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1. INTRODUÇÃO
No nosso dia a dia, é muito comum nos depararmos com variáveis que apresentam
constantes alterações ao longo do tempo. Um exemplo prático disso são as variáveis tempo
(t) e distância (d). Esse fato nos despertou o interesse em descobrir como uma propriedade
varia de acordo com a outra. E, ainda, como expressamos essa variação.
Para isso, tomamos o exemplo de um objeto qualquer ao longo de um eixo horizontal
que se encontra em movimento retilíneo uniforme, para que, então através do cálculo
diferencial e a derivada possamos calcular a velocidade, aceleração e a distância do objeto
em um determinado tempo de trajetória. Unindo a física e seus princípios de movimentos
juntamente com o cálculo diferencial que nos permite calcular grandezas como a velocidade
e aceleração.
O objetivo do estudo do comportamento do objeto consiste em mostrar as pessoas
que a física e o cálculo estão presentes no movimento de um objeto, a física, por si denota
o movimento do objeto, sua posição em um determinado tempo, e diz que a aceleração
média do objeto se dá pela razão da variação da velocidade em função da variação do tempo,
a física nos diz também que a aceleração instantânea do objeto é a segunda derivada
da função posição do objeto, e nos diz que a velocidade instantânea é a primeira
derivada da função posição do objeto, por outro lado o cálculo diferencial nos permite
calcular justamente essas variações de velocidade e aceleração utilizando a derivada.
2. CAMINHOS METODOLÓGICOS
Foi unindo a física ao cálculo diferencial que estudaremos o comportamento de um
volante com eixos cônicos em movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV). A
física por sua vez tem finalidade de observar o comportamento do objeto ao longo de um
trilho de alumínio medindo 100cm de comprimento, para isso tomamos conhecimento em
alguns aspectos que relacionam a física com o objeto, como por exemplo: a posição do
objeto no eixo e o seu deslocamento escalar. O móvel ocupa inicialmente uma determinada
posição, chamada de “posição inicial do móvel”.
Esta posição pode ser positiva (quando o móvel está à direita da origem), negativa
(quando o móvel está à esquerda da origem), ou nula (quando o móvel está na origem) e em
um determinado intervalo de tempo o corpo sofre uma variação de posição a qual chama-se
deslocamento escalar. Já o cálculo diferencial nos permite que de fato estudamos o
comportamento do volante em qualquer posição que o mesmo se encontra ao longo dos 100
cm de comprimento do trilho de alumínio. O cálculo vai nos permitir por exemplo calcular
a velocidade média, velocidade instantânea, aceleração média e aceleração instantânea do
volante.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 Procedimento experimental
Nesta atividade sobre MRUA utilizaremos um trilho de alumínio de 100 cm de
comprimento, uma roda com eixos cônicos (volante), o cronômetro do celular (no modo
parcial) e um taco de madeira, conforme mostra a figura 1.
Figura 2: Volante em movimento, O volante passando pela posição, nesse momento com o auxílio de um
cronometro (no modo parcial) de um celular foi feita a medida do tempo.
Para cada tabela a seguir tomaremos diferentes posições do taco de madeira, para o
estudo do volante.
A) Situação 1: A posição do trilho está indicada na figura 3
S0= 0 T0=0
S1=10 T1=02,56
S2=20 T2=03,7
S3=30 T3=04,62
S4=40 T4=05,56
S5=50 T5=06,08
S6=60 T6=06,65
S7=70 T7=07,32
S8=80 T8=07,79
S9=90 T9=08,28
S10=100 T10=08,68
GRÁFICO DA TABELA 1.
10
8,68
9 8,28
y= -0,0004x2 +0,11x + 1,6152 7,79
8 7,32
R² = 0,9978 6,65
7 6,08
5,56
6
Tempo
4,62
seg
5
3,7
4
2,56
3
2
1
0
0 20 40 60 80 100 120
Distância
cm
S0= 0 T0=0
S1=10 T1=03,40
S2=20 T2=05,00
S3=30 T3=06,35
S4=40 T4=07,41
S5=50 T5=08,41
S6=60 T6=09,23
S7=70 T7=09,91
S8=80 T8=10,79
S9=90 T9=11,45
S10=100 T10=12,12
GRÁFICO DA TABELA 2.
14
y = -0,0005x2 + 0,1503x + 2,132 12,12
11,45
12 R² = 0,998 10,79
9,91
10 9,23
8,41
Tempo
seg
7,41
8
6,35
6 5
3,4
4
0
0 20 40 60 80 100 120
Distância
cm
C) Situação 3: A posição do trilho está indicada na figura 5.
S0= 0 T0=0
S1=10 T1=05,61
S2=20 T2=08,14
S3=30 T3=10,27
S4=40 T4=12,02
S5=50 T5=13,54
S6=60 T6=15,00
S7=70 T7=16,13
S8=80 T8=17,40
S9=90 T9=18,47
S10=100 T10=19,66
GRÁFICO TABELA 3.
25
10,27
10 8,14
5,61
5
0
0 20 40 60 80 100 120
Distância
cm
Δ
t t
Assim:
1-Marcamos no gráfico, os pontos correspondentes ao ti e tf.
2-A seguir traçamos um segmento de reta secante unindo os pontos marcados.
3-Construimos um triângulo retângulo tendo esse segmento de secante como
hipotenusa, cateto oposto o deslocamento ΔS e o cateto adjacente o intervalo de tempo
Δt.
4-O módulo da velocidade média entre os instantes considerados é dado pelo
cociente de ΔS por Δt.
5- Tomando um dos gráficos construídos, determine a velocidade média entre os
seguintes intervalos de tempos.
∆𝑆𝐴 𝑆1 − 𝑆0
𝑣𝐴 =
̅̅̅ = =
∆𝑡𝐴 𝑡1 − 𝑡0
∆𝑆𝐸 𝑆5 − 𝑆4
𝑣𝐸 =
̅̅̅ = =
∆𝑡𝐸 𝑡5 − 𝑡4
∆𝑆𝐼 𝑆9 − 𝑆8
𝑣̅𝐼 = = =
∆𝑡𝐼 𝑡9 − 𝑡8
∆𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑆10 − 𝑆0
𝑣𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
̅̅̅̅̅̅̅ = =
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑡10 − 𝑡0
V
(
t
1
Cateto oposto
tgα =
Cateto adjacente
A inclinação da reta tangente calculada por você é o valor da aceleração
instantânea naquele instante.
Cateto
oposto
α
Cateto
adjacente
Cálculo diferencial
Situação 1
Função: y = -0,0004 x² + 0,11x + 1,6152
Derivada: y’= -0,0008 x + 0,11
Segunda derivada: y’’= -0,0008
Situação 2
Função: y = -0,0005 x² + 0,1503x + 2,132
Derivada: y’ = -0,001 x + 0,1503
Segunda derivada: y’’ = -0,001
Situação 3
Função: y = -0,0008 x² + 0,2398 x + 3,564
Derivada: y’ = -0,0016 x + 0,2398
Segunda derivada: y’’= -0,0016