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O período da chamada Era de Ouro; por conta de seu importante papel na reforma do

capitalismo levantou questionamentos em relação à sua capacidade de reerguer um sistema


que se via em seus últimos dias e totalmente desacreditado. Hobsbawn; tocando neste ponto
relembra a teoria que explicaria a característica cíclica do sistema capitalista; captada pelo
estudo dos ciclos de Kondratiev; na qual o capitalismo seguiria ondas cíclicas de picos e vales
de mais ou menos 100 anos; cujo pico se encontrava justamente durante o começo dos anos
dourados das décadas de 50 e 60 e seria uma contrapartida de eventos passados como as
crises de 1873 e 1929.

Durante este movimento de reestruturação do capitalismo; alguns pontos podem ser


evidenciados em relação ao modelo de economia que o sistema global em geral estava
adotando. Aos países que saíram enfraquecidos da segunda grande guerra no início dos anos
40; estes; visto que não tinham capacidade de desenvolver um processo próprio de
reestruturação econômica; social e tecnológica; aderiram ao modelo estado unidense. Este
movimento em direção ao maior dinamismo econômico levou a 2 grandes consequências que
podem ser vistas como parte da essência dos anos de dourados; que são a globalização e a
internacionalização.

O primeiro diz respeito ao maior poder estatal na organização e estruturação da economia


visando objetivos específicos; no caso o pleno emprego e diminuição da desigualdade social;
fatores estes que não iam de encontro aos princípios econômicos aplicados anteriormente. Em
suma; o caminho a perseguir tais objetivos viriam a partir de maior gastos com seguridade
social e políticas de diminuição de desigualdade; abrindo um novo mercado a bens de luxo que
antes eram vistos como inalcançáveis; ou seja; houve no período uma maior democratização
do mercado. Já a internacionalização multiplica a capacidade produtiva global; uma vez que
criou uma maior divisão internacional do trabalho; porém; mais restrita aos países
desenvolvidos centrais; visto que o mundo soviético encontrava-se dividido e os países do
terceiro mundo estavam visando diminuir a dependência externa em seus respectivos
processos de industrialização (Brasil incluído).

Numa visão mais ampla do período; o capitalismo foi transformado a ponto de ficar
irreconhecível. Nunca nos períodos anteriores o capitalismo se viu tão supervisionado; devido
às recentes descobertas (empíricas) de seu poder tanto para o bem; quanto para o mal da
sociedade. Neste momento não se falava mais sobre a eficácia e a volta do modelo capitalista
voltado ao funcionamento do livre mercado. Diz-se que os agentes haviam aprendido com o
que se chamou de ‘medo do passado’; que basicamente mostra o medo da população aos
anos do entreguerras; na qual lutava-se incessantemente contra a inflação; crises políticas e o
pior de tudo; movimentos extremistas como o fascismo; filho do período de crise dos anos 30.

Portanto; criou-se um casamento inusitado à época entre o liberalismo econômico e a


democracia social; visando atacar problemas como o pleno emprego e a desigualdade; e ao
mesmo tempo buscava-se um crescimento e maior dinamismo econômico interna e
externamente.

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O período da Era de Ouro, por conta de seu importante papel na reforma do
capitalismo levantou questionamentos em relação à sua capacidade de reerguer um
sistema que se via em seus últimos dias e totalmente desacreditado. Hobsbawn,
tocando neste ponto relembra a teoria que explicaria a característica cíclica do sistema
capitalista; captada pelo estudo dos ciclos de Kondratiev, na qual o capitalismo seguiria
ondas cíclicas de picos e vales de mais ou menos 100 anos, cujo pico se encontrava
justamente durante o começo dos anos dourados das décadas de 50 e 60 e seria uma
contrapartida de eventos passados como as crises de 1873 e 1929.
 Durante este movimento de reestruturação do capitalismo, alguns pontos
podem ser evidenciados em relação ao modelo de economia que o sistema global em
geral estava adotando. Aos países que saíram enfraquecidos da segunda grande guerra
no início dos anos 40, estes, visto que não tinham capacidade de desenvolver um
processo próprio de reestruturação econômica, social e tecnológica; aderiram ao
modelo estado unidense. Este movimento em direção ao maior dinamismo econômico
levou a 2 grandes consequências que podem ser vistas como parte da essência dos
anos dourados, que são a globalização e a internacionalização.
O primeiro diz respeito ao maior poder estatal na organização e estruturação
da economia visando objetivos específicos; no caso o pleno emprego e diminuição da
desigualdade social, fatores estes que não iam de encontro aos princípios econômicos
aplicados anteriormente. Em suma, o caminho a perseguir tais objetivos viriam a partir
de maiores gastos com seguridade social e políticas de diminuição de desigualdade,
abrindo um novo mercado a bens de luxo que antes eram vistos como inalcançáveis,
ou seja, houve no período uma maior democratização do mercado. Já a
internacionalização multiplica a capacidade produtiva global, uma vez que criou uma
maior divisão internacional do trabalho, porém, mais restrita aos países desenvolvidos
centrais, visto que o mundo soviético encontrava-se dividido e os países do terceiro
mundo estavam buscando diminuir a dependência externa em seus respectivos
processos de industrialização (Brasil incluído).
             Estes dois fatores criaram conjuntamente mudanças expressivas no dinamismo
do consumo e em escala mais ampla, no modo de vida das pessoas. Foi durante este
período que houve uma maior disseminação dos automóveis e aparelhos eletrônicos
que estavam sendo inventados, e rapidamente absorvidos pela população ao redor do
globo, porém dado que o processo de internacionalização se via mais evidente em
apenas parte do mundo, foi nos países centrais que tal mudança poderia ser observada
com mais clareza. Ainda assim, nos países periféricos notou-se grande mudança
demográfica por conta do que se chamou de ‘revolução sexual’ nos anos 60 e 70, que
presenciou o avanço nas indústrias química e farmacêutica, que tornou doenças
venéreas facilmente curáveis, e ao mesmo tempo conheceu o terror que foi a AIDS,
rapidamente disseminada nestes países.
Numa visão mais ampla do período, o capitalismo foi transformado a ponto de
ficar irreconhecível. Nunca nos períodos anteriores o capitalismo se viu tão
supervisionado, devido às recentes descobertas (empíricas) de seu poder tanto para o
bem, quanto para o mal da sociedade. Neste momento não se falava mais sobre a
eficácia e a volta do modelo capitalista voltado ao funcionamento do livre mercado.
Diz-se que os agentes haviam aprendido com o que se chamou de ‘medo do passado’,
que basicamente mostra o medo da população dos anos do entreguerras, na qual
lutava-se incessantemente contra a inflação, crises políticas e o pior de tudo,
movimentos extremistas como o fascismo, filho do período de crise dos anos 30.
Portanto, criou-se um casamento inusitado à época entre o liberalismo
econômico e a democracia social, visando atacar problemas como o pleno emprego,
desigualdade, contenção ao comunismo, modernização das economias atrasadas e ao
mesmo tempo buscava-se um crescimento e maior dinamismo econômico interna e
externamente, casamento este que ficou conhecido como “economia mista”.

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