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AULA 01 – 23/09

Sistema de avaliação continuada

Resenha – ir compendiando o conteúdo de cada aula (10 linhas aprox.) e no fim entregar.

Serão trabalhados dois conceitos: Categoria conceitos lógicos jurídicos e Conceitos Lógico
jurídicos

Processo civil: Serie de institutos que se colocam como mecanismo de apoio ou técnicas
imperativas de solução de conflitos.

Imperativas: Reporta-se ao papel do Estado (Judiciário) que se coloca como o grande arbitro e
impõe soluções IMPERATIVAS, por meio de processos decisórios (e mecanismos assimilados)
para resolver problemas.

Ou seja, essa disciplina tende a explicar o funcionamento da tutela jurisdicional.

Trata-se fundamentalmente de direito público, porém está conectado com outras áreas e
ramos do direito.

Teoria geral do processo

Qual são os temas tratados no âmbito da teoria geral do processo?

Durante muito tempo, teve-se a ideia de que o objeto da teoria geral do processo era o Lide. –
Conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida – Porém, com o passar do
tempo, notou-se que esse objeto era insuficiente para explicar o objeto de estudo da
disciplina. Nem sempre há uma lide para resolver por parte do Estado (ou poder judiciário). Ex:
Mudança de nome, mudança de registro civil. Não há lide nesse caso.

Com isso, passou-se a pensar no Processo, na acepção de um meio pelo qual o Estado presta
deferência a dignidade da pessoa humana e busca, com isso, realizar direitos fundamentais.

Ao levar em conta que HÁ uma Teoria geral do processo civil, chega-se a ideia de que está é
um ramo da Teoria Geral do Direito.

As mudanças que tem sido observada na Teoria Geral do Direito, também impactam a Teoria
Geral do Processo (ou Processo Civil)

A Teoria Geral do Processo (Civil) se volta ao estudo de temas que são conceitos jurídicos
fundamentais (Conceitos logico-jurídico). Categorias que tenham tendência a universalização.
Ou seja, algo que não está presente apenas no sistema jurídico Brasileiro, mas sim no Direito
como um todo.

É diferente, portanto, de pensar em conceitos jurídicos positivos, que são específicos de um


determinado ordenamento jurídico.

Os pilares fundamentais do Processo:

Tendo em vista a característica do estudo de conceitos jurídicos fundamentais (Logico


jurídico), a teoria do processo elege quatro temas como pilares, são eles: Estudo da jurisdição,
Estudo do direito de ação, estudo do processo, estudo da defesa.
Em torno desses 4 pilares, existem vários outros institutos que estão relacionados ou são
derivados a esses temas principais. Como por exemplo, ao se falar da jurisdição estatal, tem-se
os conceitos relacionados a competência de cada juízo. Ao falar em Direito de ação, estuda-se
os direitos de ação. Ao falar em processo, os supostos processuais. Defesa, as exceções. E
assim por diante.

Portanto, o objeto da Teoria Geral do Processo está relacionado com o Estudo dessas quatro
categorias fundamentais.

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Voltando-se ao conceito de lide, é importante frisar que este é bastante importante ao


processo civil.

Premissas mais especificas em relação a este conceito:

As necessidades humanas, tem uma tendência a ser ilimitada, enquanto os bens jurídicos são
limitados. Este é um ponto que pode iniciar eventuais conflitos de interesses.

Conceito de interesse: Situação que requer satisfação de uma necessidade.

Interesse também pode ser entendido como pretensão.

Pretensão: Se dá na ótica de exigir a subordinação do interesse alheio ao interesse próprio. (É


como se tivesse um passo à frente do interesse)

Quando há duas pretensões direcionadas ao mesmo objeto, temos configurada uma LIDE.

Lide: “Conflitos de interesses qualificado por uma pretensão resistida ou insatisfeita. ”


(Carnelutti)

Não se pode dizer, no entanto, que o objeto de todo e qualquer processo se dá em torno de
uma lide. Há os chamados direitos fundamentais e direitos prestacionais.

Exemplos de direito prestacional ou fundamentais: Um paciente quer garantir um


determinado tratamento de saúde, ou garantir a matricula do seu filho na creche. Nesse caso,
não há conflito entre o Estado e o particular.

Métodos de solução de conflitos

Na história houve inúmeros métodos de solução de conflitos, como por exemplo:

Autotutela (Autodefesa) – Caracterizado pela ausência de um terceiro imparcial que se coloca


de forma equidistante. Conflitos resolvidos entre si. Nem sempre prevalecia o direito
positivado (Antigo).

Há resquícios de autotutela no direito atual. Exemplos: Legitima defesa é autotutela (Código


penal). Direito de greve também é uma forma de autotutela.

Autocomposição – Caracterizado pela submissão, renúncia ou transação. É uma concessão


amigável especifica com fim de finalizar algum litigio. (Acordo)

Os contendores entre eles se resolvem, sem a presença de um terceiro equidistante.

Exemplo: Direito do trabalho categoriza as negociações coletivas. É uma forma de auto


composição entre sindicato laboral e sindicato patronal.
Heterocomposição (Arbitragem) – Caracterizado pela interveniência de um terceiro imparcial
(Juiz ou arbitragem).

Atuação do Estado por meio da jurisdição estatal ou a arbitragem. (Sentido stricto sensu)

A arbitragem é um tipo de “Equivalente jurisdicional”, que nada mais é que a existência de


outras formas de soluções de conflitos que chamam ao mesmo resultado da atividade
jurisdicional. (Método alternativo de resolução de conflitos)

Como funciona a arbitragem (Estrito senso):

Isto não é um processo amigável de conflitos. Haverá um ganhador e um perdedor.

Para que se tenha a arbitragem, os contendores são obrigados a assinar um documento


chamado “Compromisso arbitral” Lei 9307, de 1996 e se comprometem a aceitar a decisão do
árbitro (Compromisso arbitral).

O tempo de resposta da arbitragem, frente ao judiciário normal, tende a ser mais rápida. No
entanto, também exige um custo financeiro maior.

O arbitro, por sua vez, não é dotado de poder Estatal. Isto é, não dá uma sentença. Ele emite
um Laudo arbitral/Sentença arbitral. Não há outras instancias a recorrer, não há recurso
quanto a decisão do árbitro. Há apenas a possibilidade de anulação da decisão do árbitro, se
constatado suspeição.

A lei de arbitragem prevê no máximo a possibilidade de Embargo de declaração para


esclarecer vícios específicos.

Embargos de declaração: É uma espécie de recurso com a finalidade específica de esclarecer


contradição ou omissão ocorrida em decisão proferida por juiz ou por órgão colegiado.
Em regra, esse recurso não tem o poder de alterar a essência da decisão, e serve apenas para
sanar os pontos que não ficaram claros ou que não foram abordados.
Quando os que estão em conflito não aceitam o resultado, o poder judiciário, por meio de um
título executivo judicial, irá fazer cumprir a decisão. O poder judicial não ira REJULGAR o caso,
o juiz estatal “emprestará’’ os meios coercitivos para fazer valer o que o arbitro definiu.

Os árbitros possuem um código de conduta rígido, chamado “Código de revelação”, onde


devem expor toda sua vida e qualquer motivo que possa configurar conflito de interesse.

As principais diferenças entre juiz e árbitro

Arbitro: Possui um poder decisório, porém não é munido de poder estatal e coercitividade. A
lei de arbitragem não exige que o arbitro tenha formação jurídica.

Juiz: Também é munido de poder decisório e tem a capacidade de impor soluções coercitivas.
É munido do poder Estatal.

*Relatório justiça em número – CNJ*

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