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REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO

CONHECIMENTO ISSN: 2448-0959

https://www.nucleodoconhecimento.com.br

IMPACTO DO BIM NA CONSTRUÇÃO CIVIL: ESTUDO


BIBLIOGRÁFICO

ARTIGO ORIGINAL

FERREIRA, Leonardo Santos Souza 1

MENDES, Yuri Matos 2

ALVES, José Humberto Gomes 3

FERREIRA, Leonardo Santos Souza. MENDES, Yuri Matos. ALVES, José Humberto
Gomes. Impacto do BIM na construção civil: Estudo bibliográfico. Revista
Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 12, Vol. 09, pp. 05-
23. Dezembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de
acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/bim-na-
construcao

RESUMO

Nesta pesquisa, encontra-se um estudo bibliográfico à respeito das dificuldades


enfrentadas por empresas da área de construção civil em aderir ao conceito de
Modelagem da Informação da Construção ou Building Information Modelling (BIM).
Sabe-se que o seu uso ainda não está bem difundido no território brasileiro, pois
poucos fazem uso e não usufruem toda a sua funcionalidade. Foram verificadas
diferentes pesquisas, com diferentes respostas de profissionais da área, dados estes
coletados por meio de entrevistas. Foi visto que as empresas ainda possuem

1 Bacharelando em Engenharia Civil pela Faculdade Independente do Nordeste –


FAINOR.
2 Bacharelando em Engenharia Civil pela Faculdade Independente do Nordeste –
FAINOR.
3 Orientador.

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dificuldade em aderir a este novo método de trabalho, principalmente em relação ao


custo de aquisição e de treinamento dos profissionais.

Palavras-chave: BIM, construção civil, dificuldade.

1. INTRODUÇÃO

Nascimento e Schoeler (1998) reiteram que os empreendimentos, como obras, têm a


necessidade de se basearem em informações, tais como o projeto, levantamento
quantitativo, relatórios, custos, dentre outros. Além disso, é importante saber o
percurso da informação por meio de um estudo do fluxo informativo, para que não
ocorra nenhum atraso na sua função a que se destina. De acordo com Woodbury
(2010), nos anos 80, houve a primeira experiência com sistema de desenho
paramétrico por computador, que substituiu as pranchetas. Atualmente, o mais
comum é o AutoCad, que ainda é muito usado. Novos softwares caminham com a
evolução para projetos feitos em 3D, com capacidade de parametrizar elementos
estruturais com suas as reais características. De acordo com Monteiro (2011), o
sistema BIM abrange softwares com capacidade de gerar objetos paramétricos em
desenho tridimensional, representando pilares, vigas, janelas, escadas, portas, etc.
Cada objeto pode interagir entre si, a depender do seu contexto.

Isto torna a execução do projeto mais dinâmica e fácil de executar. O termo BIM nada
mais é que uma representação digital das características físicas e funcionais de uma
ou mais edificações. Sperling (2002) disserta que a geração das informações por esta
tecnologia possui um impacto mais visível em relação às demais, devido a sua
capacidade de agrupamento de informações dentre os projetos realizados, já que,
com o BIM, é possível acompanhar em paralelo todas as fases projetadas. Para
Dantas Filho et al (2015) há muita dificuldade no Brasil em encontrar profissionais
especializados na utilização da plataforma BIM, pelo fato de a mesma ainda ser um
novo parâmetro de trabalho no país. Dantas Filho et al (2015) afirmam que muitas
empresas que buscaram implantar o conceito BIM foram mal sucedidas, já que
demanda tempo, recurso e, principalmente, alto nível de aprendizagem dos
subordinados à sua aquisição. Então acabam tendo um retrocesso ao método

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tradicional de uso, sem contar o volume de trabalho e o tempo limitado, que são
fatores que influenciam no insucesso das empresas.

Com intuito de tornar mais acessível e ampla esta tecnologia, institutos privados
passaram a ensinar a alunos de nível superior a usarem alguns softwares que
compõem este conceito. Assim, facilita-se a própria formação como profissional, já
que será suprida a carência no processo de mudança, que é cada vez mais rápido
(DANTAS FILHO et al, 2015). Esta pesquisa pretende investigar o impacto da
tecnologia BIM no cenário de trabalho de engenheiros e arquitetos. Considera-se os
resultados de pesquisas coletadas por escritórios de arquitetura e engenharia que
apontam críticas à compatibilização de informações com o uso ou não da plataforma
BIM. Leva-se em consideração o Decreto Federal[4], assinado em 2020, que relata
que, a partir de 2021, será obrigatório o uso do BIM no desenvolvimento de projetos
da área da construção civil. Na tentativa de se adaptar a este conceito, muitos
profissionais podem sair prejudicados por atrasar a fluidez de futuros projetos ou, até
mesmo, podem não conseguir bancar os custos de adesão e treinamento.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 BUILDING INFORMATION MODELING (BIM)

Eastman (2006, p. 2) diz que:

Ao longo da história da Arquitetura, a representação essencial dos


edifícios tem sido feita através de desenhos. A leitura de muitos livros
mostra como os desenhos e os croquis são parte integrante do
pensamento e do trabalho criativo do Arquiteto. [...] A substituição de
desenhos por uma nova base de representação para o projeto,
comunicação e construção dos edifícios é uma mudança revolucionária
e que marca época, tanto na Arquitetura como na Indústria da
Construção em geral. Estas mudanças alteram as ferramentas, os meios
de comunicação, e os processos de trabalho.

Eastman et al (2014) definem que para se ter melhor precisão em um modelo virtual,
é preciso construir de forma digital, ou seja, fazendo uso da tecnologia BIM, já que,
computacionalmente, o projeto gerado possibilita melhores dados relevantes, o que

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propicia uma melhor execução do empreendimento. Para Ayres Filho; Azuma e Cheer
(2008), o BIM é um conceito que melhor organiza e gerência a informação utilizada
durante o ciclo de vida de uma construção, desde a fase do projeto até a sua
demolição. Tem-se a possibilidade de fazer alterações no modelo de criação, executar
cortes e elevações a partir da própria planta, dentre outras. Ademais, facilita a
produção de planilhas orçamentária e as especificações de materiais. De acordo com
Chien; Wu e Huang (2014), ao implantar a plataforma BIM, a empresa deve estar
ciente que há riscos que podem vir a lhe prejudicar como, por exemplo, a confecção
de novos projetos relacionados a técnica, gestão e pessoal.

Pode-se destacar, ainda, que a pequena quantidade de bons profissionais


disponíveis, a falta de normas BIM, ausência de comunicação entre dados, que é
ineficiente e a dificuldade no processo da gestão de mudança são alguns problemas
recorrentes. Atualmente, o BIM aponta para uma nova modernização no que toca à
representação visual de edificações. Por ser feito a partir de modelações daquilo que
é real, de forma virtual e tridimensional, para que possa demonstrar e representar os
elementos que compõe toda a edificação, possui alguns benefícios (CRESPO;
RUSCHEL 2007). A visualização em 3D é uma das grandes vantagens do BIM, pois
os softwares apontam, com facilidade, as incompatibilidades que o projeto apresenta.
Assim, permite que os profissionais busquem respostas e soluções com maior
velocidade e corrija os problemas. Contudo, as ferramentas aliadas ao BIM exigem
certo grau de conhecimento em projetos e sobre a usabilidade da própria tecnologia
(KYMMEL, 2008).

Kymmel (2008), ainda, reitera que muitas empresas têm grandes dificuldades em
encontrar profissionais que saibam manusear os softwares do BIM com competência,
e, para isso, necessitam treinar os seus projetistas, demandando tempo e recursos,
sem contar o fato de que muitos profissionais relutam em trocar o sistema
computacional já existente pelos softwares com plataforma BIM, o que prejudica a
própria equipe, pois a falta de concordância pode dificultar a chegada aos resultados
favoráveis, no fim das contas.

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2.2 SOFTWARES DO BIM

Eastman et al (2014) ressaltam que os softwares com a tecnologia BIM cada qual tem
sua funcionalidade e ferramentas específicas voltadas ao projeto. Durante a escolha
de um deles, pode haver interferência nas práticas de produção, interoperabilidade e
nas capacidades funcionais da organização de diferentes tipos de projetos, já que não
existe uma plataforma ideal para cada empreendimento. Os softwares BIM mais
comercialmente utilizados são Autodesk Revit, Autodesk Navisworks, Bentley
Arquitecture e ArchiCAD. Entretanto, há outros que, no mercado, são gratuitos e mais
leves, em termos de espaço no disco rígido, como Blender 3D e o VisualPV3D.
Cardoso (2012) ainda define resumidamente alguns desses softwares:

• Autodesk Revit: É um software desenvolvido especificamente para BIM, em


que contribui no auxílio aos projetistas durante a modelação do projeto.
Disponível como um aplicativo que possibilita a combinação das capacidades
do Revit architecture, Revit MEP e Revit Structure;
• ArchiCAD: É um software de arquitetura BIM CAD que possibilita juntar
arquitetura com engenharia durante todo o seu processo. É reconhecidamente
o primeiro CAD desenvolvido e pertencia à Apple Macintosh;
• Autodesk Navisworks: É mais um software BIM que possui semelhanças com
os anteriores, mas há um foco maior na gestão e simulação da obra, atuando
como gerenciador de obra virtual.

2.3 AS VANTAGENS DO BIM

A visualização que os softwares com a plataforma BIM oferecem ao usuário apontam


para uma melhor compreensão espacial da obra. Florido (2007) e Laubmeyer;
Magalhães e Leusin (2009) afirmam que, em qualquer momento, é possível visualizar
a obra de forma tridimensional. Laubmeyer; Magalhães e Leusin (2009) acrescentam
que, ao utilizar softwares baseados em BIM, os desenhos apresentaram maiores
detalhes com mais facilidade, e, consequentemente, reduz-se o tempo que os
engenheiros e arquitetos perdem ao fazer em papel ou softwares em 2D, já que, com
os softwares do BIM, o projeto ganha melhor foco e preocupa-se com as formas de

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representação gráfica. Todo o projeto é salvo automaticamente após realizar


alterações, ou seja, quando se altera alguma dimensão ou muda-se algum dado da
planta, é atualizado automaticamente para o restante do projeto. Quando se trata de
custos, essas alterações não surtem efeito na maquete eletrônica (FLORIO, 2007).

Manzione (2013) diz que o BIM atua no procedimento relacionado à interação entre
as fases de uma obra e o gerenciamento de atividades da mesma, o que, para ele,
contribui para com a moderação de preços, qualidade e tempo. O BIM também
favorece a comunicação entre os diferentes agentes envolvidos com a edificação
durante todo o seu ciclo de vida.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este artigo enseja-se com a proposta de uma pesquisa bibliográfica, e, assim, buscou-
se por dados e análises que fundamentam o desenvolvimento do trabalho. Como
estratégia de pesquisa, foi realizado um estudo que teve como objetivo a aplicação de
questionários em uma pesquisa de campo, coletando-se amostragens, com escopo
de auferir estes dados e compara-los. Foram selecionados, ao acaso, três artigos
acadêmicos, com o mesmo caráter de pesquisa e o BIM como protagonista. São
pesquisas quantitativas que ofereceram parâmetros para as análises à respeito do
uso do BIM em escritórios de arquitetura ou engenharia. Assim, foi possível apontar
quais as principais dificuldades destes profissionais em adotar o BIM. A primeira
pesquisa ou Pesquisa 1, realizada por Barreto; Sanches e Almeida (2016), teve, como
objetivo, aplicar um questionário para empresas de arquitetura e engenharia,
auferindo-se o uso do BIM. A pesquisa constou cerca de cem respostas, das quais
trinta e nove usam a modelagem BIM e sessenta não fazem o seu uso.

Para a segunda pesquisa por Moreira e Ribeiro (2015), que será chamada de
Pesquisa 2, foram feitos questionários para profissionais da construção civil que usam
a plataforma BIM a um certo período, bem como outro questionário para aqueles que
não fazem uso. As empresas selecionadas partiram de indicações de centros de
treinamento de programas com o conceito BIM, localizadas em Belo Horizonte e
Goiânia. Enquanto na terceira pesquisa ou Pesquisa 3, cujo autores são Souza;

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Amorim e Lyrio (2009), objetivou-se estudar os processos de trabalho dos arquitetos


brasileiros a partir do uso do BIM, buscando-se identificar as mudanças que a
plataforma provocou no dia a dia de trabalho. Para isso, aplicou-se questionários com
cerca de trinta escritórios de arquitetura, com questões de múltipla escolha, em que
permitiu-se mais de uma resposta. Com os dados obtidos, foi possível realizar uma
comparação das pesquisas, e, assim, realizar uma discussão com foco nas
dificuldades que os profissionais passaram com uso da plataforma BIM.

Por fim, apresenta-se as sugestões que favorecem benefícios aos projetistas que
possuem escritório e àqueles que pretendem montar o seu próprio local de trabalho.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 PESQUISA 1

Barreto; Sanches e Almeida (2016) aplicaram um questionário aos profissionais da


engenharia e arquitetura, no intuito de obter um parâmetro quantitativo acerca do uso
da tecnologia BIM. Avaliou os motivos que os levaram a adquirir a plataforma BIM, o
quanto pode ser viável e o porquê de certos profissionais não aderirem ao BIM. Os
dados coletados forma organizados em gráficos, que estão representados da Figura
1 até a Figura 5. De acordo com as respostas demonstradas na Figura 1, referentes
à opinião dos entrevistados em saber o quanto acham que o BIM está presente no
mercado de trabalho, a maioria acredita que de dez projetos executados, no mínimo
dois foram feitos com o BIM, o que equivale a 51% dos entrevistados, um valor que
reduz à medida que aumenta a quantidade de projetos, pois, apenas 1% afirma que a
cada dez projetos, seis foram feitos com a tecnologia BIM, enquanto 3% dizem que a
plataforma não é utilizada no Brasil, o que mostra que o cenário do mercado brasileiro
tem baixo índice de uso.

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Figura 1 - Em sua opinião, o quanto você acha que o BIM está presente no mercado
brasileiro?

Fonte: Gráfico elaborado pelos autores (2020)

Toda e qualquer mudança pode gerar dificuldades, até que se habitue às novas
rotinas. Como aconteceu com os profissionais entrevistados da pesquisa de Barreto;
Sanches e Almeida (2016), em que tiveram dificuldades na adaptação de sua rotina
de trabalho ao se depararem com a tecnologia BIM. Muitos alegaram que, no início,
gerou-se desconforto, mas, com a prática, acostumou-se com o uso, principalmente
quando se trata de empresas com profissionais especializados em AutoCAD, uma vez
que esses profissionais entregam o seu projeto com muita qualidade e competência.
Ao ter que aderir às modelações tridimensionais, muitos carecem da necessidade de
se adaptar, para que possam entregar o seu produto com o mesmo nível de qualidade
que faziam ao utilizarem as ferramentas passadas. Na pesquisa de Barreto; Sanches
e Almeida (2016), 80% dos entrevistados alegaram que o uso do CAD ainda se
mantém, seja por dificuldades pessoais, seja por falta de interesse em aderir a um
novo conceito. Os restantes afirmam que apenas utilizou a plataforma BIM como teste,

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já que não se disponham aos custos de treinamento, custo de adesão dos softwares
e a falta de extensas bibliotecas para modelação.

Com base nas empresas estudadas na Figura 2, 24 escritórios de projeto civil


responderam que os motivos os que levaram a aderir à plataforma BIM foi devido aos
softwares gerarem mais detalhes e informações em seus projetos, o que contribui
muito para correção de possíveis erros no projeto. Em seguida, houve vinte e dois
relatos das empresas que optaram em utilizar devido às facilidades de uso, seja para
criar ou alterar dados no projeto e/ou porque reduz a carga horária de serviço,
conforme é visto na Figura 2. Os softwares que compõe o BIM são bastante intuitivos
e auto informativos, induzindo, aos usuários, as melhores opções de uso que
favorecem a demanda e bons resultados no produto final.

Figura 2 - Por qual motivo a sua empresa optou por utilizar o BIM?

Fonte: Gráfico elaborado pelos autores (2020)

Cerca de 26% dos entrevistados disseram, na Figura 3, que houve diferença na


satisfação de boa parte dos clientes quanto aos projetos realizados pela plataforma
BIM. Pode-se concluir, com este dado de pequeno valor, que a plataforma não está
bem empregada ou utilizada, já que a visualização tridimensional permite que clientes,

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mesmo aqueles que não possuem conhecimentos técnicos em projeto, consigam


enxergar como será o decorrer de seu empreendimento.

Figura 3 - A partir da utilização do BIM nos projetos da empresa, notou-se alguma


mudança quanto à satisfação do cliente?

Fonte: Gráfico elaborado pelos autores (2020)

Sabendo que o BIM traz, consigo, ferramentas completas e de fácil manuseio, o que
permite modificações com pouca dificuldade, alguns profissionais da construção civil
atentam-se à sua adesão, já que muitos estão cientes que será inevitável o uso da
plataforma e que o mercado logo irá cobrar. Na pesquisa de Barreto; Sanches e
Almeida (2016), foi verificado o custo que as empresas sujeitam ao aderir à plataforma
BIM e constatou-se que mais de 70% tiveram a maior parte dos gastos ao implantar
os softwares. Os investimentos com treino dos profissionais, atualização e
manutenção de seus aparelhos de trabalho e o tempo que levou para realizar todas
as demandas e capacitações foram fatores evidentes, citados tanto pelas empresas
de engenharia civil quanto de arquitetura. Em relação aos entrevistados na Figura 4,

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cerca de 55% deles afirmam que obtiveram lucro ao implantarem o BIM em sua
empresa. O que corresponde à maioria deles, mas que ainda é pouco.

Dentre esses dados, 47% conseguiram lucro em apenas seis a dose meses de uso.
Por outro lado, outros 23% tiveram prejuízo ao implantar a plataforma. Os autores
Barreto; Sanches e Almeida (2016) justificam, em seu estudo, que muitos desses
prejuízos estavam correlacionados ao tamanho da empresa e à quantidade de
pessoas envolvidas, que necessitaram de treinamento para o uso, sem contar os
equipamentos que deveriam ser adquiridos e/ou atualizados.

Figura 4: Quanto tempo foi preciso para se ter retorno financeiro do investimento?

Fonte: Gráfico elaborado pelos autores (2020)

Entre todas as empresas consideradas pela pesquisa, 69 delas não aderiram ao uso
da plataforma BIM e apenas oito utilizaram como teste. Os principais motivos daqueles
que recusaram ao uso foi devido à falta de capacitação dos profissionais envolvidos,
ao elevado preço de aquisição dos softwares e à falta de uso no mercado como é visto
na Figura 5. A falta de investimento do governo no ensino superior, que faz com que
jovens formem já com conhecimento suficiente para aplicarem e utilizarem os
softwares que compõem o BIM, como ferramenta de trabalho, é reflexo da atual

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situação, uma vez que os profissionais que já atuam no mercado têm a necessidade
de realizarem treinamentos, e, dessa forma, precisam de tempo e recurso para tal.

Figura 5 - Porque a sua empresa optou por não utilizar o BIM?

Fonte: Gráfico elaborado pelos autores (2020)

4.2 PESQUISA 2

Nesta pesquisa, aplicou-se um questionário com vinte e uma empresas brasileiras


pelos autores Moreira e Ribeiro (2015), sendo que nove delas não fazem uso da
plataforma BIM e doze utilizam. A necessidade dos dois tipos de questionário ocorreu
devido à diferença de experiência com o uso do BIM, de profissional para profissional.
A pesquisa de Moreira e Ribeiro (2015) foi realizada e respondida a partir do correio
eletrônico. Suas respectivas respostas foram agrupadas em gráficos. Os dados foram
transcritos da Figura 6 até a Figura 8. De acordo com a pesquisa, a maioria concorda
que o BIM é o futuro dos projetos, apesar de afirmarem que o mercado, de forma
geral, ainda não conhece bem esta tecnologia. Moreira e Ribeiro (2015) ainda
interpretam essa informação dizendo que muitos conhecem esta tecnologia, porém
não fazem bom uso, com todos os seus proveitos.

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Percebe-se, na Figura 6, apesar de ser um valor baixo, cerca de 10% dos


entrevistados desejam não ter adotado o BIM como plataforma de trabalho. Isso pode
ser reflexo das dificuldades enfrentadas pela empresa, como, por exemplo, com os
custos em treinamento e equipamentos adequados ao serviço. Em contrapartida, 80%
discordaram desta afirmação, o que demonstra notoriedade para o BIM, já que a
tendência no mercado é passar a usar a tecnologia BIM em seus projetos com o
decorrer do tempo.

Figura 6 - Percepções sobre o BIM

Concordo Não concordo e Discordo


nem discordo
BIM é o futuro em projetos 82% 18% 0
BIM é colaboração em tempo real 61% 39% 0
O mercado brasileiro ainda não sabe 61% 17% 22%
direito o que é o BIM
O mercado ainda não sabe direito o 61% 16% 23%
que é o BIM
Os empreiteiros irão cada vez mais 41% 40% 19%
insistir para que adotemos BIM
Os clientes irão cada vez mais insistir 41% 54% 5%
para que adotemos BIM
Se não estiver ligado ao modelo CAD, 18% 27% 55%
não é BIM
Informação modulada só funciona no 11% 32% 57%
programa que ela foi desenvolvida
Eu prefiria não ter adotado BIM 5% 14% 81%
BIM não facilita projeto ou métodos de 0 20% 80%
construção sob medida
BIM é sinônimo de CAD 3D 0 5% 95%
BIM é só para novos projetos, não 0 8% 92%
para reformas/ remodelações

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Fonte: Tabela criada pelos autores (2020)

Também foram verificados, na Figura 7, os benefícios que o BIM trouxe para o


cotidiano dos usuários da ferramenta. Percebeu-se uma facilidade em alterar dados
do projeto e a visualização tridimensional que lhe é proporcionada. Esses foram os
principais requisitos da aquisição, já que a plataforma traz, consigo, sistemas
avançados, com comandos intuitivos e de fácil manuseio. Nota-se, também, que os
custos com o projeto e sua a rentabilidade, foram benefícios para 33% dos usuários.
Contudo, demonstra-se uma certa dificuldade para a maioria, pois infere-se que
poucos obtiveram sucesso com o tempo de uso. De acordo a Figura 7:

Figura 7 - Benefícios obtidos com o BIM

Facilidade de se modificar o projeto 92%


Melhor visualização / entendimento do projeto 92%
Compatibilização de projetos 83%
Aumentar a produtividade 83%
Diminuir os erros do projeto 83%
Levantamento de quantitativos 67%
Obter um orçamento mais real 67%
Melhorar a qualidade do produto final 67%
Melhorar a qualidade do processo de produção 67%
Melhorar a qualidade do projeto 67%
Diminuir o tempo de projeto 67%
Melhorar a coordenação entre os agentes do empreendimento 58%
Melhorar a comunicação entre os agentes do empreendimento 58%
Melhor experiência para o cliente 50%
Obter um cronograma mais real 42%
Aumentar a rentabilidade 33%
Diminuir o custo de projetos 33%

Fonte: Tabela criada pelos autores (2020)

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Como a pesquisa abrange em usuário e não usuário do BIM, houve diferentes


respostas quanto às principais dificuldades que tiveram ao implantarem a plataforma,
como indica a Figura 8. Para aqueles que fazem uso da plataforma, a
incompatibilidade com parceiros e o gasto com programas foram as principais
dificuldades. Já aqueles que não fazem uso da plataforma, apontam a falta de tempo
para implantarem e treinarem a equipe. Esses foram os motivos mais pertinentes. No
geral, nota-se que as empresas que não utilizam o BIM demonstram menos
dificuldades em relação as que já fazem uso. Moreira e Ribeiro (2015) justificam que
tais empresas preferem manter da forma em que se encontram ao invés de migrarem
de um sistema para outro. É muito comum que as empresas optem por manter o
sistema atual de trabalho, já que se encontram numa zona de conforto por
conseguirem atender às expectativas dos clientes. Contudo, o próprio mercado pode
vir a cobra-los com o tempo, e, assim, podem precisar aderir à plataforma.

Figura 8 - Dificuldades em implantar o BIM

USUÁRIOS DO BIM NÃO USUÁRIOS DO BIM


Incompatibilidade com parceiros 58% Falta de tempo de se realizar a 56%
implementação
O custo dos programas 50% O tempo de se treinar a equipe 56%
Resistência da equipe 42% Mudar o fluxo de trabalho 33%
Encontrar pessoas com 42% Encontrar pessoas com 33%
conhecimento técnico conhecimento técnico
O tempo de se treinar a equipe 42% O custo de se treinar a equipe 33%
O custo de se treinar equipe 42% Incompatibilidade com parceiros 22%
Mudar o fluxo de trabalho 33% Necessidade de criar uma nova 22%
biblioteca
O custo dos equipamentos 25% O custo dos programas 22%
Necessidade de criar uma nova 17% Resistência da equipe 11%
biblioteca
Incompatibilidade com os 8% Incompatibilidade com os 11%
trabalhos desenvolvidos trabalhos desenvolvidos

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Falta de tempo de se realizar a 8% O custo dos equipamentos 0%


implementação

Fonte: Tabela criada pelos autores (2020)

4.3 PESQUISA 3

Kymmel (2008) realizou uma pesquisa de campo, em que foram selecionadas cerca
de trinta empresas brasileiras para responderem à um questionário via e-mail, entre
os meses de agosto e setembro de 2008. Além disso, foi feita uma reunião com
algumas das empresas, em outubro de 2008, tendo-se, como finalidade, uma melhor
apuração acerca das questões envolvidas no estudo. Os dados obtidos na pesquisa
de Kymmel (2008) foram organizados em gráficos. Seus dados são encontrados da
Figura 9 à Figura 11. A pesquisa abrangeu treze escritórios de arquitetura localizados
no Brasil. Dentre eles, cerca de 46% fazem uso da plataforma BIM como teste,
enquanto 23% utilizam em todos os projetos e outros 23% na maioria dos seus
projetos. Em contrapartida, cerca de 8% não fazem uso, o que aparenta ser um bom
indício estatístico do uso do BIM, já que representa a minoria dos utilitários da
plataforma, como se vê na Figura 9.

Figura 9 - Estágio de implantação de uso do BIM

Fonte: Gráfico criado pelos autores (2020)

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Os projetistas apontam, como principal motivo para a aquisição da plataforma BIM, na


Figura 10, o fato de o projeto possuir melhor qualidade e facilidade ao realizar
modificações, o que garante melhor prazo de entrega. Como o sistema oferece
ferramentas que, automaticamente, geram cortes em diferentes pontos e há a
possibilidade de visualização em diferentes perspectivas, os projetos tendem a ser
finalizados mais rapidamente, em relação à forma tradicional de uso. Outro fato
interessante é que a pesquisa de Kymmel (2008) reitera que cerca de 2% dos clientes
exigiram o uso do BIM nos projetos, o que mostra que os clientes notaram as
vantagens que o BIM oferece, pois, até mesmo aqueles que são leigos em projetos,
conseguem identificar melhor os elementos de uma determinada obra por meio de um
sistema tridimensional.

Figura 10 - Por que buscou a tecnologia?

Fonte: Gráfico criado pelos autores (2020)

Cerca de 25% dos escritórios de arquitetura responderam que houve resistência da


equipe à mudança do novo software, bem como falta de tempo para implantarem o
uso da tecnologia BIM. Essas foram as principais dificuldades enfrentadas por eles ao
aderirem a este novo conceito, como mostra a Figura 11. Muitos escritórios de projetos

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para construção civil sofrem com divergência de opinião da equipe, ainda mais quando
se trata em implantar a plataforma BIM, já que os profissionais necessitam do
treinamento, enquanto o mercado continua a funcionar. A depender da demanda de
cada empresa, esse fator pode ser ou não decisivo no final da entrega do produto aos
clientes.

Figura 11 - Dificuldades para implantação da tecnologia BIM

Incompatibilidade com parceiros de projeto 16,67%


O software não se adequa ao trabalho desenvolvido 8,33%
Carência de profissionais especializados 8,33%
Resistência à mudança de software pela equipe 25%
Custo elevado com treinamento de pessoal 0%
Custo elevado do programa 8,33%
Falta de infraestrutura de TI 8,33%
Falta de tempo para implantação 25%

Fonte: Tabelo feita pelos autores (2020)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo principal deste trabalho foi demonstrar e avaliar como diferentes empresas
se portam diante da adoção de um novo sistema de trabalho, que, no caso em
questão, é a plataforma BIM. Ao decorrer da pesquisa, pôde-se afirmar que, para
efetivar a implantação do BIM e para que seja bem utilizado, faz-se necessário que as
empresas invistam em treinamento e na aquisição dos softwares. De acordo com a
revisão bibliográfica, realizada com diferentes pesquisas documentadas, percebeu-se
que boa parte das empresas ainda possuem dificuldades ao aderirem ao uso da
plataforma BIM. Muitas delas apenas fizeram como teste, por falta de tempo, capital
para aquisição dos softwares e treinamento dos funcionários. A Pesquisa 1, de
Barreto; Sanches e Almeida (2016), demonstra que as empresas que participaram do
questionário obtiveram mais benefícios em relação às dificuldades enfrentadas com o

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uso do BIM. Isso mostra que elas são bem preparadas e visam ter melhores
quantidades de detalhes e informações a serem adquiridas.

Ademais, a ferramenta facilita o processo de criação de novos projetos, pois conta-se


com menores taxas de erro, entre outros fatores. Na Pesquisa 2, feita por Moreira e
Ribeiro (2015), demonstrou-se que muitos dos entrevistados não utilizam o BIM como
ferramenta principal. Preferem manter o método tradicional, apesar de acreditarem
que o BIM seja o futuro no mercado brasileiro. A própria pesquisa consta que o BIM
traz benefícios ao adotá-lo, mas que deve haver iniciativas para que, assim, possa-se
transpor quaisquer que sejam as dificuldades. Por fim, na Pesquisa 3, de Kymmel
(2008), nota-se que há uma boa quantia de empresas que fazem uso da plataforma,
apesar da maior parte utilizarem apenas para teste. Foi verificado que suas maiores
dificuldades se dão em razão dos custos elevados dos softwares e que a equipe que
prefere manter-se na zona de conforto, apoiando-se nos métodos tradicionais para
realizar projetos. O que pode não ser um bom sinal, em decorrência do mercado, visto
que, cada vez mais, o BIM cresce e se populariza nacionalmente.

Com relação às três pesquisas, foi possível notar como o BIM é pouco utilizado. Muitos
preferem apenas usar como testes, outros preferem se abster, enquanto poucos
aderem ao uso. Contudo, foi notório o quanto a plataforma traz benefícios aos
profissionais de arquitetura e engenharia. O mais comum é a possibilidade de
parametrizar os projetos realizados. Dentre todas as dificuldades que ocorrem nas
três pesquisas estudadas, a mais comum delas é o custo de aquisição da plataforma
e treinamento de pessoal, por ser uma plataforma com muitas variedades de
ferramentas, com alta tecnologia e pouca demanda de adesão, o preço de aquisição
tende a elevar e a vida profissional de muitos projetistas tende a passar por
dificuldades ao aderirem à este novo conceito. No Brasil, não há muitos incentivos por
parte do governo para adesão do BIM em empresas de engenharia e arquitetura.
Apesar do Decreto Federal sancionar o uso obrigatório da plataforma a partir do ano
de 2021, não estabelece nenhuma verba que reduz os custos para a aquisição do
mesmo.

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Com a dificuldade em aderirem à este novo conceito, torna-se um problema recorrente


à estes profissionais da construção civil. Como proposta de solução, dever-se-ia
exigir, do Governo, investimento no aprendizado do uso do BIM para os estudantes
que estão no ensino superior, para que, futuramente, já tenham como base curricular
este conceito e não venham a necessitar de treinamentos e gastos excessivos,
podendo, também, adaptar-se desde cedo às demandas do mercado de trabalho.

REFERÊNCIAS

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para projetos de alvenaria de blocos de concreto. In: VIII Workshop Nacional de
Gestão do Processo de Projeto na Construção de Edifícios, 2008.

BARRETO, B. V.; SANCHES, J. L.; ALMEIDA, T. L. O BIM no cenário de Arquitetura


e Construção Civil Brasileiro. Construindo, v. 8, n. 2, jul./dez. 2016.

CARDOSO, A. et al. BIM: o que é? 2012. 27f. Dissertação (Mestrado Integrado em


Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Portugal, 2012.

CHIEN, K-F.; WU, Z-H.; HUANG, S-C. Identifying and assessing critical risk factors for
BIM projects: Empirical study. Automation in construction, v. 45, p. 1-15, 2014.

CRESPO, C. C.; RUSCHEL, R. C.; Ferramentas: um desafio para a melhoria no


ciclo de vida do projeto. In: Encontro Brasileiro de Tecnologia de Informação e
Comunicação na Construção Civil, 3., 2007., Porto Alegre, RS. Anais... Porte Alegre:
TIC, 2007.

DANTAS FILHO, J .B. P. et al. Estado de adoção do Building Information Modeling


(BIM) em empresas de arquitetura, engenharia e construção de Fortaleza/CE. In:
Encontro Brasileiro de Tecnologia de Informação e Comunicação na Construção Civil,
7., 2015, Recife. Anais... Porto Alegre: ANTAC, 2015. p. 1-7.

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EASTMAN, C. et al. Manual de BIM - Um guia de modelagem da informação da


construção para arquitetos, engenheiros, gerentes, construtores e
incorporadores. Porto Alegre: Bookman Editora, 2014.

EASTMAN, C. Report on integrated practice. American Institute of Architects, 2006,


16 p.

FLORIO, W. Contribuições do Building Information Modeling no processo de projeto


em arquitetura. In: III Encontro de Tecnologia de Informação e Comunicação na
Construção Civil, 2007.

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Construction Projets with 4D CAD and Simulations. São Paulo: McGraw-Hill, 2008.

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2009.

MANZIONE, L. Proposição de uma Estrutura Conceitual de Gestão do Processo


de Projeto Colaborativo com o uso do BIM. 2013. 311 f. Tese (Doutorado em
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MOREIRA, R. A. D.; RIBEIRO, S. E. C. Transição do modo tradicional de construção


para o BIM em algumas regiões do brasil. Construindo, v. 7, n. 1, 2015.

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informações para a integração da gerência de canteiro de obras e gerência central:

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na Construção Civil, 2002.

WOODBURY, R. Elements of Parametric Desing. Routledge. London. 2010.

APÊNDICE - REFERÊNCIA DE NOTA DE RODAPÉ

4. Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2020/decreto/D10306.htm

Enviado: Outubro, 2020.

Aprovado: Dezembro, 2020.

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