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RESPOSTA TÉCNICA – Produção de espuma de látex

Produção de espuma de látex

Classificação do tipo de espuma e os requisitos


necessários para produção de espuma de látex.

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI-RS


Centro Tecnológico de Polímeros SENAI

Agosto/2006

Edição atualizada em: 19/6/2013


RESPOSTA TÉCNICA – Produção de espuma de látex

Resposta Técnica PIEROZAN, Nilso José


Produção de espuma de látex
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI-RS
Centro Tecnológico de Polímeros SENAI
8/8/2006
Classificação do tipo de espuma e os requisitos necessários para
produção de espuma de látex.
Demanda Como fazer espuma de látex?
Assunto Fabricação de elastômeros
Palavras-chave Borracha; elastômero; espuma de látex; polímero

Atualização Em: 19/6/2013 Por: Maria Clara Milanez de Oliveira

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RESPOSTA TÉCNICA – Produção de espuma de látex

Solução apresentada

A espuma de látex é um material celular em que as células estão interconectadas,


permitindo que a espuma absorva água e tenha fluxo de ar.

São classificadas em dois tipos: espuma não gel, em cujo processo de produção não são
utilizados agentes geleificantes e por isso pode ser produzida em espessuras reduzidas, não
mais do que 10mm; e a espuma gel, na qual são empregados agentes geleificantes
diversos, de acordo com o tipo de produto e processo empregado. Esta última espuma é
utilizada em travesseiros, colchões, etc. e perdeu muito seu mercado devido ao surgimento
da espuma de poliuretano.

Quanto ao processo não gel:

Utilizado para a fabricação de espumas laminadas (processo Crown


Rubber). As espumas obtidas por este processo não necessitam de agente
gelificante. Utiliza-se um agente de espumação (sabão) forte, normalmente
do tipo sulfosucinamato de sódio de modo a manter a estrutura da espuma
quando da passagem pelo infra vermelho e da vulcanização. O processo é
muito simples. O composto de látex é espumado quer em batedeira ou em
espumadeira até a densidade desejada. Em seguida a espuma é
espalmada sobre um tecido ou sob um tapete ou sobre um tecido
siliconado, que passa por uma lâmina, cujo espaçamento pode ser regulado
para a obtenção da espessura desejada. Passa a seguir por uma câmara de
infra vermelho, onde se forma uma película na superfície da espuma que
auxilia na sua estruturação e fixação e finalmente penetra numa estufa com
circulação de ar onde ocorre a vulcanização. Para produzir a espuma é
necessário a formulação do látex natural e/ou sintético, preparação da
composição em misturadores sob baixa rotação; espumação em batedeiras
planetárias ou outro tipo de espumador; enchimento do molde ou
espalmação sobre um suporte e a posterior secagem e vulcanização em
estufas. De acordo com a aplicação a espuma deve ser lavada e novamente
seca. (SANTOS, 1995).

Uma formulação típica de espuma não gel é a seguinte (FIG. 1):

FORMULAÇÃO PARA ESPUMA LAMINADA "NÃO GEL"


Petrolátex S 62 (68%) 100
Solução de KOH (20%) 0,3
Solução de Hexametafosfato de Sódio (20%) 0,7
Aerosol 18 (35%) 4,0
Permanax HD-SE (65%) 1
Dispersão de ZnO (50%) 3
Dispersão de DEDZn + MBTZn (50%) 3,5
Dispersão de Enxofre (50%) 2,5
Carbonato de Cálcio # 325 110

Poliacrilato de Amônia Necessário para


viscosidade 5000cp

Figura 1 - Formulação de espuma não gel


Fonte: (SANTOS, 1996)

A secagem e vulcanização normalmente é realizada em estufas com circulação de ar em


temperaturas entre 70 e 140ºC. O tempo de residência na estufa e a própria temperatura
devem ser definidos de acordo com requisitos de processo, produto e produção.
Tipicamente requer cerca de 60 minutos a 100ºC.

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RESPOSTA TÉCNICA – Produção de espuma de látex

Conclusões e recomendações

Solicita-se que o interessado levante o maior número possível de dados e características do


produto desejado para que possa ser feito estudos e ensaios para chegar à composição
deseja para fabricação.

CENTRO TECNOLÓGICO DE POLÍMEROS SENAI


End.: Av. Presidente João Goulart, n° 682
Bairro: Morro do Espelho
CEP: 93030-090
Tel./Fax: (51) 3589 4100
São Leopoldo - RS
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Como complemento, sugere-se a leitura da Resposta Técnica e do Dossiê Técnico,


conforme descrito a seguir:

SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Borracha de silicone. Resposta


elaborada por: Adriana Tedesco, Cristina Dias Cordella. Porto Alegre: SENAI-RS, 2008.
(Código da Resposta: 8903). Disponível em: <http://www.respostatecnica.org.br>. Acesso
em: 12 jun. 2013.

SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Nanotecnologia em compostos


poliméricos. Dossiê elaborado por: Adriana Tedesco. Porto Alegre: SENAI-RS, 2007.
(Código do Dossiê: 267). Disponível em: <http://www.respostatecnica.org.br>. Acesso em:
12 jun. 2013.

Informa-se que para produção de produtos químicos se faz necessário o acompanhamento


de um técnico especializado que avalie a composição, quantidade de insumos, segurança
na utilização e se responsabilize pela qualidade do produto final.

As formulações citadas nas Respostas Técnicas servem como base para iniciar seus
conhecimentos no assunto demandado. Antes de serem colocadas no mercado consumidor,
as formulações deverão ter a aprovação de um técnico responsável e o registro nos órgãos
competentes.

Fontes consultadas

SANTOS, Ronaldo Guedes. Látex Sintético de SBR: aspectos gerais e técnicos de


composição: parte II. Borracha Atual, Campinas, v. 5, n. 26, p. 16-25, jan./fev. 1996.
Disponível em:
<http://www.borrachaatual.com.br/adm/materias/180274919afc08accd40c6232474a6a8.pdf>
. Acesso em: 18 jun. 2013.

Identificação do Especialista

Nilso José Pierozan - Mestre em Química

2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT http://www.respostatecnica.org.br 2

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