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GRANDE DO SUL
ELISANDRA CAMPESTRINI
ELISANDRA CAMPESTRINI
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
This course conclusion work aims to analyze the negative influence of the
media on the population front to the principle of presumption of innocence,
addressing this principle and its application, especially with regard to the
constitutional guarantees of the defendant. Amounts to a reflection on the
responsibility that the media has to avail themselves of freedom of expression and
information to convey criminal facts to population. Talks on ways to control the media
through the Federal Constitution, the Civil Code, Civil Procedure Code, Criminal
Code and the Code of Criminal Procedure. Ends reflecting a need to think about
what is reported in the press, causing people to form their own decisions, trying to
find out if it's true or not what the media offers.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 09
CONCLUSÃO ............................................................................................................... 39
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 42
ANEXO I........................................................................................................................ 46
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INTRODUÇÃO
O direito à informação nada mais é do que dizer que todo o indivíduo tem
direito à uma informação correta e sem alterações, de forma objetiva e plena.
suas publicações para que não haja uma colisão entre direitos fundamentais, haja
vista que o interesse da mídia é audiência e lucro, não havendo preocupação em
preservar o estado de inocência do acusado para que o mesmo seja formalmente
considerado culpado somente após sentença penal transitado em julgado, pela
prática de um delito para depois ser publicado. Isso faz com que com que a
população julgue o acusado de forma equivocada, não priorizando seus direitos
garantidos em lei.
O que se quer é fazer com que as pessoas possam refletir sobre o que é
divulgado na imprensa, formando suas próprias decisões, procurando saber se é
verdadeiro ou não o que a mídia os oferece, não acreditando em tudo o que é
divulgado e opinado jornalisticamente.
Para a realização deste trabalho foi utilizado livros, assim como internet e
noticiários da televisão, buscando apresentar as formas de desrespeito da mídia
com o princípio da presunção de inocência.
O presente trabalho será composto por dois capítulos, sendo que o primeiro
tratará mais especificamente da liberdade de informação, que todos possuem o
acesso à informação, também abordaremos as formas de controle de imprensa, para
que esta tenha conhecimento de que possui liberdade, mas também
responsabilidade sobre tudo o que publica.
1 A LIBERDADE DE INFORMAÇÃO
O direito à informação nada mais é do que dizer que todo o indivíduo tem
direito a uma informação correta, ou seja, eficiente e precisa, de forma objetiva e
plena.
Nesse sentido, Marina David Morales Leal, Tathiane Calister Martins Tozzi e
Daniela Borges Freitas (2015, p. 127), entendem que:
Para que a liberdade de expressão possa cumprir com sua função numa
ordem democrática e plural, Sarlet e Molinaro (2014, p. 129-130) entendem que:
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Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa
ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-
se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alternativa, fixada em lei;
[...]
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e
de comunicação, independentemente de censura ou licença;
[...]
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos
culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e
incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
§ 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares,
indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do
processo civilizatório nacional.
2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta
significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.
3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração
plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à
integração das ações do poder público que conduzem à:
I defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro;
II produção, promoção e difusão de bens culturais;
III formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas
múltiplas dimensões;
IV democratização do acesso aos bens de cultura;
V valorização da diversidade étnica e regional.
[...]
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a
informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão
qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço
à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de
comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e
XIV.
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Para que a opinião pública seja formada sem nenhum tipo de manipulação, a
informação deve ser transmitida por todos os meios existentes, de forma ampla e
livre.
Com o passar dos anos, esta lei sofreu diversas alterações, dentre elas as
mudanças na legitimação da liberdade de expressão de imprensa e de informação,
bem como passou a prever normas de comunicação coletiva, inserir o direito de
resposta, o dever de informar e de ser informado, bem como extinguir a censura.
Todavia, essas modificações não foram suficientes para a permanência da lei no
ordenamento jurídico, fazendo-se necessária a propositura do projeto de lei pelo
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A Lei nº 5.250/67 foi alvo de constantes críticas, tendo sido inclusive objeto de
Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada pelo Supremo Tribunal Federal no ano
de 1992, sendo que na oportunidade os julgadores mantiveram a higidez da lei,
argumentando que o pedido de declaração de inconstitucionalidade seria
juridicamente impossível. De acordo com o voto vencedor, isso se deu ao fato de
que toda nova Constituição priva automaticamente de eficácia as leis em vigor que
sejam incompatíveis com seus dispositivos, ao passo que tal fato afastaria a
possibilidade de argumentar com a inconstitucionalidade superveniente (ABDO,
2011).
Referida Ação Constitucional foi julgada procedente, por maioria, para o fim
de “declarar como não recepcionado pela Constituição de 1988 todo o conjunto de
dispositivos da Lei Federal nº 5.250, de 9 de fevereiro de 1967” (STF, Plenário,
ADPF n. 130-DF, Rel. Min. Ayres Britto,j. em 30-4-2009), abaixo parte do julgado
supra citado, sendo que a ementa completa encontra-se no Anexo 01, vejamos:
Ocorre que, nos dias atuais, a influência da mídia no Judiciário brasileiro, faz
com que a sociedade formule um pré-julgamento daquele indivíduo que está sendo
investigado ou acusado em um processo criminal.
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Assim, é necessário que se faça uma análise dos limites que o princípio da
presunção de inocência pode impor à mídia, visando uma maior segurança aos
direitos do cidadão, bem como a divulgação de informações livres de violações.
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Nos dias de hoje, o papel da mídia é muito importante para se obter uma
informação de qualidade, pois cabe a ela a função de transmitir notícias de forma
que o telespectador receba a verdadeira informação sem ser manipulado.
Nesse sentido, Luciano Luis Almeida Silva (2015, p. 167), destaca que:
Desse modo, Celso Ribeiro Bastos (1989) apud Claudio Henrique Pereira
Gimael (2005, p. 512), manifesta-se da seguinte forma:
Esse princípio segundo Luigi Ferajoli apud Aury Lopes Jr. (2010, p. 192)
decorre do princípio da jurisdicionalidade:
Para que a imprensa cumpra com a sua função é imprescindível que ela seja
livre. Sendo assim, liberta, a mesma deve ser responsável pelo que publica. É nesse
sentido o entendimento de Pasqualini (2009. p. 46):
A imprensa é muito importante para uma comunidade, pois é ela quem leva
informação para a sociedade, determinando um relevante serviço para a população
e para a solidificação da democracia. Sem a imprensa, o entendimento que temos
hoje de democracia e de liberdade possivelmente seria diferente. A opinião pública é
muito importante neste contexto social de transformações (GUERRA, 2005, p. 270).
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Nesse contexto, Carla Gomes de Mello (2010, p. 116-117) refere que a mídia
acaba não respeitando a intimidade dos envolvidos em situações delituosas:
Desse modo, segundo Pereira Neto (2011, p. 107), é preciso que se faça uma
reflexão sobre as consequências que as informações trazidas pela mídia podem
gerar, vejamos:
Neste diapasão, Luciano Luis Almeida Silva (2015, p. 184), menciona que a
mídia não deve utilizar a liberdade que possui para exibir a imagem de acusados
sem nenhuma possibilidade de defesa aos mesmos:
Neste sentido Luciano Luis Almeida Silva (2015, p. 190) refere que:
Sabemos que o que a mídia quer é ibope, e que a sociedade muitas vezes
não tem o discernimento de selecionar o que é bom e o que é ruim daquilo que é
divulgado pela mídia.
CONCLUSÃO
cidadão, a mídia não deve se valer da liberdade de imprensa para transmitir uma
informação parcial e sim a notícia autêntica.
A mídia deveria ter mais respeito e responsabilidade para com o cidadão, pois
muitas vezes não dá para exigir que o mesmo diferencie uma notícia real de uma
fictícia tendo em vista seu nível educacional, afinal não foi para esse fim que a
liberdade de imprensa foi assegurada na nossa Constituição Federal, e sim para que
a informação fosse garantida a todos os cidadãos.
REFERÊNCIAS
<http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28ADPF%2
4%2ESCLA%2E+E+130%2ENUME%2E%29+OU+%28ADPF%2EACMS%2E+ADJ2
+130%2EACMS%2E%29&base=baseAcordaos&url=http://tinyurl.com/aa8meqh>.
Acessado em: 18 de junho de 2015.
FREITAS, Daniela Borges; LEAL, Mariana David Morales; TOZZI, Tathiane Calister
Martins. A influência da mídia no princípio da presunção de inocência no
tribunal do júri. Revista direito e sociedade, 2015. Disponível em
<http://www.aems.edu.br/publicacao/edicaoatual/sumario/2015/Artigo%2013%20-
%20%20A%20INFLU%C3%8ANCIA%20DA%20M%C3%8DDIA%20NO%20PRINC
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AYRES-BRITTO-CONTROLE-DA-IMPRENSA-SO-PODE-SER-FEITO-PELA-
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LIMA, Renato Brasileiro de. Nova prisão cautelar. Niterói: Impetus, 2011.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 5.ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 1989
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