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165977
Lista 4- EQ515
Exercício 1 - Sobre equilíbrio químico, responda:
a) Qual a relação entre a termodinâmica e a cinética com as reações químicas?
A cinética química que determina a velocidade com que a reação ocorrerá enquanto a
termodinâmica revela sob quais condição e de que forma as reações químicas ocorrem.
c) Em que situações o problema de equilíbrio químico pode ser modelado pela equação
abaixo? Mostre como a equação pode ser atingida, evidenciando suas simplificações.
(2)
Para a fase líquida podemos calcular a fugacidade de cada componente puro na
temperatura e pressão do sistema por:
(3)
Sabendo que 𝑓𝑖𝑜 é a fugacidade do componente puro no estado de referência (1bar) e
considerando que essa reação ocorre a pressão atmosférica que é aproximadamente 1bar,
podemos dizer que a razão 𝑓𝑖 /𝑓𝑖𝑜 é aproximadamente 1. Logo, a Equação 1 pode ser
reescrita como:
(4)
Sabemos que para a solução ideal: 𝛾𝑖 = 1, chegamos finalmente em:
Sabendo que não precisamos calcular a composição na saída do primeiro reator pois as
funções de estado independem do caminho, sendo determinadas apenas pelas condições
iniciais, podemos calcular o equilíbrio no segundo reator pela equação:
0
−∆ℎ𝑟𝑥𝑛 1 1
𝐾𝑒𝑞2 = 𝐾298,15 ∗ 𝑒𝑥𝑝 [ ( − )]
𝑅 𝑇2 298,15
Onde:
R=8,314 J/(K*mol);
−(−98,0 𝑥 103 )
𝐾298,15 = 𝑒𝑥𝑝 [ ] = 1,47 ∗ 10^17
(8,314) ∗ (298,15)
Considerando ∆𝐻 constante:
−(−206,2𝑥103 ) 1 1
𝐾𝑒𝑞2 = 1,47 ∗ 10^17 ∗ 𝑒𝑥𝑝 [ ( − )]
8,314 538,15 298,15
𝐾𝑒𝑞2 = 11,37
Δv=1 – 4 = - 3
(𝑦𝐶6𝐻12 )
𝐾𝑒𝑞2 = 𝑃 −3 [ 3 ]
(𝑦𝐻2 ) (𝐶6 𝐻6 )
𝜉
1 ( )
11 − 3𝜉
11,37 =
(5𝑏𝑎𝑟)3 10 − 3𝜉 3 1 − 𝜉
( ) ( )
[ 11 − 3𝜉 11 − 3𝜉 ]
Calculando 𝜉, encontramos:
𝜉 = 0,999
Assim, encontramos as composições finais:
𝑦𝐻2 = 0,875
𝑦𝐶6𝐻6 = 0
d) Você recomendaria diluir a alimentação com uma substância inerte para aumentar o
rendimento de ciclohexano?
0
−∆ℎ𝑟𝑥𝑛 1 1
𝐾𝑒𝑞2 = 𝐾298,15 ∗ 𝑒𝑥𝑝 [ ( − )]
𝑅 𝑇2 298,15
Onde:
R=8,314 J/(K*mol);
−(−70,92 𝑥 103 )
𝐾298,15 = 𝑒𝑥𝑝 [ ] = 2,70 ∗ 10^12
(8,314) ∗ (298)
Considerando ∆𝐻 constante:
−(−98,96𝑥103 ) 1 1
𝐾𝑒𝑞2 = 2,70 ∗ 10^12 ∗ 𝑒𝑥𝑝 [ ( − )]
8,314 973 298,15
𝐾𝑒𝑞2 = 2,55
21% de 𝑂2(𝑔)
(𝑦𝑆𝑂3 )
𝐾𝑒𝑞 = 𝑃 −0,5 [ 0,5 ]
(𝑦𝑂2 ) (𝑦𝑆𝑂2 )
𝜉
1 ( )
5,76 − 0,5𝜉
2,55 =
(1𝑏𝑎𝑟)0,5 1 − 0,5 𝜉 0,5 1−𝜉
[ 5,76 − 0,5𝜉 ) (5,76 − 0,5𝜉 )]
(
Calculando 𝜉, encontramos:
𝜉 = 0,48
Assim, encontramos as composições finais:
𝑦𝑁2 = 0,681
𝑦𝑆𝑂3 = 0,087
𝑦𝑂2 = 0,138
𝑦𝑆𝑂2 = 0,094
0 0
∆ℎ𝑟𝑥𝑛 = ∆ℎ𝑟𝑥𝑛,298
∆𝐵 2 ∆𝐶 3 1
+ 𝑅 [∆𝐴(𝑇 − 298) + (𝑇 − 2982 ) + (𝑇 − 2983 ) − ∆𝐷(
2 3 𝑇
1
− )]
298
Os Parâmetros A,B,C e D são calculados com os dados da tabela fornecida no
enunciado. Assim encontramos:
Espécies ν A B x103 C x106 D x10−5
𝑆𝑂2 -1 5,699 0,801 0 -1,015
𝑂2 -1/2 3,639 0,506 0 -0,227
𝑆𝑂3 1 8,06 1,056 0 -2,028
1
∆𝐴 = −1 ∗ (5,699) − ∗ (3,639) + 1 ∗ (8,06) = 0,5415
2
1
∆𝐵 = −1 ∗ (0,801𝑥10−3 ) − ∗ (0,506𝑥10−3 ) + 1 ∗ (1,056𝑥10−3 )
2
= 2𝑥10−6
∆𝐶 = 0
1
∆𝐷 = −1 ∗ (−1,015𝑥105 ) − ∗ (−0,227𝑥105 ) + 1 ∗ (−2,028𝑥105 )
2
= −8,995𝑥104
Sabemos que:
0
∆ℎ𝑟𝑥𝑛,298 = −98,96 𝑥 103 𝐽/𝑚𝑜𝑙
Assim:
0
∆ℎ𝑟𝑥𝑛 = −98,96𝑥103
2𝑥10−6 2
+ (8,314) [0,5415(𝑇 − 298) + (𝑇 − 2982 )
2
1 1
− (−8,995𝑥104 )( − )]
𝑇 298
𝑑𝑙𝑛𝐾
𝑑𝑇
2𝑥10−6 2 1 1
−98,96𝑥103 + (8,314) [0,5415(𝑇 − 298) + (𝑇 − 2982 ) − (−8,995𝑥104 )( −
2 𝑇 298)]
=
𝑅𝑇 2
Integrando teremos:
𝐾973,15
𝑙𝑛 = −27,67
𝐾298
A 298 K, temos que 𝐾298 = 2,66𝑥1012 . Finalmente encontramos:
𝐾973.15 = 2,56
Exercício 4 - Dada a equação de craqueamento do propano a 1 bar:
−(42,29 𝑥 103 )
𝐾298,15 = 𝑒𝑥𝑝 [ ] = 38,97 ∗ 10−9
(8,314) ∗ (298,15)
−82,67 ∗ 103 1 1
𝐾𝑒𝑞2 = 38,97 ∗ 10−9 ∗ 𝑒𝑥𝑝 [ ( − )] = 1,46
8,314 625 298,15
c) A quantidade de produtos é significativa em ambas as temperaturas? Explique com
base na constante de equilíbrio e no valor de ΔH f °.
Não, a quantidade de produtos não é significativa em nenhuma das temperaturas.
Observa-se que para 298K a constante de equilíbrio é da ordem de 10−9 e que o ΔH f °
da reação é 82670 J/mol, ou seja, é maior que zero, assim a reação é endotérmica e, por
isso, o aumento de temperatura favorece o deslocamento do equilíbrio na direção da
reação direta. Foi verificado um aumento da constante de equilíbrio para a temperatura
de 625K , já que o valor encontrado deu próximo de 1, assim como o esperado.
Entretanto esse aumento não foi suficiente para permitir a obtenção de uma constante de
equilíbrio que resultassem em uma quantidade de produto significativa.
𝑎 𝑃
𝜑𝑖 = exp [(𝑏 − )∗ ]
𝑅𝑇 𝑅𝑇
−5
0,4611 500 ∗ 105
𝜑𝐶2𝐻4 = exp [(5,82 ∗ 10 − )∗ ] = 0,745
8,314 ∗ 625 8,314 ∗ 625
Δv=2 – 1 = 1
Como não podemos considerar gás ideal a equação para o cálculo das composições será:
(𝑦𝐶2𝐻4 ∗ 𝜑𝐶2𝐻4 )(𝑦𝐶𝐻4 ∗ 𝜑𝐶𝐻4 )
𝐾625 = 𝑃1 [ ]
(𝑦𝐶3𝐻8 ∗ 𝜑𝐶3𝐻8 )
𝜉 𝜉
( ∗ 𝜑𝐶2𝐻4 ) ∗ ( ∗ 𝜑𝐶𝐻4 )
1+𝜉 1+𝜉
1,46 = 500 ∗ [ ]
1−𝜉
( ∗ 𝜑𝐶3𝐻8 )
1+𝜉
Calculando 𝜉, encontramos:
𝜉 = 0,096
Assim, encontramos as composições finais:
𝑦𝐶2𝐻4 = 0,087
𝑦𝐶𝐻4 = 0,087
𝑦𝐶3𝐻8 = 0,825
Exercício 5 - Suponha que dois reagentes A e B reajam em fase gasosa por duas rotas
diferentes para formar os isômeros C e C’, as reações são independentes e ocorrem de
forma paralela dentro do mesmo reator. O processo ocorre à pressão de 2 bar e
temperatura de 400K. As reações de formação dos isômeros são:
Δv=3 – 1 = 2
(𝑦𝐶 )
𝐾1,400 = 𝑃2 [ ]
(𝑦𝐴 ) ∗ (𝑦𝐵 )
𝜉1
( )
3 − 2𝜉1 − 2𝜉2
𝐾1,400 = 𝑃2 ∗ [ ]
2 − 2𝜉1 − 2𝜉2 1 − 𝜉1 − 𝜉2
( )∗( )
3 − 2𝜉1 − 2𝜉2 3 − 2𝜉1 − 2𝜉2
(𝑦𝐶′ )
𝐾2,400 = 𝑃2 [ ]
(𝑦𝐴 ) ∗ (𝑦𝐵 )
𝜉2
( )
2 3 − 2𝜉1 − 2𝜉2
𝐾2,400 =𝑃 ∗[ ]
2 − 2𝜉1 − 2𝜉2 1 − 𝜉1 − 𝜉2
( )∗( )
3 − 2𝜉1 − 2𝜉2 3 − 2𝜉1 − 2𝜉2
Assim encontramos:
𝜉1 = 0,46
𝜉2 = 0,1
Assim, encontramos as composições finais:
𝑦𝐴 = 0,23
𝑦𝐵 = 0,47
𝑦𝐶 = 0,24
𝑦𝐶′ = 0,06
Exercício 6 - O éter metil-etílico (A), cuja fórmula molecular é C3H8O, tem como
isômeros álcool n-propílico (B) e álcool isopropílico (C) que podem se formar pelas
reações independentes abaixo.
São dados:
0 0 0
∆𝑔𝑟𝑥𝑛2,500 = ∑ ∆𝑔𝑓,𝑝 − ∑ ∆𝑔𝑓,𝑟 = −103,2 − (−47,3) = −55,9 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
Como são isômeros, as entalpias padrões de formação serão iguais, assim o ∆ℎ𝑓0 das
reações serão iguais a zero. Portanto o cálculo das constantes de equilíbrio serão:
0
−∆ℎ𝑟𝑥𝑛 1 1
𝐾𝑒𝑞 = 𝐾298,15 ∗ 𝑒𝑥𝑝 [ ( − )]
𝑅 𝑇2 298,15
𝐾𝑒𝑞 = 𝐾298,15 ∗ 1
0
∆𝑔𝑟𝑥𝑛
𝐾𝑒𝑞 = 𝑒𝑥𝑝 [− ]
𝑅𝑇
−(−48,1 ∗ 103 )
𝐾1 = 𝑒𝑥𝑝 [ ] = 105,96𝑥103 = 1,06𝑥105
(8,314)(500)
−(−55.9 ∗ 103 )
𝐾2 = 𝑒𝑥𝑝 [ ] = 691,90𝑥103 = 6,92𝑥105
(8,314)(500)
Δv2=1 – 1 = 0
Calculando 𝜉, encontramos:
𝜉1 = 0,133
𝜉2 = 0,867
𝑛𝐴
A: −47,3 ∗ 103 + (8,314)(500)𝑙𝑛 (𝑛 𝑛𝐵 𝑛𝐶 )
+ 3𝜆𝐶 + 8𝜆𝐻 + 1𝜆𝑂 = 0
𝐴
𝑛𝐵
B: −95,4 ∗ 103 + (8,314)(500)𝑙𝑛 (𝑛 𝑛𝐵 𝑛𝐶 )
+ 3𝜆𝐶 + 8𝜆𝐻 + 1𝜆𝑂 = 0
𝐴
𝑛𝐶
C: −103,2 ∗ 103 + (8,314)(500)𝑙𝑛 (𝑛 𝑛𝐵 𝑛𝐶 )
+ 3𝜆𝐶 + 8𝜆𝐻 + 1𝜆𝑂 = 0
𝐴
Dados:
𝐴 ∗ 𝑥12
𝛾2 = exp ( )
𝑅𝑇
Sabendo que:
𝑥1 + 𝑥2 = 1
𝑥1 = 1 − 𝑥2
Podemos reescrever a equação coeficiente de equilíbrio:
𝐴 ∗ (1 − 𝑥2 )2
𝑥2 ∗ exp ( )
𝑅𝑇
𝐾298 =
𝐴 ∗ 𝑥22
(1 − 𝑥2 ) ∗ exp ( )
𝑅𝑇
Sabemos que:
0
∆𝑔𝑟𝑥𝑛
𝐾298,15 = 𝑒𝑥𝑝 [− ]
𝑅𝑇