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2. ARQUITETURA ROCOCÓ
Manifestou-se principalmente na decoração dos espaços interiores. Essa decoração era
detalhada e bem ornamentada e um exemplo são suas salas e os salões. Os artistas
procuravam fazer uma arquitetura diferenciada nessas áreas, com formato oval, paredes
com pinturas luminosas e suaves, espelhos, florais, etc. Já por fora dos edifícios, eles
amenizavam na decoração. Exemplos: O Hotel de Soubise, construído por Germain
Boffrand e decorado por Nicolas Píneau, o Petit Trianon.
2.1 Principais características
Cores vivas foram substituídas por tons pastéis, a luz difusa inundou os interiores por
meio de numerosas janelas e o relevo abrupto das superfícies deu lugar a texturas
suaves.
A estrutura das construções ganhou leveza e o espaço interno foi unificado, com
maior graça e intimidade.
2.2 Principal arquiteto:
Johann Michael Fischer (1692-1766) - responsável pela abadia beneditina de
Ottobeuren, marco do rococó bávaro. Grande mestre do estilo Rococó, responsável
por vários edifícios na Baviera. Restaurou dezenas de igrejas, mosteiros e palácios.
3. ESCULTURA NO ROCOCÓ
Na escultura, esse estilo, veio substituir a energia da arte barroca por linhas suaves. Por
meio dela, são retratadas as pessoas mais influentes da época. Os grandes grupos
coordenados dão lugar a figuras isoladas, cada uma com existência própria e individual, que
dessa maneira contribuem para o equilíbrio geral da decoração interior das igrejas. Houve,
também, a criação de estatuetas decorativas, quando os cientistas Tischirnhaus e Boettger
inventaram a porcelana.
3.1 Principais escultores
Johann Michael Feichtmayr (1709-1772), escultor alemão, membro de um grupo
de famílias de mestres da moldagem no estuque, distinguiu-se pela criação de
santos e anjos de grande tamanho, obras-primas dos interiores rococós.
Ignaz Günther (1725-1775), escultor alemão, um dos maiores representantes do
estilo Rococó na Alemanha. Suas esculturas eram em geral feitas em madeira e a
seguir policromadas. Obras destacadas: "Anunciação", "Anjo da guarda", "Pietà".
4. PINTURA ROCOCÓ
Na pintura, ao invés de criaturas mitológicas ou temas religiosos, eles retratavam cenas
eróticas ou galantes da vida cortesã (as fêtes galantes), pastorais, alusões ao teatro italiano
da época, motivos religiosos e farta estilização naturalista do mundo vegetal em ornatos,
molduras, cenas mundanas, compondo o plano de fundo, os parques e os jardins, assim
como, os espaços internos de luxo. Eles procuravam dar um ar mais luminoso a obra e
nesse período, surgiu a técnica do pastel. Com essa técnica, é possível fazer efeitos
delicados e leves nas roupas femininas, na pele, nos cabelos e outros pontos.
4.1. Principais Pintores do Rococó
Antoine Watteau (1684-1721) - por causa de seus quadros amorosos, ele se tornou
um dos pintores que mais retratou o estilo. Essas cenas que ele reproduzia não se
limitava a temas religiosos e históricos. Principal obra: Embarque para Citera que
mostra a elegância dos nobres do século XVIII.
Jean-Baptiste Siméon Chardin (1699-1779) - em melhor situação econômica que
Watteau, seus quadros, saiam do mundo da fantasia e procuravam retratar a vida da
burguesia da época. Em seus quadros era utilizado uma composição nítida e única
de todos os elementos.
Jean-Honoré Fragonard (1732-1806) - desenhista e retratista de talento, Fragonard
destacou-se principalmente como pintor do amor e da natureza, de cenas galantes
em paisagens idílicas. Foi um dos últimos expoentes do período rococó,
caracterizado por uma arte alegre e sensual, e um dos mais antigos precursores do
impressionismo
5. ROCOCÓ NO BRASIL
Ao contrário do que aconteceu em grande parte dos países europeus, o Rococó ao chegar
ao Brasil em meados do século XVIII teve influência de temas religiosos, manifestando-se,
principalmente, no campo da arquitetura.
A arquitetura religiosa do Rococó brasileiro pode ser vista nas cidades históricas de Minas
Gerais, em Belém e Pernambuco. Além de ser um artista do Barroco, Aleijadinho foi também
um dos principais representantes do Rococó no Brasil.
AULA DE ARTE - O ROMANTISMO
1. O ROMANTISMO
O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas por
acontecimentos do final do século XVIII pela Revolução Industrial, que gerou novos inventos
com o objetivo de solucionar os problemas técnicos decorrentes do aumento de produção,
provocando a divisão do trabalho e o início da especialização da mão-de-obra, e pela
Revolução Francesa, que lutava por uma sociedade mais harmônica, em que os direitos
individuais fossem respeitados, traduziu-se essa expectativa na Declaração dos Direitos do
homem e do Cidadão. Esse cenário provocou mudanças e gerou reflexões na sociedade.
Com o universo artístico não foi diferente. Assim, muitos artistas elegeram a liberdade de
expressão e de criação como palavras de ordem, mostrando profundo desinteresse pelo
rigor e academicismo de correntes anteriores, como a Neoclássica
Nesse contexto, surgiu o romantismo, um movimento que aconteceu principalmente entre
1820 e 1850, e que que gerou grande impacto cultural, principalmente na arte, música,
teatro e literatura. No entanto, também englobou outros campos, como a arquitetura, a
política e a ciência.
Com um início marcado em diferentes países, como Itália, Alemanha, Inglaterra e França,
essa corrente não demorou muito para ficar conhecida e ser propagada muito além da
Europa.
O termo romântico foi empregue pela primeira vez na Inglaterra para definir o tema das
novelas pastoris e de cavalaria que existiam nessa época. Romântico significava pitoresco:
expressão de uma emoção que é definida e que foi provocada pela visão de uma paisagem.
O termo romântico passou depois a ser adotado no movimento artístico-filosófico
Romantismo, que seguiu as ideias políticas e filosóficas do século das luzes (liberdade de
expressão e afirmação dos direitos dos indivíduos).
A palavra romantismo designa também, uma maneira de se comportar, de agir, de
interpretar a realidade. O comportamento romântico caracteriza-se pelo sonho, por uma
atitude emotiva diante das coisas e esse comportamento pode ocorrer em qualquer tempo
da história.
2. ARQUITETURA
A arquitetura romântica emerge do rompimento e embate direto com os padrões
arquitetônicos estabelecidos no Neoclassicismo. O abandono aos princípios formais e
rígidos da construção clássica é substituído pela influência gótica, barroca, exótica e pela
valorização dos princípios espirituais e orgânicos nos projetos e edificações.
Novos processos tecnológicos noutros materiais, o ferro e o vidro;
Abandonaram o rigor simplista – irregularidade na estrutura a nível espacial e volumétrico
(fachadas irregulares, destrói-se a noção de simetria;
De modo geral, os edifícios apresentavam uma mistura de todos os estilos – o ecletismo,
inspirando-se em modelos de civilizações exóticas, como o Bizâncio, dando origem a novos
estilos como o neo-bizantino, neo-árabe, etc;
Irregularidade estrutural, organicismo das formas, os efeitos de luz e movimento, etc;
O revivalismo da arquitetura romântica pode ser observado em diversas edificações
emblemáticas localizadas principalmente na Europa. Entre os exemplos marcos da
arquitetura romântica estão: a Ópera de Paris de Charles Garnier (1862), o Castelo de
Neuschwanstein da Baviera, Alemanha, projetado por Georg von Dollmann (1870) e o
Palácio de Westwinster em Londres, reprojetado por Charles Barry e August Pugin (1870).
Na Espanha deu-se um renascimento curioso da arte mudéjar na construção de conventos e
igrejas, e na Inglaterra surgiu o chamado neogótico hindu. Este último, em alguns casos,
revelou mais mau gosto do que arte.
3. ESCULTURA
A escultura teve que encontrar meios técnicos de expressividade para representar o espírito
romântico exaltando sentimentos e emoções. Expressa reação ao Neoclassicismo, evitando
as composições estáticas e as superfícies lisas e polidas. Há a exaltação da expressividade
através de composições movimentadas e de sentido dramático.
A temática em geral era natureza, animais e plantas, temas heroicos e cenas de fantasia e
da imaginação.
3.1 Principais escultores românticos
Antoine-Louis Barye (1796-1875), francês nascido em Paris, começou sua carreira como
ourives e estudou na École des Beaux Arts, em 1818, mas foi só em 1823 que descobriu
sua vocação, ao iniciar seus estudos em desenho e modelagem de esculturas em escala
reduzida. É considerado um dos principais artistas em representação de animais da escola
francesa.
François Rude (1784-1855), nasceu em Dijon, na França, extremamente patriótico e devoto
de Napoleão, ele foi um dos escultores que participou artisticamente na construção do
monumento Arco do Triunfo, em Paris, com sua obra em alto relevo A Partida dos
Voluntários.
Jean-Baptiste Carpeaux (1827-1875), nasceu em Valenciennes, na França. Em 1842, foi
para Paris e trabalhou em diversos lugares para pagar alguns e completar sua formação.
4. A PINTURA ROMÂNTICA
Ao negar a estética neoclássica, a pintura romântica aproxima-se das formas barrocas.
Assim, os pintores românticos, como Goya, Delacroix, Turner e Constable, recuperam o
dinamismo e o realismo que os neoclássicos haviam negado.
Quanto aos temas, os fatos reais da história nacional e contemporânea dos artistas
despertaram maior interesse do que os da mitologia greco-romana. Além disso, a natureza,
relegada a pano de fundo das cenas aristocráticas pelo Neoclassicismo, ganha importância.
5. NA MÚSICA
Na música ocorre a valorização da liberdade de expressão, das emoções e a utilização de
todos os recursos da orquestra. Os assuntos de cunho popular, folclórico e nacionalista
ganham importância nas músicas. Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig
van Beethoven (suas últimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl
Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz,
Franz Liszt e Richard Wagner.
6.TEATRO ROMÂNTICO
Na dramaturgia o romantismo se manifesta valorizando a religiosidade, o individualismo, o
cotidiano, a subjetividade e a obra de William Shakespeare. Os dois dramaturgos mais
conhecidos desta época foram Goethe e Friedrich von Schiller. Victor Hugo também merece
destaque, pois levou várias inovações ao teatro. Em Portugal, podemos destacar o teatro de
Almeida Garrett.
7. NA DANÇA
O ballet nasceu em 1489, em Itália, quando se realizou um espetáculo por ocasião do
casamento do duque de Milão. Nessa altura, só havia bailarinos masculinos, já que as
mulheres não estavam autorizadas a dançar e as roupas eram pesadas, o que limitava a
variedade de passos; a presença das mulheres apenas começou a ser aceita em finais do
século XVII. O ballet surgiu na sequência dos espetáculos que os nobres ofereciam aos
visitantes, onde havia poesia, música, mímica e dança. Leonardo Da Vinci chegou a
desenhar cenários para estes espetáculos.
O balé romântico buscava através da técnica a expressão, a fluidez do corpo e do
movimento. Temos como característica dele a idealização do amor, a elevação do espírito, a
divisão entre Vivos X Espíritos. No balé romântico encontramos a mulher idealizada, etérea,
inacessível, inalcançável. A dança na ponta de pés, uma imagem de marca do ballet,
apareceu no século XIX, usavam a sapatilha de ponta como instrumento técnico que
deixava a mulher mais leve e mais expressiva. Tinha cenários sombrios e camponeses
idealizados. A grande parte dos balés românticos era composta por dois atos, um em um
mundo real e o outro no mundo espiritual que se chamava ato branco.
6. ROMANTISMO BRASILEIRO
Na arquitetura, os ideais românticos são traduzidos através do revivalismo neogótico e do
ecletismo. Alguns dos principais exemplos da influência neogótica no Brasil estão em
edificações no Rio de Janeiro como a Capela da Piedade (1862) e o Real Gabinete de
Leitura (1887), projetado por Raphael de Castro.
A pintura do Romantismo brasileiro foi a principal expressão das artes plásticas no Brasil na
segunda metade do século XIX. Essa produção pictórica se inseriu na evolução local do
movimento romântico e coincidiu aproximadamente com o período do Segundo Reinado,
mas suas características foram bastante singulares, diferenciando-se em vários pontos em
relação à versão original do Romantismo europeu e da mesma forma não pode ser
considerada um paralelo exato da importante manifestação do Romantismo na literatura
brasileira da mesma época. Teve uma feição palaciana e contida, trouxe forte carga
neoclássica e logo se mesclou ao Realismo, Simbolismo e outras escolas, em uma síntese
eclética que vigorou até os primeiros anos do século XX.
Em termos ideológicos a pintura do Romantismo brasileiro girou principalmente em torno do
movimento nacionalista orquestrado habilmente pelo imperador Dom Pedro II, ciente dos
problemas oriundos da falta de unidade cultural num país tão vasto e interessado em
apresentar uma imagem de um Brasil civilizado e progressista diante do mundo.
Esse nacionalismo encontrou expressão maior na reconstrução visual de eventos históricos
importantes, no retrato da natureza e dos tipos populares, e na reabilitação do índio,
legando um corpo de obras de arte que até hoje figura com destaque nos museus nacionais,
e cujo simbolismo marcante e efetivo contribuiu de maneira poderosa para a construção de
uma nova identidade nacional e fez alguns de seus exemplos mais bem conseguidos
penetrarem indelevelmente na memória coletiva do povo brasileiro.
As obras dos pintores brasileiros buscavam valorizar o nacionalismo, retratando fatos
históricos importantes. Desta forma, os artistas contribuíam para a formação de uma
identidade nacional. As obras principais deste período são: A Batalha do Avaí de Pedro
Américo e A Batalha de Guararapes de Victor Meirelles.
6.1 Música
A emoção, o amor e a liberdade de viver são os valores retratados nas músicas desta fase.
O nacionalismo, nosso folclore e assuntos populares servem de inspiração para os músicos.
O Guarani de Carlos Gomes é a obra musical de maior importância desta época.
6.1 Teatro
Assim como na música e na literatura os temas do cotidiano, o individualismo, o
nacionalismo e a religiosidade também aparecem na dramaturgia brasileira desta época. Em
1838, é encenada a primeira tragédia de Gonçalves de Magalhães: Antônio José, ou o
Poeta e a Inquisição. Também podemos destacar a peça O Noviço de Martins Pena.
ATIVIDADE DE ARTE