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UNIÃO DA VITÓRIA
2008
ANNA KARINA SCARAMELLA DA SILVA
UNIÃO DA VITORIA
2008
UNIDADE DIDÁTICA
Apresentação
1ª Fase
2ª Fase
3ª Fase
Os/as alunos/as deverão fazer entrevistas com mães ou avós, para saber sobre o
futebol feminino, como era praticado, depois comente com seus/as alunos/as sobre
as respostas.
Para Tarcísio Vago (1996, p 13) “... cabe a escola especificamente a Educação
Física oferecer a sociedade outras possibilidades de esporte, produzindo novos
conhecimentos sobre o esporte colocando-o a disposição da sociedade,
diferentemente de ser apenas um lugar de transmissão de conhecimento já pronto.”
Aliado a reprodução que envolve o esporte, o que fica mais evidente é a
resistência dos professores/as à mudança, já que estas propostas não são tão
novas assim. Isso pode ser explicado pela formação tecnicista e pela vivência
esportiva anterior ao curso de formação.
Ressalto que não viso fazer criticas ao trabalho dos/as professores/as com
relação ao modo como o esporte é tratado na escola, mas lembrá-los do poder que
essa prática pedagógica tem no ambiente escolar. Com isso, saliento que o esporte
não desenvolve valores isoladamente, cabe ao professor/a investir tempo, esforço e
planejamento para que o esporte na escola assuma um caráter formativo e
pedagógico na formação de alunos/as críticos/as e participativos/as no processo de
aprendizagem.
O/a professor/a deve ser um transmissor de novos conhecimentos, sendo um
grande desafio para os profissionais de Educação Física que tem sob sua
responsabilidade a oportunidade de transformar conceitos sobre o esporte já
estabelecidos e enraizados nas aulas de Educação Física.
Infelizmente o que presenciamos na escola é a reprodução da instituição
esportiva formal, excessivamente técnica e mecânica, excludente, que enfatiza a
competição.
A competição está ligada diretamente ao esporte, não se pode excluir ou
ignorar a competição do processo pedagógico, pois é uma constante em nossa
sociedade, deve ser discutida e não abolida do processo educativo. Dependendo da
orientação pode ser um recurso didático. Contudo, devemos ser conscientes quando
optamos poresta prática nas aulas de Educação Física.
A proposta pedagógica deve conter elementos que a norteiem como: a
experiência corporal com o esporte, competição, cooperação, gênero/sexualidade,
raça/etnia, classe, diversidade, diferença, etc. de modo que todos/as se apropriem
das diferentes práticas corporais
Um recurso sugerido são os jogos cooperativos, já que estes apresentam uma
estrutura alternativa diferenciada dos jogos formais. Os/as alunos/as colaboram
entre si para que um objetivo comum seja alcançado, superando desafios em
conjunto, dividindo o sucesso e o fracasso. É evidente que nessa prática a
competição está presente, mas o que acontece aqui é que há um grupo que
participa.
Nos jogos cooperativos, joga-se para vencer o jogo, para superar desafios e
obstáculos, e não para vencer os outros. Joga-se com os outros e não contra os
outros.
ATIVIDADES
Jogo do Dragão
Material Necessário: Bolas
Objetivo: cuidado, respeito mútuo e coletividade.
Formação em círculo, em pé;
• Dentro do círculo dois/as alunos/as fazem o “corpo do dragão” (um/a é a
cabeça e outro/ é o rabo) e posicionam-se um/a na frente do/a outro/a, com
as mãos do/a aluno/a de trás, nos ombros ou na cintura do da frente, de
forma a ficarem ligados;
• Os/as outros/as alunos/as (em círculo) têm uma bola e o objetivo é acertar o
rabo do dragão;
• O grupo que estiver no círculo tem que trabalhar junto para que acertem o
“rabo do dragão”.
• Quem acertar o “rabo do dragão” vai para o lugar da cabeça , ou entra entre
o “rabo” e a “cabeça” e vai aumentando o corpo do “dragão” e
seqüentemente dificultando a mobilidade do mesmo
• Para terminar, abrir para sugestões e compartilhar sensações, idéias, etc...
OBS: Aos poucos o/a professor/a coloca um número maior de bolas no círculo
fazendo com que o desafio aumente.
Poderão ser feitas variações como utilizar mais de dois/as alunos/as ou usar
operações matemáticas para se chegar ao resultado que corresponde ao número
dos/as alunos/as.
ATIVIDADES
PULAR CORDA
Objetivos: promover a vivência de pular corda. Esta atividade se justifica também
como uma interessante e divertida forma de cultivo e valorização da cultura lúdica,
com a possibilidade de relação entre alunos/as na vivência das atividades e com a
experimentação das atividades propostas em contexto individual e ao mesmo tempo
coletivo e principalmente sem a competição exagerada.
Material: corda de sisal de 3 a 5 metros.
• Dois alunos/as batem a corda, o restante da turma vai tentar ultrapassá-la
sem encostar na corda – um a um;
• Depois os alunos passam aos pares;
• Aumenta-se a velocidade da corda;
• Os/as alunos/as passam aos pares, depois aos trios e quartetos, de mãos
dadas.
Dicas Importantes:
• Cada aluno deve ultrapassar a corda respeitando seu tempo individual,
deixando-a bater tantas vezes quantas forem necessárias até que se sinta
seguro;
• A corda não deve ser enrolada nas mãos das crianças que estão batendo,
em caso de algum tropeço, a corda deve ser largada imediatamente a fim de
evitar maiores acidentes;
• Os/as batedores/as da corda devem sempre ser trocados regularmente;
• Antes de encerrar essa atividade, espere que todas as crianças tenham
êxito. Em todo grupo haverá aqueles/as que realizam as atividades com
maior ou menor facilidade.
Pular corda: O jogo proposto a seguir já é um velho conhecido: cada aluno/a corre
em direção à corda, entra e pula algumas vezes antes de sair pelo lado oposto ao
da entrada. Caso algum/a aluno/a não se sinta seguro/a para executar a tarefa
completa num primeiro momento, é possível começar com os/as alunos/as pulando
sobre a corda esticada, passando de um lado para o outro.
• O/a primeiro/a aluno/a entra, pula duas vezes e depois entra o segundo/a
aluno/a;
• Os/as aluno/as pulam juntos/as, sai o/a primeiro/a, fica o/a segundo/a e
terceiro e o/a aluno/a entra até que todos os/as alunos/as cumpram a
atividade;
• Dois alunos/as entram simultaneamente e pulam várias vezes;
• Saem pelo lado oposto ao da entrada;
• A seqüência é repetida depois com três ou quatro alunos, de mãos dadas,
com uma mão depois com as duas.
As variações das atividades tarefas que podem ser feitas é muito grande. É
importante deixar o grupo sugerir novas atividades como forma de motivação e
concentração.
Finalizando: Encerrando a aula com um último desafio. A cada batida da corda uma
criança deverá passar sob a mesma de cada vez, sem que haja batidas vazias,.
Para avaliar o êxito do grupo, todos os/as alunos/as devem passar pelo menos duas
vezes sem que ninguém toque na corda ou ocorram as batidas vazias. O aspecto
interessante desse exercício é a necessidade de maior organização do grupo, sem
que haja competição entre os/as alunos/as.
SUGESTÕES DE FILMES
Driblando o Destino
Bend It Like Beckham – Inglaterra – 2002 – 112 min
O filme se passa em Hounslow, que fica a oeste de Londres e Hamburgo, onde
duas meninas de 18 anos que tem seus destinos cruzados pelo desejo de
participarem e praticarem futebol profissional. Entretanto, uma das meninas tem
uma família um tanto quanto tradicional e ortodoxa, não-ocidental.
Filhos do Paraíso
Bacheha-Ye Aseman – Irã -1997– 88 min
Um menino de 9 anos proveniente de uma família humilde e que vive com
seus pais e sua irmã. Um dia ele perde o único par de sapatos da irmã e, tentando
evitar a bronca dos pais, passa a dividir seu próprio par de sapatos com ela, com
ambos revezando-o. Enquanto isso, o menino sem perceber treina para obter uma
boa colocação em uma corrida que será realizada, pois precisa da quantia dada
como prêmio para comprar um novo par de sapatos para a irmã.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS