Proteção de Dados: Você está preparado?

E-book 1 – A Formação da Sociedade de Dados

 Proteção de Dados: Você está preparado?
E-book 1 – A Formação da Sociedade de Dados

PROTEÇÃO DE DADOS:

VOCÊ ESTÁ PREPARADO?

Essa é uma Coleção de E-books para deixar você informado sobre a
importância da coleta, análise e tratamento de todo o tipo de dados,
para todos os setores do negócio, além de deixar você preparado
para a Lei Geral de Proteção de Dados n.º 13.709 - a LGPD - que se
aplica a todas as empresas do Brasil.

E-Book 1 – A Formação da
Sociedade de Dados

E-Book 2 – Conhecendo a Lei

n.º 13.709 - LGPD e a Dinâmica
das Novas Regulamentações
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Você já ouviu falar em sociedade entender melhor esse universo,

de dados? Estar por dentro
desse conceito – e de tudo
o que ele representa – é
fundamental para se dar bem no
mundo moderno. Isso porque
nós estamos hoje na chamada
“era da globalização digital”.
Graças às novas tecnologias,
como os computadores e a
Internet, o mundo está cada
vez mais conectado e os dados
fluem de um ponto a outro
rapidamente. Mas, na prática,
o que isso significa? Para
é preciso compreender o que
são esses tais dados e como eles
influenciam a sociedade atual.
DADOS E INFORMAÇÕES
Podemos chamar de dado
qualquer característica que
qualifica alguma coisa. Peso,
tamanho, posição, status, cor
e preço são exemplos de tipos
de dados. Sendo assim, “5kg” é
um dado, assim como “verde”,
“30cm” ou “R$ 35,00”.

Como você pode perceber, um dado solto, que

não está associado a nada, não nos diz muito.
É por isso que os dados sempre aparecem em
conjunto com aquilo que estão qualificando. Se
soubermos que uma bola pesa 5kg, é verde, tem
30cm de diâmetro e custa 35 reais, teremos
informação suficientes para decidir se vamos ou
não comprá-la, por exemplo.

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Assim, quando usamos
dados para descrever algo,
geramos um significado para
ele transformando-o em uma
informação. Quanto mais e
melhores informações temos
sobre alguma coisa, maiores são
as nossas chances de entender
como ela funciona, de
onde ela veio e o que podemos
fazer com esta.
É fácil perceber como as
informações podem ser úteis
para as pessoas e para os
negócios. É por isso que, hoje,
as tecnologias têm se voltado
cada vez mais para a coleta,
armazenamento e análise de
todo tipo de dado.
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Quer ver um exemplo?
Antigamente, para
entender como
funcionava o clima
de determinado lugar,
era necessário fazer
observações por centenas
de anos, analisadas
por meio de cálculos
complicadíssimos. Hoje,
existem vários aparelhos
que captam dados como
pressão, temperatura
e umidade que nos
auxiliam a, em questão
de dias, prever se choverá
ou não. E saber disso nos
permite decidir se vamos
sair ou não para a praia,
planejar rotas e escalas
de voos e, até mesmo, de
transportes de cargas.
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Quanto mais estudamos os dados, mais evidentes são os benefícios

deles para todo tipo de negócio. Esse avanço tecnológico tem o
potencial para otimizar o trabalho em todos os setores da empresa,
desde a movimentação de estoques até a relação com outras
empresas e fornecedores.

No campo da logística, por exemplo, as empresas conseguem coletar

informações em tempo real sobre suas cadeias de suprimentos
– como a quantidade, qualidade e posicionamento do estoque –,
além de monitorar o estado de suas ferramentas, garantindo que as
máquinas e armazéns se mantenham em bom estado.

Ter esse conjunto de informações permite que elas funcionem com

estoque reduzido, evitem o desperdício de tempo, dinheiro e ainda
diminuem o risco de mal funcionamentos e acidentes. A aplicação
dos dados é, portanto, vantajosa tanto para a empresa quanto para
o trabalhador.

Dentre os dados analisados pelas
diferentes empresas, os que
relacionam hábitos, preferências
e características do consumidor
tem recebido cada vez mais
atenção. Dentro da cultura
de marketing e serviços que
temos hoje, cada vez mais as
organizações estão percebendo
que, para competir no mercado,
é preciso oferecer experiências
personalizadas a seus clientes.
Através da análise de dados, as
empresas são capazes de traçar
o perfil do cliente, compreendo o
que ele espera de seus serviços e
quais são as suas demandas para
o futuro.
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Coleta de dados
A forma como as empresas
coletam e usam os dados
varia muito em complexidade.
Algumas formas de análise mais
simples envolvem a criação de
relatórios que englobam dados
sobre o dia a dia do negócio,
como, por exemplo: quantidade
de clientes, produtos ou serviços
mais demandados ou mais
lucrativos, dentre outros.
Tratamento de dados
Várias empresas apostam ainda
em um tratamento de dados mais
aprofundado: fazendo análises e
monitoramento de informações
em tempo real ou buscando
padrões de comportamento dos
consumidores, por exemplo. Tudo
isso buscando prever mudanças
no mercado e, assim, decidir
quais áreas merecem um maior
investimento.
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Já falamos da mudança de paradigma sobre o poder das marcas, do

consumo entre as gerações e das transformações que a tecnologia
trouxe para a jornada de compra. Acompanhando esse ritmo de
câmbios, as práticas do marketing também evoluíram com o passar
do tempo. Os estudiosos acreditam que já passamos por três eras:

» Serve melhor os seus clientes;

» Reduz o risco nos seus investimentos;
» Melhora sua divulgação e reputação no mercado;
» Aumenta as margens de lucro e encontra novas oportunidades.

Quer um exemplo?

O grupo Pão de Açúcar criou o Clube

Extra, um sistema de relacionamento
com o cliente que tem como
objetivo aproximar a empresa de
seus consumidores e fornecedores,
garantindo sua fidelidade. De
forma simples, o cliente faz o seu
cadastro no programa da rede de
supermercados, acumulando pontos
através de compras on-line ou em lojas físicas. Os dados originados
com essa plataforma são analisados para relacionar os clientes
com os produtos que eles consomem, suas marcas favoritas e mais
procuradas. Um resultado prático desse sistema, além de uma
melhor relação com o cliente, é a otimização do estoque: a empresa
conhece previamente quais produtos serão mais consumidos e, com
isso, pode otimizar o seu processo de compra.
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Hoje em dia, o uso de dados não

se restringe mais ao setor de
compras. De uma forma geral,
todos os setores da sociedade
podem se beneficiar da análise
de dados. Além do mercado,
áreas como políticas públicas,
educação, esportes e finanças
estão cada vez mais interligadas
com os dados e informações.

Veja mais
Se quiser conhecer com mais
propriedade os efeitos, mitos e
verdades da revolução digital no
Brasil e no mundo hoje, confira
o site “Brasil, País Digital” no
endereço https://brasilpaisdigital.
com.br/. Lá, você encontrará
uma grande quantidade de
informações com exemplos e
casos sobre o uso de dados,
legislações e notícias atuais
relevantes para o assunto.

USO DE DADOS,
SEGURANÇA E
PRIVACIDADE
Agora que você já conhece a
importância da análise de dados,
provavelmente está se fazendo
uma pergunta que é recorrente
na área: e a segurança desses
dados?
Assim como o uso de dados tem
aumentado consideravelmente,
a preocupação com a sua
segurança também está em foco.
A segurança de dados não
deve ser uma preocupação
somente para a empresa que
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coleta os dados, mas, também,
para o consumidor que informa
esses dados. Antes de fornecer
qualquer dado, o usuário deve
se perguntar quem terá acesso
a essa informação e como isso
pode afetá-lo no dia a dia.
Em muitos casos, os dados
informados são extremamente
pessoais como, por exemplo,
nome, CPF, RG, endereço,
telefone e, até mesmo, fotos
pessoais. Além disso, através
da análise do seu padrão de
acesso à Internet, é possível
descobrir, também, quais são os
seus padrões de compra, com
quem você conversa, para onde
costuma ir ou o que costuma
acessar na rede.

Mesmo que essas informações
possibilitem às empresas
oferecerem um serviço mais
personalizado e, portanto, mais
cômodo, elas podem, também,
causar transtornos quando em
mãos erradas. São vários os
casos registrados de vazamentos
de dados bancários, telefônicos e
de senhas na Internet.
Para tentar evitar que os
seus dados sejam expostos,
muitas empresas investem
em sistemas avançados de
segurança cibernética. Por
causa da imensa quantidade de
ataques e tentativas de roubo de
informações, esse mercado de
segurança – com organizações
especializadas em defender
os dados virtuais – está sendo
cada vez mais procurado.
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Mas, mesmo que o cuidado com
segurança tenha aumentado, o
maior problema relacionado à
privacidade é que, geralmente,
as empresas não deixam claro
quais são os dados que elas
estão coletando de seus clientes
e, muito menos, como esses
dados serão utilizados.
Assim, ao acessar um serviço,
as pessoas podem acabar por
fornecer informações pessoais
que não forneceriam se
estivessem conscientes de que
estão sendo monitoradas.
Isso acontece, principalmente,
com os serviços gratuitos que
encontramos na Internet. Na
maioria das vezes, você está
pagando por esse serviço com os
seus dados pessoais.
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Dados em perigo: o caso Facebook

Em 2018, a preocupação com segurança de dados pessoais invadiu

a mídia e tornou-se tema central das discussões em centros de
pesquisa e de governo por todo o mundo – e esse fenômeno
se deve, em boa parte, ao que ficou conhecido como “O caso
Facebook”.

Nesse ano, o jornal New York Times expôs que a rede social permitiu
que os aplicativos divulgados por meio dela compartilhassem mais
de 500 milhões de dados pessoais com a Cambridge Analytica, uma
empresa privada americana que combinava mineração e análise de
dados com comunicação estratégica para o processo eleitoral. Pouco
tempo depois, a empresa admitiu que, na verdade, os dados de
quase todos os seus dois bilhões de usuários já haviam sido vazados
de alguma maneira. E por que isso foi um problema?

O Facebook permitiu que os dados de seus usuários fossem

utilizados pela Cambridge Analytica, direcionando conteúdos
específicos para parcelas da população. Ao saber das opiniões e
tendências de cada usuário, o Facebook foi acusado de usar essa
estratégia de direcionamento para influenciar no resultado das
eleições de 2016 nos EUA.

A acusação levantou suspeita e preocupação em grande parte da

população norte-americana e também europeia, já que a Cambridge
Analytica foi criada em 2013, como um desdobramento de sua
controladora britânica, a SXL Group, para participar da política
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estadunidense, além de ter trabalhado para a campanha eleitoral do

Brexit, visando a saída do reino Unido da União Europeia.

Com o andar do processo, a Cambridge Analytica declarou-se

culpada e foi condenada por criar campanhas direcionadas e por
utilizar a rede para influenciar a população.

O Facebook foi condenado por permitir e não proteger o

compartilhamento de dados dos seus usuários. Sendo verdade
ou não, essa acusação levantou suspeita e preocupação em
grande parte da população norteamericana, que percebeu que
sua privacidade tinha sido invadida e que poderia estar sendo
manipulada.

Depois do escândalo, a empresa prometeu tomar medidas para

evitar que esse tipo de problema voltasse a acontecer. Mesmo assim,
a essa altura, as consequências da sua conduta já eram gravíssimas e
o Facebook foi multado em 5 bilhões de dólares.

O documentário “Privacidade Hackeada”

aborda o caso evolvendo a Cabridge
Analytica, caso queira conhecer um pouco
mais dessa história e de como os dados
foram utilizados.
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Apesar dos casos citados, é possível sim coletar os dados necessários

para melhorar a experiência do consumidor sem invadir a sua
privacidade e, no final das contas, tudo depende da forma como
essas informações são trabalhadas. É por isso que, nos últimos
anos, governos de vários países têm se preocupado em criar regras
e limites para o uso de dados pessoais pelas empresas, garantindo
assim que elas tenham uma política adequada de tratamento dessas
informações.

E no Brasil não é diferente: desde 2014, temos a lei nº 19.965,

o chamado “Marco Civil da Internet”, que estabelece princípios,
garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil. Além
dela, temos também a Lei n.º 13.709, de 2018, chamada de “Lei
Geral de Proteção de Dados” (LGPD). Essa lei é específica para
definir as regras para o uso de dados por qualquer organização.
Vamos conhecer o que ela diz?

Agora você está pronto para continuar!

Acesse o E-Book 2 – Conhecendo a Lei n.º 13.709 - LGPE
e a dinâmica das Novas Regulamentações.