ml)
40**(20,0 ug/ml)
60**(30,0 ug/ml)
80**(40,0 ug/ml)
-
obtidas”.
Agua
destilada qsp
750
HI
490
ul
Absorbância
correspondente
a formação de
NADH
Nm
0 011
,
0,030
0,075
0,093
0,114
0,139
0,203
0,433
0,615
0,812
0 000
10
0,10
Figura 3 - Curva padrão de D(-) lactato em fimção da leitura da absorbância a 340 nanômetros e da
concentração conhecida de D(-) lactato” .
ll
Esta técnica de dosagem enzimática, após padronizada, foi automatizada e realizada por
Perfuração
1 6,0 3,2
intestinal
Hérnia
4 7,0 12,9
diafragmática
Megacolon 1 9,0 3,2
congênito
Onfalocele 2 18,0 1 20,0 - 9,6
-b
mcgl100m
0)
actam
_?
âf
D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Figura 4 - Distribuição dos pacientes do Grupo IA: RN com doença cirúrgica e dosagens de D(-) lactato
< Zug/ml com infecção associada.
6 ias, «
__
ff ~-z _. *za
_
*~›=~ ^-.w_=~
._ _.
L~ *Ê _
_. z
f
_-
,_ _
ff
‹
ä
a
.
êr, ~›w¿¡z,_»_. _«%_¿¡Ê;_š5}`* ¬'@~¿_‹_. 3¿,\=_« _ '7 .. z¿ '›“ .qi F, .‹,z_=§§;;¬¿, »s›.‹_¿g,â*.'*'%¿W,›,.
À%¿:§_šš€:=?;Í_Êzz,z¬_¿¿;¿š;-11
dá~@ Hà
3_3Ê¿3`â.z
iaH*
` sâãášfl
«':z<» ã
“'“ 1 1-1%,
Êãíšê* ~+'
.»z4."”
'
W
*
“ÊÉ 'â`Ê}»*§F:¢
À*zziäiiz
-ef-_z›^ ¬~›_ ‹.
M*
š§;'W.:‹`-.»«`.w_›é~ ;'_ 11112111. 1. z."`š~~;z.›¿,¢ ›
.z
”
~
-Í
1
.=
â iãšflävàzx.‹zv._1#fr§-*›Hw'z%*_~i_
~
_» ¬
.-._'.«‹»‹×;ws›§‹*€âf'=
L' =
» _- - U'-:._
\*‹ 1 '¬'1~:'-="¬r
, zâ
mw
«z z
5 Mimi
WÃV
gw"M aw
4
_?
\â.i\‹z~z~.
H_ sê gi ~
Mi? K
ea
×
'
ag? .a
.1_-_ 'z“'*".-' f¬'°=¬ '‹**\.1_›?"*;f-?-
__
_ _
.".^
. ^z~ ¬' -
z ›,›.':¡». ~ _' *z'-,_'{É.Y"--'
'‹ «Jz..
\‹
.
‹~
¡|››‹. ¬
À;-g *äëä
_
-_×.-=°“
f
..
=' ‹
z~
za. 4-. 1 - ?'.~.›~ >'."l‹ '.:~f-_
us
*
-
» .rf
'
‹, ›
fã
›, .t . za 1.
_=›
íëfil*
4 ._ `×
s ._'”\Ií___.
mcgI100mI
s,
"'
'
_.
Va
z__._h
i1.¿›é'¬^4f"-#2'
:_
§s_\w»fi3W\
ea
\\.`
1.”
1'
'‹
ya,
'wet
*'¿-‹£'i'fâ›Í-
_;
-l;Í!¿šf`~(\‹'.
1 .â
=. '~zc‹ '
z‹,\׋ .zxêvw
Yi; ¬-,'‹,.z~_ ;-É ig? .7_z:¬*‹.\Ê«'31
7 _'
-¬1~.'¡_~‹››_z_*;?¿i-.›¬__\»¶_›e
-
_y.
__-.~.-zzaz
fe' »~
53 ;1_ ¿;.;-r:‹;z.-Õ› -fwzzi iq;
~¡1›¡s§fl
"!*_\
.--_
~ .zí WI» .‹«\z_\1
z»,‹
ñ' M» _
*fi
zm- ;f,\
_
"_
W
,__
rÂ+¿5_:
P
'i'
if-“ t'-.M 1
Êífr
É
k~
3 ~ “';›
'SM ~' *;€›§;›_›áz._'$¿7”Ê"' :¬-___ °_ .._ ~__ ›_y¬_ fr ‹_.z_~¬~.._ `‹~ ,_
_._zz_¿›¿¿~¢_fÊ.Ê'í§j§¿;:Íǧ`a{nx:1š=1..:.¬_.,_<._.,¡ f'z~r* JJ* 'Q›-.à
43: *_
-z
=¿.â;_~,«fl;'.*~w_.¿.=z4._z.-¿_,.vz›2§-,-.¿z=?,¡:§,'Ê% ._¿z¿:¿g¡zz_$*:“
* *'
_. _.› z.zz..
W...
_ _›_. ._
v ~
.;'‹.,z›%*§=_\‹
¬zié‹.~.:'
\,,¡$
f‹~==.:-«z‹v
.p,¬..‹¿‹¢‹.-1.' .=:ê,¢¬.=_5§==‹f. =~,%**f=“~âã1\»:-.«:»z‹z.“~»¬L¬e«
~'
«Â \ f.;~*¡'x, ,i z¿z__,n§¡¿2\. .«‹-3 '‹ ~
_
¬¿`;:
.
fi
_..
_. __.
D(-)Iactato
Ê?
É ea
ea H >__‹'.'*Í=
'
~‹ z
N
zgfzêõ: '
“%§
¬if<~<
W
t
az
'
5 “_ . -É
*sz
F
›
~
,zw
zw ~
f
«z
:I
W,
_¬.;_&¡_
11? .
¬›~z 'Hsƒ~
1.- _z, _;
Q
'
fi‹
fria,
se ^'~§__¿.¡j@t':
1~__z›**%fi-z ~* “sf-ë'
._z ._!\~_.'-._¡-_ ,¬
1,
(_
-1
‹- ¡__¿
1
Jtk
_
Mk
-
.~›L._.~,._ ,z,\¡»z›.› _-
É
_
.gia
it
= '-.
-
_'‹-wa,
4
-
__
-
5%*
*ãz-=z.: '~ i f
55 '_ y
_-
1.»
za
~"@.Í"
'WC-
'^'¬'Í}¡¡xh;i?!-*iv-‹~Ê'1>\\ 'Í '› fas Á='äi`r=\¡_'¡,\*à.*:f"!'ͧ¿‹}°«z flw» \¡‹¿.‹';¿fj_1z.'\*_«/tüz*
Ê
1 -~"\=›
Ê
É1- __j=z‹) f~
*ía
'-fií1*:¢›«.‹›.‹ff.~, ff.
'
›z‹£fí.$‹¡.'‹*§›“ͧzz§“rÉ ~#¿¿,.' = !~")“›'+‹.› 1,__ .
šea
'%"
.w z
_ _›z_›»‹ ‹.
. ».~
1
%ê,¡~-_f.,«¢¿
'_ Fi . 1 .
_ ¬
W?
‹›-‹zêš-z
___ se
¿,\,‹_z¿_i5¿¿._à _<*«§;,z¡z)l¬ñl/¿â¿§`_,..__j¿W..‹_\, _¡__
1-› as«_\.;-1;
__ __ /fã
¬
__
. ~
. ii:
0 5 10 15 20 25 30 35
Figura 5 - Distribuição dos pacientes do Grupo IB: RN com doença cirúrgica e dosagens de D(-) lactato <
2|.ig/ml sem infecção associada.
6,00
5,00 _
1%.
;3f;¡¡“‹_}›\§§
“
4'
é`
_
.__'.¬:~
_~
.x
_______.
_
z
111
H*
_
_~'z¬_._~,_-^~
_
#11
.J-;_›._¬__ z
_
.«â;›..`.
_
ft
gi Ê_1,';g_;¡__%s_@¿»1;‹.êr§_«¿_›1_\}.1,r;›*.-›mw,¿1;¢r+g*à*;
1
_
_~:_f__,~z
Ê
z=;._z=..r'‹
___
E
'zfl¿'
_ ,'_'r11z
zã 6
~f*
1
'
\ Ms* ¬*
~fiz‹.3pf¡m.«
uz
Í'
'
'*f.¬~í'«
.u,.›.
*fi
âfêérzzfiç
"›
.\,‹:íëL‹._z -›~í~z_¬.J
}z¬
*Mw «
Lv
-››
›?'_'Á¡_
'_
`*“'~>
“if;»
,›
`\
gi*' ¬
z
*
R~›'
U *_
31* W*
.¢_
1.»
'
ufiiv
2
É.f
za 1
wa»
:M
~ 1+.
'M
w1?_~àâ_×!ë
_.-'
_
b
rã
›»; 1
2% ‹›_fi¡*
rã
`*'
'~ ~^
šía -*HL
iríišlrt
'i
3;» =íf‹*}ã'\*›>^YI×~›*-~,';**=-š'H??Íä1!Íf×*‹£* *R$41*'-››§;_*§\>ã`~É%wz¿›*1›âlls'@1~%P¿§sz›rš‹~\»í¡~?Kt:=*.ë›a-';fʧ§`1VLw›¶2¿R<*7á¡:.«Í\\% ›*á\Í$`á9¿f'11 f'°›l*“U'ë`W -"$f¬'*ffi¡*""*4*“5¶`*ë'¿‹-'§'#»*Ê\”¬ší^'*,š›?»'1¢'
É
°-* $`
«fiz _›
~ 1
Q
1
Í
¬
› . z , \ 11
“
me
4,00 "
I
f
n -. ~
«
~
P,
'_ -Lú-‹;:=‹.¿».._-,~_¬-'_'
» '-;=‹:^~,=_-=: -››_.~. -5-__r-j_f‹‹,--s 'f-z‹; :›__ «_ _ » ~-
'
v,-,‹; . '_ _
›
z
'Ê°Íš=a- .w
_
,_ _ ¬__: _,,._ _ ,. .
Y 7
fa ,
ši›‹~~-~‹3¿Í«>'f
_
ff*
'
fz ,- H. 'mr ,› z›__¿.
~, ; 1
mcgl100mI
-z 1'
.-~.›‹‹ ~ .¶‹°z‹~›§«;r°¬f»..z \.'f'iÍz¬í>.
.‹'3¢*`ãf.›‹ê‹fâ1;1=‹«:›'._.;~.afi..__‹~-5%
›é=_.»1~z~=›\-‹~.z‹›‹
if.-W'@'›-\
ff if wa- ~á.=z¬-¬«‹'‹~›K'”«^i§;,›*'<1fl_›.‹...f-'1%-HH
-=_" â.‹1.».z~»w «gti
w‹'u¿í?\zê»›*=ƒ.‹>â-fêz-i1›-‹‹u11¿.«.
ge.
~f~“'-*Y 1: .
~_.-=
sf -H Y'-¬.._ __¬š_,‹.»zaz-.‹
\=?fl_‹~_¢-? ›=«'~.- »;..«_,_¿‹_.._f'$Ê"-.â. -à.w›_<z¬-asas ~.~.›
_
.~z.‹
›'.¿*.e.‹3.'..._z...<*w _ _ .~ ,.z~_.-2-~ z 1 '*~‹. z . .._c_
_
_
-_ V . R.-.i'>..-./.zz.1._.,? .§;__
z ›,.._». . _-.›.~.i 'L zw~‹»»- «fe
-.*‹h¬
_ _ _ _
,E
` _
*Wa
___
z-_
_l'~-;¡ > _~^L¢›`:", L_Y”;_ ;'¿jg--
_ _
Ê?
"-,"¬_.-;_' . “›í,.-'Çz-*' '¬'*.- 2 "‹“¿
-
‹.
Z
-_I
_ Í z_<2*_‹".~.z€^*__*`-
_
.
_ W,
_
D(-) Oo *\;~'zz==¬fi=,1¬.-:kz
..=›-me N W; .~-›'1f.»\.~›-z./zw...
_
mz ,Hz ~ "
_ _. _ .
'~
` _ i _
n
i
'_ =-= :Lz '
H.. .›â-¬í/.v É-' '
«_~~.¬
.N
;› 1
I*
_z~z~_~_¬ ~.› ‹_: ,‹:,Iz~ _
V ‹_*z_.~‹.-z¬›._'‹<¬ -‹ 1. 01. iäi-.*.¬.=‹'‹.*à.=.<'›;!! ›
J
_! 1.
*ft ¬ *ti ‹
~-;`“»à<=z,z< %"'=
W
¬, .. ‹ z .
ff
-
2 _ .
Q -(I
.
: ‹__;.._'~; ;1_¢r»__
¬
fé .i.'z:--__'_.z_‹_..‹f~-,_¿__:«fc _. '_*e‹'__‹__@f¬,_-'zm'9;-\' -ta: 'z:_¬_z';\'.z^‹âI_:^ ‹~v_ z
=^;z.é; ›_~,¡*_;*_'à:-';,',-T: _',¬
:JL j:'_‹~,,_~¬_“;._.-1.
\'- '°.~
'.^‹_ë2;›‹,'~.~_‹'._--f_~
._ .;~í',,_f..-
~
.
~ 'fi'¬=';='»'»wfzzz,--'Iz‹:'z =-«~z--=¬_-›¬ê1=- ‹'_..
'
vw ~;I‹^.'í==:›‹-=:.;'=«^.× f.:.1-_-
1.1,
Jz›=_=›_›_'_z'_-__.'-z-._f\;:;:
1,00
,,?§!#&§¿úv¿¡¿zzÃz»¡z ‹Q._~‹¡«-+;1«â;gz‹á}pz:¿).MwL_f.e¡;z;¡~¿«z¿a~.f¿§›_¡›=¿¬'~›‹›*1‹‹z‹=!~¢@sêê§z¡â«fzz‹z;_.~5\.«>«wfi-g:‹çz.ââ1z~›~zzzaw1;;zwvzaêzzâ¿‹<,¡zâ‹¿¿¡__za:q;_à;‹ê¿z=a-mi-s`§*f‹1E1?tz.z¡1w<¡›.z»wz=-z
U;
^
z_,_..,¿_ W:-';?._fz“"‹s;a=zE¬¶â,=15 _›š-:'›_,; :__ _›¡=,¬<_\íL' .`1›: ~1R.<:i' _
-
‹._- =-*^;'_1\l.'“'~z_\:£=í:`v_H`~»_ "';_fl1=.›< '-_~_w>_~_-,L ;i:'i_ -zj-i:'›_.¿2f~=‹;~;w=_'.›¬t: z_!..':¬z›"s'- fL«_1'1›.›.¿_z.11_-;. `‹3u'~'\_-'-.ii=_›z;f;¬¬-'=1â'_.z;;'¬_=_;-ig
vw ,‹1:‹!t1'z:a¿fôwmmzêiQM»%¢iwê;<õz1:==.â2¿fi».z" '<«=.â\1v›'~~..<wà‹zfl':%€w.=zš‹i*ff';‹zâwzâ=Mtê›'@:'
“ .;‹. _=›
'›»;\=z'f‹^ “›~~.»~;i»a«._._z:~z fwàf.-f-*ía z.'r`i1'»â»~=‹z'-'z.;;›,‹-lãw 'a'~:1‹21;_z
F ‹z'_úz.zàs~¿».^sr=_É='=.-t-íwzáf'fz?êâ:@fv›3=¬›m¿zfz\_.Mia'z:1íz›â.fi;ëwê*~
0,00 -_
1. -z‹
Figura 6 - Distribuição dos pacientes do Grupo IIA: RN com doença cirúrgica e dosagens de
D(-) lactato 2 Zug/ml com infecção associada.
à
mogI100m
W
actato
D(-) N
Fngura 7 - D1stnbu1çao dos paclentes do Grupo IIB RN com doença c1rurg1ca e dosagens de
D( )2 Zug/ml sem mfecção associada
18
5 D1scUssÃo
crianças de maior gravidade têm sobrevivido numa proporção maior, portanto com Luna maior
permanência nas UTI neonatais, permitindo por sua vez que as infecções hospitalares se
instalem com maior facilidade e gravidade. Além disso são submetidas a procedimentos
Em relação aos marcadores de infecção em RN, optou-se pela análise do D(-) lactato.
Esta escolha foi baseada no fato de que o D(-) lactato é um metabólito produzido
tecidos de mamíferos, cerca de quatro vezes menor em relação ao isômero levógiro, sendo
e grupo II com dosagens D(-) lactado iguais ou superiores a Zug/dl com ou sem infecção
associada. Este valor foi estabelecido baseado em estudos “in vivo” e “in vitro” e reflete a
produção D(-) lactado pela concentração bacteriana de 10” UFC, que corresponde à
concentração limítrofe da fase exponencial de crescimento bacteriano”.
Inicialmente, ao analisarmos a procedência destes RN, não foi observada diferença
significativa entre o número de pacientes procedentes da grande Florianópolis e de outras
houve uma maior incidência de infecção com níveis superiores a Zug/dl enquanto que nos
pacientes procedentes de outras mesorregiões houve um predomínio de pacientes com
diagnóstico de infecção e D(-) lactato menor que 2 ug/dl. Isto, provavelmente, se deve ao fato
que os RN de outras mesorregiões, enquanto aguardam as medidas para encaminhamento e
O sexo masculino constitui um fator de risco para sepse neonatal e deveria ser levado em
consideração para qualquer neonato. De acordo com a literatura pesquisada, a incidência
quatro vezes maior de sepse entre os neonatos masculinos ainda não está bem esclarecida,
embora venha sendo documentada há várias décadasw. Neste estudo os dados estão de acordo
com a literatura, pois 60% dos pacientes do sexo masculino apresentavam diagnóstico de
lado, a presença de infecção em RN com o peso adequado, porém com D(-) Lactado menor
que 2ug/dl, podem estar relacionados a uma melhor resposta imunológica destes neonatos,
D(-) lactado.
Embora a maioria dos autores pesquisados considere que os prematuros são mais
susceptíveis a processos infecciosos, esta correlação não pode ser estabelecida no presente
estudo, uma vez que dos gmpos com diagnóstico de infecção, observamos uma menor
incidência de pré-terrnos somente no gnipo que apresenta D(-) lactato superior a Zug/dl com
infecção associada. Esta diferença pode estar relacionada com o tamanho reduzido da amostra
estudada e também com a imprecisão dos dados referentes à idade gestacional anotados no
prontuário médico.
intestinal. Além disso o fluxo sangüíneo para o intestino diminui à medida que o intestino se
dilata, desvia-se para longe da mucosa e promove perda da sua integridade. As bactérias se
tem mostrado que trombocitopenia constitui uma das alterações laboratoriais mais comuns em
UTI, altamente prevalente entre neonatos de alto risco e também um indicativo de mau
prognóstico”. A trombocitopenia é um sinal clínico precoce de um certo número de
indicações não hematológicas tais como, hiperviscosidade, trombose da veia renal, sendo
sepse a causa mais freqüenteml. Um estudo mostra que em 62% dos casos de sepse,
pacientes apresentavam contagem plaquetária inferior a 100.000/mm° 32.
A leucocitose
mostrou-se presente em 66,5% dos pacientes com D(-) lactato maior ou igual a 2ug/dl com
infecção associada, por outro lado apenas 27% dos pacientes com níveis de D(-) lactato
inferior a com infecção apresentaram a mesma alteração. Sabe-se que neutrofilia pode ser mn
útil sinal confirmatório de infecção, já que na infecção severa o número de neutrófilos totais é
deprimido por cerca de 24h e depois ascende rapidamente. A neutropenia está geralmente
associada à sepse neonatal e constitui um indicativo de mau prognóstico4. Em nossa casuística
verificamos que os pacientes com D(-) lactado maior ou igual a 2p.g/dl com infecção
inferiores a Zug/dl, este marcador não se manteve confiável, embora nestes pacientes os
demais sinais de infecção como as alterações laboratoriais e clínicas, foram menos intensas.
Por outro lado, no grupo com infecção e D(-) lactato maior ou igual a 2ug/dl as alterações
Dessa fonna, novos estudos devem ser realizados, para se estabelecer os níveis urinários
e/ou plasmáticos de D(-) lactato que correspondam a uma proliferação bacteriana em tecidos
se obter o kit importado e não ser da rotina laboratorial do HIJG, o que inviabilizou a
validação e o tratamento estatístico dos resultados.
6 CoNcLUsÃo
NORMAS ADOTADAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Sakane PT. Diagnóstico Clínico e Laboratorial das Infecções. In: Maksoud JG, editors.
Precioso AR. Sepse Neonatal - Atualização de tratamento [capturado 2002 Abril 03]; [12
ler=s.
Jun;128(6):765-769.
Precioso AR. Sepse Neonatal - Manifestações clinicas e fatores de risco [capturado 2002
Abril 03]; [12 telas].Disponível em: http://www.medcenter.com/medicina/artigos.aps?id
l3&guid=335& ler=s.
Ramos JLA, Vaz FAC, Ramos SRTS. Infecções Neonatais em Geral. In: Marcondes E.
Goldfarb J, Baley JE. Infecções neonatais. In: Alto Risco em Neonatologia. In: Klaus MH,
Fanaroff AA. 4° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1995. p.241-254.
27
Maksoud JG, editors. Cirurgia Pediátrica. 1” ed. Rio de Janeiro: Revinter; 1998. p.301-
309.
Marujo WC. Resposta Metabólica ao Trauma Cirúrgico. In: Maksoud J G, editors. Cirurgia
1994;2l(2):235-45.
Smith SM, Eng RHK, Buccini F. Use of D lactic Acid measurements in the diagnosis of
bacterial infections. J Infect Dis 1986;154 (4):658-664.
Pereima MJL. Estudo do isômero dextrógiro do ácido lático sérico na isquemia intestinal
em ratos [tese]. São Paulo: Universidade Federal do Estado de São Paulo-Escola Paulista
de Medicina;l998. 69p.
Brandt R, Siegel S, Waters M. Spectofotometric assay for D(-)lactate in plasma.
Analytical Biochemistry 1980; 102139-46.
Smith SM, Eng RHK, Campos JM, Chmel H. D Lactic acid measurements in the
Murray MJ, Gonze MD, Nowak LR, Coob CF. Semm D(-)-lactate levels as an aid to
Ramos JGL, Martins-Costa SH. Nascimento pré termo. In: Freitas F, Martins-Costa SH,
Ramos JGL, Magalhães JA. Rotinas em Obstetrícia. 3” ed. Porto Alegre: Artes Médicas;
1997. p.45-53.
Thiesen AL. Valores de Referência. In: Femández VR, Fisher RJ r, Pereira LDC, editors.
Bone RC, Balk RA, Cerra FB, Dellinger RP, Fein AM, Knaus WA, et al. ACCP/SCCM
Consensus Conference. Definitions for sepsis and organ failure and guidelines for the use
of imovative therapies in sepsis. Crit Care Med Jun 1992;20(6):864-74.
28
Richardson DK, Gray JE, Gortmarker SL, Goldman DA, Pursle WM, McCormic MC.
Declining severity adjusted mortality: Evidence of improving neonatal intensive care.
Pediatrics 1998;102 (4);893-9.
Silvy CEP, Gabriele G. El neonato quirúrgico. In: Cirurgia Pediatrica. Madrid: Dias de
Santos;1994. p.39-42.
Santos MM. Enterocolite necrosante. In: Maksoud JG. Cirurgia pediátrica. Rio de Janeiro:
Wyllie R. Atresia, estenose e má rotação intestinal. ln: Nelson WE, Berhrman RE,
Kliegman RM, An/in AM. Nelson tratado de pediatria. 15” ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan; 1997. p.1233-8.
Vanderschueren S, Weerdt A, Malbrain M, Vankersschaever D, Frans E, Wilmer A.
Thrombocytopenia and prognosis in intensive care. Crit Care Med J un 2000;28(6): 1871-6.
Precioso AR. Sepse Neonatal - atualização no diagnóstico laboratorial [capturado 2002
Abril 03]; [12 = telas]. Disponível em: http://www.medcenter.com/medicina/artigosaps?
idl3&guid=335&-le1=s.
Smith SM. D-Lactic acid production as a monitor of effectiveness of Antimicrobial
agents. Antimicrob Agents and Chemother 1991;35(2):237-241.
APÊNDICE 1
2. DADOS DA DOENÇA:
Diagnóstico inicial:
ADMISSÃO
Culturas positivas
2. Evolução Clínica:
\./\./\./\/
Culturas positivas
2. Evolução Clínicatí
Culturas positivas
2. Evolução Clínica:
\.×\.×\/\/
Culturas positivas
2. Evolução Clinica:
/-\/¬/N/¬
Culturas positivas
2. Evolução Clínica: