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Instituto Pentecostal de

Educação Cristã – IPEC


Trabalho de Introdução ao
Antigo Testamento

Alunos: Jenneffer kelle,


Lucimayre Pinheiro, Elizeu
Sousa, Alessandra Carrias,
Marcio Victor.

Buriticupu – ma
2021
Livro de Gênesis

O livro de Gênesis é o primeiro livro da Bíblia. Ele serve de forma perfeita como
introdução a todo conteúdo. A palavra “Gênesis”, do grego geneseos, significa “origem”
ou “fonte”. Essa palavra traduz o hebraico bereshith, que é a primeira palavra do livro.
Essa palavra hebraica significa “no princípio”.

Em nenhum lugar do livro o autor é mencionado, mas a própria Bíblia testemunha que
Moisés escreveu os cinco primeiros livros da Bíblia, incluindo Gênesis. Portanto, a
tradição judaica e a tradição cristã aceitam que Moisés é o autor desse livro. Mas mesmo
ainda existe alguma discussão em relação à autoria do livro e o período em que foi
escrito.

Alguns acreditam que Gênesis foi escrito após a época de Moisés, enquanto outros
acreditam que o livro foi escrito antes dele. Priorizando o que a própria Bíblia testifica,
o mais certo é que realmente tenha sido Moisés o autor do livro de Gênesis. Ele recebeu
a palavra inspirada pelo Espírito de Deus, e possivelmente teve revelações especiais da
parte do Senhor sob determinados pontos. Além disso, sob a supervisão divina,
provavelmente ele reuniu registros escritos e tradições orais na composição dessa obra.
Isso explica como ele relatou acontecimentos que ocorreram antes de seu tempo. Um
exemplo disto é a expressão “estas são as gerações de”. Esta expressão comum em
Gênesis pode ser traduzida como “estas são as histórias por”.

Com relação a uma data, não é possível determinar com exatidão o ano em que o livro
de Gênesis foi escrito. A data mais aceita entre os estudiosos para a composição de
Gênesis é algo em torno de 1400 a.C. Essa data é estipulada com base em alguns
detalhes internos do próprio livro, e de outros livros bíblicos que mencionam eventos
narrados em Gênesis. Mas isso não significa que o livro como o conhecemos ficou pronto
nessa data. Certamente o livro de Gênesis passou por algumas atualizações posteriores.

Sem dúvida o público original do livro de Gênesis foi o povo de Israel. Provavelmente
Gênesis foi escrito para encorajá-los durante o difícil período do êxodo. Os israelitas
estavam deixando o seu passado no Egito e partindo para conquistar a terra prometida
pelo Senhor. Por isso o livro de Gênesis explica verdades fundamentais ao povo de Israel.
Ele relata a criação de todas as coisas, o início da história da humanidade e a origem do
próprio provo de Israel. O livro de Gênesis mostra como Deus escolheu os israelitas para
um relacionamento exclusivo com Ele.
LIVRO DE ÊXODO

Êxodo é o segundo livro do Antigo Testamento, e seu tema principal é a história de Israel
após a morte de José narrada no último capítulo do livro de Gênesis, passando pela
libertação dos hebreus do Egito até a construção do Tabernáculo. A palavra Êxodo
deriva da palavra grega “exodos” e significa saída ou partida. O livro recebeu esse nome
na septuaginta que é a tradução grega do antigo testamento.

O título original em hebraico era apenas o início da primeira frase do livro: “Estes, pois,
são os nomes dos filhos de…”. A palavra Êxodo serviu perfeitamente ao tema principal
do livro, já que na primeira metade do livro é descrito a saída dos hebreus do Egito e na
segunda metade descreve a formação das leis, instituições e o modelo de adoração em
Israel. É amplamente aceito que o autor do livro de Êxodo é Moisés. Essa conclusão fica
clara ao analisarmos os detalhes do livro, o que confirma que o autor é uma testemunha
ocular dos fatos, dado ao aprofundamento de detalhes descritos, o que significa que não
poderia ser qualquer pessoa já que o autor se mostra extremamente culto e talentoso.
Alguns críticos contestam a autoria do livro de Êxodo por Moisés, e não apenas deste
livro, mas de todo o Pentateuco, afirmando que o livro de Êxodo foi uma obra conjunta
de vários autores finalizada em um período posterior a Moisés. Todavia, os argumentos
contra a autoria de Moisés não são convincentes e não existe qualquer fato que possa
colocar em dúvida essa interpretação. Além disto, dentro do livro também existem
textos que caracterizam a autoria de Moisés, e depois, o próprio Jesus e também seus
discípulos afirmaram que a lei foi escrita por Moisés. Conheça a história de Moisés na
bíblia. Existe muita discussão não apenas referente a data em que o livro foi escrito, mas
também sobre o próprio acontecimento do Êxodo em si. A possibilidade mais aceita
entre os estudiosos fica entre 1445 a.C. a 1400 a.C. Essas datas são baseadas nos textos
bíblicos de 1 Reis 6:1 e Juízes 11:26 respectivamente.

Existe outra possibilidade defendida com base em suposições de datas dos períodos dos
governantes egípcios, e sobre uma data arqueológica do século 13 a.C. que aponta a
destruição de cidades cananeias durante a conquista de Canaã, porém a única
importância desta discussão é servir de esclarecimento cronológico histórico.

O livro de Êxodo é uma continuação natural do livro de Gênesis, ou seja, sem o conteúdo
de Gênesis fica bem difícil compreender os acontecimentos do livro de Êxodo. O
propósito principal do livro é um registro de um dos acontecimentos mais importantes
da História: a libertação do povo de Israel do Egito por intermédio dos atos redentores
de Deus.

O livro de Êxodo mostra Deus como líder do povo de Israel, e seu servo Moisés servindo
como intermediário para tais acontecimentos. Para o povo de Israel, essa revelação
escrita do concerto de Deus para com eles é de suma importância, pois relata o interesse
pessoal de Deus para com aquele povo. Êxodo permite a consciência destes fatos
gerando fé nas gerações posteriores dos hebreus.
LIVRO DE LEVÍTICO

A palavra Levítico deriva do termo em latim que faz referência aos levitas, uma das 12
tribos de Israel. Os levitas eram portadores do sacerdócio menor e tinham a
responsabilidade de oficiar no tabernáculo e, depois, no templo em Jerusalém. O livro
de Levítico contém instruções sobre o cumprimento dos deveres do sacerdócio, como o
sacrifício de animais e outros rituais que ajudariam a ensinar os filhos de Israel a respeito
de Jesus Cristo e Sua Expiação.

O Senhor revelou um propósito primordial para as instruções que deu no livro de


Levítico: “Santos sereis, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”. Ao estudar esse
livro, os alunos podem aprofundar seu entendimento e apreço pela Expiação do
Salvador. Podem também aprender verdades importantes que os ajudarão a ser santos,
isto é, limpos espiritualmente e designados para propósitos sagrados. O ato de viver
essas verdades preparará os alunos para servir ao Pai Celestial e a Seus filhos.

Moisés é o autor de Levítico. Moisés e seu irmão mais velho, Aarão, eram membros da
tribo de Levi. Enquanto Aarão era chamado para presidir o sacerdócio menor, Moisés
detinha a autoridade e as chaves do Sacerdócio de Melquisedeque, que “tem o direito
de presidir e tem poder e autoridade sobre todos os ofícios da Igreja em todas as épocas
do mundo, para administrar em assuntos espirituais”. Portanto, Aarão, seus filhos e
todos os demais da tribo de Levi, que possuíam o sacerdócio menor, agiam sob a
liderança profética de Moisés.
Existem opiniões diversas sobre quando Levítico e os outros livros de Moisés foram
escritos, e não se sabe exatamente onde Moisés estava quando escreveu esse livro.

O livro de Levítico foi descrito como um manual do sacerdócio para Aarão e seus filhos
(que serviam como sacerdotes) e para os levitas em geral. No livro inteiro, contudo, as
instruções do Senhor aos levitas alternam-se com as que Ele deu a toda Israel. Por meio
dessas instruções, aprendemos a respeito das leis, dos rituais, das cerimônias e festas
que ensinariam Israel a ser limpa, santa e diferente do mundo. Por exemplo,
determinada lei inclui as instruções do Senhor quanto a que alimentos eram limpos
(aceitáveis para consumo) e quais alimentos eram imundos (deviam ser evitados).

O cerne do livro de Levítico é o conceito da Expiação; a palavra expiação aparece mais


frequentemente neste livro do que em qualquer outro volume de escrituras. Levítico
descreve em detalhes o sistema de sacrifícios de animais que serviam para lembrar Israel
de que “é o sangue que fará expiação pela alma”. Assim, esses sacrifícios ajudavam
simbolicamente Israel a centralizar o foco no sacrifício de Jesus Cristo, que derramaria
Seu sangue para expiar os pecados da humanidade.
LIVRO DE NÚMERO

O livro de Números tem esse nome por causa das instruções do Senhor a Moisés de
numerar ou contar todos os israelitas homens “da idade de vinte anos para cima, todos
os que em Israel podem sair à guerra”. Moisés contou os homens israelitas duas vezes,
uma no Monte Sinai e outra nas planícies de Moabe, perto de Jericó.

Esse livro também registra as experiências de fé dos israelitas e suas rebeliões ao


vagarem por 40 anos no deserto. Ao estudar o livro dos Números, os alunos aprenderão
sobre a importância de confiar no Senhor e de obedecer a Seus mandamentos, bem
como de apoiar Seus líderes escolhidos.

Moisés é o autor de Números. Ele foi chamado pelo Senhor para libertar os filhos de
Israel do cativeiro no Egito e guiá-los pelo deserto até a terra prometida. Moisés
testemunhou a maioria dos acontecimentos registrados no livro de Números. É possível
que ele tenha confiado no testemunho de outras pessoas, em fontes escritas ou
recebido revelação para obter as informações de fatos que não viu, como as interações
entre Balaão e Balaque. Além disso, os escribas podem ter alterado o texto desse livro,
conforme ilustrado pela parentética observação de que “Moisés [era] mui manso, mais
do que todos os homens que havia sobre a terra”.

Existem opiniões variadas sobre quando Números e os outros livros de Moisés foram
escritos e não se sabe exatamente onde Moisés estava quando escreveu esse livro. No
entanto, o texto fornece informações a respeito dos locais dos acontecimentos
registrados. Por exemplo, registra os eventos ocorridos antes de Moisés e os filhos de
Israel terem saído do Monte Sinai. As experiências de Israel no deserto. Finalmente,
Números 22 - 36 relata os acontecimentos transcorridos nas planícies de Moabe (na
fronteira leste de Canaã) quando Israel se preparava para entrar na terra prometida.

O livro de Números fornece informações de um censo que nos ajuda a entender o


tamanho da população de Israel no começo e perto do fim de suas peregrinações no
deserto. Também faz um esboço da organização do acampamento de Israel, discute as
responsabilidades dos levitas e explica os propósitos e as condições do voto nazireu.

Além disso, esse livro registra muitos incidentes nos quais os filhos de Israel se
rebelaram contra o Senhor e Moisés, o que trouxe consequências adversas sobre eles.
Além de ilustrar os efeitos da justiça divina, o livro testifica da misericórdia e da natureza
benevolente de Jeová. Ao mandar, por exemplo, Moisés levantar uma serpente de metal
numa haste, o Senhor preparou um meio para que Seu povo superasse os efeitos de sua
rebelião. Essa experiência tornou-se um meio importante de ensinar aos israelitas a
missão redentora e a Expiação de Jesus Cristo.
LIVRO DE DEUTERONÔMIO

O livro de Deuteronômio contém as últimas palavras de Moisés aos filhos de Israel antes
de entrarem na terra de Canaã, com Josué como líder. O título do livro significa “segunda
lei” ou “repetição da lei”, pois, em seus sermões finais, Moisés repetiu aos israelitas
muitas leis e muitos mandamentos que faziam parte de seu convênio com o Senhor.

Moisés também exortou os israelitas a lembrarem-se de guardar seus convênios quando


lhes ensinou as consequências tanto da obediência quanto da desobediência às leis e
aos mandamentos do Senhor. À medida que os alunos estudarem Deuteronômio, vão
aprender a importância de olhar para as experiências espirituais passadas e lembrar-se
de guardar as leis, os convênios e os mandamentos do Senhor para que tenham as
mesmas promessas de posteridade e proteção da antiga Israel.

Moisés é o autor de Deuteronômio. No decorrer do livro, vemos que Moisés cumpriu


seu papel divino de “grande legislador de Israel”. Moisés também foi um protótipo do
Messias, Jesus Cristo. O capítulo final de Deuteronômio fala sobre a morte de Moisés;
contudo, outras escrituras esclarecem que Moisés não morreu, mas foi transladado.
Moisés “foi ao Monte da Transfiguração e concedeu as chaves do sacerdócio a Pedro,
Tiago e João. Com esse acontecimento, ocorrido antes da Ressurreição de Jesus,
entendemos que Moisés era um ser transladado e não tinha morrido, como relatado
em Deuteronômio 34. Nesta dispensação, Moisés também apareceu como um ser
ressuscitado no Templo de Kirtland (seguido por Elias e Elias, o profeta) e conferiu as
chaves do sacerdócio a Joseph Smith e Oliver Cowdery. A explicação da suposta morte
de Moisés e do subsequente elogio fúnebre foram acrescentados após Moisés ter sido
transladado. Moisés proferiu os sermões registrados em Deuteronômio cerca de 40
anos após o Senhor ter tirado os israelitas do Egito. Quando Moisés deu esses sermões,
ele e os filhos de Israel estavam acampados no lado leste do Rio Jordão, bem ao lado da
terra prometida. Há várias opiniões sobre quando o livro de Deuteronômio e os outros
livros de Moisés foram compilados.
O livro de Deuteronômio contém os três últimos grandes sermões de Moisés aos filhos
de Israel. “O primeiro discurso é introdutório. O segundo discurso consiste em duas
partes: (1) 5–11 — os Dez Mandamentos e uma explicação prática deles e (2) 12–26 -
um código de leis que constituem o núcleo de todo o livro. O terceiro discurso é uma
solene renovação do convênio entre Deus e Israel e a declaração das bênçãos que a
obediência proporciona e das maldições que acompanham a rebeldia” (Guia para
Estudo das Escrituras. Esses sermões contêm as súplicas sinceras de Moisés aos israelitas
para que se lembrassem do Senhor e vivessem Suas leis na terra prometida. As
instruções registradas em Deuteronômio foram especificamente direcionadas à nova
geração cujos pais tinham morrido no deserto após sua rebelião.

Uma das características mais notáveis do livro de Deuteronômio é a frequência com que
é citado em outras escrituras. Dos cinco livros de Moisés, Deuteronômio é o mais citado
pelos profetas do Velho Testamento. Também é citado ou mencionado quase cem vezes
no Novo Testamento. Jesus usou versículos de Deuteronômio para livrar-se das
tentações de Satanás e para explicar qual era o maior de todos os mandamentos da lei.
LIVRO DE JOSUÉ

O livro de Josué relata a entrada dos israelitas na terra prometida sob a liderança do
Profeta Josué. Ao estudar esse livro, aprendemos princípios que podem ajudá-nos a ter
coragem e força em meio à oposição. Aprendemos também lições importantes com o
sucesso que os israelitas tiveram devido a sua obediência ao Senhor e com seu fracasso
por causa de sua desobediência.

Não sabemos com certeza quem escreveu o livro de Josué. O livro tem o nome de Josué
— sua figura principal e sucessor de Moisés como profeta do Senhor para Israel. Perto
do final do ministério de Josué, depois que os israelitas fizeram um convênio de não
servir a falsos deuses na terra prometida, o narrador do livro relata que “Josué escreveu
estas palavras no livro da lei de Deus”. Essa passagem pode indicar que Josué escreveu
pelo menos uma parte do livro que leva seu nome.

Como no caso de muitos profetas do Senhor no Velho Testamento, o ministério de Josué


foi simbolicamente um prenúncio do ministério do Filho de Deus: “Assim como Moisés,
em seu papel de profeta, legislador, mediador e libertador era um protótipo de Jesus
Cristo, também Josué, que conduziu Israel à terra prometida, foi um protótipo de Jesus,
o qual leva todos os fiéis à sua terra prometida definitiva, o reino celestial.

Há várias opiniões sobre quando o livro de Josué foi escrito. Alguns detalhes no livro de
Josué dão a entender que pode ter sido escrito durante ou logo após o período de vida
de Josué (segundo alguns eruditos, entre os séculos 15 e 13 a.C.). Por exemplo, Josué 6;
25 declara que Raabe, que foi salva em Jericó, “habitou no meio de Israel até ao dia de
hoje”, indicando que Raabe e outros contemporâneos de Josué ainda estavam vivos
quando esse livro foi escrito. É provável que o livro tenha sido escrito na terra de Canaã.

O livro de Josué é uma continuação dos cinco livros de Moisés (Gênesis–Deuteronômio)


e descreve como o Senhor ajudou os israelitas a obter a terra prometida. O relato da
conquista mostra que, quando os israelitas obedeciam estritamente aos mandamentos
do Senhor, Ele deva-lhes a vitória sobre seus inimigos. Os dois últimos capítulos do livro
(Josué 23-24) salientam a importância de servir ao Senhor em vez de a falsos deuses na
terra de Canaã, prenunciando um importante problema que os israelitas enfrentariam
no futuro, como registrado no livro dos Juízes e em muitos outros livros do Velho
Testamento.
LIVRO DE JUÍZES

O livro dos Juízes foi assim chamado por causa dos vários governantes, chamados
“juízes” (juízes 2:16-19), que são as figuras centrais do livro. Em geral, esses juízes eram
mais líderes militares e guerreiros do que pregadores da retidão. O livro narra os atos
de muitos desses líderes, sendo que alguns deles ajudaram a libertar os israelitas dos
efeitos de seu comportamento pecaminoso. Ao Estudarmos o livro dos Juízes, nós
aprendemos que o Senhor permite que seu povo sofra as consequências de sua
infidelidade a Ele.
Não sabemos quem escreveu o livro dos Juízes. Uma tradição judaica diz que Samuel
escreveu ou compilou o livro. Contudo, o livro reflete a perspectiva de uma época muito
posterior, após a conquista das tribos do norte de Israel pela Assíria por volta de 721 a.C..
Essa perspectiva leva a crer que o autor ou os autores viveram muito depois da época
de Samuel. Não sabemos quando o livro dos Juízes foi escrito, mas a maioria dos eruditos
da Bíblia acredita que Juízes, bem como outros livros históricos do Velho Testamento,
foi compilado em sua forma atual em alguma momento do final do 7º ou início do 6º
século a.C. Também não sabemos onde o livro foi escrito.
O livro dos Juízes conta a história dos filhos de Israel da época em que se estabeleceram
na terra de Canaã após a morte de Josué até o nascimento de Samuel
(aproximadamente 1400 a.C.–1000 a.C.). Além da curta narrativa do livro de Rute, Juízes
fornece o único relato bíblico desse período. O livro dos Juízes descreve um ciclo que se
repetiu inúmeras vezes durante o reinado dos juízes. Como os israelitas não
conseguiram acabar com as influências iníquas da terra prometida, envolveram-se em
pecados e foram conquistados e afligidos por seus adversários. Após os israelitas
clamarem ao Senhor pedindo ajuda, Ele enviou juízes para libertá-los de seus inimigos.
No entanto, os israelitas logo voltaram a pecar, e esse ciclo se repetiu.
O livro menciona o nome de 12 juízes que governaram Israel com diferentes graus de
sucesso. O relato de Débora como juíza de Israel é único, considerando a sociedade
patriarcal em que ela vivia. Gideão, como muitos que foram chamados e escolhidos pelo
Senhor, achava que não tinha capacidade para liderar, mas, como os israelitas confiaram
no Senhor, ele e 300 soldados alcançaram a vitória sobre um imenso exército de
midianitas. Sansão é outra figura notável do livro dos Juízes. A história marcante dos
acontecimentos que levaram a seu nascimento “tem paralelo com os relatos de outros
importantes personagens da Bíblia (como Moisés, Samuel, João e Jesus), cujo
nascimento foi relatado para enfatizar o envolvimento divino e o significado de sua
missão na vida”.
Apesar desse início promissor e da grande força física que o Senhor lhe deu, Sansão
acabou não conseguindo ajudar os israelitas a se voltarem para o Senhor e a
abandonarem seus pecados, algo que precisavam fazer para que o Senhor os libertasse
de seus inimigos. Em juízes 17-21, lemos sobre a ilegalidade e a desordem que reinavam
entre as tribos de Israel sob o governo dos juízes, pois colocaram sua confiança na
sabedoria dos homens e decidiram desobedecer aos mandamentos do Senhor. Na
última linha do livro, o autor escreve: “Naqueles dias não havia rei em Israel; porém cada
um fazia o que parecia reto aos seus olhos” (juízes 21:25).
LIVRO DE RUTE

No livro de Rute, lemos uma comovente história de conversão, coragem, determinação,


lealdade e fidelidade. A compaixão e o amor entre Noemi e sua nora, Rute, inspiram os
que estudam esse livro a refletir sobre seus relacionamentos tanto dentro como fora da
família. O livro de Rute também pode ensinar aos alunos como o Senhor cuida e abençoa
os que O seguem e obedecem a Seus ensinamentos.
Não se sabe quem foi o autor do livro de Rute. Como não se sabe quem escreveu o livro
de Rute, é difícil determinar quando foi escrito. Contudo, há algumas pistas que ajudam
a dar uma ideia geral do período em que ele se situa. O livro de Rute conta a história da
família de Elimeleque, que viveu durante a época dos juízes. Mas como o livro contém
a genealogia de Davi, o livro de Rute pode ter sido escrito depois da época de Davi ou
Salomão, provavelmente após o exílio babilônico.

O livro menciona questões-chave do período pós-exílio, inclusive o casamento entre


pessoas de nações diferentes, como Amom e Moabe. O livro também fala sobre a crença
de alguns judeus dessa época de que eles deveriam manter-se separados
completamente de pessoas que não fossem descendentes de israelitas. O livro de Rute
parece fornecer um valioso equilíbrio, lembrando aos leitores que a bisavó do
reverenciado rei Davi foi uma mulher justa de Moabe que se converteu à religião
israelita e se casou dentro do convênio. Rute demonstrou bondade aos outros e
lealdade ao Senhor. Uma das mensagens principais do livro de Rute é a de que tal
fidelidade é mais importante do que a etnia.

O livro de Rute é um dos dois únicos livros do Velho Testamento cujo título leva o nome
de uma mulher e contém exemplos de uma mulher de fé, força e bondade. O livro
caracteriza-se pela esperança e pelo otimismo, narrando a jornada de Rute e Noemi da
tristeza para a felicidade e do vazio para a plenitude.

Um tema proeminente no livro de Rute é o da redenção, que se aplica a todos nós. Rute
era estrangeira, não tinha filhos e era viúva, o que a deixou na total pobreza, sem
nenhuma fonte de sustento. Contudo, Rute aceitou o evangelho com fé e uniu-se ao
povo do convênio do Senhor. Embora não pudesse se livrar de sua situação de pobreza,
no final foi “redimida” por um parente, Boaz, um homem de Belém. Devido a sua
demonstração de fé e à bondade de seu redentor, Rute casou-se novamente, foi
plenamente aceita como israelita, tornou-se dona de certa riqueza e foi abençoada com
filhos. Assim como Rute, não podemos salvar a nós mesmos, mas podemos confiar no
Redentor de Belém, Aquele que é capaz de nos tirar de um estado decaído e assegurar
nossa felicidade como parte de Sua família. Dado esse tema de redenção, é interessante
notar que Jesus Cristo, o Redentor de Israel e de toda a humanidade, foi um dos
descendentes de Rute.
LIVRO DE I SAMUEL

O livro de I Samuel narra o ministério do Profeta Samuel, que “restaurou a lei e a ordem
e a adoração religiosa regular na terra”, depois que os israelitas se esqueceram do
Senhor e adoraram ídolos em muitas ocasiões ao longo do reinado dos juízes. Um dos
temas principais de I Samuel é a importância de honrarmos ao Senhor. Em I Samuel 2:30,
lemos: “Aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados”.
Em outras palavras, o Senhor abençoará aqueles que o honram e guardam seus
mandamentos, e aqueles que não o fazem não receberão Suas bênçãos.

Vários relatos contidos em I Samuel ilustram esse tema. Ana honrou o Senhor e pediu
um filho, e o Senhor abençoou Ana com um filho. Samuel, o filho de Ana, também foi
abençoado por dar ouvidos ao Espírito e obedecer ao Senhor. Saul não continuou a
honrar o Senhor, por isso o Senhor nomeou Davi para substituí-lo como rei. Quando
jovem, Davi exerceu fé no Senhor, que o abençoou para que conseguisse matar Golias.
À medida que os alunos estudarem o livro de I Samuel, eles podem aumentar sua fé
sabendo que serão abençoados se honrarem o Senhor e obedecerem a Ele.

“Não se sabe ao certo quem foi o autor e quando foi escrito (o livro de I Samuel). Para
compilar essa narrativa, sem dúvida ele deve ter usado vários escritos já existentes que
encontrou, inclusive as crônicas estatais (entre as quais estavam os escritos de Samuel,
Natã e Gade).
Não se sabe ao certo quando e onde foram escritos os livros de Samuel. “Originalmente,
I e II Samuel eram um único livro na Bíblia hebraica. A divisão em dois livros separados
provavelmente ocorreu quando o livro de Samuel foi traduzido para o grego, quando foi
necessário que o livro fosse dividido em dois rolos de pergaminho em vez de um único
rolo”.
O livro de I Samuel pode ser dividido em três seções principais, cada qual se
concentrando numa pessoa diferente. Os capítulos 1-7 relatam as ações de Samuel, o
sacerdote, profeta e juiz justo. Os capítulos 8-15 se concentram em Saul, o primeiro rei
de Israel. Os capítulos 16-31 descrevem a ascensão de Davi.
A primeira seção começa com a história da mãe de Samuel, Ana. Sua dedicação a Deus
ajudou a preparar seu filho para cumprir seu papel como um vigoroso profeta para um
povo apóstata. Essa história é uma das poucas significativas nas escrituras que retratam
uma mulher de extraordinária fé no Senhor e destacam o influente papel das mulheres
no cumprimento de Seus propósitos.

Outra característica marcante do livro é seu relato da transição de uma forma de


governo para outra. Após passar muitos anos como uma confederação tribal governada
de modo esporádico e irregular por juízes, os filhos de Israel desejarem ter um rei “como
o têm todas as nações”. Sob a direção do Senhor, Samuel ungiu Saul para ser o primeiro
rei de Israel. Contudo, Samuel advertiu aos israelitas sobre o que lhes adviria se
decidissem ser governados por um rei.
LIVRO DE II SAMUEL

O livro de II Samuel começa narrando a ascensão de Davi e seu governo como rei de
Israel, ilustrando a generosidade e bondade do Senhor para com aqueles que são fiéis a
Ele. Contudo, ao relatar os pecados de Davi e de seus filhos Amnom e Absalão, esse livro
também mostra a tristeza e a tragédia que acompanham a violação dos mandamentos
do Senhor.

Por meio de seu estudo do livro de II Samuel, nós podemos aprender que, se não formos
fiéis no cumprimento dos mandamentos de Deus, podemos cometer erros que vão
alterar drasticamente o curso de nossa vida e trazer consequências prejudiciais para nós
mesmos e para outros.

Não se sabe ao certo quem escreveu II Samuel. Os livros de I e II Samuel eram


originalmente um único livro de escrituras. Não se sabe ao certo quando e onde foi
escrito o livro de II Samuel.

O livro de II Samuel narra a unção e o governo de Davi como rei de Israel. Davi é
lembrando como o maior rei da história de Israel. Graças à fidelidade de Davi, o Senhor
o abençoou e honrou. Contudo, II Samuel ilustra que até os mais justos podem cair se
não forem diligentes em cumprir os mandamentos.

O Capitulo 11 explica como a decisão de Davi de cometer adultério com Bate-Seba levou
Davi a seguir o caminho do engano e de maiores pecados. O restante de II Samuel
descreve o sofrimento e a dor que advieram à casa de Davi. Essa história presta um
valioso testemunho de que precisamos guardar-nos contra a tentação e assegurar-nos
de cumprir os mandamentos de Deus.
LIVRO DE I REIS

O livro de I Reis fornece um relato da morte de Davi, do reinado de seu filho Salomão e
do declínio e da divisão do reino de Israel depois que Salomão e muitos de seus
sucessores se voltaram para a adoração de ídolos. Também relata o ministério do
Profeta Elias entre as dez tribos de Israel ao norte. Ao estudarmos esse livro, podemos
aprender verdades que vão ajudá-los a entender a importância de adorar ao Senhor em
seu templo, casar dentro do convênio, fazer escolhas corretas e ouvir a voz mansa e
delicada do Senhor.

“Os livros [de I e II Reis] foram compilados por um autor desconhecido a partir de vários
documentos escritos, inclusive as crônicas estatais”. As crônicas estatais não eram os
livros de I e II Crônicas, mas uma coletânea de registros mantidos sob a direção dos reis
de Israel.

Não se sabe ao certo quando e onde foram escritos os livros de I e II Reis. Em certa
época, I e II Reis eram um único livro chamado Reis. A divisão que criou os livros de I e II
Reis atuais ocorreu quando a Bíblia foi traduzida para o grego.

Os livros de I e II Reis cobrem mais de 400 anos da história dos israelitas, começando
pela morte do rei Davi (aproximadamente 1015 a.C.) e concluindo com a morte do rei
Joaquim (em algum momento após aproximadamente 561 a.C.). Esses livros são ricos
em história e doutrina e fornecem os fundamentos históricos e o contexto de uma parte
significativa do Velho Testamento. Por exemplo: no livro de I Reis, lemos sobre a
ascensão do rei Salomão, que construiu e dedicou um templo ao Senhor. O livro de I
Reis também explica que Salomão se casou com mulheres fora do convênio. Muitas
dessas mulheres afastaram o coração de Salomão do Senhor, levando-o a adorar deuses
falsos. A decisão de Salomão de afastar-se do Senhor acabou resultando na
disseminação da idolatria em Israel e na divisão do reino.

Além disso, o livro de I Reis apresenta ao leitor o destemido e nobre Profeta Elias. O
Profeta Joseph Smith ensinou que Elias “possui as chaves da autoridade para ministrar
em todas as ordenanças do sacerdócio” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:
Joseph Smith, 2007, p. 325). “O poder de Elias, o profeta, é o poder selador do
sacerdócio, pelo qual todas as coisas que são ligadas ou desligadas na Terra são ligadas
ou desligadas nos céus” (Guia para Estudo das Escrituras, Por meio do poder do
sacerdócio, Elias fez com que uma seca durasse três anos e meio, reviveu os mortos,
invocou fogo do céu e profetizou a queda do rei Acabe e sua mulher Jezabel, que juntos
governavam de modo iníquo no reino de Israel, ao norte.
LIVRO DE II REIS

O livro de II Reis descreve a história do reino de Israel, ao norte, e do reino de Judá, ao


sul, concentrando-se nos sucessos e fracassos espirituais de cada reino. O livro também
explica por que Israel e Judá perderam a proteção do Senhor e foram conquistados. O
estudo de I e II Reis pode ajudar os alunos a entender os fundamentos históricos de
muitos dos livros proféticos do Velho Testamento. Podemos aplicar as lições registradas
pelos autores de II Reis à própria vida deles de modo a permitir que recebam a proteção
do Senhor e não cedam às tentações.

“Os livros [de I e II Reis] foram compilados por um autor desconhecido a partir de vários
documentos escritos, inclusive as crônicas estatais”. As crônicas estatais não eram os
livros de I e II Crônicas, mas uma coletânea de registros mantidos sob a direção dos reis
de Israel.

Não se sabe ao certo quando e onde foram escritos os livros de I e II Reis. Em certa
época, I e II Reis eram um único livro chamado Reis. A divisão que criou os livros de I e II
Reis atuais ocorreu quando a Bíblia foi traduzida para o grego.
Os livros de I e II Reis cobrem mais de 400 anos da história dos israelitas, começando
pela morte do rei Davi (aproximadamente 1015 a.C.) e concluindo com a morte do rei
Joaquim (em algum momento após aproximadamente 561 a.C.).

O livro de II Reis explica as causas da dispersão de Israel. Devido à iniquidade do povo


do reino de Israel, ao norte, eles foram conquistados pela Assíria por volta de
721 a.C. Infelizmente, Judá não aprendeu com os erros de Israel. Embora alguns dos reis
de Judá mencionados em II Reis tenham sido fiéis e obedientes, houve muitos que foram
iníquos. Um deles foi o rei Manassés, cuja iniquidade fez com que Judá perdesse sua
proteção divina. A Babilônia derrotou o reino do sul e levou seu povo cativo (587 a.C.),
cumprindo a profecia de Leí de que Jerusalém seria destruída.
Os milagres registrados em II Reis são exemplos memoráveis do poder do Senhor.

O livro relata que o Profeta Elias dividiu o Rio Jordão e foi levado para o céu numa
carruagem de fogo. O sucessor de Elias, Eliseu, também dividiu o Rio Jordão. Eliseu
também reviveu os mortos, instruiu Naamã a banhar-se sete vezes no Rio Jordão para
que Naamã pudesse ser curado de sua lepra, fez com que a cabeça de um machado
flutuasse e profetizou uma fome que durou sete anos.

Além disso, o livro de II Reis descreve o ambiente do ministério de Isaías no reino de


Judá, ao sul. O livro relata que Isaías aconselhou o justo rei Ezequias de Judá e profetizou
que a Babilônia conquistaria e espoliaria Judá.
LIVRO DE I e II CRÔNICAS

Uma crônica é um relato de acontecimentos históricos apresentados na ordem em que


ocorreram. Estudar os livros de I e II Crônicas nos ajuda a entender a abrangente história
do antigo povo do Senhor desde o tempo de Adão até a época do rei Ciro da Pérsia.
Embora I e II Crônicas contenham muito da mesma história que se encontra em I e II
Reis, há mais detalhes em Crônicas que esclarecem como o Senhor interagiu com Seu
povo, especialmente durante o reinado dos reis.

Embora não saibamos exatamente quem escreveu ou compilou as informações


históricas em I e II Crônicas, “os livros contêm várias referências das fontes de onde
derivam as informações; por exemplo, ‘o livro das crônicas de Natã, o profeta, e as
profecia de Aías, o silonita, e as visões de Ido, o vidente’ (II Cr. 9:29; 12:15; 13:22; 20:34;
26:22; 32:32; 33:18.

Essas passagens tornam claro que, desde o início do reinado, os escritores que viviam
na época dos acontecimentos descritos, geralmente profetas, registraram a história de
seu próprio tempo. Esses registros, junto com os livros de Samuel e Reis, formaram o
material do qual foram compilados os livros das Crônicas, sendo que os compiladores
escolheram os trechos de acordo com o propósito de sua compilação”.

Não sabemos quando ou onde os livros de I e II Crônicas foram escritos. No entanto, II


Crônicas menciona o decreto feito pelo rei Ciro da Pérsia permitindo que os judeus
retornassem a Jerusalém. Essa inclusão pode sugerir que os livros das Crônicas, ou pelo
menos parte deles, foram compilados em algum momento depois de 537 a.C., quando o
rei Ciro fez esse decreto. Originalmente, I e II Crônicas eram um livro só.

Embora os livros de Reis e os livros de Crônicas cubram muito do período da história


israelita, os livros das Crônicas enfatizam o reino do sul (Judá) e geralmente apenas
mencionam o reino do norte (Israel) ao descrever o modo como interagia com Judá.
Vários detalhes não encontrados nos livros de Samuel e I e II Reis estão incluídos em
Crônicas, tal como uma profecia de Elias, o profeta, a respeito do iníquo rei Jeorão.
“Embora os eventos seculares não estejam excluídos dos livros de I e II Crônicas, os
autores enfatizam muito os aspectos eclesiásticos e religiosos da história e o progresso
da adoração no templo de Jerusalém”.
LIVRO DE ESDRAS

O livro de Esdras traz um relato da volta de dois grupos de judeus da Babilônia para
Jerusalém, onde reconstruíram o templo e sua comunidade. Ao estudarmos o livro de
Esdras, nós aprendemos como o Senhor dá a seu povo a capacidade de vencer a
oposição e fazer sua vontade. Também aprendemos sobre a importância de não repetir
os pecados de gerações anteriores.

Embora o livro de Esdras contenha alguns trechos escritos como memórias em primeira
pessoa, não sabemos quem adicionou esse material ao restante da narrativa. Muitos
estudiosos acreditam que a pessoa que compilou o livro de Esdras também compilou ou
escreveu I e II Crônicas e Neemias.

Não sabemos quando ou onde foi escrito o livro de Esdras. As estimativas a respeito de
quando o livro de Esdras foi escrito geralmente vão do ano 440 a 300 a.C. Embora a maior
parte do livro tenha sido escrita em hebraico, partes dele foram redigidas em aramaico,
o idioma do Império Persa.

A inclusão do aramaico pode indicar que partes do livro de Esdras foram escritas durante
ou após o período no qual o Império Persa dominou Israel (por volta de 530–334 a.C.).

Um dos acontecimentos mais notáveis narrado no livro de Esdras é o término das obras
do templo em Jerusalém, que fora destruído muitos anos antes pelos babilônios. Esdras
1-6 contém um relato do retorno do primeiro grupo de judeus para Jerusalém por volta
de 537 a.C. e seus esforços para reconstruir o templo.

Esdras 7-10 contém um relato do retorno de Esdras para Jerusalém por volta de
458 a.C. e seu empenho para ajudar os judeus que lá viviam a guardar o mandamento do
Senhor de não se casar fora do convênio.
LIVRO DE NEEMIAS

O livro de Neemias conta a história de Neemias, um líder dos judeus que regressara a
Jerusalém. Sob sua direção, foram reconstruídos os muros de Jerusalém. Contudo,
“Neemias não se contentou simplesmente em erguer estruturas físicas, mas desejava
também que seu povo fosse edificado espiritualmente” e ajudou os judeus a “assumir o
controle de sua vida, suas terras e seu destino como o povo de Deus”.

Ele também foi um exemplo de muitas qualidades nobres. “Ele era humilde, motivado,
confiante na vontade de Deus, cheio de iniciativa, dotado de grande fé, destemido,
organizado, obediente e justo”. Ao estudarmos o livro de Neemias, teremos não
somente um exemplo de liderança correta como vamos aprender o valor de fortalecer-
se espiritualmente.

Não se sabe quem foi o autor do livro de Neemias. No entanto, o livro tem um estilo
autobiográfico. Neemias 1:1 menciona que se trata das “palavras de Neemias, filho de
Hacalias”, e o restante da narrativa foi escrita principalmente na primeira pessoa. Isso
pode levar a crer que pelo menos partes do livro foram escritas pelo próprio Neemias.
A data e o local em que foi escrito o livro de Neemias são desconhecidos. No entanto,
Neemias 1:1 menciona que o registro começou em Susã, na Pérsia, no “ano vigésimo”
do reinado do rei Artaxerxes da Pérsia, que governou de 465 a.C. a 424 a.C.

O livro de Neemias é a continuação do relato que começa no livro de Esdras. Os livros


de Esdras e Neemias constituíam originalmente um único livro no cânone escriturístico
hebraico e foram divididos em dois no terceiro século d.C.
O livro de Neemias registra um período importante na história judaica, que incluiu a
reconstrução da cidade de Jerusalém e a reedificação da vida espiritual dos judeus que
tinham voltado do cativeiro. Quando os israelitas voltaram para Jerusalém após a longa
escravidão na Babilônia, encontraram sua cidade em ruínas. O muro protetor em volta
da cidade de Jerusalém tinha sido reduzido a escombros, o que deixava os israelitas
vulneráveis a ataques dos inimigos. Sob a direção de Neemias, os israelitas começaram
a reconstruir a muralha.

Durante as obras, os israelitas enfrentaram oposição. Quando os inimigos de Neemias


tentaram distanciá-lo da empreitada, ele respondeu: “Faço uma grande obra, de modo
que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter
convosco?” (Neemias 6:3). Com isso, Neemias demonstrou seu comprometimento para
com a promessa que fizera ao Senhor de reconstruir Jerusalém. Neemias pode servir de
exemplo para nós da importância de permanecermos fiéis ao Senhor mesmo em meio
à oposição.
LIVRO DE ESTER

O livro de Ester traz um exemplo excelente do poder e da influência para o bem que
uma pessoa pode exercer. Na condição de judia exilada na Pérsia, Ester chegou à alta
posição de rainha da Pérsia e depois se viu diante da possibilidade de ser executada
juntamente com o restante de seu povo. Ao estudarmos esse livro, nós podemos
aprender sobre a importância de agir com coragem em situações aterradoras e como
desenvolver confiança em Deus.

Não sabemos quem escreveu o livro de Ester. Não sabemos quando ou onde foi escrito
o livro de Ester. Contudo, os acontecimentos desse livro se deram enquanto muitos
judeus estavam vivendo na Pérsia depois de serem deportados de Jerusalém. “A maioria
dos estudiosos situa os acontecimentos narrados no livro de Ester entre 482 a.C. e
478 a.C.”.

O livro de Ester é um dos dois únicos livros do Velho Testamento que levam o nome de
uma mulher no título. Além disso, “o livro de Ester não contém referências diretas a
Deus, mas Ele está subjacente a tudo, já que o livro deixa entrever um destino
providencial e fala de jejuar pela libertação”.

Embora o livro de Ester venha depois do livro de Neemias na Bíblia, segundo alguns
estudiosos os acontecimentos registrados em Ester podem ter ocorrido cerca de 30 anos
ou mais antes dos fatos narrados no livro de Neemias.
LIVRO DE JÓ

Uma das perguntas mais básicas com que qualquer pessoa de fé pode debater-se é por
que coisas ruins acontecem com pessoas boas. O livro de Jó contém o relato de um
homem íntegro que permaneceu fiel mesmo em meio a duras provações.

A experiência de Jó nos convida a refletir sobre perguntas difíceis a respeito das causas
do sofrimento, a fragilidade da existência humana e os motivos para crer em Deus
mesmo quando a vida parece injusta. Ao longo de todas as suas provações, Jó manteve
sua integridade e sua confiança em Deus, mesmo quando alguém o instou a “amaldiçoar
a Deus, e morrer” (jó 2:9). Já que todos nós podemos sentir-nos como Jó num momento
ou outro, esse livro nos oferece uma análise pungente de algumas das perguntas mais
difíceis da vida.

Não sabemos quem escreveu o livro de Jó. Não sabemos quando ou onde foi escrito o
livro de Jó. O livro de Jó foi escrito quase inteiramente em linguagem poética, com um
prólogo e um epílogo em prosa, e costuma ser classificado como literatura de sabedoria.

Uma das qualidades mais singulares do livro é que ele faz duas perguntas difíceis —
“Por que as pessoas justas escolhem a retidão?” e “Por que os justos sofrem?” — mas
não oferece respostas simples. Na verdade, o livro de Jó convida os leitores fiéis a
exercerem fé em Deus, como quando Jó disse acerca do Senhor: “Ainda que ele me
mate, nele esperarei” (jó 13:15). O livro também exorta os fiéis a olharem além das
tribulações desta vida em direção à gloriosa Ressurreição possibilitada pelo Salvador,
pois Jó testificou corajosamente: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e (…) em
minha carne verei a Deus” (jó 19:25-26).

O livro de Jó também se destaca por uma passagem que confirma a realidade da vida
pré-mortal, quando “as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos
de Deus jubilavam” por ocasião da Criação da Terra (jó 38:7).
As revelações modernas confirmam a existência do homem Jó.

Conforme registrado em Doutrina e Convênios, Jesus Cristo consolou o Profeta Joseph


Smith comparando suas aflições com as de Jó: “Ainda não estás como Jó; teus amigos
não discutem contigo nem te acusam de transgressão, como fizeram a Jó”
LIVRO DE SALMOS

Ler e ponderar o livro de Salmos pode nos aproximar mais de Deus e ajudar a nós sentir
seu amor. Salmos é uma fonte de inspiração para a adoração desde a antiguidade e
continua a ser muito usado no louvor e no estudo tanto por judeus como cristãos.

Como uma coleção de hinos, súplicas e louvores poéticos da antiga Israel, o livro de
Salmos pode tocar a gente a pensar em maneiras de adorar o Senhor, pedir sua
libertação e agradecer por sua ajuda. Estudar os princípios do livro de Salmos pode
trazer paz a nós e inspirá-los a louvar a Deus e confiar Nele.

O livro de Salmos atribui pelo menos 73 (ou cerca da metade) dos salmos a Davi e os
demais salmos a outros autores, entre eles Asafe (salmos 50;73-83) e a Hemã (salmos
88). Contudo, essas atribuições aparecem em títulos que “são acrescentados a alguns
salmos, mas não se sabe ao certo se eles são tão antigos quanto as palavras às quais
estão atrelados”.

Os vários autores que escreveram os salmos viveram em épocas diferentes, a maioria


entre os anos 1000 e 500 a.C., aproximadamente. Não se sabe ao certo quando o livro
de Salmos foi compilado em seu formato atual, mas acontecimentos mencionados no
Salmo 137 indicam que esse processo só foi concluído após o exílio dos judeus na
Babilônia: “Junto dos rios de Babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos
lembramos de Sião. (…) Pois lá (…) nos levaram cativos” (Salmos 137:1,3).

Salmos é o livro do Velho Testamento mais citado no Novo Testamento, pois “nenhum
livro do Velho Testamento é mais cristão em sua essência ou mais plenamente atestado
como tal pelo seu uso do que os Salmos”. Muitos salmos contêm referências proféticas
ao Salvador e fazem alusão a acontecimentos que ocorreriam na vida Dele.

O livro de Salmos está dividido em cinco seções principais: Salmos 1-41; 42–72; 73–89;
90–106; 107–150. Cada uma delas termina com uma expressão de louvor (por exemplo,
“Bendito seja o Senhor Deus de Israel de século em século. Amém e Amém” Salmos
41:13).

Muitos salmos foram escritos originalmente como hinos a serem cantados em serviços
religiosos. Esses hinos eram utilizados para adoração, louvor e meditação, e alguns
textos apresentam semelhanças com poemas hebraicos. Alguns títulos “talvez sejam o
nome de melodias conhecidas naquela época, com as quais os salmos deviam ser
cantados”.
LIVRO DE PROVÉRBIOS

O livro de Provérbios contém muitas afirmações breves, porém de grande sabedoria,


sobre como levar uma vida pautada por princípios divinos. Embora o livro tenha sido
escrito na antiga Israel, suas mensagens podem ser aplicadas ainda hoje no mundo
moderno. Ao estudarmos esse livro, nós aprendermos a sabedoria que vai ajudá-los a
aproximar-se do Senhor.

Parte do livro de Provérbios é atribuída a “Salomão, filho do rei Davi, rei de Israel”.
Contudo, embora Salomão seja considerado o autor de muitos dos provérbios, é melhor
ver o livro de Provérbios como uma biblioteca da sabedoria dos israelitas. Parte de seu
conteúdo é profundamente espiritual, ao passo que outros trechos “não vão muito além
da sabedoria do mundo. No entanto, uma ideia que permeia todo o livro é a de que ‘o
temor do Senhor é o início do conhecimento’ (1:7;9:10)”.

Não sabemos exatamente quando ou onde foi escrito o livro de Provérbios, mas
acredita-se tradicionalmente que a compilação inicial de Provérbios tenha ocorrido
durante o reinado de Salomão em Jerusalém, entre 1015 a.C. e 975 a.C. É provável que
muitos provérbios surgiram de tradições orais existentes antes mesmo da época de
Salomão. Além disso, alguns provérbios foram acrescentados após a época de Salomão:
os capítulos 25-29 foram acrescentados nos dias do rei Ezequias de Judá. Não se sabe
quando o livro chegou a seu formato final.

O livro de Provérbios foi escrito como poesia e emprega muitas técnicas comuns à
poesia hebraica imagens vívidas, paralelismo e outros recursos literários para guiar o
leitor em sua busca de sabedoria. Os versículos introdutórios do livro expressam este
tema central: “O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento (…), mas os loucos
desprezam a sabedoria e a instrução” (provérbios 1:5,7).

A sabedoria contida no livro de Provérbios abrange praticamente todos os aspectos da


vida. Os provérbios abordam tanto as peculiaridades da natureza humana quanto a
conduta básica de uma pessoa íntegra e o relacionamento adequado entre o homem e
Deus.

Como os provérbios tratam de assuntos tão variados, muitas vezes um versículo do livro
não tem nenhuma ligação com os versículos anteriores ou posteriores a ele. Contudo,
os leitores podem encontrar em Provérbios muitas passagens simples, bem-humoradas,
profundas e belas. Uma passagem muito conhecida descreve ternamente os atributos
da mulher íntegra e declara que ela é muito mais preciosa que rubis.
LIVRO DE ECLESIASTES

O nome Eclesiastes é uma tradução da palavra hebraica koheleth, que significa “aquele
que convoca uma assembleia” ou simplesmente um pregador. Ao longo desse livro, o
autor apresenta uma série de perguntas em busca do propósito da vida.

Suas perguntas e conclusões subsequentes ilustram sua própria jornada ao buscar


entender por que estamos aqui na Terra. Ao estudarmos esse livro, começamos a refletir
sobre o propósito da mortalidade e descobrir com o autor que todos, um dia, terão de
comparecer perante Deus e ser julgados.

Pouco se sabe a respeito do autor de Eclesiastes, além da descrição que ele dá de si


mesmo como “o pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém” (Eclesiastes 1:1).
Não está claro quando e onde esse livro foi escrito.

Em Eclesiastes 1:1-11 e 12:8-14, o texto refere-se ao pregador na terceira pessoa. Isso


sugere que alguma outra pessoa, que não o pregador, compilou seus escritos e
ensinamentos algum tempo depois que foram feitos. Isso torna ainda mais difícil saber
quando e onde esse livro foi escrito.

O livro de Eclesiastes é único porque, embora o pregador seja uma pessoa que acredita
em Deus, muitas vezes faz perguntas e declarações como se não fosse. Portanto, tudo o
que ele diz deve ser inserido no contexto de sua conclusão final em Eclesiastes 12:13-
14: todas as nossas obras nesta vida um dia serão julgadas por Deus.

Os ensinamentos desse livro parecem ser dirigidos às pessoas que não acreditam em
Deus ou que pelos menos ainda não assumiram totalmente um compromisso com Ele.
O pregador apresenta perguntas e afirmações com as quais muitas dessas pessoas
tendem a concordar, mas depois as ajuda a ver quanto propósito e sentido podemos
enxergar na vida ao procurarmos viver segundo a vontade de Deus.
LIVRO DE CANTARES

De acordo com o primeiro versículo, Salomão escreveu o Livro de Cantares de Salomão.


Este cântico é um dos 1.005 que Salomão escreveu (1 Reis 4:32). Um dos títulos deste
livro, "Cântico dos Cânticos", é um superlativo, ou seja, serve para indicar que este é o
melhor.

Salomão provavelmente escreveu esse cântico durante a primeira parte de seu reinado,
mas mesmo assim não sabemos quando ou onde foi escrito o livro de Cantares de
Salomão. Isso colocaria a data de composição por volta de 965 AC.

O Livro de Cantares de Salomão é um poema lírico escrito para exaltar as virtudes do


amor entre um marido e sua esposa. O poema claramente apresenta o casamento como
um plano de Deus. Um homem e uma mulher devem viver juntos dentro do contexto
do casamento, amando um ao outro espiritualmente, emocionalmente e fisicamente.

Este livro combate dois extremos: o ascetismo (a negação de todo o prazer) e hedonismo
(busca do prazer somente). O casamento exemplificado em Cantares de Salomão é um
modelo de atenção, empenho e prazer.
“O livro de Cantares de Salomão é às vezes chamado de Cânticos como em latim ou
Canto dos Cantos, como em hebraico. (…) Tanto os judeus quanto os cristãos às vezes
relutaram em aceitá-lo no cânone de escrituras devido a seu conteúdo romântico, mas
permitiram-no ao considerá-lo uma alegoria do amor de Deus por Israel e pela Igreja”.
LIVRO DE ISAÍAS

O livro de Isaías foi escrito em uma época de grande iniquidade e apostasia e aborda
tanto acontecimentos dos dias de Isaías como acontecimentos futuros. Talvez a parte
mais importante desse livro seja o testemunho de Isaías de que Jesus é o Cristo, o Santo
de Israel e o Messias prometido. O estudo do livro de Isaías fortalece o nosso
testemunho que temos do Salvador e ensina-nos a ouvir o Espírito ao se depararem com
simbolismos nas escrituras. À medida que nos tornamos mais maduros no
entendimento do evangelho, perceberemos o valor dos ensinamentos de Isaías e
termos o desejo de estudar suas palavras.

Isaías (filho de Amós) é o autor do livro de Isaías. Seu nome significa “o Senhor é a
Salvação”, e essa ideia permeia seus escritos. Isaías foi profeta em Jerusalém por cerca
de 40 anos (de 740 a 701 a.C., aproximadamente), durante o reinado dos reis Uzias,
Jotão, Acaz, Ezequias e Manassés do reino de Judá, ao sul. Ele era casado e tinha pelo
menos dois filhos (Isaías 7:3; 8:1-3). “Diz a tradição que ele foi ‘serrado ao meio’ durante
o reinado de Manassés”.

O livro de Isaías foi escrito em algum ponto do ministério desse profeta (entre 740 e
701 a. C., aproximadamente). Como o ministério de Isaías centralizou-se em Jerusalém,
esse é, provavelmente, o local onde o livro foi escrito.
“Jesus citou Isaías com maior frequência que qualquer outro profeta. Pedro, João e
Paulo também o citam frequentemente no Novo Testamento.

As profecias de Isaías têm múltiplos significados e cumprem-se diversas vezes. O livro


de Isaías contém numerosas profecias que parecem cumprir-se diversas vezes. Uma
delas parece referir-se ao povo da época de Isaías ou à situação da geração seguinte.
Parece que outro significado, muitas vezes simbólico, refere-se aos acontecimentos do
meridiano dos tempos, quando Jerusalém foi destruída e seus habitantes foram
dispersos, após a crucificação do Filho de Deus. Ainda outro significado ou cumprimento
da mesma profecia parece estar relacionado aos acontecimentos ligados à Segunda
Vinda do Salvador. O fato de que muitas dessas profecias podem ter diversos
significados ressalta o quanto é importante que busquemos revelações do Espírito Santo
para ajudar-nos a interpretá-las.
LIVRO DE JEREMIAS
O livro de Jeremias contém as profecias, as advertências e os ensinamentos que fizeram
parte do ministério do Profeta Jeremias ao reino de Judá, ao sul. Devido ao fato de
muitos dos líderes e o povo de Jerusalém haverem rejeitado Jeremias e outros profetas
e continuarem a pecar, Jerusalém foi destruída e muitos Judeus foram levados cativos
para a Babilônia. Esse livro ensina que o convênio entre Deus e Israel não faz com que o
povo de Deus seja invencível. Se eles não cumprem a parte deles no convênio e não dão
ouvidos à palavra do Senhor, eles perdem o cuidado e a proteção de Deus.

À medida que estudam esse livro, aprofundamos o nosso entendimento do convênio


entre o Senhor e Seu povo. Ao estudar sobre a obra do Senhor para restaurar Seu povo
e ajudá-los a sobrepujar os efeitos do pecado, podemos aprender sobre o poder do
Senhor para nos salvar e nos abençoar. Também podemos aprender com o exemplo de
Jeremias que Deus deu a cada um de nós responsabilidades a serem cumpridas nessa
vida, e que o Senhor vai nos ajudar a cumpri-las ao nos achegarmos a Ele, a despeito de
quão difíceis essas responsabilidades possam ser. Jeremias é responsável por grande
parte do conteúdo desse livro, mas ele provavelmente ditou as palavras e os escribas as
registraram. Jeremias nasceu de uma família de sacerdotes e pregou ao reino de Judá
por aproximadamente 40 anos, “pregando contra a idolatria e a imoralidade”. Ele foi
aprisionado em Jerusalém, e “após a queda de Jerusalém (cerca de 586 a.C.), os Judeus
que fugiram para o Egito levaram consigo Jeremias (jeremias 43:5-6) onde, diz a
tradição, foi morto apedrejado”. Jeremias começou seu ministério em 626 a.C., no
décimo terceiro ano do reinado do rei Josias, e continuou a pregar até depois da queda
de Jerusalém cerca de 586 a.C.. Suas pregações coincidiram com os ministérios de outros
profetas, incluindo Leí, Sofonias e Urias. Algumas das palavras de Jeremias foram
registradas antes da destruição de Jerusalém. A maioria dos livros proféticos do Velho
Testamento dá ênfase principalmente às palavras do Senhor conforme reveladas pelos
profetas, mas não na vida dos profetas em si. O livro de Jeremias é uma exceção. Além
de incluir as profecias de Jeremias, o livro contém as informações biográficas sobre
Jeremias e sobre a angústia emocional e mental que ele enfrentou ao ministrar em meio
a tanta oposição. O livro também trata da doutrina da preordenação, que ensina que o
Senhor chama pessoas para cumprir certas responsabilidades e designações na
mortalidade. O Senhor disse a Jeremias: “Antes que te formasse no ventre te conheci,
(…) às nações te dei por profeta” (jeremias 1:5). O fato de saber que o Senhor pretendia
que ele fosse um profeta em uma época difícil pode ter dado a Jeremias a força e a fé
que ele necessitava para pregar a palavra do Senhor em meio à perseguição.

Um tema abordado no livro de Jeremias é que, assim como o Senhor cuidou de Seu povo
quando eles passaram pela destruição, Ele também os reuniria, restauraria e
fortaleceria. Em uma revelação registrada no livro de Jeremias, o Senhor disse que Ele
faria “um novo convênio” com Seu povo, significando o novo e eterno convênio do
evangelho estabelecido por Jesus Cristo durante Seu ministério e restaurado nos últimos
dias.
LIVRO DE LAMENTAÇÕES

O livro de Lamentações revela a situação patética de Judá após a conquista de Jerusalém


pelos babilônicos, que ocorreu como resultado dos pecados do povo e da negligência às
advertências proféticas. Ao estudarmos o livro de Lamentações, podemos perceber o
pesar, o remorso e as consequências que acompanham o pecado. Também podemos
aprender que a compaixão e a misericórdia do Senhor se estendem àqueles que se
voltam para Ele nos momentos de tristeza.

O livro de Lamentações foi escrito por Jeremias. Lamentações contém as reações de


pesar pela destruição de Jerusalém e do templo cerca de 586 a.C., que ocorreu durante
a época de Jeremias.
Jeremias escreveu o livro de Lamentações em alguma época depois de os babilônicos
destruírem Jerusalém. Não sabemos onde Jeremias estava quando escreveu esse livro,
mas pode ter sido em Jerusalém ou no Egito.

O livro inteiro de Lamentações foi escrito em poesias muito bem construídas. Os quatro
primeiros capítulos formam acrósticos. Um acróstico é uma forma poética na qual as
primeiras letras de cada linha formam uma sequência significativa. O livro de
Lamentações contém composições de acrósticos com base nas 22 letras do alfabeto
hebraico.

Lamentações 1, 2 e 4 contém 22 versículos cada e cada um começando com uma letra


diferente do alfabeto hebraico, em ordem alfabética. Lamentações 3 contém 66
versículos. Nesse capítulo os três primeiros versículos começam com a primeira letra do
alfabeto hebraico, os próximos três versículos começam com a segunda letra e assim
por diante. Lamentações 5 contém 22 versículos, mas não é um acróstico.

Poeticamente, o uso de acrósticos dá estrutura e sequência à manifestação de grande


pesar de Judá em circunstâncias que podem ter sido caóticas, sem sentido e desprovidas
de qualquer ordem. O uso desse esquema literário também demonstra o uso atencioso
da linguagem em clamar a Deus.

Nessa expressão poética do pesar, do choque e do sofrimento do povo, Lamentações se


parece com outros livros poéticos do Velho Testamento, como Jó e Salmos. Entretanto,
diferentemente de muitos livros do Velho Testamento, Lamentações não contém
nenhuma resposta do Senhor; ele fala apenas do sofrimento e do desejo do povo antes
de receber a misericórdia do Senhor.
LIVRO DE EZEQUIEL

O livro de Ezequiel contém as visões e as profecias de Ezequiel, a quem o Senhor chamou


para ministrar aos judeus cativos na Babilônia. Esse livro mostra que o Senhor está
ciente de Seu povo onde quer que estejam. Ao estudarmos esse livro, podemos
aprender que Deus chama profetas como atalaias para alertar Seus filhos do perigo.

Apesar de ter sido escrito em uma época em que Jerusalém estava sendo destruída, o
livro de Ezequiel é cheio de esperança. O Profeta Ezequiel viu além das tragédias de sua
época, um tempo futuro de renovação quando o Senhor reuniria seu povo, daria a eles
um “coração novo” e um “espírito novo” e os ajudaria a viver Suas leis. Estudar o livro
de Ezequiel pode fortalecer a nossa fé no poder do Senhor para transformar pessoas e
nações. Podemos aprender que todos os que se arrependem de suas iniquidades vão
receber a misericórdia, o amor e o perdão de Deus.

O Profeta Ezequiel é o autor do livro de Ezequiel. Escrito pela perspectiva da primeira


pessoa, Ezequiel registrou as visões e revelações que recebeu do Senhor. Ezequiel era
um sacerdote que viveu entre os judeus cativos levados para a Babilônia pelo rei
Nabucodonosor aproximadamente 597 a.C.. De acordo com o relato em II Reis 24: 14 -
16, os Babilônicos levaram cativos a maioria dos principais homens da terra naquela
época. Portanto, é possível que Ezequiel tenha vindo de uma família proeminente e
influente. Ezequiel profetizou e proferiu as palavras do Senhor aos judeus exilados na
Babilônia na mesma época em que Jeremias estava profetizando em Judá e Daniel
estava profetizando na corte dos babilônicos.

O livro de Ezequiel foi escrito durante o cativeiro de Ezequiel na Babilônia. Ele profetizou
de 592 a 570 a.C.. Depois de ser levado cativo, Ezequiel estabeleceu-se com os outros
judeus em um lugar próximo ao rio Quebar. Foi lá que Ezequiel registrou que os céus se
abriram para ele e teve visões de Deus.

Mais de uma vez no livro de Ezequiel lemos que o Senhor comparou Seu profeta com
um atalaia na torre (Ezequiel 3:17; 33:1-9). Por meio dessa comparação, o Senhor
enfatizou tanto a responsabilidade dos profetas de alertar Seu povo sobre o perigo
iminente quanto a responsabilidade do povo de atender ao alerta do atalaia. Também
aprendemos que todos nós somos responsáveis por nossas próprias ações e seremos
punidos ou recompensados de acordo com as escolhas que fazemos.

O livro de Ezequiel está repleto de relatos de visões e profecias. Por exemplo, o Senhor
mostrou a Ezequiel uma visão da ressurreição da casa de Israel, afirmando que o povo
do convênio do Senhor seria reunido na terra de sua herança. O Senhor também
descreveu a coligação de Israel nos últimos dias comparando-a à junção da vara de José
e da vara de Judá. O livro de Ezequiel inclui uma profecia de uma grande batalha que
precederá a Segunda Vinda de Jesus Cristo. E também, Ezequiel 40-48 contém uma
descrição de um templo que será construído em Jerusalém nos últimos dias.
LIVRO DE DANIEL

O livro de Daniel fornece um relato das experiências de Daniel e outros judeus fiéis que
foram levados cativos para a Babilônia. Ao estudarmos o livro de Daniel, podemos
aprender a importância de permanecer fiéis a Deus e qualificar-se para receber as
bênçãos que Ele dá àqueles que são fiéis a Ele. Ele também contém a interpretação de
um sonho importante que o rei Nabucodonosor teve com respeito ao reino de Deus nos
últimos dias.

O Profeta Daniel é o autor desse livro. O nome DanieI significa “um juiz é Deus” “Nada
se sabe a respeito de seus progenitores, embora pareça haver sido de linhagem real
(Daniel 1:3; foi levado cativo para a Babilônia, como parte da deportação dos judeus
cerca de 605 a. C., onde recebeu o nome de Beltessazar”.

Daniel foi selecionado como um dos jovens judeus mais especiais para ser treinado para
servir na corte do rei Nabucodonosor. Deus abençoou Daniel com o dom de interpretar
sonhos, e ele foi promovido a cargos de liderança nos governos Babilônico e Persa. De
muitas maneiras sua vida foi semelhante à de José, que foi vendido para o Egito.

O livro de Daniel foi escrito por volta de 530 a.C. enquanto Daniel vivia na Babilônia.
Supondo que ele era um adolescente quando foi levado para a Babilônia, Daniel talvez
tivesse 90 anos quando escreveu esse livro.

“O livro tem duas divisões: os capítulos 1-6 contêm histórias a respeito de Daniel e seus
três companheiros; os caapitulos 7-12, suas visões proféticas”. Algumas dessas visões se
relacionam aos últimos dias e à Segunda Vinda de Jesus Cristo.
“Uma das principais contribuições do livro é a interpretação do sonho do rei
Nabucodonosor. No sonho, o reino de Deus nos últimos dias é representado por uma
pedra cortada de uma montanha. A pedra rolará até encher toda a Terra (Daniel 2)”.

A proteção divina de Sadraque, Mesaque e Abednego na fornalha ardente e depois de


Daniel na cova dos leões demonstra que Deus livra os fiéis que O honram em todos os
momentos e em todas as circunstâncias.
LIVRO DE OSÉIAS

Uma das mensagens centrais do livro de Oseias é a de que Jeová ama seu povo mesmo
quando são infiéis a ele e que misericordiosamente lhes oferecerá a reconciliação. Ao
estudarmos as palavras de Oseias, podemos aprender que, embora haja consequências
para nossa infidelidade, o Senhor deseja que todo o seu povo retorne a ele e renove
seus convênios com ele.

Esse livro contém os ensinamentos do Profeta Oseias. Oseias profetizou no reino do


norte (Israel) próximo do final do reinado de Jeroboão II. Oseias foi contemporâneo dos
Profetas Isaías, Amós, Jonas e Miqueias.

Não sabemos exatamente quando foi escrito o livro de Oseias. No entanto, os


ensinamentos de Oseias provavelmente foram registrados durante a vida dele. Oseias
“provavelmente morreu antes da ascensão de Peca, 736 a.C., porque ele não faz
nenhuma alusão à guerra na qual houve uma aliança entre a Síria e Efraim nem à
deportação das tribos do norte por Tiglate-Pileser, ocorrida dois anos depois”. Depois
da queda do reino do norte, os escritos feitos por Oseias e a respeito dele
evidentemente foram compilados e preservados no reino do sul (Judá).

Oseias foi um dos poucos profetas do reino do norte (Israel) que deixou profecias
escritas. O livro usa muitas metáforas e simbolismos que ilustram a amplitude do amor
de Deus por seu povo.

Uma das metáforas centrais da mensagem de Oseias é o casamento. Aliada a essa


metáfora está a própria experiência pessoal de Oseias ao casar-se com uma mulher
infiel. Devido ao adultério de sua esposa e seu subsequente empenho em reconciliar-se
com ela e restaurar seu relacionamento, Oseias provavelmente adquiriu uma visão
profunda do relacionamento do Senhor com Israel, cujos pecados eram semelhantes à
infidelidade de um cônjuge. Usando essa metáfora, o livro de Oseias testifica sobre o
amor do Senhor por Israel ao esperar que sua noiva infiel retorne a ele.

Além de descrever o Senhor como um marido devotado e pronto a perdoar, Oseias


também ensinou que o Senhor é como um médico que cura, um jardineiro que cuida de
sua vinha (Oséias 9:10; 10:1) e um pastor que cuida de seu rebanho (Oséias 10:11; 13:
5. Oseias ensinou a respeito do papel dos profetas, das visões e dos simbolismos ao guiar
o povo do Senhor. Além disso, o livro faz referência ao papel do Senhor como Redentor
da morte e do sepulcro.
LIVRO DE JOEL

O livro de Joel ensina sobre o poder das orações combinadas e do jejum do povo de
Deus, numa época de grande dificuldade na história de Israel. “Joel assegurou ao povo
que através do arrependimento eles novamente receberiam as bênçãos de Deus”.

O livro também contém várias profecias sobre o iminente “dia do Senhor” (Joel 1:15).
Essas profecias foram citadas por vários profetas e têm relevância para diversas
gerações, especialmente para aqueles que vivem nos últimos dias. Aprender sobre as
profecias de Joel pode nos ajudar a reconhecer os sinais da Segunda Vinda do Senhor.
Um aspecto interessante do estudo do livro de Joel é o de que estamos vivendo numa
época em que podemos ver o cumprimento dessas profecias.

O livro começa com uma breve declaração que atribui o livro a “Joel, filho de Petuel”
(Joel 1:1), que era um profeta do reino do sul (Judá).
Não sabemos exatamente quando Joel viveu e profetizou para o reino de Judá. “É incerta
a época em que viveu, que pode ter sido no período compreendido entre o reinado de
Joás, antes de 850 a.C., e o retorno da tribo de Judá do cativeiro babilônico”. Não
sabemos onde o livro de Joel foi escrito.

O livro de Joel se concentra nas profecias que Joel fez depois que a terra de Judá foi
afligida por uma grave seca e uma praga de gafanhotos. Essas profecias falam de
diversos sinais que precederão a Segunda Vinda do Salvador, especialmente de uma
grande efusão do Espírito sobre toda a carne.

Um cumprimento dessa profecia ocorreu no Dia de Pentecostes, na época do Novo


Testamento, quando o Espírito do Senhor foi derramado sobre uma multidão, que ouviu
a pregação dos apóstolos do Senhor e entendeu as palavras em seu próprio idioma. Esse
acontecimento fez com que Pedro dissesse: “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus,
que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas
profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos” (Atos
2:16-17).
LIVRO DE AMÓS

O livro de Amós registra algumas das profecias e dos ensinamentos que o Profeta Amós
transmitiu ao reino de Israel durante o governo do rei Jeroboão II. O povo rejeitou as
advertências e os ensinamentos de Amós e quis que ele levasse sua vigorosa mensagem
para outro lugar. Ao estudarmos esse livro, podemos adquirir maior entendimento do
papel fundamental que os profetas desempenham na obra do Senhor e mais gratidão
pelo chamado dos profetas em nossos dias.

Amós ou escribas anotaram trechos de seus ensinamentos e os compilaram no livro de


Amós. Amós era um pastor que morava numa cidade chamada Tecoa, que ficava a quase
20 quilômetros ao sul de Jerusalém. O Senhor o chamou para profetizar ao reino do
norte (Israel), um chamado que ele não esperava, mas que cumpriu com obediência.

Embora não saibamos precisamente quando o livro de Amós foi escrito, o livro começa
com a explicação de que Amós pregou durante o reinado de Uzias, em Judá, e de
Jeroboão II, em Israel, no oitavo século a.C.. Amós pode ter atuado na mesma época do
Profeta Oseias no reino de Israel. Não há informações claras indicando onde o livro foi
escrito.

O livro de Amós dá ênfase aos profetas. Amós explicou que Deus usa profetas para
realizar Sua obra. Amós advertiu acerca dos julgamentos que estavam prestes a cair
sobre o povo de Israel por terem rejeitado os profetas.
Além disso, Amós salientou “o caráter moral de Jeová, o justo governante de todas as
nações e homens. Amós mostrou que a oferta com a qual o Senhor mais Se importa é a
de uma vida justa, o sacrifício de animais perde seu significado se for oferecido como
substituto da retidão pessoal.

Amós profetizou sobre uma fome “de ouvir as palavras do Senhor” (Amós 8:11). Durante
essa fome, as pessoas sairiam “buscando a palavra do Senhor”, os ensinamentos
inspirados dos profetas, proferidos com autoridade, mas “não a acharão” (Amós 8:12).

Essa profecia foi inicialmente cumprida após a apostasia dos reinos de Israel e Judá.
Depois do ministério de Malaquias, mais de 400 anos se passaram sem que profetas
ministrassem na terra de Israel. A profecia de Amós também foi cumprida
posteriormente. Depois que Jesus Cristo estabeleceu Sua Igreja na Terra, ela também
acabou caindo em apostasia. A revelação para guiar a Igreja cessou, e os povos da Terra
não puderam receber a palavra de Deus por intermédio de profetas por mais de 1.700
anos.
LIVRO DE OBADIAS

Ao estudarmos o breve livro de Obadias, podemos aprender a importância da


irmandade e os perigos e as consequências de esquecer o mandamento de amar uns
aos outros. Obadias dirigiu suas profecias aos edomitas, que eram descendentes de
Esaú, irmão de Jacó, e moravam no território ao sul de Judá.

Embora os edomitas não fossem da casa de Israel, ainda assim pertenciam à família de
Abraão. Infelizmente, o relacionamento entre Judá e Edom era conturbado, e cada
nação via a outra como inimiga. Quando Jerusalém foi capturada, o povo de Edom se
recusou a ajudar o povo de Judá e regozijou-se com seu infortúnio, pilhou seus bens
deixados para trás e entregou o povo aos babilônios. Obadias previu a ruína que
aguardava o povo de Edom devido à sua crueldade com Judá. Ele também profetizou a
futura restauração de Sião e a importância do trabalho no templo nos últimos dias,
descrevendo aqueles que participassem dele como “salvadores”.

Obadias 1:1; afirma que esse livro registra uma visão que o Senhor mostrou a um profeta
chamado Obadias. Embora várias pessoas chamadas Obadias sejam mencionadas em I
Reis, I–II Crônicas, Esdras e Neemias, essas são referências a outras pessoas. Com
exceção do fato de que Obadias era um profeta no reino do sul (Judá), não sabemos
nada sobre seu passado ou ministério. O nome Obadias significa “servo do Senhor”, bem
apropriado para esse profeta.

A profecia de Obadias foi feita pouco depois de uma das capturas de Jerusalém,
provavelmente a conquista pelos babilônios cerca de 586 a.C.. O livro de Obadias é o
livro mais curto do Velho Testamento.

As profecias de Obadias contra Edom são semelhantes àquelas encontradas em outros


livros do Velho Testamento. No entanto, dentre essas profecias, as profecias de Obadias
são incomparáveis ao afirmarem que a razão de a crueldade de Edom contra Judá ter
sido tão ofensiva foi porque os povos das duas nações eram parentes. Foi
particularmente cruel a decisão de Edom de ficar de lado enquanto seus irmãos e suas
irmãs israelitas estavam sendo destruídos, e regozijar-se com o infortúnio deles.

Obadias declarou que o povo de Edom não deveria ter se “alegrado sobre os filhos de
Judá, no dia da sua ruína” (Obadias 1:12).
Além disso, a visão de Obadias sobre a futura restauração de Sião e os “salvadores no
monte Sião” (Obadias 1:21) se aplica não somente a Jerusalém, mas também à Igreja
nos últimos dias.
LIVRO DE JONAS

Ao estudarmos o livro de Jonas, podemos aprender lições valiosas que serão relevantes
para a vida deles. Depois de Jonas ter tentado evitar pregar arrependimento ao povo de
Nínive, ele percebeu a futilidade de tentar fugir de Jeová. A libertação milagrosa de
Jonas de um “grande peixe” (jonas 1:17) pode nos ensinar que o Senhor estende-nos
Sua misericórdia quando nos arrependemos.

A segunda oportunidade de Jonas de pregar o evangelho e fazer o que o Senhor


ordenou pode assegurar -nos que o evangelho de Jesus Cristo oferece uma segunda
chance para todos os que se humilharem e se arrependerem, assim como Jonas fez. Ao
estudar o relato do arrependimento de Nínive, também podemos aprender sobre o
amor e a misericórdia que Deus tem por todos os que se voltam para Ele. Finalmente, a
repreensão do Senhor contra a insatisfação de Jonas ao ver que Ele poupou o povo de
Nínive pode ensinar a nós sobre a importância de vencer qualquer ressentimento que
sintam com relação à misericórdia de Deus aos que se arrependem.

Embora esse livro seja claramente sobre o Profeta Jonas, ele foi escrito por um autor
posterior e desconhecido. Jonas, que era filho de Amitai, vinha de uma cidade chamada
Gate-Hefer em Zebulom, um território em Israel.
Não se sabe ao certo quando o livro de Jonas foi escrito. No entanto, Jonas ministrou e
profetizou durante o reinado de Jeroboão II de Israel, que durou aproximadamente de
790 a 749 a.C..

Ao contrário de outros livros proféticos no Velho Testamento, o livro de Jonas não é um


registro das profecias de Jonas, mas sim uma narrativa sobre as experiências pessoais
do profeta. O relato contém detalhes que parecem exagerados, o que tem levantado
dúvidas para alguns leitores sobre até que ponto o livro é histórico. Não obstante, seus
elementos literários o tornam um “belo poema”, contendo valiosas lições. Jesus Cristo
referiu-Se aos três dias e três noites que Jonas passou na barriga da baleia como um
sinal de Sua morte e Ressurreição.

As ações de Jonas talvez reflitam os sentimentos e as atitudes hostis que alguns israelitas
tinham contra os gentios. O testemunho do livro sobre a misericórdia de Deus aos
ninivitas ecoa as mensagens dos profetas do Velho Testamento, que ensinaram sobre a
preocupação de Deus pelas pessoas que não eram de Israel, e prefigura a futura inclusão
dos gentios na Igreja na época do Novo Testamento.
LIVRO DE MIQUÉIAS

Os escritos de Miqueias abordam os temas de julgamento e esperança. Por exemplo:


Miqueias ensinou que os pecados dos líderes de Israel resultariam na destruição de
Jerusalém. No entanto, Miqueias também afirmou eloquentemente que o Pai Celestial
ouve as orações de Seus filhos e que Jesus Cristo é um advogado e uma luz para todos.
Além disso, Miqueias louvou a Deus, dizendo que Jeová “perdoa a iniquidade” e “não
retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua benignidade” (Miquéias 7:18).
Por meio desse contraste de temas, podemos aprender tanto sobre o desprezo do
Senhor pelo mal quanto sobre Sua misericórdia por aqueles que retornam à retidão.

Embora não saibamos quem escreveu esse livro, ele contém as profecias do Profeta
Miqueias. Miqueias era de Moresete-Gate, uma pequena cidade rural no reino de Judá.
Não sabemos quando o livro de Miqueias foi escrito ou compilado em sua forma atual.
De acordo com Miquéias 1:1, Miqueias profetizou durante o governo dos reis Jotão,
Acaz e Ezequias, de Judá, que governaram aproximadamente de 740 a 697 a.C. Portanto,
ele provavelmente foi contemporâneo dos Profetas Amós, Oseias, Jonas e Isaías.
Miqueias dirigiu suas palavras aos reinos de Judá e de Israel.

Miqueias ministrou numa época em que o povo de Israel estava prosperando


economicamente, mas sofrendo espiritualmente Esse ambiente permitiu que as classes
altas impusessem fardos cada vez maiores sobre as classes mais baixas. Miqueias estava
particularmente preocupado com a opressão dos pobres pelos ricos e considerou essa
injustiça como um dos maiores pecados de Judá e de Israel.

O fato de Miqueias ser proveniente de uma cidade pequena talvez lhe tenha dado uma
sensibilidade especial às necessidades dos habitantes rurais pobres da terra. Miqueias é
o único livro no Velho Testamento que identifica Belém, uma cidade “pequena entre os
milhares de Judá” (Miquéias 5:2), como o lugar onde nasceria o Messias.

Tal como os ensinamentos do Profeta Isaías, muitos dos ensinamentos de Miqueias


estão escritos em estilo de poesia hebraica. A profecia de Miqueias sobre a destruição
de Jerusalém foi relembrada vários anos depois, na época de Jeremias.
LIVRO DE NAUM

O livro de Naum contém a profecia de que Nínive, capital da Assíria, seria destruída por
causa da iniquidade de seu povo. Os assírios tinham conquistado e aterrorizado
brutalmente grandes áreas do Oriente Médio no século oitavo a.C., destruindo o reino
do norte (Israel) e deportando seus habitantes em aproximadamente 721 a.C. e depois
sitiando Jerusalém em 701 a.C.

Naum dirigiu uma porção significativa de sua profecia ao povo de Nínive. Essas pessoas
não eram as mesmas que tinham se arrependido de seus pecados depois de Jonas ter
pregado em Nínive mais de um século antes. O povo de Nínive tinha voltado à iniquidade
na época de Naum e suas ações os levaram à destruição.

A destruição da Assíria pode ser comparada à destruição dos iníquos que ocorrerá nos
últimos dias. Ao estudar os ninivitas tanto da época de Jonas quanto da época de Naum,
podemos aprender que, quando o povo abandona o pecado, o Senhor os perdoa; caso
contrário, eles serão destruídos.

Ao estudarmos o livro de Naum, podemos também aprender que Deus Se importa


profundamente com Seu povo e não deixará que seus opressores escapem impunes.
aprendemos também sobre a grande misericórdia que o Senhor demonstra àqueles que
confiam Nele.

De acordo com Naum 1:1, esse livro registra “a visão de Naum, o elcosita”. Não sabemos
se Naum escreveu ou ditou as palavras dessa visão, ou se outra pessoa as escreveu.
Naum profetizou no século sétimo a.C., aproximadamente na mesma época de Sofonias
e Jeremias. Cada um desses profetas relatou seu ponto de vista dos anos subsequentes
à conquista de Judá pela Babilônia.

A profecia de Naum foi provavelmente registrada no reino de Judá depois de 660 a.C. e
antes da queda de Nínive, que ocorreu por volta de 606 a.C.

Naum escreveu na forma poética, utilizando imagens e simbolismo. Seu tom é


marcantemente hostil contra Nínive, em especial nos capítulos 2 e 3, que descrevem a
destruição e humilhação da cidade. A descrição da ira do Senhor no livro pode deixar
alguns leitores um tanto assustados. Porém, é importante reconhecer que, por trás da
ira do Senhor em relação à Nínive, há uma profunda preocupação pelo sofrimento de
vários povos que tinham sido conquistados, mortos, escravizados e aterrorizados pela
Assíria. Os juízos do Senhor para os iníquos estão relacionados à Sua compaixão pelas
vítimas deles.

O significado do nome Naum, “consolador”, cumpre um papel importante na mensagem


do profeta. Os iníquos que não se arrependerem não terão consolo, mas os justos
podem sentir-se reconfortados com a mensagem de Naum de que o Senhor Se importa
com eles e que um dia dará fim à iniquidade.
LIVRO DE HABACUQUE

O livro de Habacuque contém uma conversa entre Habacuque e o Senhor que é


“semelhante às que se encontram em Jeremias 12”. Tal como Jeremias, Habacuque fez
perguntas sinceras e audaciosas a Deus que denotavam preocupação por seu povo e
com os planos que o Senhor tinha para eles. Ao estudarmos o livro de Habacuque,
podemos aprender o valor de levarem suas preocupações e dúvidas ao Pai Celestial em
sincera oração.

Esse livro é atribuído a um profeta chamado Habacuque. Pouco se sabe sobre


Habacuque exceto que foi um profeta que vivia no reino de Judá, “possivelmente no
reinado de Josias ou de Jeoiaquim (por volta de 600 a.C.)”. Se as datas estão corretas,
ele deve ter sido contemporâneo dos Profetas Jeremias, Sofonias, Obadias e Ezequiel.

Não sabemos exatamente quando nem onde o livro foi escrito. A data do ministério de
Habacuque é incerta, mas provavelmente ocorreu pouco antes do cerco babilônico de
Jerusalém em 597 a.C..

O diálogo de Habacuque com Deus tem a forma de falas alternadas em Habacuque 1-


2. Algumas das súplicas de Habacuque têm a forma de queixas, tais como esta: “Até
quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás!” (Habacuque 1:2). Isso reflete o
profundo desespero e a emoção que os justos podem sentir nos momentos de grande
sofrimento e pode nos lembrar que, mesmo em meio a nossa angústia, podemos voltar-
nos ao Pai Celestial e contar-Lhe nossos problemas em sincera oração.

Em resposta à oração de Habacuque, Deus o aconselhou a ser paciente e fiel,


reassegurando-o da justiça, da preocupação e dos planos de Deus. A oração poética, em
Habacuque 3, contém o louvor de Habacuque ao Senhor pela maneira milagrosa com
que Ele protegeu e salvou Seu povo.
LIVRO DE SOFONIAS

Sofonias profetizou sobre o “dia do Senhor” (Sofonias 1:7,8,14,18; 2:2,3), ou seja, o juízo
iminente do Senhor sobre Judá e outras nações, Sofonias explicou que nesse dia Deus
castigaria os orgulhosos e poderosos e recompensaria os justos. Ele suplicou: “Buscai ao
Senhor, vós todos os mansos da terra, (…); buscai a justiça, buscai a mansidão; pode ser
que sejais escondidos no dia da ira do Senhor” (Sofonias 2:3).

Ao estudar o livro de Sofonias, podemos aprender que não precisam seguir os costumes
errados da sociedade em que vivem e que podem buscar ao Senhor a despeito do que
outros a sua volta escolham fazer.

O estudo do livro de Sofonias pode também nos ajudar a se prepararem para a Segunda
Vinda de Jesus Cristo, que também é chamada de “o dia do Senhor”. Podemos aprender
que, se eles se prepararem para a Segunda Vinda, arrependendo-se de seus pecados e
voltando-se para Jesus Cristo, vão ter paz nesta vida e poderão esperar com alegria a
Segunda Vinda.

O livro é atribuído a um profeta chamado Sofonias, que profetizou em Judá no século


sétimo a.C.. Sofonias talvez tenha sido contemporâneo de outros profetas do Velho
Testamento, tais como Jeremias e Naum. O nome Sofonias significa “o Senhor esconde”.

Sofonias ministrou em Judá durante o reinado do rei Josias, que durou de 639 a 608 a.C..
No entanto, não sabemos quando e onde as profecias foram registradas.
Assim como várias profecias antigas, as palavras de Sofonias se aplicam tanto à sua
época quanto ao futuro.

Na época em que Sofonias estava profetizando, um exército estrangeiro ameaçava


destruir Judá. Essa destruição iminente pode ser comparada à destruição dos iníquos
que ocorrerá antes da Segunda Vinda de Jesus Cristo. Além disso, as bênçãos do Senhor
prometidas aos habitantes justos de Jerusalém prefiguram as bênçãos que os justos
receberão na Segunda Vinda.
LIVRO DE AGEU

O livro de Ageu afirma que um templo será novamente construído em Jerusalém e que
finalmente haverá paz em Jerusalém. O estudo do livro de Ageu pode nos ajudar a
adquirir um entendimento mais profundo da urgência e importância da construção de
templos e da adoração na casa do Senhor.

Ageu era um profeta que morava em Jerusalém pouco depois de os judeus voltarem do
exílio na Babilônia. Presume-se que ele seja o autor do livro que leva seu nome. Ageu
declarou as profecias contidas em seu livro por volta de 520 a.C. em Jerusalém. Se Ageu
escreveu esse livro, provavelmente também o fez em Jerusalém.

O livro de Ageu fornece informações muito úteis a respeito da reconstrução do templo


de Jerusalém. Depois que os judeus retornaram a Jerusalém saindo da Babilônia,
começaram a reconstruir a cidade e o templo, mas pararam quando enfrentaram
oposição. O livro de Ageu registra o mandamento dado pelo Senhor aos judeus para que
renovassem seu empenho de reconstruir o templo. Os judeus obedeceram à palavra do
Senhor dada por intermédio de Ageu e conseguiram terminar o templo.
LIVRO DE ZACARIAS

O livro de Zacarias contém descrições de visões concernentes à reconstrução de


Jerusalém e do templo, à coligação da Israel dispersa e ao triunfo de Israel sobre seus
inimigos. O livro culmina nas profecias do ministério mortal do Salvador e Seu retorno
final em glória. Ao estudarmos o livro de Zacarias, podemos aprender sobre o amor do
Senhor por Seu povo e Seu desejo de purificá-los e redimi-los, caso se arrependam e
guardem seus convênios. Também podemos aprender sobre os acontecimentos que
ocorrerão antes e depois da Segunda Vinda de Jesus Cristo e sentir a importância de se
prepararem para a volta do Senhor.

O Profeta Zacarias escreveu esse livro. Ele era filho de Baraquias, que era filho de Ido.
Ido era um sacerdote que retornou a Jerusalém com Zorobabel, o primeiro governante
judeu de Jerusalém depois da volta dos judeus do exílio babilônico. Zacarias profetizou
do segundo ao quarto ano do reinado de Dario, por volta de 520 a 518 a.C.. Com seu
contemporâneo Ageu, Zacarias desempenhou um papel importante ao organizar e
inspirar os judeus a terminarem a reconstrução do templo.

Não sabemos exatamente quando ou onde o livro de Zacarias foi escrito. No entanto,
sabemos que Zacarias viveu em Jerusalém logo após o retorno dos judeus de seu exílio
na Babilônia. Ele recebeu as visões registradas nesse livro entre o segundo e quarto anos
do reinado de Dario, ou entre 520 e 518 a.C..

Várias das mensagens que Zacarias recebeu do Senhor vieram na forma de visões.
Provavelmente por causa da dificuldade de transmitir visões celestiais em termos
terrenos, muitas das mensagens no livro de Zacarias estão repletas de imagens
simbólicas e descrições.

O livro é geralmente dividido pelos leitores em duas partes: “Zacarias 1-8, uma série de
visões prenunciando o futuro do povo de Deus, e Zacarias 9-14, profecias sobre o
Messias e acontecimentos que precederão Sua Segunda Vinda” São particularmente
significativas as vívidas profecias do ministério terreno de Cristo e de acontecimentos
dos últimos dias tais como a coligação de Israel, a grande batalha final e a Segunda
Vinda.
LIVRO DE MALAQUIAS

Um século depois de os judeus retornarem a sua terra natal, muitos deles se tornaram
complacentes e menos devotados ao Senhor. Por intermédio do Profeta Malaquias, o
Senhor abordou o declínio do comprometimento dos judeus para com Deus.

O Senhor instruiu Seu povo do convênio a voltar-se a Ele trazendo-Lhe seus dízimos e
suas ofertas com mais fidelidade, e Ele prometeu abençoar e proteger aqueles que assim
fizessem. Ao estudarmos as palavras de Malaquias, podemos ganhar um testemunho
maior sobre a lei do dízimo e sentir mais desejo de obedecê-la.

Além disso, aprendermos que estão cumprindo a profecia de Malaquias de que o Senhor
irá voltar o coração dos filhos a seus pais, ou antepassados, ao participarem do trabalho
do templo e da história da família. O estudo dessa profecia pode inspirar a nós participar
da obra de salvação para seus antepassados falecidos.

O livro afirma que contém “a palavra do Senhor contra Israel, por intermédio de
Malaquias” (Malaquias 1:1). Em hebraico, o nome Malaquias significa “meu
mensageiro”. Esse nome reflete de maneira apropriada as mensagens importantes que
o profeta deixou ao povo de sua época, muitas das quais também se aplicam ao povo
do Senhor nos últimos dias.

Sabemos bem pouco sobre a vida de Malaquias, além do que aprendemos com seus
escritos. Sua origem e a história de sua vida são desconhecidas, mas ele evidentemente
viveu no século quinto a.C., e teria sido contemporâneo de Esdras e Neemias.

Embora não saibamos quando ou onde as profecias de Malaquias foram registradas,


Malaquias transmitiu-as aproximadamente em 430 a.C., mais provavelmente em
Jerusalém Se Malaquias registrou suas próprias profecias, talvez o tenha feito por volta
dessa época.

O livro de Malaquias é o último livro do antigo Testamento. Além disso, Malaquias é um


dos profetas mais citados do antigo Testamento. Ele foi citado por escritores do Novo
Testamento, geralmente com referência específica à missão de João Batista.

O livro de Malaquias foi escrito numa forma literária peculiar que apresenta um
“diálogo” entre o Senhor e o povo de Israel. Algumas passagens desse diálogo incluem
perguntas feitas pelo Senhor ou por várias pessoas, assim como afirmações daqueles
que se opõem ao Senhor.

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