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Faculdade de Tecnologia

SISTEMA DE
INFORMAÇÕES
GEOGRÁFICAS

1
Prof. Ronalton Machado
❖Introdução
❑ “Geoprocessamento“ é o conjunto de tecnologias para
coleta, processamento, análise e disponibilização de
informação com referência geográfica.

❑ Dentre as geotecnologias estão os SIG’s - Sistemas


de Informação Geográfica, Cartografia Digital,
Sensoriamento Remoto por Satélites, Sistema de
Posicionamento Global (ex. GPS), Aerofotogrametria,
Geodésia e Topografia Clássica, dentre outros.
❑ Segundo a revista britânica Nature (jan/2004) as
geotecnologias estão entre os três mercados
emergentes mais importantes da atualidade, junto
com a nanotecnologia e a biotecnologia. 2
❖Mapa de Londres com casos de cólera (pontos) e poços de água (cruzes)

3
4
5
A análise
espacial
realizada pelo
Dr. Snow levou
semanas para
completar a
análise mas
centenas de
pessoas
tinham
morrido.

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❖PRINCIPAIS APLICAÇÕES
❑ GESTÃO MUNICIPAL
✓ planejamento urbano: postos de saúde X população atendida, localização
das escolas X endereços dos alunos em potencial, pavimentação X ruas
de maior movimento;
✓ saúde pública: ocorrências de endemias;
✓ cadastro imobiliário: relacionar cadastros urbanos X sua localização
espacial X valores cobrados X situação do contribuinte.

❑ MEIO AMBIENTE
✓ Monitoramento do meio ambiente;
✓ gestão de bacias hidrográficas;
✓ Etc.

❑ PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE NEGÓCIOS


✓ onde estão os clientes, onde estão os fornecedores, onde estão os
concorrentes, entre outros (geomarketing ou estudos de geografia de
mercado).
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❖PRINCIPAIS APLICAÇÕES
❑ AGRONEGÓCIOS
✓ monitorar e prever safras;
✓ planejamento e uso do solo;
✓ Agricultura de Precisão;
✓ CNIR – Cadastro Nacional de Imóveis Rurais.

❑ SERVIÇOS PÚBLICOS
✓ de saneamento, energia elétrica e telecomunicações - relacionarem as
suas redes de distribuição às demais informações de seus bancos de
dados

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❖ Tecnologias Relacionadas:

• Cartografia,

• Topografia,

• Sensoriamento Remoto,

• GPS,

• CAD,

• Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados,

• Estatística.

• SIG é o sistema computacional que materializa os


conceitos do geoprocessamento
9
10
SISTEMA DE
INFORMAÇÕES
GEOGRÁFICAS
(SIG)

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❖Definições
❑ Burrough (1986)
❑um conjunto poderoso de ferramentas de coleta,
armazenamento, recuperação para transformar e
exibir dados espaciais a partir do mundo real.
❑ DoE (1987)
❑um sistema para capturar, armazenar, verificar,
manipular, analisar e exibir dados que são
espacialmente referenciados.
❑Parker (1988)
❑uma tecnologia de informação que armazena, analisa e
apresenta tanto dados espaciais quanto não-espaciais
❑Aronoff (1989)
❑conjunto computacional de procedimentos utilizados
para armazenar e manipular dados geograficamente
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referenciados.
❑ Três grandes formas de utilizar um SIG:

• como suporte na análise


espacial de fenômenos;

• como um banco de dados


geográficos, com funções de
armazenamento e recuperação
de informações espaciais;

• sistema de suporte à decisão.

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Os fenômenos relacionados ao mundo real podem
ser descritos de três maneiras:
✓ espacial: muda de lugar para lugar (declividade, altitude,
profundidade do solo, etc);

✓ temporal: a variação muda com o tempo (densidade


demográfica, ocupação e uso da terra);

✓ temática: variações dectadas através de mudanças de


características (geologia, cobertura vegetal).

Estas três maneirais de se observar os fenômenos


são, coletivamente, denominadas de dados
espaciais.
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15
❑Estrutura geral de SIG

16
Antes ......

Sobreposição dos
mapas utilizando-se
de mesa de luz

Mapas temáticos
elaborados em
folhas transparentes

17
Depois .....

Modelo de dados
digitalizados

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❑ENTRADA DE DADOS

➢Digitalização Via Mesa Digitalizadora

•Método mais comum de conversão de dados em mapas a


dados digitais;
•3 passos: preparação dos dados, registro do mapa, e entrada
de dados;
•Equipamento: mesa digitalizadora + software apropriado.
19
➢Digitalização Via Mesa Digitalizadora

20
➢Digitalização Via “Scanner”(Varredura)

•Scannerização” é o processo de
converter mapas em papel e outros
documentos (fotografias, slides,
gráficos, textos etc.) em um
formato digital raster e vetor.

• Os scanners vêm-se tornando um meio cada vez


mais comum de entrada de dados em SIGs.

• Podem ser classificados basicamente em:


✓ scanners de mesa (“flatbed scanners”);
✓ scanners de tambor rotativo (“rotating drum
scanners”)
21
Analógico
(papel)

Digital

22
➢Entrada Via Teclado

•Entrada de informações alfanuméricas.

✓ Base de dados de atributos;


✓ Base de dados gráficos:
▪ Textos;
▪ Atualização de entes;
- Diretamente sobre a imagem raster (Update);
- Criando-se arquivos vetoriais (Edit).

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➢Outros Meios de Entrada de Dados

• Fotogrametria (fotografias aéreas)

• Imagens orbitais

• Levantamento topográfico

✓ Convencional
✓ Com GPS

• Inventário a campo

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❖ Estrutura dos satélites e dos sinais

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❑REPRESENTAÇÃO
DE OBJETOS
ESPACIAIS

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27
Representação Raster X Vector

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Modo de Representação Raster
➢ exibe, localiza e armazena dados geográficos usando
uma matriz ou grid de células (retangulares);
➢ Atributo é representado por um valor de célula;

➢ Maioria dos dados vêm na forma de imagem de


satélite, mapas escaneados, dados de elevação;
➢ É melhor para modelo de campo (contínuo):
✓ Temperatura, elevação, uso da terra.

29
Modo de Representação Raster

30
Modo de Representação Vector
➢ Localização referenciada por coordenadas x e y, que
podem ser ligadas para formar linhas e polígonos;
➢ Atributos referenciados através de um ID único nas
tabelas;

➢Melhor para feição do modelo de objetos (discreto);


➢ Linhas de utilitários:
✓ rede de drenagem, telefone, eletricidade;
✓ Limites políticos;
✓ Transportes.

31
Modo de Representação Vector

32
Modo de Representação - Vector
➢ Conceito fundamental de vector GIS é que todas as
feições geográficas do mundo real podem ser
representadas como:
✓ Pontos (nodos): árvores, postes, hidrômetro,aeroportos.
✓ Linhas (arcos): rios, avenidas, ferrovias.
✓ Áreas (polígonos): terrenos, cidades, estados, florestas.

Obs. considerar a escala:


▪ aeroporto pode ser um ponto ou polígono

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Representação de dados - Vector
✓ Pontos (nodos): dimensão – 0
▪ único par de coordenadas x,y
▪ área zero.
✓ Linhas (arcos): dimensão -1
▪ 2 (ou mais) coordenadas x,y
✓ Polígonos: dimensão – 2
▪ quatro ou mais coordenadas x,y
ordenadas e conectadas
▪ primeiro e último x,y são
os mesmos
▪ fecha uma área 34
Raster X Vector
Método Vantagens Desvantagens
- estrutura de dados simples,
- Requer mais espaço,
- Compatível com dados de
- Dependendo do tamanho do
sensoriamento remoto ou pixel, pode comprometer o output,
Raster escaneados, - Mais difícil para representar
- procedimentos de análise relacionamentos topológicos.
Simplificados.
- Requer menos espaço,
- Estrutura mais complexa,
- Relacionamentos
- Não muito compatível com
topológicos são mantidos,
dados de sensoriamento remoto,
- Output gráfico melhor se
Vector - Mais caros,
aproxima de mapas manuais.
- Algumas análises espaciais
difíceis de processar.

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Raster X Vector

➢ Dados num modelo podem ser


transformados para um outro.

➢ Pode-se inclusive combinar as duas


representações (ex. overlay de vector e
raster)

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Overlay de Raster e Vector Hidrografia e limite da bacia
sobrepostos na imagem de satélite

37
Converter Vector para Raster ou Raster para Vector

Obs.: tamanho do pixel


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❑GERAÇÃO DE PRODUTOS DO
GEOPROCESSAMENTO

• Os principais produtos gerados pelos


SIG’s são:
✓ MAPAS,
✓ GRÁFICOS, e
✓ RELATÓRIOS (textos, tabelas).

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Utilizadores
• Administração Pública
• Empresas
• Pesquisa e Ensino
• Individual

40
Usos e aplicações

41
➢Mapa de solos – formato analógico (papel) digital

42
➢Mapa da UGRHI PCJ

43
➢Mapa temático – solos

44
➢Visualização em 3D

Localização barragem

Localização da bacia hidrográfica, Modelo Digital de Elevação e rede de drenagem digitalizada

45
➢Levantamento do uso da terra

Imagem Satélite SPOT (5 m) Uso da Terra

46
Estimativa de safra – imagem de satélite

47
Superfície de distância

48
Álgebra de mapas – Planos de Informação (PI’s)

49
Operações de sobreposição – (Combinação de
uma operação lógica)

50
➢Sobreposição

51
✓“quanto da Área de Preservação
Permanente (APP’s) da bacia
hidrográfica do Rio Pira encontra-se
preservada?”

✓“quanto da Área de Preservação


Permanente (APP’s) da bacia
hidrográfica do Rio Pira está sendo
ocupada com outros usos?”
52
Áreas de Preservação Permanente

53
Uso da terra na bacia Áreas de Preservação Permanente

54
Tabulação cruzada

Categoria Área (ha) Área (%)


1 | 1 - Capoeira | APP’s 3,28 1,7
3 | 1 - Pastagem | APP’s 113,48 59,8
4 | 1 - Reflorestamento | APP’s 0,12 0,1
5 | 1 - Solo exposto | APP’s 1,88 1,0
6 | 1 - Vegetação | APP’s 55 71,12 37,5
Recuperação de Áreas de Preservação Permanente

56
APP em topo de morro

57
Delimitação de sub-bacias e rede de
drenagem

Curvas de nível Modelo Digital do Terreno 58


Subbacias e hidrografia
Mapeamento de risco de incêndios florestais

59
Estimativa de área e volume de um reservatório
para geração de energia

Estimativa da área e volume de um


reservatório considerando a cota do nível
d’água de 530 m.

Volume= 62.500.000 m3
Área= 520 ha

Seção transversal do curso d’água na cota 530m. 60


Estimativa de área e volume de um reservatório
para geração de energia

Estimativa da área e volume de um


reservatório considerando a cota do nível
d’água de 515 m.

Volume= 14.000.000 m3
Área= 191 ha

Seção transversal do curso d’água na cota 515m. 61


Banco de dados geográfico

Fonte: GeoBrasil, 2006.

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Monitoramento de epidemias

https://gisanddata.maps.arcgis.com/apps/opsdashboard/index.html?fbclid=IwAR0JRINvSRUu-
wOIRTgT_r3pgphO564iuBkjCrNjBEM5QYdHEY6qMe4ygk8#/bda7594740fd40299423467b48e9ecf6
Monitoramento de epidemias

https://coronavirus-no-brasil-imagem-govfed.hub.arcgis.com/?utm=apoioacrise-coronavirus
Tomada de decisão

66
Modelo de
processamento
em SIG

67
Resultado do processo de zoneamento ambiental:
Identificação de potencialidades e restrições para
diversas atividades.

Vários mapas e
publicações

Aptidão para Aptidão para Aptidão para Aptidão para


indústrias tipo indústrias tipo aterro expansão
X Y sanitário urbana
68 Outros...
Ex.: Sobreposição de Mapas
✓ Admita a existência dos seguintes mapas temáticos (todos na
mesma escala e com o mesmo padrão de detalhamento) de uma
área em que se pretende implantar um empreendimento:

I ≥ 20% Li La
M C
I < 20% La

Mapa de vegetação Mapa de declividade Mapa de solos

Sendo:
M= Mata;
C= Cerrado;
Li= Litossolo (solos rasos);
La= Latossolo (solos profundos).
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Transformação de mapas temáticos em informações
numéricas:
1= Mata; 2= Cerrado; 3= maior ou igual a 20%; 4= menor que 20%; 5=
Latossolo e 6= Litossolo.

I ≥ 20% Li La
M C
I < 20% La

Mapa de vegetação Mapa de declividade Mapa de solos

Assim temos:

11112222 33333333 66665555


11112222 33333333 66665555
11112222 44444444 55555555
11112222 44444444 55555555

Mapa de vegetação Mapa de declividade Mapa de solos


70
Alternativa de localização com o objetivo de se minimizar o
custo de implantação do empreendimento e os impactos
ambientais:
1º alternativa: Cerrado + I < 20% + Latossolo
2º alternativa: Cerrado + I ≥ 20% + Latossolo
3º alternativa: Mata + I < 20% + Latossolo

Assim, são os respectivos mapas de aptidão/restrição da área:

NNNNNNNN N N N N AAAA NNNNNNNN


NNNNNNNN N N N N AAAA NNNNNNNN
N N N N AAAA NNNNNNNN AAAA N N N N
N N N N AAAA NNNNNNNN AAAA N N N N

1º alternativa 2º alternativa 3º alternativa


Sendo:
N = não apto, pois pelo menos uma restrição não foi
atendida;
A = apto, pois todas as restrições foram atendidas. 71
➢Exemplo:

Mapeamento da Vulnerabilidade
Natural de uma Bacia Hidrográfica

72
➢ Exemplo: determinação da Vulnerabilidade Natural de uma BH
✓Definição dos Fatores:
 Declividade do Terreno;
 Erosividade da Chuva (R);
 Solos;
 Litologia.

✓ Na definição dos fatores, bem como de seus pesos relativos,


propõem-se o emprego da técnica participatória.

✓ Os fatores são representados por meio de mapas (Planos de


Informação);
73
✓ declividade do Terreno

74
✓Erosividade da Chuva

75
✓Solos

76
✓ Litologia

77
➢ Cada fator recebe notas (intrínseco) e peso

Mapa de Dados
declividade do litológicos
terreno
Carta de
Mapa
morfopedológico
Vulnerabilidade
Mapa de Natural
solos
Mapa
erosividade da
chuva

➢ Indicativos do
significado das notas e
pesos atribuídos
78
Carta de Vulnerabilidade Natural

✓ Vulnerabilidade
Natural

79
✓ Uso da Terra

80
➢Metodologia para a determinação da Vulnerabilidade Potencial

Dados
Mapa de litológicos
declividade do
terreno
Carta de
Mapa Vulnerabilidade
morfopedológico Natural
Mapa de Carta de
solos Vulnerabilidade
Mapa Potencial
erosividade da
chuva Carta de
uso da
Terra

81
✓ Vulnerabilidade Carta de Vulnerabilidade Potencial

Potencial

Classes Área (ha) Área (%)


Muito baixo 136 1
Baixo 787 7
Médio 1840 15
Alto 3127 26
Muito alto 6052 51

82
Para cada tipo de ocupação...

IDENTIFICAÇÃO DE
FATORES DE INTERESSE SOBREPOSIÇÃO UTILIZANDO CRITÉRIOS DE
PONDERAÇÃO

Solos

Relevo

Hidrografia

Geologia

Infra-estrutura

Uso e ocupação

83
Aptidão para disposição final de resíduos sólidos domiciliares
(fonte: CRHEA/EESC/USP)

7505000 inapta
baixa*
média*
média-alta (geologia)*
7500000
média-alta (relevo)
alta
muito alta
7495000

7490000

7485000

7480000

7475000

metros
N
5000.00
7470000
185000

190000

195000

200000

205000

210000

215000

220000

225000

230000

235000

240000

245000
84
“PLANO DIRETOR PARA RECOMPOSIÇÃO FLORESTAL VISANDO A
Sistema de suporte à decisão
PRODUÇÃO DE ÁGUA NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS
PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAÍ”

✓Avaliação por Multi-Critérios/Único Objetivo

Fatores
metodologia
Prox. Cobertura flor.
Susceptibilidade
À erosão
Prox. Nascentes/
cabeceiras
Prox. Núcleos Pesos relativos
urbanos
Geomorfologia
Matriz de comparação
Prox. estradas entre fatores (SIG)

Un. Aqüíferas
Erosividade
Combinação linear ponderada (SIG)
da chuva
Infiltração
(solos) Classes de
Prioridade
85
➢Sistema de suporte à decisão
Curvas
de nível

MDT

Microbacias Áreas Prioritárias

Tabulação Microbacias prioritárias


Micro- PRIORIDADE (Área (ha)) PRIORIDADE (%) Média pond
bacia Baixa Média Alta Muito Alta TOTAL A MA
21 0 0 0 385 385 0.0 100.0 33
23 0 0 33 1520 1553 2.1 97.9 33
22 0 1 19 1056 1076 1.8 98.1 33
31 0 0 40 1234 1274 3.1 96.9 33
35 0 0 36 1050 1086 3.3 96.7 33
5 0 1 25 836 862 2.9 97.0 33
43 0 0 15 267 282 5.3 94.7 33
49 0 0 62 930 992 6.3 93.8 33
46 0 0 77 788 865 8.9 91.1 33
56 0 0 301 2988 3289 9.2 90.8 33
25
68
71
78
0
0
0
0
0
0
0
7
65
109
77
137
606
948
636
1143
671
1057
713
1287
9.7
10.3
10.8
10.6
90.3
89.7
89.2
88.8
33
33
33
32
86
Áreas Prioritárias para a
Produção de Água

87
➢ Microbacias Prioritárias

88
❑ Entrada de dados em modelos de simulação em bacias hidrográficas

MDT SOLOS USO DA TERRA


(Topografia) (carac. Físico/hídricas) (MANEJO)

CLIMA
(chuva, temp., SAÍDAS
radiação solar,etc) SIG (MAPAS, DADOS
TABULARES,)

dados
tabulares
Previsão
USUÁRIO de Cenários
INTERFACE

MODELO CALIBRAÇÃO
E
VALIDAÇÃO

RESULTADOS
DA
SIMULAÇÃO
89
➢ Distribuição espacial da produção de sedimentos

90
Agricultura de
precisão

91
Agricultura de precisão: mapa de produtividade

92
❑ EQUIPAMENTOS DE SAÍDA

Impressoras
Monitores
Internet

Plotters 93

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