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No 23 – maio 2021
automóvel
www. marazzi.com.br
Q
uando os dois lamento, a mesa do
significados da bar foi substituída pe-
palavra acima se los grupos de amigos
combinam, temos mais pela internet, que tro-
do que um simples cam informações em um
bate-papo de mesa de saudável bate-papo.
bar, sobre automóveis.
Ser apaixonado por nnn
carros não se resume
Dessa forma, esta edição
em pilotá-los ou admi- é dedicada aos amigos
rá-los, mas também do MG Club, cujas apai-
conhecê-los, o que xonantes histórias con-
inclui a sua origem. E tadas me incentivaram a
a história dos automó- recontá-las nas páginas
veis está aí para todos. da revista Cultura do
Nestes tempos de iso- Automóvel.
23
sumário
NESTA EDIÇÃO
No 23 - maio 2021
04 Pelo Mundo
O que acontece no mundo dos automóveis clássicos
06 Mercedes-Benz 300SL
Um dos automóveis esportivos mais importantes da história
14 Willys Interlagos
O dia em que o campeão mundial de Fórmula 1 pilotou o carrinho
24 A história do MG
Como uma estratégia de vendas se transformou em marca de automóveis
Os carros Do príncipe
Os automóveis eram uma de suas
paixões, assim como pilotá-los
Apesar de pertencer à fazia, nos últimos
família real britânica, o tempos, apenas nas
Príncipe Philip foi mais dependências de suas
comentado, pelo menos propriedades.
ao redor do mundo, após Alguns de seus carros
a sua morte, no mês foram feitos sob
passado. Mas já era encomenda, conforme o
Acima, em um Jaguar D-Type XKSS, abaixo, um Aston Martin
sabido que uma das suas seu gosto, como é o caso
maiores paixões eram os do Aston Martin Lagonda
automóveis. Tanto é que Drophead de 1954
ele mesmo projetou o Em 1939, Philip levava
veículo que o levaria em a princesa Elizabeth em
seu funeral, no Castelo passeios com seu MG.
de Windsor, uma picape Casaram-se em 1947 e
Land Rover adaptada. ele renunciou ao seu
Ele gostava muito de cargo na Marinha
dirigir, apesar de seus 99 Britânica quando ela se
anos de idade, o que tornou rainha, em 1952.
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pelo mundo
O mercedes da rainha do jazz
Mercedes-Benz 300SL
O esportivo clássico, em duas versões Texto e fotos
Gabriel Marazzi
É
difícil não gostar Em sua época - o
de um conversível. 300SL foi fabricado de
Com a capota aber- 1954 a 1963 - era ainda
ta, o vento circulando mais difícil ter esses
por todas as direções e dois carros ao mesmo
o sol batendo no rosto, tempo, já que eles
a sensação é de liber- nunca foram fabrica-
dade. Mas há situações dos simultaneamente.
em que um hard-top, Em março de 1957
ou seja, um automóvel terminava a produção
de capota de aço, é do Asa de Gaivota,
mais conveniente. Para depois de 1.400 unida-
contentar todos os gos- des fabricadas, e come-
tos, então, escolhemos çava a fabricação do
os dois. Roadster, que até 1963
Só que, quando o veí- As portas abrindo para cima era uma novidade, ne época teve uma produção
culo em questão é um total de 1.858 unida-
Mercedes-Benz 300SL, des. Pode-se dizer até
ter os dois na garagem que o roadster foi uma
pode ser considerado evolução do cupê.
um tanto difícil, prin- O Mercedes-Benz
cipalmente sabendo-se 300SL foi o automóvel
que existem apenas de série mais rápido de
sete exemplares desse seu tempo, até hoje
esportivo alemão. São considerado um prodí-
três conversíveis, ou gio quando se relacio-
Roadsters, e quatro na a potência de 240 cv
cupês, ou Asa de a 6.100 rpm com a
Gaivota, como esse velocidade que ele po-
modelo é conhecido, de atingir, 267 km/h.
devido à forma com Suas origens vêm das
que suas portas são pistas: o Mercedes-
abertas. O motor de seis cilindros em linha oferecia 240 cv de potência Benz 300SL derivou
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clássicos
de um protótipo de linha, longitudinal, congênitos: um eixo do carro (bem alta,
competição, que vencia montado na dianteira e traseiro que não per- devido à estrutura es-
todas as provas na com uma inclinação de mitia mudanças brus- pacial do chassi) e de-
Europa, como a Mille 40 graus à esquerda, cas de trajetória, como pois escorregar para
Miglia, Targa Florio, para abaixar a linha do frear “dentro” da cur- dentro. Se fosse uma
Tourist Trophy e Le capô e melhorar a ae- va, por exemplo, e qua- mulher, isso, logica-
Mans. rodinâmica do carro. tro freios a tambor mente, ficava mais difí-
Não foram apenas as O sistema de injeção pouco eficientes. Essas cil. De saia, ou vestida
portas abrindo como direta, com bomba de características fizeram para a noite, era pior.
asas de uma gaivota gasolina Bosch de alta com que muitos “pilo- Isso já eliminava o
que revolucionaram a pressão, permitia que o tos” respeitassem mais automóvel dos meios
indústria e as mentali- motor desenvolvesse suas próprias limita- essencialmente sociais.
dades da época. O facilmente seus 240 cv ções que aquelas ofere- Ele era um esportivo
chassi tubular, em de potência, com o cidas pelo automóvel. mesmo. Outro senão
estrutura espacial, e a incrível torque de 32,3 Sob o aspecto estéti- era a falta dos vidros
injeção direta de gaso- kgf.m e 4.800 rpm. co, o Asa de Gaivota que abrissem normal-
lina na câmara de com- Com tamanho de- agradou muito. Mas mente: as janelas late-
bustão eram inovações sempenho, pilotar o havia o lado prático da rais só podiam ser
extraordinárias. Asa de Gaivota não era questão: entrar no retiradas. Vários casos
O motor do Mer- tarefa para qualquer carro obrigava o piloto de rejeição ao automó-
cedes-Benz 300SL é um. Isso porque ele e o passageiro a pri- vel eram causados por
um seis cilindros em tinha dois problemas meiro sentar na lateral claustrofobia!
O Mercedes-Benz 300SL Roadster pode ser considerado uma evolução do cupê Asa de Gaivota, por ter sido produzido depois
Cultura do Automóvel Maio 2021 7
clássicos mercedes-benz 300sl
O Mercedes-Benz facilitar o acesso do
300SL Roadster veio motorista, no Roadster
solucionar todos esses ganhou um aro de
problemas. As portas buzina.
agora abriam normal- Externamente, o
mente, apesar de ainda Roadster tinha uma
manterem uma boa traseira mais baixa e
altura do chão, por comprida, os faróis
causa do chassi tubular dianteiros “em pé”,
espacial. A estrutura do como ficou depois
carro teve que ser re- caracterizada a marca,
forçada também, devi- e, a partir de 1958, o
do à supressão do teto teto rígido basculante.
rígido. O eixo traseiro O 300SL, então, já
passou a ser articulado, estava ficando muito
resolvendo de vez a sua parecido com o 230SL
tendência a jogar nas que surgira em 1963 e
curvas mais fortes. E, a que fez estrondoso O interior do Mercedes-Benz 300SL não era muito sofisticado
partir de 1961, os qua- sucesso, mesmo sem
tro tambores de freio ter uma ascendência outro pela elegância e terminou o primeiro
foram substituídos por esportiva. capacidade de fornecer protótipo do 300SL,
quatro discos. O Mercedes-Benz “status”. Mas ambos, que passou a dominar
O interior do auto- 300SL estava agora principalmente, por todas as competições
móvel pouco mudou bem fácil de ser pilota- serem Mercedes-Benz. mais importantes,
com a sua transforma- do, principalmente A origem do batendo inclusive o
ção. O painel de ins- devido aos freios a Mercedes-Benz 300SL famoso Jaguar Tipo C
trumentos ganhou um disco e à nova suspen- foram mesmo as com- dos ingleses. Esse
aspecto mais america- são traseira. Mas já não petições. No fim de carro tinha motor de
nizado, já que foram os tinha o apelo esportivo 1951, a Daimler-Benz seis cilindros e três
norte-americanos os do Asa de Gaivota. Os resolveu voltar às pis- carburadores e era o
que mais influíram na dois modelos, Roadster tas, depois de algum mais rápido nas longas
aparência de todos os e Asa de Gaivota, tor- tempo afastada, e deci- retas das pistas euro-
Mercedes-Benz. naram-se clássicos. Um diu que participaria da péias.
O volante, que no por ter uma ascendên- Mille Miglia, em maio Dois anos depois, era
Asa de Gaivota tinha cia e temperamento de 1952. Apesar do apresentado em Nova
uma dobradiça para puramente esportivo, pouquíssimo tempo, Iorque um protótipo
Ficha técnica
Motor: 6 cil. em linha
mercedes-benz 300sl
O Roadster trouxe evoluções técnicas e estéticas ao modelo, como os faróis “em pé” e os freios a disco nas quatro rodas
shelby
kirkham
A
história do Shelby Cobra é bem co- Um Cobra original é muito valioso, difícil
nhecida. Para desafiar os Chevrolet de se ver pelo mundo todo, mas suas répli-
Corvette, Carrol Shelby solicitou cas estão por todos os lugares, bem feitas e,
à inglesa AC que adaptasse um de na maioria das vezes, não. Há uma réplica,
seus Ace para receber um motor Ford V8. no entanto, que, mesmo se parecendo igual
Assim nasceu o primeiro Shelby Cobra. a todas as outras, é muito especial. Trata-se
Com motores cada vez maiores, o Shelby do Kirkham, um kit importado dos Estados
Cobra fez sua fama. E daí vieram as cópias. Unidos e montado aqui mesmo no Brasil.
10 Maio 2021 Cultura do Automóvel
réplica
cobra
Quem viu um Cobra viu todos. Mas não é bem assim, esta
réplica é muito fiel ao carro original, em alguns pontos, até melhor
Texto e fotos gabriel Marazzi
Cultura do Automóvel Maio 2021 11
réplica shelby cobra kirkham
Os instrumentos são idênticos aos do Cobra original e o acabamento interno seguiu o gosto do dono
Depois de termi-
nar a montagem de
um kit nacional do
Cobra, o dono deste
Kirkham ficou mui-
to insatisfeito com
o resultado, mesmo
que tivesse se empe-
nhado nos mínimos
detalhes. O carro não
tinha as dimensões
do modelo original
e ainda por cima era
inguiável, inseguro
até. Mas uma coisa
ele conseguiu nessa
empreitada: expe-
O motor veio completo, um Ford 428 V8 com carburador Holley quadrijet
riência. Aí resolveu
importar um kit toms Fabrications, carro, incluindo mo- A empresa ame-
Kirkham dos Esta- empresa indicada tor e câmbio. Apenas ricana fabrica quase
dos Unidos, talvez pela própria Ki- os pneus não foram tudo desse carro,
o melhor de todas rkham – também de permitidos que fos- chassi tubular de
as marcas vendidas excelente qualidade e sem importados, de aço, painéis de alu-
lá, mas que fornece incrivelmente fiel ao forma que ele com- mínio, supensões de
apenas carrocerias de Cobra original, . prou aqui mesmo os alumínio, diferen-
alumínio. A opção Vieram o kit e pra- Yokohama 15x325 cial, radiador, toda
foi então por uma ticamente todos os (as rodas são Vinta- instalação elétrica, os
carroceria de fibra de componentes neces- ge Wheels de cubo bancos e o escapa-
vidro da John’s Cus- sários para montar o rápido, 15 x 9,5). mento.
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shelby cobra kirkham réplica
Bancos do tipo concha e cintos de cinco pontos As rodas são Vintage Wheels de cubo rápido
A fidelidade está nos detalhes: faróis ingleses da Lucas O escapamento é feito pela própria Kirkham
willys interlagos
O esportivo brasileiro
POR expedito marazzi
foto Gabriel Marazzi
E
u trabalhava na revista Quatro licença da francesa Alpine. Quando
Rodas, como redator técnico. fui buscar o carro no departamento
Fui levado a essa profissão de competição da Willys, em Santo
por causa da minha paixão por Amaro, quem me atendeu foi o
automóveis, especialmente os então Bino. Seu nome verdadeiro era
chamados carros esporte. Tive Christian Heins e eu o conhecia
alguns MG’s, um Jaguar, um Al- desde garoto, porque, como eu, ele
lard e alguns outros exemplares frequentava uma oficina de prepara-
curiosos, que hoje estariam em um ção de motocicletas, com sua Bown,
museu. Por isso, quando a indús- uma mini-moto de 98 cm3 que ele
tria nacional ganhou seu primeiro mesmo havia “envenenado”. Agora,
carro esporte de verdade, o Willys porém, Bino era o gerente daquele
Interlagos, eu fiquei aceso. Não via departamento de competição e um
a hora de experimentar um deles. dos melhores pilotos da época. A
Tanto “enchi” a paciência do então Berlineta estava prontinha para o
diretor da revista Quatro Rodas, teste, era cinza prata, com motor de
Mino Carta, que ele acabou pautan- 998 cm3, bem “envenenado”. Bino
do um teste com o Interlagos, me disse: “O carro é todo seu. Cui-
fabricado no Brasil pela Willys, sob dado que é bastante veloz!”.
O Willys Interlagos teve uma carreira vitoriosa nas pistas, em especial na Equipe Willys, oficial de fábrica
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willys interlagos nacional
espécie de diminutivo
carinhoso.
O Willys Interlagos No Salão do Automóvel
era oferecido ao públi-
co em três versões de de 1961, o Interlagos foi
carroceria, o cupê, o
conversível e a Berli-
a grande atração
neta. Mas esta última,
sem dúvida, foi a ver-
são de maior sucesso.
Posteriormente, os três
motores deram lugar
a um único, o motor
1093.
Mas eu me lembro
também de um cupê,
que me foi cedido já
com o novo motor,
para que eu fosse re-
ceber o Fangio, no ae-
roporto de Viracopos,
em uma das vezes em
que ele veio ao Brasil
para entregar o Prêmio
Victor aos melhores
pilotos do ano.
O prêmio Victor,
para quem não lembra,
era um troféu que a
A produção artesanal do Willys Interlagos, sua estréia no Salão do Automóvel de 1961 e fazendo bonito nas pistas
revista Quatro Rodas lagos e veio guiando de aquela Berlineta que nunciada, mas que se
concedia aos melhores Viracopos a São Paulo, eu testei. Para come- pode corrigir facilmen-
pilotos do ano em cada seguido por cerca de çar, o carro é muito te no contra-esterço.
categoria. Tinha este 70 pilotos e seus carros baixinho, de modo que Os freios param bem
nome porque Victor de corrida brasileiros, a melhor maneira de se e, com apenas dois
significa “vitorioso” e, que eu havia convi- conseguir entrar é de lugares, o carrinho se
além disso, porque era dado para fazer uma costas, tomando cui- revela um verdadeiro
também uma home- homenagem ao único dado para não bater a esportivo. A carroçe-
nagem ao “seu” Victor pentacampeão mundial cabeça na porta. Agora ria é de fibra de vidro,
Civita, o “dono” da de Fórmula 1. Fangio, veja como o banco é com aquele cheirinho
Quatro Rodas, que guiando o cupê, comi- anatômico, procure característico. Hoje
topava tudo quanto go do lado, enxugou regulá-lo conforme a em dia, muitos carros
era loucura que eu uma lágrima e me sua altura, pois ele é são assim, mas naquela
inventasse, como esse disse: “Marazzi, nunca fixado em um trilho época ainda não eram
prêmio, que copiei do tive em toda minha longo, que permite muito comuns.
Oscar do cinema. carreira uma recepção sempre achar a melhor A verdade é que a
“Seu” Victor, aliás, tão calorosa nem tão posição. gente vai se apaixonan-
foi a único patrocina- autêntica como essa”. Não há cinto de do pelo Willys Interla-
dor na minha vida que A Willys acabou segurança: naquela gos e, quando se chega
veio me procurar, já doando aquele Inter- época, eles não eram ao destino, a vontade
que todos os outros eu lagos para o Fangio e utilizados. O ronco é de voltar ao ponto
é que tive que correr eu mais uma vez fiquei é gostoso, o volante de partida apenas para
atrás. Ele soube, certa com água na boca. esportivo é fácil de ser guiar mais um pou-
vez, que eu estava sem Quem mandou eu não segurado, o grande quinho. Fiquei muito
patrocinador e resol- ser um Fangio? conta-giros é bem vi- triste quando tive que
veu me patrocinar por Quem nunca andou sível. E o carro acelera levar o carro de volta
sua conta, mesmo eu em um Willys Inter- muito bem. Faz curvas à Willys, no mesmo
sendo seu funcionário. lagos está convidado de forma fácil e tem local onde eu havia
Fangio sentou-se ao a dar uma voltinha uma tendência de sair apanhado uma semana
volante do cupê Inter- comigo. Imaginamos de traseira bem pro- antes. l
18 Maio 2021 Cultura do Automóvel
willys interlagos nacional
Acima e nas fotos menores, Expedito e Águia nos 500 km da Guanabara de 1968, correndo com uma Berlineta.
Abaixo, Fangio examina o motor da Berlineta, com Expedito Marazzi, Carol Figueiredo e Luiz Pereira Bueno
Veja alguns
veículos que
ficaram famosos no
cinema, em exposição
Na sala do
Batman, o
Batmóvel
dos anos 80
e a Batcicleta
do seriado
dos anos 60
S
e for à Califórnia, Nas páginas anterio- “A Corrida do Século”. Da sequência de fil-
não deixe de visi- res, um lugar especial O carro que sobe-e- mes do James Bond,
tar o Peterson Au- para o Ford 1946 que desce era do Professor um Jaguar XK-R equi-
tomotive Museum, em John Travolta customi- Destino, personagem pado com uma mini-
Los Angeles. É lógico zou no filme Grease, interpretado por Jack gun M134 até chegava
que eu não preciso di- de 1978. Difícil seria Lemmon. a assustar.
zer a nenhum amante reconhecê-lo por causa
de automóveis clássicos dos enormes tailfins,
que procure os museus mas a grade dianteira é
automotivos por onde inconfundível.
viaje, mas este pode ser Na sala do Batman, o
considerado um daque- Batmóvel de 1989 até
les “imperdíveis”. destoa da Batcicleta
Estive lá pela última que o herói encapuza-
vez há quase dez anos, do usava no seriado
e o acervo pode estar dos anos 60. Trata-se
um pouco diferente de uma Yamaha YDS3
agora, mas a seção de de 1966 com side-car.
carros do cinema, ape- Ao fundo, um carro
sar de pequena, era inusitado, que certa-
bem representativa. mente encantou mole-
Veja aqui algumas das ques como eu em 1965,
“estrelas” do cinema. ao assistir no cinema O Ford 1946 ficou quase irreconhecível após a customização
22 Maio 2021 Cultura do Automóvel
museu petersen museu
Jack Lemmon era o Professor Destino em “A Corrida do Século”, de 1965. Ele dirigia essa carro estranho, o Hannibal 8
A Batcicleta era uma Yamaha YDS3 de 1966, com side-car. O Jaguar com a metralhadora foi usado para perseguir o 007
T
udo começou com O primeiro MG foi O radiador dividido, Do seu início até fins
a ideia de William vendido em 1923 e, no no entanto, detalhe que dos anos 20, a trajetó-
Richard Morris, o ano seguinte, 15 outros identifica um MG de ria da MG Motors foi
criador da Morris, de foram encomendados. longe, apareceu pela rápida. Com a depres-
alavancar as vendas de Esse modelo era mon- primeira vez no mesmo são, a primeira metade
seus carros, por meio tado sobre o chassi do ano, no 18/80 Mk I/II. dos anos 30 viu muitos
de centro de vendas e
serviços chamado de Morris Oxford Tourer Esses primeiros MG MG, grandes e peque-
Morris Garages. E foi e ficou conhecido por eram de quatro lugares nos, do tipo D ao tipo
o gerente do negócio, Super Sports 14/28. e usavam o chassi do P, incluindo o SA de
Cecil Kimber, que ou- Assim, em 1924, come- Morris Oxford. O pri- seis cilindros, mas foi o
sou trocar a carroceria çou a saga MG. meiro MG pequeno, TA de 1936 que mar-
de alguns carros por ou- O 14/28 MG ainda com chassi e motor do cou a história. O pri-
tras mais leves e espor- não tinha o símbolo oc- Morris Minor, foi o meiro MG com freios
tivas, que ele mesmo togonal no radiador, que M-Type Midget, de hidráulicos tinha ainda
havia projetado. Cecil apareceu pela primeira dois lugares, acessível o mais espaço no cockpit
chamou sua criação de vez só nos anúncios. A suficiente para iniciar que os modelos maio-
Morris Garages e usou moldura do radiador uma história de sucesso res. O TB Midget de
as iniciais MG apenas
para simplificar. Ainda do 14/28 era arredon- que duraria décadas. O 1939, que tinha ainda
não havia a intenção de dada e o primeiro MG Midget custava apenas mais espaço interno,
transformar o nome em a ter o logotipo foi o 185 libras e tinha um foi o último sob os aus-
marca de automóveis. 4/40 Mk IV de 1928. excelente desempenho. pícios de Cecil Kimber.
Cultura do Automóvel Maio 2021 25
história a história do mg
O MG TC de 1945 era basicamente o mesmo TC pré-guerra O MG B de 1962 foi produzido até o final dos anos 70
Celebridades
O que as pessoas famosas geralmente têm em comum? Gostam
da fama e das coisas boas que a fama lhes proporciona. E de carros
Você
consegue
reconhecer
todas essas
celebridades?
30
30Maio
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2021Cultura
Culturado
doAutomóvel
Automóvel
gente
Cultura
Cultura do
do Automóvel
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