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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB

INSTITUTO DE LETRAS – IL
DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS E TRADUÇÃO – LET
CURSO DE LICENCIATURA EM LÍNGUA E LITERATURA JAPONESA

JÔNATAS CUNHA BARBOSA LIMA

ANÁLISE DOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS NA TRADUÇÃO DOS


VERBOS COMPOSTOS DA LÍNGUA JAPONESA

Brasília
2011
JÔNATAS CUNHA BARBOSA LIMA

ANÁLISE DOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS NA TRADUÇÃO DOS


VERBOS COMPOSTOS DA LÍNGUA JAPONESA

Trabalho de conclusão do curso de licenciatura


em língua e literatura japonesa apresentado à
Universidade de Brasília – UnB

Orientadora: Profª Kyoko Sekino

Brasília
2011
JÔNATAS CUNHA BARBOSA LIMA

ANÁLISE DOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS NA TRADUÇÃO DOS


VERBOS COMPOSTOS DA LÍNGUA JAPONESA

Banca Examinadora:

1. Orientadora do Trabalho: _____________________________________


Profª: Kyoko Sekino (UnB)

2. Professor Convidado: _____________________________________


Profª: Alice Tamie Jolo (UnB)

3. Professor Convidado _____________________________________


Prof: Fausto Pinheiro Pereira (UnB)
AGRADECIMENTOS

Primeiramente queria agradecer a Deus, por sua grande bondade e


misericórdia, dando capacitação para a conclusão deste trabalho. A Ele toda
glória, honra e louvor. Em segundo lugar, a minha família por todo apoio que
tem dado durante todos esses anos e também minha namorada Karla por estar
ao meu lado dando o auxílio necessário sempre. Aos meus amigos da igreja,
por todo o suporte, e da universidade, por tantas dicas úteis dadas durante a
realização deste. Agradeço também a minha orientadora Kyoko Sekino pelo
esforço e dedicação para que este pudesse ser concluído, mesmo em uma
época extremamente atarefada. Aos professores da banca Alice Joko e Fausto
Pinheiro, e aos demais que me acompanharam durante o curso. A todos estes
meus sinceros agradecimentos.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 9
2. TRADUÇÃO ................................................................................................ 11
2.1. Definição ........................................................................................ 11
2.2. Equivalência na tradução ............................................................... 11
2.3. Procedimentos técnicos da tradução ............................................. 16
3. VERBOS COMPOSTOS ............................................................................. 18
4. METODOLOGIA .......................................................................................... 19
5. ANÁLISE ..................................................................................................... 20
6. CONCLUSÃO .............................................................................................. 28
REFERÊNCIAS ............................................................................................... 30
ANEXOS .......................................................................................................... 32
SIGLAS

VC: verbos compostos


V1: primeiro verbo do verbo composto
V2: segundo verbo do verbo composto
V3: terceiro verbo do verbo composto
Prep.: Preposição
Sub.: Substantivo
V1(gerúndio): primeiro verbo do verbo composto, na forma do gerúndio
SD: Significado diferente
RESUMO

Os verbos compostos japoneses são um recurso dessa língua que


possuem características próprias que não existem no português e assim são
difíceis de traduzir para a língua portuguesa. A falta de estudos mais
aprofundados no Brasil sobre esta classe gramatical dificulta os alunos
brasileiros de língua japonesa tanto compreender como traduzi-las.
Sendo assim, o presente trabalho, baseando-se no conceito de
equivalência e nos modelos apresentados por diversos teóricos da tradução,
como Catford (1965/2000), Nida (1964/2000), Levý(1967/2000) e House (2009),
e utilizando a sistematização dos procedimentos técnicos da tradução descritos
por Barbosa (1990), procura-se uma análise aprofundada sobre a tradução dos
verbos compostos japoneses. Selecionamos 69 verbos compostos presentes
nas obras “Rashômon” e “Torokko”, de Akutagawa Ryunosuke, as quais foram
usadas na sala de aula da disciplina de Laboratório de Língua Japonesa.
Os resultados mostram que, como duas línguas apresentam sistemas
linguísticos diferentes, tem inevitável mudança em tradução, mesmo que seja
uma tradução fiel de verbo + verbo. Ademais, observam-se outros
procedimentos técnicos tais como omissão, e relações entre os elementos do
verbo composto como: o uso da forma de gerúndio no segundo verbo, o uso de
um novo significado (verbo) que não corresponde nem ao primeiro verbo, nem
ao segundo verbo, entre outros. Assim, compreende-se que os verbos
compostos traduzidos em português mostram comportamentos variados de
acordo com situações dos contextos.

Palavras-chave: Verbos Compostos do Japonês; Equivalência; Procedimentos


Técnicos da Tradução.
Abstract

The compound verbs are one of the linguistic resources of the Japanese
language that don’t exist in Portuguese. For this reason, they are difficult to
translate to Portuguese. The lack of focus on this grammatical category made it
difficult to the Brazilian students to understand them and translate them.
In this context, the present work, based on the concept of equivalence
and on the translation models by various theorists of translation such as Catford
(1965/2000), Nida (1964/2000), Levý (1967/2000) and House (2009), and using
the systematization of the translation technical procedure described by Barbosa
(1990), we look for an more precise analysis about translation of the Japanese
compound verbs. For this analysis, we selected 69 compound verbs which are
in the two works of Akutagawa Ryunosuke, “Rashomon” and “Torokko”. These
works were used in the discipline we studied before, Laboratory of the
Japanese Language.
In order to evaluate if these compounded verbs can be translated
faithfully or not to Portuguese, we investigate the mechanism of translation. The
results show that, as two languages have different linguistic systems, there are
inevitable translation shifts even in the faithful translation of verb + verb. On the
top of that, it is observed that other linguistic behavior owing to the translation
such as omission, the use of the progressive verb form or the use of new
meaning (verb) which is not corresponding neither to the first verb nor the
second and so on. Therefore, it is understood that the translated compound
verbs in Portuguese show various different behavior according to the situation
of the contexts.

Keywords: compound verbs; equivalence, translation technical procedure.


9

1. INTRODUÇÃO

Durante o período da graduação em letras japonês, principalmente na


disciplina denominada “Laboratório de língua japonesa”, muitos foram os
obstáculos para os alunos conseguirem expressar de forma satisfatória o real
sentido de um texto durante as traduções. Dentre os mais comuns podemos
citar: onomatopéias, pronomes de tratamento, palavras específicas da língua
japonesa, como: “kazami” (汗衫), roupa que se veste embaixo do kimono, ou o
próprio nome de uma das obras escolhidas “Rashômon” (羅生門), que é o
portal da cidade, entre muitas outras.
Entretanto, o que mais me chamou a atenção, não somente pela
dificuldade da tradução, mas também pela falta de material explicativo e
pesquisa sobre o assunto, foram encontrados somente alguns estudos na
língua inglesa, e a inexistência de encontrarmos traduções nos dicionários
(quando encontradas muitas das traduções não eram satisfatórias), foram os
verbos compostos.
A partir deste fato, foi levantada a problemática do trabalho, que poderá
oferecer relevância no quesito de tratar sobre esse assunto ainda não estudado,
contribuindo para possibilitar uma melhor compreensão do fenômeno por parte
dos falantes de língua portuguesa, estudantes da língua japonesa.
Para conseguir analisar essa temática, foram levantadas algumas
questões, as quais a busca pelas respostas norteariam o presente trabalho: “O
que é o verbo composto?” e “Os verbos compostos japoneses podem ser
traduzido fielmente para o português, o que quer dizer que o texto traduzido
mostra fidelidade à forma em relação ao original, ou se não, como será o
mecanismo de tradução que permite traduzir o verbo composto de forma mais
natural?”.
Com base nas perguntas sobre o problema a ser estudado, foram
levantados os objetivos: (1) encontrar um conceito de verbos compostos da
língua japonesa, (2) verificar a possibilidade de tradução fiel desses verbos e
(3) traduzi-los para o português conforme fidelidade definida, e (4) verificar se
tradução dos verbos, conforme o anterior, adequa-se no contexto dos textos
traduzidos, se não, identificar quais foram os problemas. Além disso, (5)
10

identificar mecanismos de tradução dos verbos compostos do japonês para o


português e, por fim, (6) sugerir tradução dos verbos compostos levantados na
nossa pesquisa.
11

2. TRADUÇÃO

2.1. Definição

Primeiro, é necessário defini-la para começar a abordar um assunto tão


complexo como a tradução. Um conceito geral para começar a discutir
tradução foi dado por Heloísa Barbosa, “[...] se trata de uma atividade humana
realizada através de estratégias mentais empregadas na tarefa de transferir
significados de um código lingüístico para outro [...]” (BARBOSA, 1990, p.11).
Entretanto, esse conceito é minimalista, deixando de abarcar algumas
características básicas da tradução. Segundo House, deve-se considerar esta
como um tipo inferior de substituição quando comparado com original (2009,
p.3). O texto origem e texto traduzido são equivalentes, são comparáveis
semântica e pragmaticamente (HOUSE, 2009, p.7). Assim, pode-se considerar
que o texto traduzido é uma (re)construção do texto original em outra língua,
não apenas substituição.
Ao abordar este princípio da equivalência entre os textos, mostra-se
bastante interessante levantar a definição de tradução de Catford, que diz:
“substituição do material textual numa língua por material textual equivalente
noutra língua” (CATFORD apud. ARAÚJO, em andamento¹).
Apesar das limitações como obra secundária, a tradução tem
desempenhado um papel muito importante, permitindo que pessoas sem
conhecimento de uma língua específica possam ter acesso a uma obra escrita
nessa língua. House afirma que a comunicação humana é impedida devido a
línguas diferentes utilizadas nela. No entanto, a tradução serve como
mediadora entre sociedades e culturas diferentes e é reconhecido como uma
prática antiga e ativa em toda a humanidade (HOUSE, 2009, p.3).

2.2. Equivalência na tradução

A discussão sobre a equivalência na tradução não é algo restrito ao


contexto atual. Pesquisadores da tradução como Nida (1964/2000) e Catford
(1965/2000), assim como tantos outros já colocavam essas abordagens em
seus respectivos modelos.
12

Nida estabelece em seu modelo que duas línguas não são idênticas,
elas nunca podem ser completamente correspondentes. Dessa forma, mesmo
a tradução mais aproximada possível irá faltar alguns detalhes expressos na
língua original. Ela trabalha com três fatores que podem gerar diferenças na
tradução: a natureza da mensagem, o propósito do autor ou tradutor e tipo de
público (NIDA, 2000, p. 126). Aborda a necessidade da busca pela
equivalência, sendo essa, de dois tipos: o primeiro é “equivalência formal”,
preocupação com a forma e com conteúdo, concentrando-se então na origem
que a mensagem possui, e o segundo é chamado de “equivalência dinâmica”,
preocupa-se com a relação entre o leitor e a tradução, buscando que esta seja
a mesma que acontece entre o leitor e a língua original (ARAÚJO, em
andamento1).
Catford, por sua vez, trabalha com a ideia da “mudança em tradução”
(translation shifts), em que ocorre um afastamento da chamada
“correspondência formal” na passagem da língua original para a alvo
(CATFORD, 2000, p.141). Este levanta dois tipos de desvio, “mudança de nível”
(level shifts) e “mudança de categoria” (category shifts). Esta última é
subdividida em três, mudança de estrutura, de classe e de termo, sendo as
mudanças de estrutura as mais freqüentes (CATFORD, 2000, p.144). Pode ser
visto na “Figura 1” dois exemplos, o primeiro com a mudança de estrutura e o
segundo sem. Um dos pontos chave da abordagem desse teórico é a questão
da equivalência formal, que é colocada por ele como condição para abordar a
equivalência e mudança em tradução. Entretanto, mesmo que exista uma
equivalência formal não quer dizer que irá haver uma equivalência na tradução
(ARAÚJO, em andamento).

1
Este trabalho elaborado por Cristiano Araújo foi apresentado em um disciplina de Pós-graduação em
tradução/UFMG no primeiro semestre de 2011 como síntese consolidada sobre os trabalhos de Catford
(1965/2000) e de Nida (1964/2000).
13

Figura 1

Fonte: CATFORD, 2000, p. 144

Anteriormente foi discutido o conceito de tradução, e colocado que os


textos na língua fonte e língua alvo não são iguais, mas sim equivalentes.
Todavia, um texto traduzido pode ter diferentes tipos de equivalência, tudo
depende de onde está o foco do tradutor e de como a obra original será
interpretada (HOUSE, 2009, p.29).
Sendo assim, pode-se concluir que a equivalência depende de muitos
fatores. Por esse motivo, foi proposto por Werner Koller, diferentes estruturas
de equivalência (“equivalence framework”), sendo as cinco mais importantes
citadas por Juliane House, estas são: “denotative equivalence” (refere-se a
fatores extralinguísticos, ao mundo real relatado pelo texto), “connotative
equivalence” (ligado ao sentimento, cultura, costumes, dialetos, termos
específicos), “text-normative equivalence” (normas textuais e lingüísticas que
caracterizam um tipo particular de texto), “pragmatic equivalence” (a tradução
cumpri uma função comunicativa especial) e “formal-aesthetic equivalence”
(estética e características do texto original) (HOUSE, 2009, p. 31-32).
Fazendo uma análise comparada entre o texto original e o texto
traduzido, é perceptível que os textos referem-se a uma situação particular a
ambos. Para analisar mais profundamente, deve-se “quebrar” essas em
unidades analíticas menores. Uma das formas é o uso dos conceitos “field”
(campo) (referente ao assunto ou tópico), “tenor” (sintonia) (relação entre o
autor e o leitor em termos do ponto de vista do primeiro) e “mode” (modo)
14

(refere-se ao canal de comunicação), estes três caracterizam o registro do


texto, chamado de “register” (registro) (HOUSE, 2009, p.34).
Outra noção importante de ser entendida é o “genre” (gênero) (ligado
diretamente ao contexto cultural), que é o tipo de texto, pois cada tipo textual
possui suas características lexicais e gramaticais (HOUSE, 2009, p.35). A
ligação entre o “register” e o “genre” pode ser melhor entendida visualizando a
“Figura 2”.

FIGURA 2: A system for analysing original and translated texts and assessing
their functional equivalence
FONTE: HOUSE, 2009, p.35

Foi visto até agora sobre a equivalência entre o texto original e a


tradução. Entretanto é importante saber que a natureza da equivalência que
pode ser alcançada está intimamente ligada com os tipos de tradução. Esses
tipos podem ser: “tradução manifesta” (overt translation) ou “tradução
encoberta” (covert translation). Essas categorias são baseadas no conceito do
“discurse world”, levantado por Juliane House, dando a seguinte definição:
“Translation involves the movement of texts across time and
space, and whenever texts move, they also shift from one
discourse world into another and so relate to a different socio
cultural reality.”(HOUSE, 2009, p. 36).
15

House tem como objetivo avaliar quanto a qualidade da tradução em


relação ao texto original e não classificar esta como boa ou ruim. O que torna
essencial analisar e classificar o texto traduzido quanto os tipos de tradução,
“manifesta” ou “encoberta”.
A partir da definição acima, dada por House, pode-se notar que na
tradução inevitavelmente acontece uma troca da realidade sociocultural,
mudança temporal e espacial. Na tradução “manifesta” (overt translation),
sempre que é possível, procura-se manter o arcabouço sócio-cultural da obra
(equivalente a nível de texto, gênero e registro, mas não é equivalente a nível
de texto individual que emite uma mensagem para leitores alvo que vivem uma
outra realidade) (HOUSE, 2009, p.36).
Por sua vez, na tradução “encoberta” (covert translation), o tradutor
procura recriar um evento sócio-cultural equivalente. Este tem como tarefa
modificar o texto original para que assim o leitor aceite de forma natural a
transformação projetada (HOUSE, 2009, p.37). Pode-se dizer que neste caso o
filtro cultural opera fortemente. O filtro cultural pode ser definido como um meio
de capturar diferenças socioculturais dentro de normas esperadas e
convenções estilísticas entre comunidades lingüística-culturais das duas
línguas envolvidas na tradução (HOUSE, 2009, p.38).
Todas as línguas conseguem expressar algum tipo de experiência de
modo equivalente às outras, mesmo que informalmente, este é o princípio da
“expressabilidade universal” que implica no princípio da “traduzibilidade
universal”. Entretanto, apesar destes princípios, deve-se saber que a
equivalência possui suas limitações. A primeira são as “conotações privadas”,
associações afetivas que os indivíduos tendem a ter com certas expressões. A
segunda é quando a língua aparta-se de uma função comunicativa normal. Um
bom exemplo acontece no caso da literatura e principalmente da poesia. E em
terceiro lugar é a metalinguagem, que é basicamente quando a língua fala de si
mesma, ou seja, a língua é o objeto da comunicação e não é somente o meio
da comunicação (HOUSE, 2009, p.41).

2.3. Procedimentos técnicos da tradução


16

Os procedimentos técnicos da tradução são, como dito por Barbosa,


uma forma para tentar responder a questão “como traduzir?”, ou seja, modos
de traduzir. Os procedimentos apresentados no presente trabalho são uma
proposta de caracterização apresentada pela autora citada, em que procura
agrupar técnicas de tradução de vários autores, sendo esses: Vinay e
Darbelnet, Nida, Catford, Vázquez-Ayora e Newmark (BARBOSA, 1990, p.63).
O primeiro procedimento técnico apresentado é a tradução palavra-
por-palavra. Essa acontece quando a tradução de uma palavra, frase ou
oração da língua original para a língua da tradução mantem a mesma categoria
gramatical e uma mesma ordem sintática. Além disso, usa-se vocábulos que
possuam a mesma semântica dos termos na língua de origem. Para que este
procedimento possa ser utilizado necessita-se de uma convergência muito
grande entre as línguas (BARBOSA, 1990, p.64).
Em segundo lugar, aparece a tradução literal. Segundo Aubert, esta
pode ser definida como “aquela em que se mantem uma fidelidade semântica
estrita, adequando, porém, a morfo-sintaxe às normas gramaticais da língua da
tradução.” (AUBERT apud BARBOSA, 1990, p.65). A autora recomenda a
utilização deste procedimento sempre que for possível (BARBOSA, 1990, p.66).
A transposição, terceiro procedimento, é um caracterizado pela
alteração da categoria gramatical de alguns dos elementos do segmento
textual a ser traduzido. Este procedimento técnico pode ser obrigatório, para
que não haja desrespeito das normas da língua alvo, ou facultativo, em caso de
estilo, dependendo do contexto da obra (BARBOSA, 1990, p.66-67).
Modulação, procedimento de número quatro, é passar a mensagem
expressa de um termo da língua original para a língua alvo alterando o ponto
de vista. Este procedimento técnico da tradução mostra a variação entre as
línguas e a forma que estas enxergam o real de modos diferentes (BARBOSA,
1990, p.67).
Outro procedimento amplamente utilizado, o quinto, na tradução chama-
se equivalência 2 , em que ocorre a substituição de uma palavra, frase ou
oração da língua original para a que é alvo da tradução, mas de forma não
literal, e sim equivalente. Muitas vezes este é utilizado em expressões

2
O termo ‘equivalência’ é referente a uma técnica de tradução, e é diferente do termo ‘equivalência da
tradução’ discutido anteriormente.
17

idiomáticas, ditos populares, entre outros, que, na sua maioria, são específicos
de língua (BARBOSA, 1990, p.67-68).
Dois outros procedimentos técnicos, o sexto e o sétimo, que caminham
muito juntos são: omissão e explicitação. O primeiro consiste em omitir
termos da língua original que ao serem traduzidas são desnecessários ou
altamente repetitivos. O segundo é o inverso da primeira, que seria uma
espécie de inserção de elementos (BARBOSA, 1990, p.68).
A compensação, o oitavo procedimento, é outro elemento citado por
Barbosa, é definido pela autora da seguinte forma:
[...] consiste em deslocar um recurso estilístico, ou seja,
quando não é possível reproduzir no mesmo ponto, no texto da
língua da tradução, um recurso estilístico usado no texto da
língua original, o tradutor pode usar um outro de efeito
equivalente, em outro ponto do texto. (BARBOSA, 1990, p.69).
O nono procedimento, a reconstrução de períodos é caracterizado
pela redivisão de períodos quando for passá-los da língua original para a língua
da tradução. Por sua vez, as melhorias, décimo procedimento técnico,
consiste em não repetir, na tradução, erros presentes no texto da língua
original, logicamente levando em conta o contexto (BARBOSA, 1990, p.70).
O próximo procedimento citado, o décimo primeiro, por Barbosa chama-
se transferência, que é a introdução de termos na língua original para a
tradução. Esta pode ser dividida em quatro grupos: estrangeirismo
(transferência de um conceito, técnica ou objeto que não existe na língua alvo
para a tradução), transliteração (substituição de uma convenção gráfica por
outra), aclimatação (empréstimos são adaptados a língua da tradução) e
estrangeirismo com explicação do significado (notas de rodapé e diluição
do texto). A explicação, outro procedimento técnico, é trocar o estrangeirismo
pela sua explicação (BARBOSA, 1990, p.71-76).
O procedimento conhecido como decalque, o décimo segundo,
acontece quando ocorre a tradução literal de um termo. O último procedimento
chama-se adaptação, é o décimo terceiro, ocorre quando toda a situação
colocada na língua original não existe na realidade da língua alvo. Este é o
limite máximo da tradução (BARBOSA, 1990, p.76).
18

3. VERBOS COMPOSTOS

Na língua japonesa, os verbos podem ser seguidos por outros, e dessa


forma criam-se os verbos compostos da língua japonesa. Eles foram definidos
da seguinte forma por Uchiyama e Ishizaki, “Japanese compound verbs Consist
of two verbs, the first verb and the second verb. The first verb always appears
in the continuative form.” (UCHIYAMA; ISHIZAKI, 2003). São usados para
expressões de movimento complexo, fenômenos elaborados e estado
emocional.
Esses verbos apresentam algumas características que dificultam o
estudo de sua tradução. O primeiro é o fato de eles serem gerados por
combinações de seus elementos constituintes, o que impossibilita a inserção
de todos esses verbos no dicionário (UCHIYAMA; ISHIZAKI). Outra grande
dificuldade do trabalho com verbos compostos é que eles apresentam grande
número de ambigüidades e restrição semântica entre cada constituinte
(UCHIYAMA; ISHIZAKI, 2003).
19

4. METODOLOGIA

Os verbos compostos escolhidos para realizar o presente trabalho foram


retirados dos textos “Torokko” (ト ロ ッ コ ) e “Rashômon” (羅生門), ambos
escritos por Akutagawa Ryunosuke (芥川龍之介). Esses textos foram utilizados
durante a disciplina “Laboratório de língua japonesa”, ministrada pela
professora Tae Suzuki (2º semestre de 2010). Ambas as obras já foram lidas e
sua tradução corrigida em sala. Todavia, foram selecionadas pelo fato de que o
foco do presente trabalho não é tradução do texto, mas a análise da tradução
dos verbos compostos.
No total foram escolhidos 69 verbos, 32 desses no “Rashômon” e 37 no
“Torokko”. Após a escolha, montou-se uma tabela para cada obra contendo a
tradução feita em sala de aula, e a tradução de cada verbo composto
selecionado em três dicionários diferentes: “MICHAELIS” (dicionário de língua
japonesa de uso comum no Brasil, Japonês/português), “KANJI SONOMAMA
RAKUBIKI JITEN” (dicionário de japonês do NintendoDS, japonês/inglês e
inglês/japonês) e “DENSHI JISHO” (dicionário online, japonês/inglês). Na
tabela também apresenta-se a tradução de cada elemento que compõe o verbo
composto, verbo 1 (V1) e verbo 2 (V2), a análise entre a tradução corrigida e o
V1 e V2, observando assim se a junção desses elementos em japonês tem
relação com o resultado da tradução em português.
Pesquisam-se, neste projeto de pesquisa, todos os verbos em sequência
sem intervenção de nenhum outro componente gramatical dentro da sequência.
Assim, incluem-se aqueles verbos que se utilizam em parte dos verbos
auxiliares (ex. 降り始める、走り出す) e os que assemelham a locução verbal
portuguesa (ex. "ando cantando"), além do verbo composto japonês
propriamente dito. Portanto, neste projeto, levantam-se todos os verbos em
sequência sem interropção, chamando estes como "verbos compostos",
conforme conceito levantado por Uchiyama e Ishizaki.
20

5. Análise

A análise dos dados começou com um estudo um pouco mais


aprofundado dos três diferentes dicionários onde procuramos as traduções dos
VC. Todos eles mostraram uma grande defasagem quanto à quantidade desse
tipo de verbo, conforme mostram as figuras 3, 4 e 5.

Michaelis
VC encontrados VC inexistentes

45%
55%

Figura 3

jisho.org
VC encontrados VC inexistentes

25%
75%

Figura 4

Kanji sonomama rakubiki jiten


VC apresentados VC inexistentes
VC encontrados em japonês
6%

33%
61%

Figura 5
21

Os três dicionários utilizados foram bilíngues, o “Michaelis” era


japonês/português, e o “kanji sonomama rakubiki jiten” (dicionário exclusivo
para Nintendo DS), além de ser japonês/inglês e inglês/japonês tem a opção
monolíngue japonês/japonês, e o “jisho.org” (dicionário online) japonês/inglês e
inglês/japonês.
O dicionário em que foram encontrados esses verbos em menor
quantidade foi o “Michaelis”, que é o único dicionário japonês/português que foi
utilizado, que chegou a apresentar a porcentagem de 45% dos VC inexistentes.
O “kanji sonomama rakubiki jiten” além da quantidade de VC inexistentes,
apresentou uma pequena porcentagem de 6% que tinha tradução do japonês
para japonês, o que pode não ajudar muito estudantes de nível iniciante de
língua japonesa. O “jisho.org” foi o que apresentou maior quantidade de VC
encontrados, 75%.
Os problemas com os verbos compostos nos dicionários não se
restringem somente a falta deles, pois em muitos casos as traduções são
absolutamente simplistas. Como no exemplo “tobiagaru” (飛び上がる), pode ser
visto em detalhe na tabela em anexo, que em dois dicionários a tradução é
simplesmente “pular”, o que se caracteriza como uma omissão, de acordo com
os procedimentos técnicos de tradução, segundo Heloísa Barbosa (BARBOSA,
1990, p.68). Este procedimento faz com que um VC que passava a ideia de
movimento complexo (UCHIYAMA; ISHIZAKI) transmita uma impressão de
movimento simples, o que empobrece o texto.
Depois de levantarmos as traduções em três dicionários e ver a tradução
de cada verbo separadamente, foram feitas algumas formas de relação entre o
V1 e o V2. A lista de relações pode ser vista na legenda da tabela 1. O gráfico
mostrando a quantidade de vezes que cada relação aparece por obra pode ser
visto nas figuras 6 e 7.
22

羅生門 - Relações (V1 e V2)


3% V1=V2
6% V1+Prep.+Sub.
13% 10%
V1+Prep.+V2
6% V2+V1(gerundio)
3%
V1

31% V2
19%
SD
V1+SD
9%
V1+V3

Figura 6

トロッコ - Relações (V1 e V2)


3%

V1+Prep.+Sub.
30% 21%
V1+Prep.+V2
V2+V1(gerundio)
V1
11%
5% V1+SD
SD
30%

Figura 7

As relações que foram feitas em cada verbo composto são explicadas de


forma sucinta na tabela abaixo:

TABELA 1: Lista de significados das relações

Relação Significado
V1=V2 Ambos os verbos possuem significados iguais
(semelhantes) entre eles e são traduzidos somente por esse
23

significado.
(V1+V2) A tradução é a soma dos significados dos dois verbos,
V1+Prep.+Sub. todavia o V2 passa a ser um substantivo na tradução e é
separado do V1 por uma preposição.
(V1+V2) A tradução é a soma dos significados dos dois verbos
V1+Prep.+V2 inserindo um preposição entre eles.
(V1+V2) A tradução é a soma dos significados dos dois verbos,
V2+V1(gerúndio) sendo que o V1 aparece no gerúndio e depois do V2.
V1 A tradução é o significados do verbo 1.
V2 A tradução é o significados do verbo 2.
SD A tradução é um significado diferente de ambos os verbos.
V1+SD A tradução é o significado do verbo 1 juntamente com um
significado diferente do verbo 2.
V1+V3 A tradução é o significado do verbo 1 juntamente com a
tradução do verbo 3 (o verbo 2 não aparece diretamente na
tradução).

Um tipo de relação que apareceu frequentemente foi a tradução como a


soma dos significados dos dois verbos (V1+V2). Entretanto, após análise mais
aprofundada, percebeu-se a necessidade de criar subgrupos para esta
classificação. Por isso, esta foi dividida em três: “V1+Prep.+Sub.” (a tradução é
a soma dos significados dos dois verbos, todavia o V2 passa a ser um
substantivo e é separado do V1 por uma preposição), “V1+Prep.+V2” (a
tradução é a soma dos significados dos dois verbos inserindo uma preposição
entre eles) e “V2+V1(gerúndio)” (a tradução é a soma dos significados dos dois
verbos, sendo que o V1 aparece no gerúndio e depois do V2). A soma das
porcentagens desses subgrupos é de 19% de todas as relações na obra
“Rashômon” e de impressionantes 35% no “Torokko”.
Somando-se as duas porcentagens, a classificação que mais aparece é
a que possui significado diferente de ambos os verbos (SD), com 31% e 30%.
Outros que aparecem bastante são os significados somente de um dos verbos
(V1 ou V2).
24

Para analisar a tradução feita em sala, utilizamos como base a relação


entre os elementos (V1 e V2) de cada VC. A partir desta, foi possível observar
qual o procedimento técnico foi utilizado para traduzir cada verbo composto.
Somente quatro dos procedimentos foram utilizados para a tradução. O gráfico
mostrando o uso destes procedimentos pode ser observado nas figura 8 e 9.

羅生門 - Procedimentos técnicos

9%
9% Omissão
38%
Equivalência
Tradução literal
Transposição
44%

Figura 8

トロッコ - Procedimentos técnicos


3%

30% Omissão
32%
Equivalência
Tradução literal
Transposição

35%

Figura 9

Na primeira visualização dos gráficos percebe-se que o procedimento


técnico mais utilizado em ambos os textos foi a “equivalência”. As relações que
geraram este procedimento foram quando um ou dois verbos que compunham
o VC apareciam no resultado final da tradução sem o seu significado original.
No caso quando nenhum dos dois significados aparece no final, percebe-se
25

que o conjunto dos dois verbos cria um novo significado, com um significado
bem estabelecido, já convencionado. Então há uma substituição pelo seu
equivalente na língua portuguesa, o que se configura uma equivalência. Como
no caso do verbo “komiageru” (こみ上げる), em que “komu” significa “ficar
cheio” e “ageru” pode ser traduzido como elevar, o significado desse VC é
traduzido pelo seu equivalente “aflorar”.
Nos casos em que um dos elementos do VC aparece com seu
significado original e o outro alterado, o resultado final apresenta um verbo com
um significado bastante alterado. Nesse caso, o VC também apresenta
estabilidade semântica entre língua fonte e língua alvo.
Outro procedimento amplamente utilizado foi a “omissão”, aparecia
sempre que foram feitas as seguintes relações: “V1”, “V2” e “V1=V2”. Isto
caracteriza uma perda de recursos estilísticos, pois, como já foi dito
anteriormente, os VC são usados para expressões de movimento complexo,
fenômenos elaborados e estado emocional (UCHIYAMA; ISHIZAKI). Quando
ocorre a troca de um desses elementos por algo mais simples, o texto acaba se
tornando menos rebuscado do que o texto original. Algumas vezes,
principalmente nos casos de “V1=V2”, a omissão serviu para evitar a
redundância na tradução. Esse mesmo elemento na língua japonesa não
configura uma redundância, por isso se a tradução fosse inversa, do português
para o japonês necessitaria do uso de “explicitação” em vez da “omissão”
(BARBOSA, 1990, p.68).
Isso mostra a validade do conceito de tradução defendido por Juliane
House (2009), que mostra que um texto na língua alvo não é a igual ao original,
somente equivalentes, podendo variar quanto ao tipo de equivalencia (se a
tradução perde este tipo de recurso há uma perda da “ftrmal-aesthetic
equivalence”). Uma solução proposta é utilizar outro recurso estilístico em outro
ponto da tradução, dessa forma compensando a perda do recurso. Isto chama-
se “compensação”, já citado anteriormente.
A “tradução literal” foi utilizada nos casos das seguintes relações
“V1+Prep.+V2” e “V2+V1(gerúndio)”. Em ambos os casos os dois elementos do
VC aparecem como verbo no significado. No primeiro caso os verbos ficam na
forma infinitiva. Além disso, os significados do V1 e V2 sempre vem separados
por preposição (o que não acontece na língua japonesa). Isto pode ser
26

explicado pela “mudança na tradução” proposto por Catford (1965/2000),


acontece uma substituição da gramática da língua original pela da língua alvo
da tradução, mas não tem interferência no léxico (BARBOSA, 1990, p.37).
No segundo caso, em que se traduziu utilizando o procedimento da
tradução literal o V2 aparecia primeiro, na forma infinitiva, e o V1 aparecia em
segundo lugar passando do infinitivo para o gerúndio. Apesar deste se
apresentar em uma forma verbal nova não se considera uma “transposição”,
pois não aconteceu uma mudança na categoria gramatical, ou seja. Continua
sendo um verbo.
O procedimento conhecido como “transposição”, foi o que apareceu em
menor quantidade, o que é perfeitamente explicável já que ele apenas era
utilizado em VC que apresentam a relação de “V1+Prep.+Sub.”, que como dito
anteriormente é uma subcategoria do “V1+V2”. Este é utilizado pois o V2 sofre
uma mudança da sua categoria gramatical, passando de verbo na língua
original para substantivo na língua da tradução.
Os demais procedimentos que não apareceram na tradução, na maioria
dos casos, mostram uma razão lógica para isso. Como por exemplo a
“tradução palavra-por-palavra”, em que mantêm-se uma mesma categoria
gramatical e ordem sintática, não será utilizada para a tradução dos VC. Isto
porque este fenômeno não ocorre na língua da mesma forma que no japonês,
necessita-se para o uso deste de uma grande convergência entre as línguas, o
que não ocorre entre o português e o japonês (BARBOSA, 1990). Isto confirma
que sempre há uma mudança em tradução (translation shift) conceituada por
Catford (1965/2000), salvo se utilizar alguma técnica de tradução.
Existem, porém, alguns casos especiais, como por exemplo o verbo
“moeagaridasu” (燃え上がりだす), traduzido como “começar a inflamar”, que
não é composto somente por V1 e V2, mas por três verbos. O procedimento
que foi utilizado para sua tradução foi “omissão”, pois apareceu somente o V1,
“moeru” (燃え る), traduzido como “inflamar”, e o “dasu” (出す), que ocupa o V2
exprime a ideia de “começar”.
Outro caso especial foi “fukinukeru” (吹きぬける), “fuku” significando
ventar e “nukeru” que quer dizer atravessar. Este verbo realmente quer dizer
que o vento atravessava em determinado espaço. Nessa lógica a relação entre
27

os elementos do VC, V1 e V2, deveria ser classificada em algum dos


subgrupos de “V1+V2”, mas foi para o grupo “SD” traduzido como “soprar”. O
que tem as bases nos trabalhos de um outro teórico chamado Jirí Levý, que
trabalha a tradução como um processo de decisão imposta ao tradutor, este
deve escolher dentre um número limitado de alternativas possíveis (LEVÝ,
2000, p. 148).
28

6. CONCLUSÃO

Os verbos compostos da língua japonesa mostram-se como elementos


de tradução difícil para estudantes brasileiros da língua japonesa. Justamente
por ser um recurso que se encontra presente no português de uma outra
forma,é difícil traduzi-lo de modo aceitável para o lingual portuguesa. A causa
dessa dificuldade deriva de vários fatores, tais como o sistema lingüístico
diferente, a falta de apoios externos, tais como livro didático explicativo de
gramática japonesa, dicionários mais completos, entre outros. Entretanto a
tradução desse tipo verbal é possível, como foi defendido por Juliane House,
através dos “princípios da expressabilidade universal” e o “princípio da
traducionabilidade universal” (2009, p. 40).
Os procedimentos técnicos da tradução nos dão caminhos diferentes
para traduzir os verbos compostos japoneses. Foram utilizados para as
traduções dos VC no presente trabalho: a omissão, a equivalência, a tradução
literal e a transposição. O uso destes pode variar dependendo do tradutor, e do
tipo de equivalência que ele julga importante preservar na obra traduzida.
Pode-se ver, como no caso da omissão, que existem outros procedimentos que
podem ser usados, o procedimento compensação, para manter o
rebuscamento da obra.
Em alguns casos, a tradução se mostra consideravelmente fiel,
principalmente em VC que se usa o procedimento da tradução literal. Entende-
se que é uma tradução fiel, pois o procedimento utilizado possui uma fidelidade
semântica estrita, adequando somente a sua morfo-sintaxe às normas
gramaticais da língua da tradução. Este procedimento é recomendado sempre
que for possível o seu uso na tradução (BARBOSA, 1990).
A tradução da maioria dos verbos escolhidos e analisados no presente
trabalho parece se encaixar de forma satisfatória no contexto das obras
selecionadas. Esta atividade, conforme defendido por Levý, se mostra como
um processo de decisões realizadas pelo tradutor, dependendo assim, do que
este considera importante e satisfatório ressaltar ou enfatizar.
O presente trabalho foi uma tentativa de abordar uma temática, até onde
conheço, não estudada inclusive no âmbito da educação superior em língua
japonesa. Espera-se que com isso este possa contribuir para uma
29

sistematização dos verbos compostos, já realizada para a língua inglesa por


estudiosos como Uchiyama e Ishizaki. Além disso, espera-se que possa servir
para encorajar estudos sobre a tradução em língua japonesa, área esta que
vem crescendo e necessitando de mais profissionais habilitados.
30

REFERÊNCIAS

Livros e artigos

BARBOSA, Heloisa Gonçalves. Procedimentos técnicos de tradução: uma


nova resposta. Campinas: Pontes, 1990.

CATFORD, John. Translation shifts. In: VENUTI, Lawrence (ed.). The


Translation Studies Reader. London & New York: Routledge, 2000. p. 141-
147.

HOUSE, Juliane. Translation. Oxford: Oxford University Press, 2009.

LEVÝ, Jirí (1967). Translation as a decision process. In: VENUTI, Lawrence


(ed.). The Translation Studies Reader. London & New York: Routledge, 2000.
p. 148-159.

NIDA, Eugene (1964). Principles of correspondence. In: VENUTI, Lawrence


(ed.). The Translation Studies Reader. London & New York: Routledge, 2000.
p. 126-140.

UCHIYAMA, Kiyoko; ISHIZAKI, Shun. A desambiguation method for Japanese


compound verbs. Proceedings of the ACL 2003 workshop on multiword
exspressions: analysis, acquisition and treatment, Stroudsburg, v. 18, 2003.

______. A study of translation rules for the Japanese compound motion verbs.
Disponível em: < http://www.afnlp.org/archives/pacling2001/pdf/uchiyama.pdf>.
Acesso em: 15 jul. 2011.
31

Dicionários

JIM BREEN´S WWWJDIC. Denshi Jisho. Disponível em: <


http://www.jisho.org/>. Acesso em: 30 jun. 2011.

NINTENDO. Kanji sonomama rakubiki jiten.

WAKISAKA, Katsunori. Michaelis: dicionário prático japonês-português. São


Paulo: Aliança Cultural Brasil-Japão, 2003.
32

ANEXOS

羅生門 Análise
N Verbo Traduçã Michaelis Kanji jisho.or Leitura Observaçõ 1 Verbo 2 verbo Relação Estud Procedi
º s o feita sonom g (romaji) es o mento
compo em sala ama técnico
stos rakubik
i jiten
1 つみ Acumul amontoar, heap, to pile tsumikas つむ empilh 重ね empilhar V1=V2 Omissão
重ね ar acumular pile up; to aneru ar る
る accumu
late
2 荒れ Sofrer estar Wild, to fall arehater 荒れ devast 果て acabar V1+SD Equivalê
果て devasta devastado ruined, into u る ar る ncia
る ção desolat ruin; to
e be
desolat
ed
3 崩れ Sofrer Não tem Não 1: to kuzureka 崩れ Desaba かか Cair por SD Equivalê
かか desgast tem begin to karu る r, る cima de ncia
る e crumble desmor algo ou
;2: to onar jogar(-se)
crumble cobrindo
and fall algo
(or
collapse
) onto
another
object
4 こび Grudar grudar-se cake to stick こび Grudar つく Grudar V1=V2 Omissão
33

りつ to; to る
く cling to
5 ふり Ficar Não tem Em to rain No 振る Chover 込め Concentra SD Equivalê
こめ impedid japonê (or "michaelis る r, carregar ncia
る o de s snow), " e "kanji
sair em keeping sonomam
decorrê people a" é
ncia da indoors encontrad
chuva o na
forma
"furikomer
areru"
6 ふり Começa começar a start a to begin furidasu 降る chover 出す Colocar V1+Prep.+V varian Traduçã
出す ra chover ou rain to rain para fora 2 te + 出 o literal
chover nevar す
7 つき Projetar empurrar Stick to push つく Espetar 出す Colocar V2 Omissão
だす para para fora out; to , cravar para fora
fora project
8 立ち Levanta Levantar- rise 1: to tachiagar 立つ levanta 上が subir V1 Omissão
上が r se, ficar stand u r る
る em pé up; to
get up;
2: to
rise;
3: to
recover;
4: to
take
action;
to start;
5: to
34

make
the
initial
charge
(in
sumo);
6:
(Compu
ter
termino
logy) to
start
up; to
boot up
9 吹き Soprar vento a skimmi to blow fukinuke 吹く ventar 抜け Atravessar SD metaf Equivalê
ぬけ (vento) soprar ng through ru る ófico ncia
る pelo
quarto
1 見ま Olhar olhar em look to look mimawa 見る olhar 回す circular V1+Prep.+S Transpos
0 わす em volta (a)roun around; su ub. ição
volta d to
survey
1 ふみ Pisar Não tem Não Não 踏む pisar 掛け começar/p V1 Omissão
1 かけ tem tem る rojetar

35

1 上り Subir Não tem Climb 1: to go noborits 上る Subir 詰め Encher, V1 Omissão


2 つめ to the umeru る tampar
る top; to
climb to
the top;
to
ascend
to the
top; to
reach
the
summit
(e.g. of
a
mounta
in);
2: to be
engross
ed in; to
be very
enthusi
astic
about;
to be
infatuat
ed with

1 のぞ Espiar olhar nozokik to look look into nozo Observ kom ficar cheio V1+SD Equivalê
3 きこ com minuciosa omu into; to ku ar, u ncia
む empen mente, peer in espion
ho observar ar
36

1 抜き Começa Não tem Não Não nukihaji nuku tirar, hajim começar V1+Prep.+V Traduçã
4 はじ ra tem tem meru arranca eru 2 o literal
める retirar r
1 持ち Mencio levar do carry 1: to mochida mots ter, dasu Colocar SD Equivalê
5 出す nar lugar, out, take su u segurar para fora ncia
roubar, take out; to
trazer a out, carry
discussão sneak out; to
bring
out
from
where
it
belongs
;
2: to
mentio
n
somethi
ng; to
broach
a topic;
to bring
up (a
subject)
; to
raise
(an
issue);
to
mentio
37

1 燃え Começa Não tem burn Não moeagari O VC em moer Inflama agar subir V1+V3 Omissão
6 上が ra up tem dasu questão é u r-se u
りだ inflama composto
す r por 3
verbos:
moeru,
agaru e
dasu
1 飛び Projetar levantar jump to tobiagar tobu voar, agar subir SD* Equivalê
7 上が -se voo, subir, spring; u saltar u ncia
る saltar to jump
up; to
fly up;
to skip
1 歩み Andar fazer walk to step ayumiyor ayu andar, yoru aproximar- V1+Prep.+S Transpos
8 よる ao concessõe up up; to u mu caminh se, juntar- ub. ição
encontr s mútuas compro ar, se
o mise; to avança
meet r
halfway
1 つき Esbarra abrir elbow to tsuk Espetar noke remover, SD Equivalê
9 のけ r caminho thrust u , cravar ru retirar ncia
る aos aside
38

empurrõe
s
2 押し Empurr Não tem press to push oshimod osu empurr mod devolver V1+Prep.+S Transpos
0 もど ar de back, back osu ar, osu ub. ição
す volta force domina
back r,
pressio
nar
2 つか Engalfin Engalfinha Em to tsukamia tsuka pegar, au unir-se, SD Equivalê
1 み合 har-se r-se japonê grapple u mu agarrar juntar-se ncia
う s
2 ねじ Derruba Não tem Não to nejitaosu nejir torcer taosu derrubar, V2+V1(geru Traduçã
2 倒す r tem wrench u tombar ndio) o literal
torcend someon
o (o e down
braço) to the
ground
2 つき Soltar Não tem abando to tsukihan tsuk Espetar hana soltar, V2 Omissão
3 放す n, thrust asu u , cravar su largar
desert, away;
ignore to
refuse
bluntly;
to
forsake
2 つき Jogar a apontar, confro to tsuk Espetar tsuke pregar, SD Equivalê
4 つけ frente apresentar nt thrust u , cravar ru colocar, ncia
る before; afixar
to
thrust
39

at

2 通り Passar passar, pass to toorikaka toor passar kakar Cair por V1+SD Equivalê
5 かか por estar by, happen ru u u cima de ncia
る acaso passando saunter to pass algo ou
by by jogar(-se)
cobrindo
algo
2 見開 Arregal Arregalar abrir os to open mihiraku miru ver hirak abrir SD Equivalê
6 く ar os os olhos olhos* one's u ncia
olhos eyes
2 見守 Olhar olhar watch, to mimamo miru ver mam proteger, V1+SD Equivalê
7 る atenta atentame keep watch ru oru observar ncia
mente nte, na eye over; to
contempla on watch
r [upon] attentiv
ely
2 追い Expulsa enxotar, oust, to oidasu Aqui no Ou perseg dasu Colocar V1 Omissão
8 出す r, expulsar expel expel; contexto, uir, para fora
enxotar to drive não esta explusa
out em um r
nível
consciente
2 噛み Abocan Abocanhar bite, to bite kamitsuk kam morder tsuku Espetar, V1* Omissão
9 つく har (no , morder snap (at); to u u cravar
texto snap at;
dá to snarl
sentido at
de
raiva)
40

3 剥ぎ Arranca Não tem strip, to tear hagitoru hagu raspar, toru pegar, SD Equivalê
0 とる r tear, off; to despoj tomar, ncia
rip strip; to ar, segurar
rob privar
3 かけ Descer Não tem Não to run kakeorir Outro kake correr oriru descer, V2 Omissão
1 下り tem down u kanji ru desembarc
る (stairs, (Ambos ar
etc.) dicionários
)
3 覗き Espiar olhar lock to look nozokiko nozo Observ kom ficar cheio V1 Omissão
2 こむ minuciosa into 0, into; to mu ku ar, u
mente, peer in espion
observar ar

トロッコ Análise
N Verbos Traduç Michaeli Kanji jisho.or Leitura Observa 1 Verbo 2 verbo Relação Estu Procedi
º compostos ão feita s sonomama g (romaji) ções do mento
em sala rakubiki técnico
jiten
1 ぶちまけ Descarr Jogar vent,spew, 1: to buts bater, maker Espalh SD Equivalê
る egar fora unload throw u golpear, u ar ncia
out acertar
(everyth
ing);
2: to tell
frankly;
to
confess
2 飛び降り Saltar Saltar pular para to jump tobioriru tobu voar, oriru descer V1 Omissão
る para um local down; saltar
41

baixo mais baixo to jump


off; to
jump
from; to
jump
out of
3 登り始め Começa Não tem Não tem Não noborihaji nob subir hajim Começ V1+Prep.+ Tradução
る ra tem meru oru eru ar V2 literal
subir
4 押し戻す Fazer Não tem press to push oshimodos osu empurra modo Devolv SD* Equivalê
força (push) back u r, su er ncia
contrári back, force dominar
a back ,
pression
ar
5 飛び乗る Pular Pegar jump, hop, to jump tobinoru tobu voar, noru embar V1 Omissão
um jump on upon (a saltar car
veículo (upon) moving
em object)
movime
nto
6 下りだす Descer Não tem Não tem Não kudaridasu oriru descer, dasu Coloca V1 Omissão
tem desemb r para
arcar fora
7 つき当た Colidir Colidir strike, run to run tsukiataru tsuk Espetar, ataru acerta SD Equivalê
る into 0, into; to u cravar r, ncia
bump into collide provar
0 with que
esta
certo
42

8 吹きつけ Ventar Vaporiza Em to blow fukitsuker fuku soprar tsuker pregar SD Equivalê
る (oculto) r, japonês against; u (vento) u , ncia
borrifar to spray coloca
(paint, r,
etc.) afixar
(onto a
surface)
9 押し上げ Empurr Não tem force, to oshiageru osu empurra ageru elevar V1+Prep.+ Transposi
る ar para boost, boost; r, Sub. ção
cima push up to force dominar
up; to ,
push up pression
ar
1 聞こえ出 Ouvir Não tem Não tem Não kikoedasu kiko poder dasu Coloca V1 Omissão
0 す tem eru ouvir, r para
ouvir, fora
parecer
1 逃げ出す Correr Pôr-se a run, run to run nigedasu nige fugir, dasu Coloca SD Equivalê
1 fugir away, away; ru escapar r para ncia
escape to fora
escape
from
1 押し始め Começa Não tem Não tem Não oshihajime osu empurra hajim Começ V1+Prep.+ Tradução
2 る ra tem ru r, eru ar V2 literal
empurr dominar
ar ,
pression
ar
1 なり始め Começa Não tem Não tem Não narihajime naru tornar- hajim começ V1+Prep.+ Tradução
3 る ra tem ru se eru ar V2 literal
tornar-
43

se
1 押し続け Continu Não tem Não tem Não oshitsuzuk osu empurra tsuzuk contin V1+Prep.+ Tradução
4 る ar a tem eru r, eru uar V2 literal
empurr dominar
ar ,
pression
ar
1 登りつめ Acabar Não tem Subir 1: to go noboritsu nob subir tsume enche V1+SD Equivalê
5 る de subir to the meru oru ru r ncia
top; to
climb to
the top;
to
ascend
to the
top; to
reach
the
summit
(e.g. of
a
mountai
n);
2: to be
engross
ed in; to
be very
enthusi
astic
about;
to be
44

infatuat
ed with

1 乗り移る Subir Trocar, possess, to noriutsuru noru embarc utsuru mudar V1 Omissão
6 (vagone transferi rub off change ar
te) r-se (cars or
(para horses);
outro to
veículo) transfer
; to
possess;
to
inspire
1 行きつく Ir Atingir o get, finish to arrive ikitsuku iku ir tsuku chegar V1 Omissão
7 local at; to
desejad end up
o,
chegar
1 切り崩す Nivelar Desfazer level, split 1: to kirikuzusu kiru cortar kuzus derrub SD Equivalê
8 , level u ar ncia
derrubar (earth);
to cut
through
(a
mountai
45

n);
2: to
split
(the
oppositi
on); to
break
(strike)
1 飲み始め Começa Não tem Não tem to begin nomihajim nom tomar hajim Começ V1+Prep.+ Tradução
9 る ra to drink eru u eru ar V2 literal
tomar
2 思い直す Pensar Pensar reconsider, to re- omoinaos omo pensar naosu Repar V1+Prep.+ Tradução
0 em melhor, have think; to u u ar V2 literal
reparar reconsid second think
erar, thoughts, back
mudar upon; to
de ideia change
one's
mind
2 下りきる Descer Não tem Não tem Não kudarikiru kuda descer, kiru cortar V1 Omissão
1 tem ru cair,
baixar
2 走りだす Correr Não tem Não tem to begin hashiridas hash correr dasu Coloca V1 Omissão
2 to run; u iru r para
to start fora
running
2 走り続け Continu Não tem Não tem to keep hashiritsuz hash correr tsuzuk contin V1+Prep.+ Tradução
3 る ar a running ukeru iru eru uar V2 literal
correr
2 脱ぎ捨て Deixar Tirar, cast to fling; nugisuteru nug tirar(rou suteru jogar SD Equivalê
4 る jogado deixar (throw) off, to u pa, fora, ncia
46

jogado tear throw sapato) atirar,


off lançar
(clothes
); to kick
off
(boots)
2 駈け登る Correr Não tem Não tem to run kakenobor Outro kake correr nobor subir V2+V1(ger Tradução
5 subindo (up hill, u kanji ru u undio) literal
stairs, (Kanji
etc.) sonoma
ma)
2 こみ上げ Aflorar Subir well, 1: to fill komiageru kom ficar ageru elevar SD Equivalê
6 る (lágrima (one's u cheio ncia
), ter heart);
acesso to
experie
nce a
welling
up of
feelings
or
sensatio
ns;
2: to
feel
nauseou
s
2 駈け抜け Correr Não tem Em to run kakenuker kake correr nuker cair, V1 Omissão
7 る japonês past u ru u faltar,
from atrave
behind; ssar
47

to run
through
(e.g.
gate)
2 消えかか Extingui Prestes Não tem Não kiekakaru kier sumir, kakar Cair V1 Omissão
8 る r a tem u apagar- u por
apagar- se cima
se de
algo
ou
jogar(-
se)
cobrin
do
algo
2 駈け続け Continu Não tem Não tem Não kaketsuzu kake correr tsuzuk contin V1+Prep.+ Tradução
9 る ar a tem keru ru eru uar V2 literal
correr
3 さし合う Cruzar Não tem Não tem Não sashiau sasu brilhar, au unir- SD Equivalê
0 tem iluminar se, ncia
algo juntar-
se
3 走り過ぎ Passar Não tem Não tem Não hashirisugi hash correr sugiru passar V2+V1(ger Tradução
1 る corrend tem ru iru undio) literal
o
3 駈けこむ Entrar Entrar Não tem Não kakekomu Outro kake correr komu ficar V1+SD Equivalê
2 corrend corrend tem kanji ru cheio ncia
o o (Kanji
sonoma
ma e
jisho.org
48

3 泣き出す Chorar Pôr-se a start to burst nakidasu naku chorar dasu Coloca V1 Omissão
3 chorar (begin) to into r para
cry (weep), tears; to fora
roar, burst burst
(break) out
into tears crying;
to begin
to cry;
to be
moved
to tears
3 泣き続け Continu Não tem Não tem Não nakitsuzuk naku chorar tsuzuk contin V2+V1(ger Tradução
4 る ar tem eru eru uar undio) literal
choran
do
3 駈け通す Passar Não tem Não tem Não kaketoosu kake correr Toos Passa V2+V1(ger Tradução
5 corrend tem ru u r undio) literal
o
3 ふり返る Olhar 1: look back, to turn furikaeru furu abanar, Kaeru voltar, SD Equivalê
6 para Voltar- turn head; to balançar retorn ncia
trás se 2: (a)round, look (mãos, ar,
Refletir glance over cabeça). devolv
sobre os back one's Rejeitar er
fatos shoulde
passado r; to
s, turn
relembr around;
ar to look
back
49

3 思い出す Record 1: remember, to omoidasu omo pensar Dasu Coloca SD Equivalê


7 ar Recorda recall, recall; u r para ncia
r-se 2: recollect, to fora
Começa remind rememb
ra er
pensar

Legenda da coluna relação:


V1=V2 Ambos os verbos possuem significados
iguais (semelhantes) e são traduzidos
somente por esse significado.
(V1+V2) A tradução é a soma dos significados dos
V1+Prep.+ dois verbos, todavia o V2 passa a ser um
Sub. substantivo e é separado do V1 por uma
preposição.
(V1+V2) A tradução é a soma dos significados dos
V1+Prep.+ dois verbos inserindo um preposição entre
V2 eles.
(V1+V2) A tradução é a soma dos significados dos
V2+V1(ger dois verbos, sendo que o V1 aparece no
úndio) gerúndio e depois do V2.
V1 A tradução é o significados do verbo 1.
V2 A tradução é o significados do verbo 2.
SD A tradução ´´e um significado diferente de
ambos os verbos.
V1+SD A tradução é o significado do verbo 1
juntamente com um significado diferente
do verbo 2.
V1+V3 A tradução é o significado do verbo 1
juntamente com a tradução do verbo 3 (o
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verbo 2 não aparece diretamente na


tradução).
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