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Ciência da Computação

ARQUITETURA DE COMPUTADORES
MODERNOS
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
Memória Secundária
(parte 3)
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS MAGNÉTICOS
Discos RAID

RAID – Redundant Array of Inexpensive Disks


(denominação adotada por Patterson - 1988)

RAID – Redundant Array of Independent Disks


(denominação adotada pela indústria)
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS MAGNÉTICOS
Discos RAID

O paralelismo nos processadores tem sido cada vez mais


utilizado para aumentar a sua performance.

Em função disto, o mesmo conceito foi aplicado aos


discos para permitir-lhes maior performance.
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS MAGNÉTICOS
Discos RAID

A idéia básica do RAID é:

• Instalar um conjunto de discos próximo ao servidor,


com uma placa controladora RAID em substituição à
SCSI (a placa RAID incorpora a controladora SCSI).
• Continuar a operar normalmente.
• Não há troca de sistema operacional.
• Possibilidade de operação tolerante a falhas.
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS MAGNÉTICOS
Discos RAID
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS MAGNÉTICOS
Discos RAID

A idéia básica do RAID é:


HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS MAGNÉTICOS
Discos RAID

• Para o sistema operacional, e demais softwares, os


discos do conjunto RAID são “enxergados” como um
único disco.
• A controladora do RAID distribui os dados pelos drives,
permitindo operações paralelas.
• Configurações para operações paralelas: RAID nível 0
(zero) até nível 5.
• Configurações para operações tolerantes a falhas:
RAID nível 1 até nível 5.
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS MAGNÉTICOS
Discos RAID
Nível 0 (zero) – Não há tolerância a falhas

Drive 0 Drive 1 Drive 2 Drive 3

Drive virtual único


HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS MAGNÉTICOS
Discos RAID
Nível 0 (zero) – Não há tolerância a falhas
• O arquivo a ser gravado é desmembrado, pela
controladora RAID, em 4 sub-arquivos.
• Em cada drive é gravado apenas ¼ do arquivo. Todos os
sub-arquivos são gravados simultaneamente,
caracterizando o paralelismo na operação.
• Grava-se em faixas consecutivas ao longo dos drives.
• No processo inverso (de leitura), a controladora RAID lê
simultaneamente os 4 sub-arquivos e remonta-os no
arquivo original para entregá-lo ao sistema operacional.
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS MAGNÉTICOS
Discos RAID
Nível 1 – Há tolerância a falhas

Drive Primário Drive Backup


HIERARQUIA DE MEMÓRIA
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Discos RAID
Nível 1 – Há tolerância a falhas
• Numa operação de leitura, qualquer das duas cópias pode
ser acessada, melhorando a performance.
• Na gravação, a performance não é melhor que a do nível 0
(zero).
• O drive backup entra em operação imediata em caso de
falha no drive primário.
• Substitui-se o drive defeituoso e copia-se para ele todo o
conteúdo do drive backup (ou vice-versa, se o defeito
ocorrer no drive backup).
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS MAGNÉTICOS
Discos RAID
Nível 2 – Há tolerância a falhas
• Opera com 7 drives que têm sincronismo da posição
das cabeças de leitura / gravação e sincronismo
rotacional.
• Grava-se um bit em cada drive físico.
• Perdas de bits são recuperadas pelo algoritmo de
Distância de Hamming.

Richard Hamming
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MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS MAGNÉTICOS
Discos RAID
Nível 2 – Há tolerância a falhas
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Discos RAID
Nível 2 – Há tolerância a falhas
Byte
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Discos RAID
Nível 3 – Há tolerância a falhas
• O RAID nível 3 é uma versão simplificada do nível 2.

Dados
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Discos RAID
Nível 3 – Há tolerância a falhas
• Grava-se um bit em cada drive físico.
• Um único bit de paridade é calculado para cada
palavra de dados e escrito no drive de paridade.
• Os drives devem estar sincronizados, pois as palavras
de dados estão espalhadas por vários drives.
• Se um drive falhar, através do bit de paridade é
possível corrigir o byte.
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Discos RAID
Nível 4 – Há tolerância a falhas
Este nível trabalha com faixas e não com palavras com bits
de paridade, portanto não há necessidade de sincronizar os
drives.
Dados Paridade
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Discos RAID
Nível 4 – Há tolerância a falhas
• Os bits de paridade de cada uma das faixas são gravados
em um drive específico.
• Se um dos drives falhar, os bytes perdidos podem ser
recuperados a partir do drive de paridade.
• Problema: se um setor de dados for modificado
(atualizado), será necessário ler todos os drives para
recalcular a paridade (que é da faixa, e não apenas do byte
modificado).
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Discos RAID
Nível 5 – Há tolerância a falhas
O problema apontado no nível 4 é eliminado no nível 5 através
da distribuição uniforme dos bits de paridade por todos os
drives.
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
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Discos RAID
Nível 5 – Há tolerância a falhas

Bits de
Paridade
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Discos RAID
Nível 5 – Há tolerância a falhas

• No caso de falha de um drive, a recuperação do conteúdo


dos dados desse drive será feita através dos bits de
paridade.
• A faixa de paridade num determinado drive não diz
respeito aos dados armazenados no próprio drive físico.
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MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS

• Aceitam uma densidade de gravação muito superior


que aquela dos meios magnéticos.
• Os discos ópticos são gravados por feixes laser.
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MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS
Exemplo:
Para um disco óptico com capacidade para uma hora de
gravação, e submetido a um feixe laser de 6 MHz, qual a
sua capacidade de armazenamento em bits?
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MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS

Exemplo:
f (frequência) = 6 MHz = 6 x 106 Hz = 6 x 106 ciclos/seg
t (tempo) = 1 hora = 3.600 seg = 36 x 102 seg
portanto
c (capacidade) =
f x t = 6 x 106 x 36 x 102 = 216 x 108 = 21,6 x 109 = 20 Gbits
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM

COMPACT
DISK
READ
ONLY
MEMORY
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM

Desenvolvido pela Philips e pela Sony em 1980, e


detalhados pela IS 10149 (International Standards da
ISO).
Especificações:
Diâmetro = 120 mm
Espessura = 1,2 mm
Furo central = 15 mm
Capacidade = de 650 a 700 MB
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM

O CD é gravado por um raio laser infravermelho de alta


potência para queimar buracos de 0,8 mícrons de
diâmetro em um disco mestre coberto por uma camada
de vidro.
Obs.: 1 mícron = 10-6 metros
A partir deste disco mestre é feito um molde, com
saliências onde estavam os buracos feitos pelo laser.
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MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM

Uma resina de poli carbono é inserida nesse molde para


formar um CD com o mesmo padrão de buracos
existente no disco mestre.
Em outras palavras, o CD é prensado. Sua produção,
portanto, ocorre no fabricante. Não é possível produzi-lo
“caseiramente”.
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM

As depressões no policarbono são conhecidas como PITS.


As áreas entre os pits que não foram perfurados são
chamados de LANDS.
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MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM
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MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM

Os pits têm uma altura equivalente a ¼ de comprimento


de onda do laser, a luz refletida de um pit está, portanto,
defasada de ½ comprimento de onda em relação à luz
refletida na superfície do disco.
Como resultado desse efeito, as duas partes interferem
destrutivamente e retornam menos luz para o dispositivo
fotodetector do CD player do que a luz que sai de um
land. É desta maneira que o CD player diferencia um pit
de um land.
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Etiqueta

Policarbono
Alumínio

¼ de comprimento Base plástica


de onda (policarbono)
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Reforço Destruição
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MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM
Portanto:
• Pits geram pontos de destruição de luz (pontos
negros).
• Lands geram pontos luminosos.

Poderia parecer mais simples usar um pit para representar


o zero e um land para representar um 1.
É mais seguro operar com as transições pit/land (ou
land/pit) para representar o 1, e a sua ausência para
representar o zero.
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MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM

0 1 0 0 0 1 1 1

Exemplo:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 Tempo

Direção
do Laser
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MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM

Os dados são gravados no CD na forma de uma espiral, a


qual inicia próximo ao furo central do eixo e se estende
até a borda do CD.
Esta espiral produz 22.188 voltas do disco, e se pudesse
ser “esticada”, mediria 5,6 Km.
Os dados são gravados sobre a espiral em blocos de 2 KB.
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MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM

Espiral
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MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM

Espiral
HIERARQUIA DE MEMÓRIA
MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM

No caso de CDs contendo músicas, é necessário que os


pits e lands sejam sempre lidos à uma mesma velocidade
angular para preservar o ritmo original da música.
Em função disto, a velocidade de rotação do CD precisa
diminuir continuamente na medida em que a cabeça de
leitura se move da parte interna (centro) para a parte
externa (borda) do CD.
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MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM

Na parte interna a velocidade de rotação é de 530 RPM,


e na parte externa é de 200 RPM.
A velocidade linear sobre a espiral deve ser mantida a
120 cm/s (1,2 m/s).
Para CDs contendo software e/ou dados, não há esta
restrição de velocidade.
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MEMÓRIA SECUNDÁRIA: DISCOS ÓPTICOS – CD-ROM

Algoritmo para correção de erros


Cada byte passa de 8 bits para 14.
Quadro = 42 bytes = 42 x 14 = 588 bits.
Setor = 98 quadros = 98 x 42 = 4.116 bytes.
Considerando os bits de controle necessários, temos, por
setor:
Eficiência = no de bytes úteis / no total de bytes
Eficiência = 2.048 / 7.203 x 100 = 28%
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Memória Secundária
(parte 3)

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