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 Dênn
 

Capitulo 1

Reminiscência

Duff era um garoto franco e extrovertido, e notei isso logo na primeira vez q o vi,fazia
de seu pior dia o dia mais mágico já visto, era incrível. Naquela amizade q ali estava
sendo formada, Denn aprenderia muito com seu mais novo melhor amigo, contudo o
seu tempo de convivência com ele era em curto prazo, Pois Duff havera dito que estava
de saída e que trilharia longas passadas.

Breve seria a ida de Duff, e Denn amargurou – se de tal forma que não se ouvia o seu
gargalhar e sim seus meros lamentos.

Com o tempo de ambos findando, continuaram a viver aventuras jamais pensadas. Nos
últimos dias eles, sorriram como se fossem bobos, brincaram como se fossem loucos,
Pescaram como se fossem grandes aves, brilharam como se fosse à incandescência do
dia, gritaram como se fossem lobos, pintaram, e nessa pintura escreveram a mais
brilhante historia, como se fossem gênios, e ao embocar da noite, choraram como se
nunca fossem ver o dia novamente.

Duff foi embora para o país de sua origem, disse que voltaria do outro lado do mundo p
vê – lo um dia. Entretanto não foi assim, eles nunca mais viram – se, e a cada dia que
se passava o sentimento de que algo ali faltava era interminável.

 Na esperança Denn ali ficou a sua espera, no fundo sabia que nunca mais iria velo.

 Após a ida de Duff, Denn não ouviu mais o canto das aves, não ouviu mais o vento
espalhando as folhas secas que voavam sem destino, a um acaso improvável. As cores já
não eram mais as mesmas, o verde da grama já não sorria, o azul do céu já não
encantava e a grande luz brilhante do dia parecia ofuscar – se. Em seu dia Denn havia
tornado – se inoperante.  

As cores mais vivas morriam junto com sua alma, já não havia diafaneidade em seu
mundo que a cada dia tornava – se obscuro, as arvores que completavam a paisagem da
janela de seu quarto por mais que os ventos as fizessem dançar, só se via frutos sem cor,
era como se não tivesse adiantado planta – los.

O grande rio corrente que era como um rio de vários arcos – Iris encartado parecia um
profundo lago negro, onde suas lagrimas mais agudas alcançavam a sua profundeza.
Por meses Denn ali ficou, vegetando suas melhores lembranças de um remoto passado e
de extremas riquezas.

O seu dia já não era dia, passava todo o seu tempo acorrentado em suas fotos como se
através delas pudesse ajustar algo que ainda não consentiu.

Há meses não freqüentava o colégio, Denn é um aluno excluso por conta própria,

Péssimo em matemática, mas é bom em geografia. Não gostava da hora do intervalo,


pois não compactuava – o com ninguém.    

Naqueles dias de grande angustia, no dia 28 naquele mês, Denn completava seus 15
anos, e como já era de se esperar ele passou seu décimo quinto aniversario sem ninguém
remindo a ineficácia de si mesmo, seus pais nada puderam fazer quanto a isso, pois não
sabiam eles o que se passava com seu filho.

Denn passou o dia sem dizer uma palavra dentro de seu quarto,de onde nunca ousou
sair chorou, soluçou de tanto chorar, e ao chegar a noite dormiu com seus olhos a
lacrimejar. Naquela noite no seu mais profundo sono ele sonhou com mais desejado
sonho, Duff estava nele, em seu sonho eles flutuavam dentre as nuvens, pulavam das
ruas de Madri para as praias de Copacabana, juntos viajavam por vários lugares, alguns
deles considerado inalcançáveis.

Sua mãe ______ como todas as noites sentava - se ao lado de sua cabeça e o acariciava,
sofria a dor de seu filho sem saber ao certo o que sentia.

Quando estava deixando o quarto, vagarosamente virou seu rosto e direcionou seus
olhos a ele, e não acreditou no que viu, Denn expressava um vago sorriso, pois ali em
seu profundo sono dentro de um mágico sonho ele estava feliz, feliz por ter
reencontrado Duff. No sonho Duff contava suas mais loucas façanhas, disse que viu
coisas que ainda nem existiam em nosso tempo, disse que viu novas cores sem principio
e disse que descobriu o enigma do inicio do dia para ele a alva já não era uma incógnita
e sim um assunto curioso. Duff estava com uma aparência ótima.

Sorria como nunca sorriu, ali já era noite e Denn estava de saída pronto a despedir - se
de Duff.

Prestes a terminar o sonho Duff disse a ele que antes de sua ida ele tinha alguém para
apresenta - lo, então o levou a um lugar onde ainda era dia e o sol fortemente afetava
seus olhos, nesse lugar vivia um ser um ser vagante, disse meu nome a ele, Lay,
Duff disse que me conheceu numa de suas voltas ao longo da estrela, ali fui apresentado
a Denn, e logo nos tornamos amigos, era incrível como as suas características
coincidiam com as de Duff.

 Prometi a ele que iria ficar perto dele até Duff retornar à sua casa, disse que iria à
escola e que o ajudaria em outras atividades corriqueiras, e que também adoraria comer
a torta de cereja aos domingos em sua casa pela manhã, a essa altura Denn já nem quis
saber o que mais Duff havia me contado, Denn só pensava que já não seria tão doloroso
a saudade com alguém ( qualidade) _______. Mas no fundo sabia que não seria a
mesma alegria, Pois para Denn era insubstituível.
Duff olhou pra ele desejou um feliz aniversario e deu - lhe um abraço, disse em seus
ouvidos que logo voltaria e sumiu no horizonte com suas longas passadas. Ficamos ali
Denn e eu olhando em direção a luz que nunca se apagava, e em um leve piscar voltou a
si, respirou profundamente aquele momento e acordou.   

Após o sonho Denn ficou frustrado com sua realidade. Por ele, ficaria naquele sonho
por todo o seu abstrato dia.

Algumas horas após o seu dia ter iniciado resolvi falar com ele, me dava pena de ver o
escuro ao redor daqueles profundos olhos, perguntei se estava tudo bem, e ele ouviu a
minha voz e rapidamente correu para debaixo de seu cobertor, Denn por certo naquele
momento em seu estado achava que tinha ficado louco, resolvi aparecer e falar face a
face, puxei – lhe o cobertor e quando olhou em meu rosto deu um estrondoso grito.
Aquele grito não era comum era desesperador, seus olhos estalavam e sua boca
tremulava, sua mãe entrou no quarto naquele momento me atravessou e abraçou seu
filho espantada com aquilo, o apertou e chorou como se nunca fosse acabar esse árduo
empecilho.

Denn novamente olhou para mim mediu - me de pé a cabeça e me reconheceu, o que a


mãe há tempos não via em seu rosto, um sorriso resplandeceu em sua face, sua mãe saia
de seu quarto sem entender.

Denn não acreditava no que estava vendo, estava claramente abismado com a minha
presença, ali nada pra ele fazia sentido, mas sentiu o que a muito não sentia (fumegar)
dentro de si, a esperança de reencontrar o que se foi perdido pelo acaso.

Duff ainda fazia muita falta para ele e isso era visivelmente claro, sua face ao ver – me
dava – se a concluir pela expressão de seus olhos que ficou contente mais não feliz, a
primeira coisa que me perguntou foi sobre o paradeiro de Duff, respondi o que já avera
dito que ficaria ali com ele até a volta de Duff.

Por vezes seus pais ouviram Denn conversando com alguém em seu quarto, e vinham
sempre ouvir suas conversas atrás da porta, eles achavam que seu filho tinha algum
distúrbio ou um desvio psicológico. Levaram Denn na clinica do DR_____________ e
fizeram – lhe todos os exames padrão, mas nada foi diagnosticado, a não ser que estava
prolongando suas noites sem dormir.

Sua constante inação perecia ter amenizado alguns dias após a visita ao medico no

centro da cidade. Um dia como quem não quer nada resolvi convida – lo a um passeio
no bosque e me surpreendeu aceitando a meu convite.

Denn colocou uma blusa e saímos pelas ruas brancas cobertas pela neve, eu sugeri que
fossemos ao bosque, mas Denn quis ir a alguns lugares que Duff havia ido com ele
antes de partir. Fomos ao lago já congelado onde pescaram, Denn jogava pedras no lago
como fazia, mas nem a pedra tinha a mesma aparência de antes, Denn ficava ali sentado
perdido em seus encantados momentos, dali ele via as pessoas na praça caminhando, via
a grande montanha com sua ponta coberta de neve, via as crianças com seus amigos
brincando e deslizando no gelo. Pela primeira vez em meses Denn tinha saído de seu
grande casulo. Ficamos ali por horas admirando o movimento daquele ambiente.
Após o nosso passeio fomos direto para casa, Denn ficou sem muitas palavras a dizer e
aquietou - se, naquele caminho havendo um grande silencio e sem palavras retornamos.

Ao voltar, Denn passou pela porta da sala e brutalmente subiu as escadas e foi para seu
quarto, bateu a porta e trancou – se, fui até ele para perguntar o que houve, então
encontrei - o deitado em sua cama lamentando – se de muitas coisas, e me dizia coisas
sem sentido algumas palavra falava com o G sobre o K e separava todas as vogais, ali
nada eu entendia. Minutos depois Denn já mais calmo, mas ainda chorando desabafou –
se comigo, aquilo foi de grande espanto a meu ver, pois ele nunca fez assim, não
comigo. Em seus lamentos exclamando e em alto tom, Denn me dizia:

- Lembro-me como se houvesse acontecido hoje, bem cedo, com o resplandecer do


sol, o passar dos ventos e as nuvens indicando o contraste da formosura que ali eu
estava vendo, sentado na varanda de casa perdido no mais profundo momento.

Ele me disse naquele momento que não sentir é o mesmo que não viver, e naquele
dia não encontrei palavras para responder o que estava sendo por ele dito, e hoje
nessa manhã eu responderia que é preferível estar sem vida ao estar perdido em
um labirinto dentro do si, onde o medo de não encontrar a saída é como sentir um
gélido frio em cada batida do que mais dói.

Lay, cada lagrima despejada, corresponde a uma promessa de tudo o que você
jamais saberá.

Após proferir essas palavras, Denn virou – se e encostou sua cabeça no travesseiro e
dormiu. Iniciava ali longos dias de angustia e profunda agonia a espera de Duff, naquele
instante resolvi desaparecer um pouco e deixa – lo sozinho por alguns dias e sumi.

No dia seguinte naquela manhã Denn levantou espreguiçou e bocejou, olhou para os
lados como se procurasse algo, olhou para cima, olhou em baixo da cama, procurou
dentro do guarda roupa como se estivesse à procura de um lugar a fugir de uma cela,

Procurou, procurou, contudo não encontrou Denn chegou a achar que era mais uma de
minhas brincadeiras sem graça, cansado de tanto procurar sentou – se em sua cama e
começou a chamar – me em baixo tom, quando viu que eu não iria aparecer ele gritou
meu nome: - Lay! Lay!

Denn achou que eu logo voltaria e ficou a manhã toda ali esperando. Logo percebeu que
eu não iria voltar. Denn não chorou e nem lamentou, passou ali dias expressando o que
sentia em seus desenhos, desenhou Duff sentado à beira do riu com os olhos
lacrimejados, me desenhou entre as arvores sem folhas perto da grande lua com
morcegos ao meu redor, pintou um quadro e nele vi – se a tristeza na face da tela,vi a
dor da grande escuridão ao fundo, vi uns dedos magros, sem lógica por serem tão finos.
Nunca mais me esquecerei daqueles quadros que pendurados na parede do quarto
reprimia seus sentimentos mais amargurados, com a caricatura de um homem cujo
nome marcara a trajetória de seu ser, esquecido pela sua inconstante história, não
sobrando reminiscências nem de seu sorriso e nem dos vagos bons instantes que aqui
viveu cativado dentre molduras vive em um mundo sem cor e sem vida

Meses depois de minha ida da (mente) de Denn eu estava começando a sentir saudade
dele, resolvi ir até seu quarto para ver como estava se saindo e vi que já passava da hora
de meu retorno a vida dele, em suas criações ele fez um enorme cartas com o meu
desenho nele, que estava escrito:

 “Só queria resgatar a esperança do meu amigo imaginário que o passado já o fez
falecer, mas sempre sobrará um espaço nas minhas poucas memórias, e na de
quem já o viu.“ 

Fiquei ali olhando perplexamente Denn dormindo, e suas muitas bizarras criações. 

  

A Carta

Cortou-me o coração ao vê – lo de tal forma, dormindo ali sentado abraçado aos joelhos
com a cabeça encostada na parede no canto de seu quarto.

Esperei Denn acordar de seu profundo sono, ao amanhecer ali sentado escreveu uma
carta, e muito demorou a escreve – la. Após te – la escrito levantou – se e se dirigiu a
porta de seu quarto, deu uma vagarosa olhada em seus quadros, em seus desenhos, em
suas fotos que estavam jogadas ao chão perto da cama, foi até a porta virou – se e a
fechou – a cuidadosamente trancando – a e jogou a chave por baixo dela. Naquele
momento eu observava todos os seus movimentos e sem entender o estava acontecendo
permaneci ali cautelosamente escondido.

Denn foi até o quarto de seus pais e olhou como se quisesse dizer algo, como se algo ali
faltasse um complemento, desceu as escadas vagarosamente e saiu pela porta da sala,
Denn claramente contava em sua face que estava determinado (em sua atitude). Eu o
seguia para ver onde ele iria, Denn passou pelo bosque, passou pela praça, passou pelo
parque e parou com seus olhos vidrados naquele imenso lago, lago onde Denn conheceu
Duff, lago onde esteve em seu momento mais intenso e disperso de tanta alegria que
tomava suas tardes, eu o observava a distancia. Ele foi até uma pequena ponte que dá
acesso a uma grande passarela sobre o lago, Denn andou até o centro e subiu em um
baixo ______, no instante em que deparei – me com aquela situação meu coração
abalou – se e corri o mais rápido o possível, Denn havia desistido de sua própria
esperança, e em um ato de desespero pulou.

Um grande desespero tomou – me naquele momento, cheguei ao alto da passarela e por


frações de segundos segurei sua mão e o puxei para mim.      
Denn olhou – me e como uma criança com os olhos cheios de tristeza, me abraçou e
muito chorou. Lembro – me de minhas palavras proferidas a seus ouvidos, no clímax da
emoção eu dizia a ele para que não pulasse e que se nada pudesse faze – lo voltar atrás,
eu pularia por ele.

Naquela manhã com o tempo fechado eu acabara de salvar mais que uma vida, e junto
com suas lagrimas as gotas de chuva tocavam meus ombros.

Desmotivado por tudo o que foi um dia Denn voltou para casa, quando chegou foi
direto a seu quarto e nele um grande caos se via, sem Denn perceber fui até a carta que
ele tanto havia empenhado – se a escrever e a escondi em meus bolsos, ainda com a
mente um tanto caótica Denn sem se importar com sua bagunça e com seu corpo
molhado deitou – se. Retirei – me do quarto para que pudesse dormir, e muito curioso
com o que ele havia ali escrito tão empenhado fui ler a carta, em seu remetente estava
destinada a Duff e a mim, ali ele escreveu:

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___ Perdoem-me.________________________________________________________

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      Perdoem-me. Uma carta não é o suficiente para descrever a caricatura de minha
tristeza por te-los longe daqui.

Duff, Lay, o medo consome a minha esperança pela vida, já não quero um abraço e nem
de um sorriso careço, só queria sentir por um minuto o que sentia. (A tempos)

Queria ver a afetividade de ambas as faces pelo menos mais uma vez, a face de bixos
iguais a mim, que não reprimiam palavras e quase sempre sorriam, que viviam quase
sempre no clímax da alegria. Sempre sonhei com o momento em que nos veríamos,
sempre sonhei com isso, com o fim dessa doida história e nesse fim vocês estavam lá à
minha espera sentados em cima de uma grande pedra em um exaustivo silencio.

Eu sempre quis.

Eu sempre quis.

Que tudo fosse como sempre vi em meus sonhos, com um mundo cheio de irmãos,
mães, amigos e primos amigos. Um mundo onde o deserto não me (aflija), onde a noite
não me toque com seu ar gelado, um mundo onde o pó da terra não nos alcance.

Sempre. Sempre pensei em morar em um lugar onde a dor não alcança o meu coração,
um lugar onde o sol brilha sempre, um lugar onde é proibido chorar, onde as lagrimas
não existem. Um mundo onde eu possa escassear a dor que está escondida aqui dentro
perdida em um lugar onde não da para ser tirada.
Queria ir ai com vocês, não importa onde estejam se é na Guatemala ou no caribe, eu
iria até os confins do mundo só para ver a cor de um amigo amarelo e outro azul, só
para pinta – los com tinta sem sabor e rir de ambos por isso.

Como posso eu viver sem ter o que mais se quer, sem ter algo humilde e gostoso, algo
que o mundo todo tem para si, e nunca perdem tal coisa simples. Perdoem – me, mas
vou atrás de um rei que dizem ser amigo, que vive do outro lado da fronteira não
compreendida. Vou atrás de algo que sacie – me, onde há cura para ha minha doença.
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Duff.__________________________________________________________________

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 Foi À insuficiência de um anjo que aqui passou e logo voltou aos céus, me apresentou a
luz do mundo a formosura das nuvens e a bela variação de cores que a natureza nos
demonstra ao apresentar – se. Um anjo simples e humano, como o tio Zé ou a tia Dalila,
falava como muitos e sorria como poucos flutuava aos céus como se fosse fácil de fazer.
Sempre gostei de um amigo indiferente ao mundo um ser estranho e amigo, um Zé um
Geraldo comum e sem graça. Como todo o mundo. Não acredito Duff que acabou assim
sem ter o fim, dizendo palavras sem vida. Esperei até onde não pude suportar, mas não
posso ficar aqui somente com palavras ao vento sem saber para onde vão.

Você me disse um dia que iria ser meu irmão e meu amigo pra sempre, mas não
cumpriu a promessa, eu sempre soube que o fim do sempre era uma profunda tristeza, e
hoje tenho a certeza disso. O sempre acaba – se sempre.

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      Lay________________________________________________________________
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, não faça isso comigo, que se danem os nós, eu não os do mais ouvidos, descubro como
desenrosca – los, os jogo fora, mas não deixe o carrasco o tirar daqui.

Apenas venha, pegue a minha mao e diga que vai me dar uma chance.

E agora o que Duff dirá?

E com quem vou falar?

E o que vou dizer quando ainda for claro?


Não achei graça nessa brincadeira, uma brincadeira seria tão seria que até parece real,
tentei brincar mais não pude pois estava perdidamente querendo acha – lo.
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     É inevitável a percepção de minha inoperância, não posso ficar aqui e acostumar _
me com aprofunda lama que aguarda – me a cada dia que passa.

Nunca imaginei que acabaria assim, tragicamente eu, sendo a ineficácia de minha
própria brincadeira de ser eu, um ser solido e sozinho sem muito que dizer um ser que
transcreve seu pensamento, transcreve a dor que o consente através de seu simples
olhar, um olhar que causa espanto ao mundo de tanta tristeza e ternura.

Não sei o que mais me inspira, se são as palavras suas que não saem de dentro de mim
ou a minha incapacidade de remir o meu próprio tesouro, ouro com diamantes,
esmeraldas com rubis, dados e um pé de meia suja, foi o que perdi e por isso estou aqui
dizendo o meu único adeus, um adeus para as diferentes estrelas que acompanharam –
me nessa louca jornada, um adeus para meu amado pai e outro para minha mãe a quem
tanto amo, um adeus para as lições que na infância aprendi, contudo foram
desaprendidas na idade madura, um adeus a minha incessante luta contra o meu eu, tão
fraco e tão oprimido, mas insistente e nunca pediu clemência a nenhum de seus
adversários, um adeus a minhas memórias, adeus memória tanta coisa passamos juntos e
agora acabará assim sem meios termos e nem nada, lembra do dia me que estávamos só
você e eu perdidos num labirinto de nuvens e um enorme dragão veio e nos jogou para
fora daquele (denso) céu, entao eu adorei aquele dia, adeus, um único adeus eu darei e
dedico um adeus especial a você Duff, e a você Lay.  Adeus a nossas não consumadas
histórias, adeus ao sabor da alegria ao encanto do canto dos pássaros, adeus somente
digo a todos.

Dêen ficou ali trancado em seu quarto por três longos dias, já não comia, já não dizia e
mau se mexia, perante aquela situação não sabia eu o que dizer o que fazer, estava
preste a desistir de tudo, quando na manhã do 3° dia Denn olhou fixamente a porta
caminhou até a chave jogada atrás do armário e saiu, sem rumo e desordenado, saiu sem
palavras e com uma tremenda dor em seu coraçao, com seus caóticos passos desiludido
com a graça que o mundo o forneceu.

Ele havia desistido de todos os seus princípios, de tudo o que um dia o fez ficar dentro
de si, Denn saira em busca de uma razão, em busca de algo que fizesse um significado
em seu coração, já não queria ele fingir que estava vivendo, já não queria ele dar um
falso sorriso a sua mãe e a seu pai, fingir que ia tudo bem. E assumindo sua realidade,
deparou – se com sigo mesmo, vegetando todo o seu passado, lembrando de histórias
que gostava de histórias que o interessava de contos que o levavam a uma grande
aventura em sua imaginação, acabara ele de enfrentar a sua mais pura realidade e logo
cedeu á Derrota, revelando suas grandes fraquezas e submetendo – se a incerteza de
seus próprios passos.

Denn caminhou, caminhou, e muito olhava as casas as flores as clamelas vermelhas era
as que ele mais gostava, olhava com um tristonho e amargurado, passou pelo lago, pelo
bosque e atravessou a praça, andava trocando passos com o vento.

Denn caminhou por horas perdido dentro de si, quando deparou – se já não avistava o
pequeno cenário de sua dor.

E nessa louca jornada eu ainda estou aqui, mesmo com os pés descalços e sem ter o que
calçar, eu ainda estou aqui, mesmo com o calor dentre os meus dedos e assolando o
asfalto, eu ainda estou aqui, mesmo com um vago vento abafado e irritante quebrando e
variando curvas em meu rosto, eu ainda estou aqui, mesmo sem saber onde estou e para
onde vou, eu ainda estou aqui caminhando na incerteza de dele.

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