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CINOMOSE

PROFESSOR: MV. RAFAEL HENRIQUE DE MELLO


DISCIPLINA: DOENÇAS INFECTO -CONTAGIOSAS
ETIOLOGIA
VC – Vírus da Cinomose.
Gênero – Morbillivirus
Família – Paramyxoviridae
RNA
Envelopado (lipoproteína)
glicoproteínas H (proteína de inserção) e F (proteína de fusão).

Patogenicidade da doença ligada a virulência da cepa do VC.


ETIOLOGIA
SUSCEPTIBILIDADE:
1- luz Ultravioleta;
2- Calor e ressecamento (50 a 60ºC em 30min;
3- Sobrevivência em secreções por ao menos 1h a 37ºC e por 3h a 20ºC.
4- Sobrevida ao congelamento (-65ºC ao menos 7anos).
5- pH ótimo 4,5 a 9.
6- Sensível á desinfetantes comuns.
ETIOLOGIA
Hospedeiros – carnívoros terrestres.
Aumento de surtos epizoóticos por recombinações virais.
Cães principal reservatório.
EPIDEMILOGIA
• VC presente em abundância nos exsudatos respiratórios.
• Transmissão vertical ocorre em mães virêmicas.
• A transmissão ocorre mesmo em animais assintomáticos
(pré-clínico).
• Imunidade prolongada, porém não absoluta pós-
vacinação.
• Reforço vacinal – estresse, imunossupressão.
• Taxa de infecção mais alta que a taxa de doentes.
EPIDEMILOGIA
• Prevalência em cães de 3 aos 6 meses de idade.

• Não há comprovação de susceptibilidade em raças.

• Período de incubação de 3 a 7 dias.


PATOGENIA
INFECÇÃO SISTÊMICA:
Entrada do vírus no TRS => Infecção de macrófagos
teciduais => migração para tonsilas e linfonodos =>
infecção de linfócitos (SLAM) => Multiplicação viral
nos órgãos linfoides e linfonodos diversos (baço,
fígado, TGI).
3 a 6 dias da infecção => viremia com febre e
leucopenia => linfopenia.
PATOGENIA
INFECÇÃO SISTÊMICA:
• Animais com títulos altos de anticorpos específicos para
VC conseguem eliminar o vírus cerca de 14 dias após a
infecção.

• Animais com títulos médios de anticorpos apresentam


disseminação do vírus nos tecidos epiteliais, os sintomas
da infecção podem ser resolvidos com o aumento dos
anticorpos.

• Coxim plantar => persistência viral => a infecção do


epitélio do coxim gera a hiperqueratose.
PATOGENIA
INFECÇÃO SISTÊMICA:
14 dias após a infecção => replicação em tecidos
epiteliais do corpo => infecção bacteriana secundária.

Concentração de anticorpos é inversa à gravidade da


doença.
PATOGENIA
INFECÇÃO SNC:
Via Hematogênica e neural
PATOGENIA
INFECÇÃO SNC: Encefalite aguda
Animais jovens e imuncomprometidos.
Lesão direta por infecção das células
gliais.
Lesão aguda => linfopenia
PATOGENIA
INFECÇÃO SNC:
Encefalite subaguda ou crônica
Resposta imunopatológica.
Ação de citocinas inflamatórias.
Aumento de CD8
Presença da ação humoral.
SINTOMAS
Virulência
Sintomatologia Sistêmica
50% dos cães possuem forma subclínica.
• Inquietação, perda do apetite, febre e infecção do TRS.
• Secreção serosa oculonasal bilateral mucupurulenta,;
Imunidade sintomas Ambiente
• Tosse e dispneia.
• Ceratoconjuntivite seca;

Idade do
cão
SINTOMAS
Sintomatologia Sistêmica
Forma grave
• Reconhecida mais facilmente;
• Mais comum em cães não vacinados e filhotes;

Depressão,
Tosse seca => Desidratação e
Conjuntivite anorexia e Diarreia
produtiva emaciação
vômito.
SINTOMAS
Sintomatologia cutânea
• Dermatite vesicular e pústular em filhotes
(raramente associado à doença neurológica).
• Hiperqueratose nasal e em coxims (precedem a
forma neurológica).
SINTOMAS
Sintomatologia nervosa
• Hiperestesia e rigidez cervical (infecção da
meninge).
• Convulsões, paraparesia, tetraparesia, ataxia
sensorial e mioclonia.
SINTOMAS
Sintomatologia de filhotes infectados
transplacentariamente.
• Sintomatologia nervosa com 4 a 6 semanas de vida;
• Podem nascer natimortos e fracos;
• Pode ocorrer abortos;
• Adultos poderão ficar imunocomprometidos.
SINTOMAS
Sintomatologia Ocular.
• Cegueira súbita por infecção do nervo óptico e retina.
• Deslocamento de retina na forma aguda;
• Atrofia e fibrose da retina na forma crônica
SINTOMAS
Sintomatologia por infecção secundária.
• Salmonelose – Diarreia hemorrágica e sepse.
• Toxoplasma e Neosporum – Disfunção do
neurônio motor.
• Pneumocystis – Pneumonia.
DIAGNÓSTICO
Suspeita clínica.
• Avaliar sinais clássicos e atenção aos
subclínicos.
• Avaliar a epidemiologia:
Vacinação;
Idade;
território;
DIAGNÓSTICO
Achados Laboratoriais.
• Hemograma => Leucopenia com linfopenia.
• Corpúsculos de Lentz em linfócitos, monócitos e
eritrócitos.
• Bioquímico sem alterações clássicas =>
hipoalbuminemia com hiperglubulinemia em adultos.
DIAGNÓSTICO
Radiografia.
• Padrão alveolar de infecção quando tiver infecção
secundária (pneumonia).
Análise do LCR
• Aumento de proteínas e células (com predominância
de linfócitos).
• Presença de anticorpos Anti-VC confirma doença
neurológica (produzido localmente) não ocorre em
vacinados.
DIAGNÓSTICO
• Imunocitologia.
• Imuno-histoquímico
• PCR
Não difere antígeno vacinal do natural.
Fase aguda – Concentrado plaquetário e secreção
ocular.
Fase crônica – Sangue, urina, soro e LCR.
• Sorologia
Anticorpos anti proteína H e F
10 a 15 dias após a infecção.
TRATAMENTO
Suporte e inespecífica
Redução da mortalidade
Sinais neurológicos incompatíveis com a vida.
Melhora espontânea com tratamento sintomático de doença não neurológica.
Doença neurológica sintomas não reversíveis.

De imediato – Isolamento do animal.


TRATAMENTO
Manutenção do espaço e higiene do animal.
Pneumonia secundária.
Tratamento com antibiótico de amplo espectro e nebulização com expectorante.
Manter nutrição adequada e interromper em caso de vômito e diarreia.
Utilizar antiemético e protetor de mucosa.
Suplementação IV com vitamina do complexo B, C e A
Hidratação com ringer lactato
Anticonvulsivante (fenobarbital manutenção e Diazepam na convulsão)
Dexametasona – Contraindicado na fase aguda, somente neurológica.
Ribavirina – Antirretroviral.
TRATAMENTO
Imunomoduladores – Difícil acesso e alto custo.
Interferona – produção de enzima celular que reduz tradução do RNA viral.
Levamisol – Estimula produção de anticorpos.
Soro hiperimune.

Tratamentos complementares;
Fisioterapia,
Acupuntura,
PREVENÇÃO
Vacinação com vírus vivo atenuado. V8 ou V10
Atentar ao protocolo de vacinação.
inicio entre a 6 a 16 semana com mais duas doses de reforço após 3 a 4 semanas.
Reforço trienal.

Cuidado com o ambiente


Eliminação do vírus 1 a 2 semanas após a doença sistêmica.

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